NA MÔSCA…

 

Ao término da partida, o comentarista da Band sentencia – “Se lá no Rio, o Flamengo quiser levar para o quinto jogo, terá de melhorar nos arremessos de 2 pontos, já que hoje apresentou uma baixa porcentagem”, e nada mais foi dito…

Até concordo com ele, mas ressalvo algo mais impactante – Como uma equipe quer vencer um duro campeonato convergindo dessa maneira (11/32 nos 2 pontos e 13/36 nos 3, contra outra, porém mais atenuada convergência  de 23/36 e 7/29 do Franca), num jogo de tal importância, como?…

Foram 23 bolas desperdiçadas em arremessos longos, muitos contestados, e que deram oportunidade de contra ataques seguidos para os francanos em número próximo ao que presentearam os cariocas, pois erraram 22, contudo compensados pelos 23 acertos de 2 pontos, contra os 11 do Flamengo, suficientes para levarem uma vantagem preciosa na disputa. E aí lembremos as continhas que sempre proponho que sejam levadas a sério, ou seja – Aquela equipe que trocar consciente e planejadamente a metade de suas tentativas na chutação de três, por um jogo mais concentrado nos bons pivôs que as compõem, certamente vencerá o próximo jogo, de 2 em 2 e de 1 em 1, pausada e pacientemente, com folgas, e mais do que nunca os rubro negros necessitarão cumprir essa regra, senão…

O outro e importante fator, que já expus bastante nesse humilde blog, se prende a desvairada trocação de jogadores por parte da equipe carioca, não dando a menor chance para a estabilização técnica e estratégica de um quinteto em quadra, seja na formação que for, ficando parecendo ser de vital importância para seu técnico o controle total e quase absoluto das jogadas desenvolvidas em quadra, que tem de ser por ele referendadas e assinadas por toda a duração da partida, numa incessante interferência visual, gestual e verbal, fatores que restringem e até retiram, em muito, o comportamento prático dos jogadores, principalmente no aspecto criativo, que é o componente mais importante e decisivo num jogo de basquetebol, pelo inesperado, antítese da mesmice, e da inalcançavel repetição de jogadas pré programadas, que jamais se repetem, pelo tempo que for…

Do lado de lá acontece mais ou menos o mesmo com o iniciante técnico, porém tendo em quadra uma trinca permanente de jogadores que se revezam na armação, com uma sutil diferença, a de terem mais liberdade de criação, principalmente pelo seu americano, conhecido de sobra por sua personalidade independente e decisiva dentro da quadra, fatores não muito aceitos em sua passagem pela equipe carioca, onde o comando anterior e o hodierno, não se sentem à vontade quando contestados fora das pranchetas…

No mais, aguardemos o próximo embate, com amplo espaço para treinos e acertos, mas que não sejam focados primordialmente para a calibração das bolinhas, e muito mais voltado ao mortal jogo interior, e a uma defesa mais cerebral do que física, pois só defende quem sabe, e não quem pensa saber…

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique duplamente nas mesmas para ampliá-las.



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