A VITORIOSA (?) CONVERGÊNCIA…
E agora Paulo, quais seus argumentos sobre e contra a convergência tão debatida por você, e a dupla armação, diga ( ou justifique) lá…
É cara, frente a tão impactante resultado, e metendo 91 pontos numa equipe que não é qualquer uma, fica difícil, mas não impossível, explicar o que ocorreu de verdadeiro nesta partida surpreendente…
Vamos lá então, começando com um número que merengue nenhum ousaria sequer imaginar, ou seja, perder para uma equipe que arremessa 17/32 de dois pontos e 16/33 de três, onde dois de seus alas pivôs Jefferson e Hettsheimeir) atingem a marca de 9/17 lá de fora e 4/10 no garrafão, numa claríssima opção pelo jogo exterior, ao preço que fosse, o que levantou um comentário do Lulli, armador espanhol – Eu acho que isso são desculpas, somos o Real Madrid e ninguém deve dar essas desculpas. Tivemos pouco tempo treinando todos juntos, mas jogamos juntos o ano passado. Sobre a marcação do pick and roll do Bauru, eles foram bem, alguns chutes de três caíram inclusive quando estavam bem defendidos – afirmou. Pelo comentário deduz-se que de forma alguma a sua equipe estava preparada pera enfrentar os pivôs de três de Bauru, sequer em pensamento, quanto mais na realidade de algo impensável para eles, que uma equipe atuasse numa decisão convergindo daquela forma, que quando vêem as bolinhas caírem, bem, fica muito difícil…
Mais do que clara a óbvia opção dos europeus para o segundo jogo, caírem em cima da dupla, obrigando-a a cortar para a cesta, onde seus fundamentos não são lá essas coisas, em contraste ao Meindl e o Alex que batem com vontade lá para dentro, permanecendo os dois grandões e mais o Gui, mais afeitos às bolinhas, e tudo isso sem contar com uma dupla armação poderosa, com o Fisher e o Boracin,em nenhum momento acionada pelo técnico Guerra, frente a permanente dupla espanhola, em tudo e por tudo capaz de acionar os pivôs bem lá dentro, para ai sim, voltar a bola de dentro para fora na busca de arremessos, que não serão tão abundantes como o do jogo em que bateram os campeões europeus, que terão de contestá-las no nascedouro, se quiserem retornar com o caneco…
Mais o que mais me impressionou foi a verdadeira festa protagonizada pelo célebre Oscar, assistindo embevecido a continuidade de seu modo de atuar fundamentado nas bolas de três, onde convergências não importam, desde que elas caiam, ou sejam permitidas por defesas amorfas e preguiçosas, mesmo que compostas por campeões europeus, asiáticos ou marcianos…
Somente advirto que defender fora do perímetro exige mais técnica do que vontade e raça, exige sólidos fundamentos e banco a altura de titulares, o que os espanhois tem de sobra, conforme demonstraram na euroliga, duvidando muito que “banquem” de novo a liberdade que deram ao Bauru, que tem de se preparar para vencer na cozinha espanhola, e para tanto somente uma dupla armação que os sufoquem em todo o perímetro, permitiria que os rápidos pivôs lá sejam lançados em vantagem, para de 2 em 2, e eventuais, livres e equilibradas bolinhas possam sair em vantagem, a não ser que vejam liberados os espaços que encontraram, podendo repetir mais uma vitoriosa convergência, que levou o Nocioni a comentar que nunca enfrentou na Europa ou nos Estados Unidos uma equipe que atuasse daquela forma, e que para tanto uns ajustes defensivos tem de ser providenciados.
Fico curioso no que vai dar, de verdade, mas não a ponto de repetir um comentário na rede que afirma não importar se o Bauru perca de 30 ou 40 pontos, pois já provou ser capaz de enfrentar os melhores…
Bem, como o técnico Laso diz estar no intervalo de um longo jogo, onde a vitória por mais de um ponto o torna campeão, prefiro acreditar que o bom senso tático, resultante de uma bem montada estratégia de jogo, se faça presente e atuante por parte dos paulistas, para ai sim, confirmar, ou não, se a convergência é a nossa proposta para 2016, no que seria … Digam vocês.
Amém.
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Prezado Paulo.
Foi um jogo muito bonito. O real não esperava ser batido e em certos momentos tentaram se impor pelo nome “Real madrid”. Foi um dia de muita sorte para os chutadores de fora, mas também podemos ver o como é bom o Ricardo Fischer. Não se incomodou com a presença dos dois grandes armadores espanhóis. Fez de tudo um pouco.
Perdemos no domingo, o real fez exatamente o que o Sr. descreveu acima, contestou os chutes de fora e trabalhou na sua cozinha.
Foi um belo jogo. Temos potencial mas nos falta organização e vontade dos que mandam.
Abraço
quim
Prezado Quim, no artigo de hoje acredito que complemento seus comentários sobre o jogo final. Obrigado. Um abraço, Paulo Murilo.