O VEXAME ANUNCIADO DE MUITO…
Meus deuses, não é que o raio caiu duas vezes no mesmo lugar? É a segunda Copa América que a seleção é varrida, somando um 1/8 vergonhoso, ou seja, nas duas competições só venceu uma partida, UMA única partida, e sob o mesmo comando, com o hermano e assistentes (faltou um…), ligados num projeto, ou melhor, planejamento de jogo em uniformidade opinativa, fator que os tornam responsáveis por tudo que ocorre técnica e taticamente dentro das seleções, inclusive nas convocações, sejam elas A, B ou C, o que no frigir dos ovos significa um elo participativo de todos, uniforme e consentido, onde a ascensão ou queda de um, define a de todos, pois afinal de contas, uma comissão técnica uníssona e eticamente unida, vence e perde junta, sobe e desce junta, prossegue ou cai junta, haja o que houver. Logo, como já são públicas as restrições ao trabalho do técnico argentino, inclusive veiculadas em comentários na TV, que não seja ele o único responsabilizado por fracassos, mas todos que compõem a comissão técnica em seu todo, administrativo e técnico, não se admitindo uma sutil proposta de substituição unilateral na figura de assistentes, tão ou mais culpados como o hermano no planejamento, direção e coordenação das seleções, pois em caso contrário, no que parece vem se tornando habito nesse enorme e injusto país, assistentes assumem o lugar do titular, como se fosse ele o único responsável pela equipe, o que caracteriza a pratica inidônea do mais puro tapetebol (*), além do fato de serem muito fracos para um deles desempenhar o duro e seletivo papel de head coach…
Ilações à parte, creio que é chegada a hora de definições lapidares, já que passados alguns anos, essa comissão foi incapaz de manter sistemas de jogo convincentes e duradouros, onde idas e vindas técnico táticas se fizeram presentes em todas as competições que participaram, as vencedoras e as perdedoras, nas quais alguns graves equívocos em convocações foram cometidos, numa tácita demonstração de inconstância e incoerência, com indicações que beiravam do favoritismo ao protecionismo, deixando de lado valores mais adequados às suas propostas técnico táticas…
Propostas estas que não obtiveram continuidade, ou por serem superficiais, ou por não se estabelecerem com firmeza, face a falhas nas técnicas pedagógicas durante o processo de aprendizagem das mesmas, erro comum quando da introdução de novas propostas, em confronto ao perene hábito da pratica do sistema único no âmbito do grande jogo entre nós…
Então, já baloiçam nos ares os primeiros sinais da fumaça que anuncia tentativas de mudanças, provocadas pela incoerência e imprecisão nas convocações e nas opções de jogo, anunciadas como revolucionárias por muitos, mas patentemente conservadoras na opinião de uns poucos que realmente entendem do grande jogo, como o comentarista da ESPN em particular, que almeja um dos bons técnicos patrícios na direção da seleção, mas que não sejam um dos osmóticos assistentes do hermano, complementaria eu, mesmo que não fosse essa a opinião do grande mestre…
Enfim, foi mais um vexame por que passou a seleção brasileira, idesculpável vexame, pois anunciado, previsto, confirmado, projetando uma mais previsível ainda imagem para 2016, pois o erro fulcral, maior que as discutíveis convocações é a fragilidade na estrutura do sistema de jogo, oscilando entre o aparentemente novo e o estratificado sistema único, somado a hemorragia das bolas de três, como um porto seguro de algo inamovível, sedimentado, formatado e padronizado desde sempre no âmago dos jogadores nacionais, que dessa forma como se vacinam ao novo, apegados que estão na ilusão de segurança do SU, garantidor de seus empregos nas franquias da LNB, assim como seus técnicos, assistentes, administradores, agentes e muito da mídia especializada, todos unidos no cerne do corporativismo garantidor do status quo vigente…
Por todo esse cenário, nublado e cinza, é que me preocupo com o futuro do grande jogo em nosso enorme, desigual e injusto país, entregue ao patriarcado do Q.I., onde o mérito jamais teve, tem ou terá vez, mesmo que esporadicamente, jamais…
Que os deuses nos protejam.
Amém.
Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las e acessar as legendas.
(*) – Tapetebol – A arte de puxar o tapete sob os pés de inimigos, e de amigos também…
Ola Professor,
Correto a sua colocacao.
Inelizmente o Basquetebol brasileiro esta na UTI apos a desastrosa performance na Copa America. O nosso “grande jogo” esta doente sofrendo de uma instabilidade tecnica e tatica com potentical de gravidade. Os problemas sao inumeros e abrange varios setores desde o adminstrativo ao tecnico-tatico.
Somos um pais com uma populacao de +200 milhoes. Jornalistas, blogistas, tecnicos e amantes do esporte estao cobrando e nao tem como justificar as derrotas para paises que juntos nao chegam a 17 milhoes.
Eu analiso a situacao da seguinte forma; um pais de 200 milhoes com a tradicao que possui no basquetebol nao pode ter um tecnico estrangeiro. Isto e assinar em baixo que o Brasil nao possui tecnicos capazes para dirigir o nosso selecionado principal. Porem se nos nao temos tecnicos com capacidade, como e que estes “tecnicos locais” terao capacidade para formar a base e os jogadores que irao compor as selecoes e geracoes futuras de basqueteiros de alto-nivel em nosso pais?
Nao quero entrar no merito sobre o, ate o momento, “incriticavel” Magnano. Pois o seu retrospecto, frente a selecao Argentina, merece ser respeitado. Sei muito sobre o trabalho da selecao Argentina que ganhou a Olimpiada pois tive a oportunidade de trabalhar por dois anos com o assistente do Magnano, o Guillermo Vecchio. Durante este periodo conversamos muito sobre o Magnano e o trabalho fisico e tecnico da selecao Argentina.
Quero falar sobre a qualidade do basquetebol praticado pelo nosso selecionado dirigido pelo Magnano em competicoes internacionais. Pois, se voces nao sabem disso, nos que militamos no basquetebol internacional sofremos com cada derrota do selecionado brasileiro. Sofremos mais ainda com o fato do nosso pais ter um tecnico estrangeiro.
A cada derrota para um selecionado como o do Uruguai , Panama, etc. nos, tecnicos brasileiros, caimos no conceito e respeito mundial e voltamos a ser “somente” o pais do futebol, hoje em dia nao tao forte quanto outrora depois dos 7 a 1 da Alemanha na copa do mundo. Acredito que o futebol tambem precisa ser admitido na UTI, Mas vamos deixar o futebol de lado e falar do que interessa, o Basquetebol.
E inadimissivel assistir jogos do Brasil, nao importando o adversario, e ver a equipe jogando da mesma forma, ou seja marcando individual ou por zona e alternando muito pouco a pegada defensiva durante o jogo. O Brasil jogou contra a Argentina, Uruguai, Panama, Canada, etc, da mesma forma. Em alguns jogos, devido a padronizacao dos sistemas ofensivos, as movimentacoes de ataque do Brasil eram iguais as de alguns de nossos adversarios.
Durante o jogo do Mexico, assistimos a equipe do Brasil deixar o Ayon ganhar o jogo praticamente que sozinho. Sempre marcando o talentoso pivo por tras ou sem nenhum ajuste defensivo, uma possivel dobra, etc.
Quando eu li que o Brasil nao iria participar da Copa America com a equipe principal, eu escrevi que eu era contra esta decisao pois a repercussao de uma derrota seria bem maior do que os beneficios tecnicos-taticos. Acredito que competicao oficial Internacional da FIBA nao pode ser usada para teste e para dar experiencia a jogadores novos. Temos que participar com a nossa forca maxima – pois a boa performance durante estas competicoes afetam o esporte a nivel nacional e internacional, facilita a obtencao de marketing e patrocinadores como tambem ajuda na promocao das ligas e competicoes a nivel nacional. Resumindo, a performance do Brasil durante a Copa America prestou um desservico para o esporte. Especialmente para o feminino onde o problema ainda e mais serio!
No lado positivo, devido as derrotas, voltamos a falar sobre trabalho de base, escola de tecnicos, etc. Porem nesta analise e estudo precisamos incluir pessoas com capacidade e “KM rodada” para tal. Rapazes com potencial tem que aprender com tecnicos mais velhos e mais experientes, O Maior exemplo e o de Phil Jakson com o Tex Winter. Infelizmente no Brasil pessoas com capacidade e milhagem rodada e que poderiam agregar valor na elaboracao de um projeto visando a massimificacao do esporte em sua base, por nao fazerem parte do “grupo”, nao tem nenhuma oportunidade.
O Brasil esta prestes a disputar uma Olimpiada no Rio de Janeiro. Sinceramente, nao quero que o pais e o nosso esporte sejam humilhados em sua casa como foi a selecao de futebol. Quero uma equipe forte, vibrante, jogando um basquetebol brasileiro, solto com fluencia continua de bola e homen, incluindo defesa agressiva e contra-ataque e utilizando os arremessos de tres de uma forma equilibrada.
Caso o Magnano coninue, este precisa reavaliar os seus metodos de treinamentos e filosofia de jogo e adequa-los as caracteristicas individuais dos jogadores que integram a equipe como tambem a dos nossos adversarios pois nenhuma das selecoes que participarao da Olimpiada sao desconhecidas da comissao tecnica.
No mais – desejo ao esporte da bola laranja – uma boa sorte e um futuro mais promissor!
Amigos… reafirmo minha convicção de que, salvo não houver um reavivamento coletivo das pessoas que comandam o basquete brasileiro,
corremos o risco de grande vexame jogando dentro de casa na próxima olimpíada…..inclusive dos atletas que são convocados a participarem da seleção nacional, no
sentido de entenderem o quanto vale vestir a camiseta do Brasil ( alem do baixíssimo nível técnico, esse time da Copa América foi ” treinar” lá no México…uma vergonha!!)
…..outra coisa: não temos um padrão de jogo definido…na verdade qual o estilo de jogo do basquete brasileiro?…se é que algum dia existiu…
.não apresentamos nada ,porque não existe nada …em nenhuma seleção, da base até o adulto…atletas fracos tecnicamente, incapazes da leitura correta do jogo…
algumas vezes até perdidos em quadra..isto sim
Treinadores Paulo e Walter….realmente todo mundo esta jogando do mesmo jeito pelo mundo afora…é pick´s, passing game´s e um monte de outras bobagens….
mas o que sempre prevalecerá nesse esporte é a qualidade técnica superior , uma tática muito bem entendida e coordenada do conjunto,
e a vontade de vencer…o Basquete é um JOGO TOTAL…e o Brasil não apresenta nada disso daí…não esta preparado para isso….
..lamentável..
acho que primeiramente deveria ser definido desde a gurizada qual o Brazilian basketball style.
A LOS LECTORES DE LA PAGINA DE MI AMIGO PAULO
El progreso de un pais inicia con la calidad de profesores que una sociedad tiene…..y el caso del basquetbol no es la excepcion.
Algo que la sociedad ( cualquiera esta sea ) tiene que entender es que el entrenador de basquetbol es un profesor…y este tipo de profesionales necesita de una seria instruccion…pues de no hacerlo …tristemente un mal professor / entrenador …afecta la vida de mas de 20 generaciones de educandos , disminuyendo las posibilidades que los jugadores realmente alcanzen su potencial.
En ese sentido los cursos de tecnicos de basquetbol deben regresar a las universidades…probablemente con una estrategia instruccional innovadora…pero academicamente rigurosa .
El curriculo de formacion de un entrenador de basquetbol debe incluir …entre otros : estudiar a John Wooden…”Tex ” Winter…Bob Knight…Dean Smith…Clair Bee…Rick Pitino…Coach ” K ” etc.
Y esa diversificacion del conocimiento , de puntos de vista abriria las puertas para ampliar la vision de los actuales y futuros entrenadores del basquetbol brasileiro…
Y mi amigo… el prof. Paulo Murilo debe ser parte del equipo de trabaje para formular el programa de estudio .
Paulo es una persona altamente calificada….Que pena que continue siendo apartado simplemente por el hecho de — promover el libre pensamiento –.
Gil
Prezado Prof. Gil,
Possuimos tecnicos brasileiros com capacidade de ensinar igual ou melhor aos tecnicos citados pelo senhor para liderar os cursos de tecnicos e educadores brasileiros. Os tecnicos mencionaods em sua lista poderia servir de estudos, pois cada um possui um sistema e uma ilosofia que, no momento, nao necessariamente se encaixa a filosofia de jogo congruente com as caracteristicas de nossa cultura e material humano e as necessidades de nosso pais.
Se partirmos do principio de que os tecnicos estrangeirso tem que ser copidados ou que suas filosoias e metodos tem que ser adotadas ao sitema brasileiro, iremos repetir o mesmo erro de agora, ou seja, uma padronizacao de jogo que nao se adapta aos nosso jogadores e cultura.
O que falta e trabalho de fundamento – proessores que trabalhem o basico, que saibam ensinar e que tenham pedagogia para aplicar seus ensinamentos de acordo com a faixa-etaria dos jogadores.
Os tecnicos mencionados pelo senhor, e pelo que eu sei e pesquisei, nunca trabalharam com massificacao do esporte e com o desenvolvimento de novos jogadores (trabalho de base). Eles tinham uma filosoia e um estilo de jogo, por sinal eiciente, poreme a maioria deles conseguiram ter o poder de escola e selecionar os atletas, o material humano, que melhor se encaixava em suas filosofias de jogo.
O trabalho destes tecnicos mencionados pelo senhor e apenas tecnico e estao em um nivel muito acima do nivel brasileiro especialmente para as necessidades do momento ou seja – desenvolvimento da base.
..concordo com o Prof. Walter e acrescento:…além de todo problema na base que é enorme…tem caras (treinadores..a maioria deles) pensando exclusivamente em resultado nas categorias inferiores…basta ver nas competições…um exemplo é o exagerado uso de defesas por zona…camufladas de defesa mista nestas categorias!!!…absurdo total…já começa muito errado.
Vejo um Magnano muitas vezes desesperado no banco…porque os atletas não conseguem executar/entender movimentos!!!….vocês treinadores de elite, estudiosos, devem saber…o quanto é inquietante ter nas mãos atletas “de ponta” despreparados, pobres em fundamentos, muitas vezes desinteressados ou cheios de soberba… casos assim, treinador nenhum, por mais capaz que for irá resolver.
Ola Joao,
Concordo com voce. Infelizmente, o sistema e falho, principalmente na formacao de professores e na falta da educacao fisica formativa nas escolas.
O esporte de elite – praticado nos clubes – e antagonista e massimificacao do esporte como meio de educacao no pais.
Infelizmente, estamos investindo, milhoes de reais “verba publica” para a construcao de ginasios e estadios faraonicos e obsoletos para a nossa realidade, esquecendo o basico, ou seja, melhorar as instalacoes e infra-estrutura das escolas publicas no pais.
O problema e grave e nao sei se ja chegamos ao irreversivel, pelo menos para esta e a proxima geracao.
APORTANDO ALGUNAS IDEAS DE ALGUNOS MAESTROS…DESDE MI PUNTO DE VISTA…
John Wooden :
” Ya que la mas importante de las responsabilidades del coach en relacion a su rol en el basquetbol es enseñar a sus jugadores de manera adecuada y efectiva ejecuten los diversos fundamentos del juego , por lo consiguiente … el entrenador es un professor “.
Bob Knight :
” El exito de los equipos de basquetbol normalmente dependen de dominio que tengan de los fundamentos del basquetbol. El entrenador debe tomar en cuenta que una solidad filosofia de juego es sinonimo de una excelente enseñanza de los fundamentos del deporte. ”
Bob Cousy .
” Cada entrenador deberia desarrollar su propia filosofia en lo referente a basquetbol…basado en su conocimiento del deporte..y nada funciona sin el desarrollo de las destrezas individuales…El entrenador debe estar consiente que el constituye una influencia fundamental en sus jugadores durante sus años formativos..tiene que ser una persona educada, un caballero con altos ideales y firmes principios ” .
Fred ” Tex ” Winter .
” El exito de un entrenador esta en sus habilidades de enseñar…La habilidad de enseñar las destrezas fundamentals ( fundamentos del basquetbol ) a cada de sus jugadores en fundamentalmente importante…el jugador tiene que comprender que su talent natural solamente lo llevara hasta cierto nivel “.
Red Holzman .
” Los fundamentos del basquetbol son los mismos para cada jugador…ellos nunca cambian…Es simplemente la manera en que los fundamentos son aplicados…con mayor explosividad…destrezas…pero nunca cambian
Cada entrenador tiene su propia filosofia …pero al margen de esta….la aplicacion de los fundamentos en un partido..es la que la hara funcionar o no .
Branch McCracken .
” El dominio de los fundamentos son la columna vertebral de cualquier equipo de basquetbol que se precie de ser exitoso. El correcto balance corporal, pasar , cachar etc.
El jugador debe practicar los fundamentos hasta que los ejecute automaticamente. ”
Mike Krzyewski ..Coach ” K “.
” Es importante lo que usted sabe como coach, pero lo que realmente es importante es ….lo que sus jugadores pueden ejecutar bajo las reales condiciones de un partido…..
No podemos decir que nuestros jugadores son estupidos…porque quizas los estupidos somos nosotros al no analizar nuestro Sistema para conocer si lo que estamos enseñando es demasiado dificil de comprender y ejecutar por nuestros jugadores….en ese aspecto como entrenadores debemos tomar en consideracion el nivel de destrezas de nuestros jugadores…”
Prezados Walter, Gil e João, belo debate o de vocês, e nem quis interferir, a não ser agora quando publiquei um artigo que pode responder algumas das questões colocadas por vocês. O blog a cada dia alcança um degrau a mais no entendimento pleno do grande jogo, e espero que galgue outros mais. Um abraço a todos, Paulo.