DIFÍCIL, MUITO DIFÍCIL…
Sem dúvida nenhuma, fica difícil, muito difícil escrever algo sobre uma monocórdia mesmice, como num carrossel que se repete sem princípio e fim, fazendo desabar toda e qualquer esperança que algo de novo transponha a ciclópica muralha de mediocridade que esmaga e minimiza o grande jogo entre nós, e o mais emblemático, visando a competição máxima do desporto mundial a ser realizada em solo tupiniquim no próximo ano…
Terminado o Pan Americano, onde conseguiram ensaiar um modelo de sistema de jogo promissor, pela fluidez e boa movimentação de toda a equipe a cada ação ofensiva, temperada por um posicionamento defensivo combativo e contestador, praticado com entrega e compromisso por jogadores tidos como de segundo escalão pelos especializados, assistimos agora, nesta importante Copa América o desmoronamento do trabalho antes realizado, como se auto punindo pela tentativa de superar o escravagista sistema único…
…Que reaparece fulgurante, numa orgiástica ciranda de 1 x 1, muito bem vinda pela turma das bolinhas, que é a única arma que pensam dominar, mas que se apagam quando contestados com precisão e firmeza, ações que enfrentam nas competições de alto nível, numa situação oposta às frágeis defesas do nosso badalado NBB…
Passam os anos e não aprendem, por não cobrados, ou ensinados e orientados a sistemas dinâmicos, onde toda a equipe se movimenta em quadra, por todo o tempo, dentro e fora do perímetro, atacando e defendendo intensa e dedicadamente por toda a partida, e não em “momentos” do jogo, com pleno domínio dos fundamentos individuais e coletivos, que deveriam ser praticados por todos, independente de posições, idade, estatura e experiência de jogo, aprendendo, reaprendendo, descobrindo e redescobrindo olvidadas técnicas, novos gestuais, atualizando conhecimentos, aprimorando seu ferramental de trabalho desde sempre…
Acredito que nesse jogo contra o México colimamos todos os erros que nos são comuns e companheiros dentro do sistema de jogo que praticam, o único que conhecem, o único que os estrategistas lhes impuseram, limitando decisivamente as habilidades necessárias a escalada de novos sistemas, que não se renovam desde o NBB2…
Então, acredito que as poucas imagens aqui postadas refletem a dura realidade, mais uma vez manifesta nesse jogo perdido para a mesmice endêmica que nos sufoca aqui e lá fora, o que é bem pior. Temo para 2016, o que seria um desastre de difícil reparação, ainda mais sob o comando e liderança (?) de uma administração caótica da CBB, e de uma teimosa estagnação técnico tática da grande maioria das franquias da LNB/NBA…
Amém.
Senhor Paulo Murilo
Gostei dos seus comentários e críticas construtivas.
Parabéns pelas análises.
Lúcio Solano
Obrigado, prezado Lúcio, me honra tê-lo como leitor desse humilde blog.
Um abraço, Paulo Murilo.
Excelente análise de situações! Excelente trabalho de avaliação técnica/tática!
Muito obrigado prezado Fabio, espero tê-lo assíduo aqui no blog. Um abraço.
Paulo Murilo.