O QUE ME PREOCUPA…

Uma seleção incompleta, mas com alguns muito bons jogadores, infelizmente descaracterizada por um horrendo uniforme.

Me preocupa o peso de uma estreia olímpica, com seus temores e incertezas, mas o que mais me preocupa é a constituição de nossa equipe, ferida por duas sérias contusões ao término da classificação, de dois de seus armadores, o Raul e o Yago, originando a acertada convocação do Elinho e do Alexey para substituí-los. No entanto, pela rápida recuperação da dupla, segue a seleção com sua constituição original. Mas fica a dúvida, estarão mesmo plenamente recuperados para uma competição de tiro curto e exigências físicas elevadas, pois nessa condição estarem 100% em forma é absolutamente prioritário, pois em caso contrário o cerne criativo da equipe como um todo, fica seriamente comprometido…

O outro temor é o de não termos alguns reservas que lá estão, a altura de manter um aceitável nível técnico de titulares das posições de ala pivô e pivô, no caso o João Marcelo e o Felício, ambos bons jogadores, mas inferiores em velocidade e técnica a jogadores que foram injustamente esquecidos, como o Jaú, o Deodato, o Márcio, entre outros que aqui ficaram, para atenderem ao sistema de jogo adotado pelo Petrovic, cuja queda vertical de performance técnica se torna irrefutável com a presença dos que lá permanecem..

A seleção irá para o confronto com a França daqui a algumas horas, contando com oito jogadores razoavelmente inseridos aos princípios técnico táticos do Petrovic, pois o Didi ainda não se nivelou aos mesmos, ficando no ar a instigante questão – Serão suficientes para desbancar os donos da festa? Torço timidamente para que sim, porém…

Não à toa o Marcio e alguns outros jogadores se mudam para o exterior, pois fica patente que essa decisão é o caminho mais seguro para uma convocação para uma seleção nacional, qualificando-os economicamente ao mercado interno, em confronto a incertos ganhos no hiper disputado mercado europeu e americano. Além, é claro, daquele ambicionado mercado, estar sob a égide de uma CBB duelando com uma LNB pela representatividade do grande jogo perante o mundo, numa egolátrica competição, que somente faz regredir o basquetebol, outrora vibrante e vencedor, aqui e lá fora, com quatro medalhas olímpicas e três mundiais, sendo a terceira força mundial no século passado…

Quem sabe os deuses se apiedem de nossas incorrigíveis fraquezas técnico administrativas, e nos doem um pouquinho de suas ajudas, quem sabe…

Amém. 

Foto – Divulgação CBB. Clique duplamente na mesma para ampliá-la.



2 comentários

  1. […] alas pivôs, mais técnicos, mais velozes e flexíveis, fator que expus no artigo anterior, como o Jaú, o Deodato, o Márcio, que acrescentariam energia e velocidade para vencer, […]

  2. […] e condução de uma errática, desgovernada e desequilibrada equipe, aspectos dispostos nos dois artigos antecedentes ao de agora, vítima e refém dos longevos erros técnico administrativos, que tanto […]

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