UM OLHAR INQUISIDOR…

 

Estão chegando ao fim os jogos do playoff do NBB, com o Franca já classificado para uma final contra o Flamengo ou o Botafogo, que decidem nesta semana quem duelará com a equipe paulista, que aniquilou com três inquestionáveis vitórias a equipe do Mogi, que abdicando lamentavelmente de se defender, permitindo passivamente uma enxurrada de bolas de três (11/29 no primeiro, 16/39 no segundo, e 18/31 no terceiro), apresentando um sistema de jogo acéfalo e destituído de qualquer lógica tática, despediu-se de forma melancólica da competição…

Franca vem forte, porém privilegiando seu poder ofensivo em torno dos arremessos de fora, a tal ponto, que seus pivôs vem costumeiramente tentá-los, fragilizando seus rebotes ofensivos em muitas e importantes ocasiões, fator que se bem explorado pelo seu adversário nas finais, poderá causar sérios problemas para a equipe…

Aqui no Rio, o confronto de terça feira se apresenta com um novo cenário, desenhado e esquematizado no jogo de ontem, quando o Botafogo, energizado com uma nova postura ofensiva, o venceu (81×77), realçando o jogo interior, mas ainda abusando das bolas de três (10/24 e 16/39 nas de 2), defendendo individualmente com poucas dobras, possibilitando contestações mais presentes e efetivas aos arremessos de fora, porém cometendo faltas em demasia no âmago de sua defesa, com o Flamengo perdendo 14 lances livres num 26/40 comprometedor, suficientes para encerrar a série sem maiores problemas. Se os alvinegros contornarem o exagero faltoso, diminuírem mais um pouco a chutação de fora, e partirem resolutos para o embate ofensivo interno, defendendo seus rebotes, e travando um pouco mais a velocidade rubro negra, tem chances de ir para o quinto jogo, assim como, se o Flamengo estabilizar sua equipe, mantendo a dupla armação com o Balbi e o Derik por um período maior, e seus altos e rápidos alas pivôs Marcos (Olivia), Nesbitt e Mineiro (Varejão), com tempo necessário para realmente se entrosarem, sem as constantes trocas que vem marcando sua equivocada forma de atuar, sem dúvida alguma se candidata à final com os paulistas…

No mais, dando uma volta hoje pelos canais esportivos da TV, me deparo na ESPN com um pavoroso jogo feminino pela LBF, onde os fundamentos individuais ficaram nas calendas gregas, e os coletivos, nem isso. Uma pena ver tanto desperdício de jogadoras jovens e altas, porém anos luz no domínio dos fundamento básicos do grande jogo, mas nada que o candidato maior para ensiná-las, treiná-las e orientá-las na seleção, servindo de espelho para as demais, com sua transcendental experiência no basquetebol feminino não possa suprir com sua prancheta mágica e milagrosa…

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique duplamente nas mesmas para ampliá-las.



Deixe seu comentário