A CONVERGÊNCIA VITORIOSA…
Bem, caros leitores, tanto insistimos, com afinco e dedicação muito além da média, que, enfim, para gáudio da turma trovejante dos “monstros”, “gatilhaços”, “soberbos tocos”, e da grande, senão maioria, parcela daqueles que se acham doutores no grande jogo, atingimos o topo da evolução técnico tática que tanto defendem e perseguem com sofreguidão, aquela que determina a convergência como o grande padrão a que temos de nos sujeitar daqui para frente, pois nesse emblemático jogo entre Franca e Flamengo, pela primeira vez, de outras vezes que se sucederão, duas equipes da elite do basquetebol tupiniquim conseguem juntas, arremessar mais bolas de três do que de dois pontos, numa façanha digna do “chega e chuta” às mais renhidas peladas do atêrro, claro, sem demerecê-las com tão tosco exemplo perpetrado pelas duas representantes da LNB/NBA…
Meus deuses, foram 24/58 arremessos de três (8/26 para Franca e 16/32 para o Flamengo), contra 28/57 de dois pontos (18/33 e 10/24 respectivamente), numa prova irrefutável e indesculpável da falência defensiva externa nesse jogo exemplar às avessas, quando o prenúncio estratégico levava o encontro para baixo das cestas, como deveria ter acontecido, frente aos muitos bons pivôs em confronto, mas que por indesculpável omissão dentro, e por que não, fora da quadra também, optaram pelo desafio ensandecido nas bolinhas, principalmente no quarto final, quando bastaria que uma delas, se bem treinada e dirigida, forçasse o jogo de 2 em 2, ao mesmo tempo que contestasse os longos arremessos do adversário, sem temer as penetrações (que valem 2 pontos, às vezes 3), levando a partida para um impasse, onde a frieza e o equilíbrio emocional determinaria seu final, que ficou mais do que claro através a potencia pontuadora do Benite e do Marcos, pouco ou nada contestados, principalmente neste quarto final, e que na figura do primeiro nada deixou de saudades do afastado, briguento e veteraníssimo capitão, com vantagens acentuadas, por ser um forte e sempre bem posicionado marcador, ser ambidestro na armação e tão bom, ou melhor nas bolinhas, principalmente as mais rápidas…
Franca se deixou cair na armadilha de um duelo insano nas bolinhas, quando possuidor de um sólido jogo interior com seus pivôs e alas pivôs habilidosos e cheios da energia dos 21/23 anos, apta a defender fora e dentro do perímetro, porém ainda muito suscetível na aceitação da blindagem interna, que exige dobras sucessivas, quando o forte de seu adversário se estabeleceu externamente, como sempre vem fazendo na liga…
Então, como definir este jogo como brilhante frente a 33 erros de fundamentos (19/14) e a dolorosa realidade do abandono defensivo externo, propiciando a “liberdade” ansiada pelos gatilhos em confronto, como?…
Quem sabe, aceitando, como os estrategistas parecem aceitar nas bolinhas o seu éden existencial, simbólico fator que justificaria o corporativismo que os une, profissional e tecnicamente, onde a mesmice endêmica se torna garantidora de um status inamovível e refém da nossa conquista de ontem, a convergência mais do que nunca real e vitoriosa, fruto da dolorosa omissão defensiva, que mais lá na frente, nos irá cobrar altos juros quando no enfrentamento internacional, a começar pelo olímpico em nosso quintal, onde esses torneios da Fiba Americas e ABAUSA, com a maioria das equipes formadas em aeroportos, nada somam técnica e taticamente, a começar pela também inexistência defensiva lá fora do perímetro…
Porém, o mais impactante nesta semana foi a declaração do técnico do São José sobre a derrota para Limeira no Globoesporte– –(…)” Vejo essa irregularidade muito no estado psicológico. Porque tem que ter um ar de energia no time. Esse ar de energia não está transbordando. Ele está interno ou pouco. Esse fator faz a diferença. Às vezes, você sofre uma falta e cai. Com a gente, sofremos uma falta, a bola bate no aro e sai. Isso é fator psicológico. Não é treinamento a mais. Os caras estão se dedicando, mas essas situações são momentos. Momentos de lado psicológico. É muito difícil apontar para outra coisa. Você vê neles que, às vezes, o cara quer e não consegue. Estamos trabalhando com a psicóloga e tentando fortalecer ao máximo os jogadores que estão presentes” – comentou (…) .
No entanto, num dos últimos tempos que pediu na partida comentou com os jogadores – “Eles estão tirando o meu armador e não tenho outro para colocar”, isso dito ao lado do “outro” armador, o Rafinha… Sensibilidade psicológica é isso ai…
Amém.
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