AS ESPAÇADAS DEFICIÊNCIAS…

 

Sem maiores perdas de tempo e rapapés desnecessários e fúteis, vamos ao que realmente interessa, a começar com um comparativo mostrado nas duas fotos a seguir…

Que tal a similitude, o “espaçamento” idêntico (claro, cópia canhestra do que se denominou como “sistema ideal para o nosso basquete”), órfão de fundamentos bem praticados, sequer corretamente ensinados desde a base, logo, difundido ao máximo, propiciando as penetrações baseadas na velocidade e força, onde a ambidestralidade na condução da bola é dispensável, frente a atitudes defensivas carentes do mais primário conhecimento técnico, agora escravo das faltas “inteligentes”, jamais utentes das verdadeiras e solidamente adquiridas habilidades antecipativas, de acompanhamento, de equilíbrio, de presença constante e combatente a uma penetração de que lado for, enfim, do exercício na arte de defender…

Então, é o que estamos vendo, de forma progressiva, acontecer no nosso indigitado basquetebol, espaçamentos, inclusive dos pivôs, desenfreadas penetrações, defesas batidas como se não existissem (cada vez mais rareiam os lances livres), que praticadas por ambos os contendores, dividem com a mútua chutação de três, a preferência de craques e estrategistas, numa correria descerebrada e acima de tudo, burra, na acepção do termo…

Porém, como numa lufada de vento, num deserto escaldante de asneiras, uns poucos jogadores ensaiam defender com alguma inteligência, que de tão poucos, se revezam ano após ano como os premiados neste fundamental quesito, exercendo seus pendores sobre atacantes diferenciados, na habilidade, na velocidade, ou pela estatura, qualidades que se bem estudadas podem oferecer boas pistas de como marcá-los, por exemplo, se ambidestro nos dribles, nas trocas de mão ou nas reversões, propiciando as suas equipes boas oportunidades de alcançar resultados vitoriosos, exemplificado neste segundo jogo na eficiente marcação do Marcos, quando seus marcadores não permitiam seus longos arremessos, evitando os dribles de direita, sabedores (?) de sua canhota ineficiência, somente abrindo espaço para possíveis 2 pontos, e mesmo assim em progressão pela esquerda, atitudes estas que o fizeram atingir somente 4 pontos, retirando dos rubro negros no mínimo, mais 10 ou 15 pontos cruciais…

Sem a notória eficiência de seu melhor jogador, somada ao desenfreado entra e sai de jogadores, dentro da premissa de manter a pressão física e técnica próxima ao índice ideal de produtividade da equipe, fator que se altera normalmente pela combinação individual de seus jogadores em seus diferenciados ritmos e humores pessoais, onde o fator tempo necessário ao entendimento em conjunto, se torna ineficaz pelas trocas constantes…

Franca usou e abusou na exploração dessas deficiências da equipe carioca, onde a anulação de sua maior estrela foi a definitiva razão de sua derrota, que se repetirá logo mais se uma mudança, até radical, de comportamento tático e grupal (por eemplo, maior intensidade interior e menos chutação) não for providenciada, mesmo que, numa teimosa repetição, seu marco (sem trocadilho…) regulatório continue a ser marcado eficientemente,,,

As duas fotos acima, sem dúvida alguma, reflete nossa triste e confessa realidade, da mais triste ainda ausência de atenção aos fundamentos do grande jogo, de tal e acintosa maneira que, espaçamentos são providenciados a fim de que tatibitates jogadores obtenham espaços para correrem mais ainda nos dribles unilaterais, frente a defensores mais ainda despreparados nos princípios e conhecimentos básicos de como se comportarem dentro de uma quadra de jogo ao defenderem, apoiados por estrategistas ineptos ao efetivo ensino dos mesmos, como devem ser ensinados, na elite e na base, indistintamente, por serem as ferramentas indispensáveis ao exercício do grande, grandíssimo jogo, infeliz e lamentavelmente omitido pela grande maioria deles…

Sistema único, espaçamentos opcionais, chutação anacrônica de três, constituem o trágico retrato do nosso basquetebol, espelhado que será mais adiante nas seleções que nos representarão nas competições internacionais,inclusive a indigitada e abandonada feminina, premiada com a prancheta mais fulgurante, midiática (põe midiática nisso), comboiada por uma vasta comissão especializada e altamente experiente na categoria feminina, numa conquista meritória e tecnicamente imerecida…

Que os pacientes e já descrentes deuses nos ajudem…

Amém.

Fotos – Reproduções da TV e divulgação da mídia. Clique duplamente nas mesmas para ampliá-las.



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