SEMANA DEMAIS…
Nesta semana e meia que nada postei no blog, tive a oportunidade de testemunhar alguns fatos bem importantes que passo a relatar:
– Primeiro, a significativa e bem vinda redução da artilharia de fora nos jogos do NBB, e claro, como alguns irão patrocinar, por influência direta das transmissões do March Madness da NCAA, onde predomina em essência o fortíssimo jogo interno, destinando os longos arremessos aos poucos especialistas de cada equipe, e jamais através a longa campanha emanada dessa humilde trincheira sobre a temerária validade dos mesmos, como o vemos e praticamos em terras tupiniquins…
Não importando a origem reducionista, é algo alentador assistirmos jogos onde a assistência interna vai se impondo aos poucos, incluindo os pivôs nas concepções ofensivas, e não somente como arrecadadores de rebotes originados pela sanha autofágica de um sistema de jogo absurdo e deplorável, mas que ainda está muito longe de uma autêntica mudança de hábitos, que necessitará de algum tempo para ser convincente e competentemente ensinados e auferidos…
– No entanto, tornasse um exercício aterrador sermos bombardeados por comentários televisivos raiando o inacreditável, quando em belos e bem disputados jogos da NCAA, nos deparamos com verdadeiras encíclicas de auto promoção, vaidades, ironias, piadinhas e outros penduricalhos perfeitamente dispensáveis, numa enxurrada de achismos e pitacos pouco críveis e de questionável seriedade, e que passam a kilômetros do que testemunhamos ao vivo e a cores, principalmente quanto a verdadeira revolução técnico/tática por que vem passando o basquete americano, principalmente em sua colossal base colegial, cerne inquestionável de seu poderio, liderado não mais pelo solitário Coach K, agora acompanhado maciçamente por seus colegas, muitos passando dos 65 anos, provando de forma magistral que experiência e rodagem ainda dão as cartas quando o assunto é o grande jogo, mas que ainda encontra no seio de nossas carpideiras, televisivas inclusive, saudades e menções sobre “cincões” e “bolinhas”, sem as quais não se ganham jogos, entre outras discutíveis e lamentáveis opiniões…
– Mas, eis que de repente, surge na telinha o presidente da novíssima ( pena que restrita) ATBB (ou ASBRATEC), discutindo aridamente com um trio de arbitragem, demonstrando a todos seus filiados (até agora parece que são 15, todos do NBB…) como deve se comportar éticamente um técnico nivel III galardoado pela ENTB/CBB, junto às arbitragens em jogos do NBB, que é o parâmetro para os técnicos de todas as divisões da modalidade no país, num irretocável exemplo para todos do que façam o que faço…
– E pela enésima vez assisto num jogo feminino o técnico insistir – “Sem utilizar o sistema não tem jogo…” Mas como fazê-lo se as jogadoras encontram na bola e no domínio de seus corpos os maiores obstáculos? Como jogar se não dominam o básico, os fundamentos, como?…
Amém.
Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las e acessar as legendas.