ALELUIA!…
Enfim, um time de verdade, mesmo com uma perfeitamente dispensável convergência (18/30 de 2 pontos e 16/34 de 3), quando (e ai a nossa tradicional continha…) bastaria ter trocado a metade dos erros nos 3 (9 tentativas) por arremessos de 2, para ultrapassar em muito os 100 pontos, que seria uma arma psicológica poderosa para os próximos encontros, pois conseguido contra um tradicional e forte adversário como Porto Rico…
E Porto Rico, meus deuses, fincando um pé no seu lado tradicional de peladeiros profissionais, e outro tentando (e não conseguindo) se submeter a uma improvável disciplina universitária de um Rick Pitino, completamente por fora de uma competição antítese da que estabeleceu brilhantemente na NCAA desde sempre…
Os brasileiros, mais leves e soltos, sem mastodontes de plantão (até o JP Batista afinou bastante), puderam combater dentro e fora do perímetro, com a velocidade ansiada pelo hermano de a muito tempo, o que o fará repensar substituir a eficiente agilidade apresentada por alas pivôs realmente atléticos, flexiveis, velozes, pela cavalaria vinda da NBA, e condicionada a exigências contratuais na maioria das vezes draconianas, principalmente perante a realidade de insolvência econômica de uma CBB em estado pré falimentar…
E o que dizer da permanente dupla armação utilizada inteligentemente por um Magnano que, inclusive, já dispara sonoros e cabeludos palavrões a cores e som estéreo, se inserindo na habitual linguagem de grande parte de seus colegas tupiniquins, mas sendo coerente com sua convocação de cinco armadores, tendo sido deixado na mão pelo hipotético melhor deles, o Raul, que se mandou para os braços milionários da NBA, deixando um vácuo na equipe, que sequer pode ser preenchido…
Mas os que ficaram deram conta do recado, saindo, desde pressões quadra inteira, até uma boa distribuição de jogo interior, sem contar a boa pontaria do Benite com bolas recebidas de dentro para fora, deixando-o à vontade para os disparos livres e equilibrados que executou, assim como, agindo como um eficiente armador sempre acompanhado dos outros três, numa combinação de “n” fatores responsável pela fluidez do jogo coletivo, muito bem coordenado…
Os homens altos supriram os dois pontos fulcrais de seleções anteriores dirigidas pelo argentino, a mobilidade defensiva dentro e fora do perímetro, e a velocidade constante nos deslocamentos ofensivos, que poderão ser bastante melhorados no momento que exercerem corta luzes próximos a cesta, um tabu que assombra a esmagadora maioria dos estrategistas nacionais…
Na verdade, temos muito bons jogadores altos, aptos ao jogo veloz no ataque, e mais aptos ainda nas anteposições defensivas, que seria o próximo e definitivo passo para uma evolução técnica de peso, principalmente no exercício de defesas à frente dos pivôs adversários, que é uma ação temida em nosso país, exatamente pela falta de treinamento na formação de base, mas que pode ser revertida na elite, sim senhores, na elite, nas seleções, no que serviria de formidável modelo aos que se iniciam, em vez de enterradas e desvario nos três pontos…
Mas Paulo, no jogo de hoje “destruímos” nos três, ou não?…
Perante um adversário inerte e amorfo na defesa, correto, no entanto, perdemos uma ótima oportunidade prática de substituir alguns petardos de longe, por um jogo interno mais eficiente, a partir do momento em que estabelecemos uma dupla armação fluida e devastadora…
Bem senhores, creio que o jogo de hoje alcançou um parâmetro que custou bastante tempo para ser estabelecido com sucesso, a exequibilidade do jogo coletivo apregoado e perseguido pelo teimoso hermano, que não precisaria realizar romarias aos Estados Unidos e Europa, na busca de apoio de “nomes” mais compromissados com suas belas rendas dolarizadas (a exceção não conta…), do que com os riscos físicos na defesa de nossas seleções, perfeitamente sobre estabelecidos por valores menos marqueteados, porém aptos e habilitados para os suprirem com vantagens, antes insuspeitadas pela maioria de nossa subserviente mídia especializada, mas fartamente apregoadas em humildes trincheiras, dentre as quais este mais humilde ainda blog se insere desde sempre, também…
Mas Paulo, que jogo coletivo é este?…
É aquele praticado por uma equipe através uma competente dupla armação, servindo e abastecendo três alas pivôs rápidos, ágeis e velozes, interagindo no cerne da defesa adversária, e defendendo com as mesmas valências mais uma, especial, única e indivisível, o compromisso e o comprometimento a uma forma diferenciada de jogar, tornando-a proprietária de algo seu, exclusivo, único, e que tão bem conheço em décadas de utilização…
Torço para que assim continue, porém convergindo menos (que é uma ação temerária na maioria das vezes…), sedimentando um caminho para 2016 realmente otimista e perfeitamente factível…
Amém.
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Nota – Perdoem a deficiência de imagens, pois foram captadas de uma tv analógica.