CONSTATANDO, LAMENTANDO, SUGERINDO…

RecuperaImagemRecortada-003

Finalmente aconteceu o que nunca deveria ter acontecido, na medida em que toda aquela “ gente” escondida e escamoteada pelo anonimato nas mídias “ especializadas” da modalidade jamais teve a coragem de lutar aberta e responsavelmente pelo grande jogo, dando as suas abençoadas caras aos tapas da dolorosa realidade que agora expõe e fragmenta nosso indigitado basquetebol, finalmente lançado ao colo de um COB voleibolista, e de um ME absolutamente incompetente, ambos politicamente alinhados ao desporto de “ alto nível”, em um país que ainda discute se a educação física deve ou não pertencer ao currículo básico das escolas no país. Agora mesmo, a Finlândia acaba de estabelecer seu currículo básico, tornando somente três disciplinas obrigatórias, a linguagem, a matemática e a educação física, claro, por não ser uma nação de primeiro mundo, como o nosso imenso,desigual e boçal país…

Se até o momento do desenlace dessa imensa tragédia, coube ao COB e ao ME financiarem a permanência da atual administração da CBB, injetando vultosas verbas, garantindo a incúria e descalabro lá existente, tornando por isso impossível sua capacidade de retornar ao lugar de segundo desporto no gosto popular do brasileiro, lugar este tomado desde a perda política do patrocínio do BB, fator crucial na escalada técnica do vôlei, feita e concretizada por excelentes técnicos de quadra, inteligentemente voltados ao alto nível, e distantes da formação massiva de base, já que regiamente forrados de verbas federais…

Muitos poucos lutaram às claras contra toda essa enxurrada de desacertos e incúrias administrativas, capitaneadas por elementos despreparados e totalmente voltados aos seus interesses pessoais, monetários principalmente, lá colocados por um colégio eleitoral fechado e comprometido com as benfeitorias irmãmente distribuídas, todos garantidores, por suas incapacidades, do domínio e reinado quase absoluto da nova “ paixão” do povão, o voleibol, que na recém finda olimpíada somente alcançou a quinta posição na preferência da torcida brasileira, mesmo sendo campeão, vendo o estraçalhado basquetebol na terceira…

Muito bem, o grande jogo estará até 2020 nas mãos da FIBA, do COB e do ME, ou seja, em nada evoluiremos em projetos de base, de massificação, de desenvolvimento escolar, pois sequer o MEC estará presente, ausente que teima em estar quando frente a desafiadora indústria do corpo, maleficamente instalada nesse imenso e desigual país, quando a perda da sua monumental clientela juvenil jamais poderá ser colocada em jogo, com projetos de educação física em escolas e universidades, jamais, pois é muita grana a ser conquistada, ao preço que for, mesmo que às custas da ignorância de seu povo…

Mas algo, mesmo emergencial, ainda poderia ser tentado, antes que pudéssemos dar o definitivo salto para dias melhores, que hão de vir, que terão de vir, sob o preço de afundarmos definitivamente no terceiro mundismo, algo que poderíamos fazer para dirimir, ou mesmo equilibrar a votação federativa espúria e de cartas marcadas, que tanto empobrece o cenário desportivo nacional, tornando realidade a possibilidade de indicarmos verdadeiros representantes, que elegeriam o poder confederativo de uma forma mais evoluída e equânime, já que democraticamente mais estável, o aumento da massa votante, dando às associações de técnicos estaduais, que deveriam ser estabelecidas sob a égide e orientação técnico administrativa por uma de caráter nacional, também votante, somadas a dos árbitros, todas fazendo companhia a dos jogadores, que faz parte do colégio eleitoral confederativo. Teríamos os atuais 28 votos acrescidos de mais 29 regionais mesmo, criando o salutar equilíbrio de forças atuantes no soerguimento do grande jogo no país…

Sexta feira agora, dia 25, a ABTT fará realizar em São Paulo, no Hotel São Paulo Inn Loft, das 10:00 às 14:00hs, um congresso para discutir as questões mais determinantes para o soerguimento da modalidade, e, se tivesse sido convidado, seria a proposta acima que exporia naquele plenário. Mas como bem sei que não o serei, sugiro que ao menos estudem a proposta acima, que garanto ser perfeitamente realizável, tendo como precedente condição o direito a voto da associação de jogadores, e nada mais objetivo e plausível que, no espaço temporal que nos separa de 2020, quando cessará a intervenção tríplice, não tenhamos a oportunidade e competència de termos uma associação de técnicos organizada nos 27 estados da federação, que somadas a nacional e a existente dos árbitros, duplicássemos o colégio eleitoral, dotando-o do equilíbrio fundamental ás escolhas geridas pelo mérito, pela experiência e pela comprovada competência.

Seria essa a minha colaboração aqui publicada neste humilde blog.

Amém.

Foto – Reprodução da TV. Clique duas vezes na mesma para ampliá-la e acessar a legenda.



Deixe seu comentário