SUTÍS DETALHES…
De saída comparemos esses dois relatórios estatísticos:
Argentina 82 x 73 USA
(58,9%) 23/39 2 21/33 (63,6%)
(17,3%) 4/23 3 8/30 (26,6%)
(82,7%) 24/29 LL 7/10 (70,0%)
37 R 34
10 E 17
Brasil 86 x 76 Canadá
(64,5%) 20/31 2 15/40 (37,5%)
(30,7%) 11/36 3 10/22 (45,4%)
(100 %) 13/13 LL 16/19 (84,2%)
47 R 28
18 E 10
E o que constatamos? Que Argentina, USA e Canadá priorizaram os arremessos de 2 pontos, e a equipe brasileira os de 3 pontos, mas atingindo sua mais elevada porcentagem nos de 2 pontos (64,5%), e no excelente aproveitamento nos lances livres (100,0%), e supremacia nos rebotes (47/28), fatores que lhe deram a vitória, apesar dos 18 erros de fundamentos. No entanto, a Argentina focou prioritariamente no jogo interior, e de tal forma, que forçou os americanos a conceder 29 lances livres, com os argentinos convertendo 24 deles, alcançou 3 rebotes a mais e cometeu 10 erros de fundamentos…
Com as quatro equipes semifinalistas atuando com duplas armações, pesado jogo interior, alimentado por armadores qualificados, com alguma supremacia dos argentinos, mais técnicos, experientes e criativos, com maior permanência em quadra, ao contrário da excessiva rotação brasileira, quebrando a unidade da equipe em muitos e importantes momentos da partida, contrastando a maior linearidade portenha…
Claro que foram jogos distintos, porém, como todas as equipes atuaram num mesmo sistema de jogo, similaridades ocorrem, no desenho das jogadas, nos deslocamentos, e na tendência antecipativa das defesas, pelo conhecimento de todos sobre ações repetidas e padronizadas. Essa linear realidade, propicia o estabelecimento de criações e improvisos pontuais, por parte de armadores experientes e rodados, e nesse ponto os argentinos se destacam, inclusive como ótimos pontuadores…
A equipe brasileira, que daqui a um pouco decidirá com a argentina a Copa América, terá de definir algumas escolhas, sendo as mais importantes de difícil aplicação, como uma rotação mais seletiva dos armadores, com o Huertas, Benite e George na rodízio básico, e o Yago no incidental, priorizando a utilização de pivôs próximos a cesta, num embate direto aos bons pivôs argentinos, e alas pivôs mais estáveis e experientes, mantendo-os o mais tempo possível dentro da quadra, pois a economia de energias numa partida final se torna anacrônica. Priorizar o jogo interior, economizar nas bolinhas inconsequentes, defender com mais proximidade os excelentes armadores argentinos, o mais próximo que a regra possa permitir, e a cereja do bolo, marcar os pivôs frontalmente, sem receio de passes por cobertura para os mesmos, atenuados e imprecisos por conta de uma marcação intransigente dos armadores, seriam as armas contundentes para vencer uma partida importante para o soerguimento do grande jogo entre nós…
São pequenas e econômicas observações, porém repletas de sutis detalhes, importantes e pontuais, merecedoras de uma análise, nem que fosse por mera curiosidade…
Peço aos deuses que nos ajudem, apesar das bolinhas…
Amém.
Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.
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