TAPETEBOL RIDES AGAIN.
Em um dia do ano passado um ex-assistente técnico de seleção brasileira afirmou em uma entrevista que ser assistente era a melhor das posições,pois no caso de um fracasso quem se arrebentava era o técnico principal.Respaldado nesta magnífica declaração publiquei o artigo “Tapetebol,um desporto nacional”,no qual tento esclarecer o que considero ser a verdadeira função de um assistente no seio de uma equipe diretiva,na contra-mão do que vem se tornando praxe nos relacionamentos que deveriam existir para o sucesso integrativo da mesma,até nas derrotas.Sei que preguei em um deserto onde impera a insensibilidade de princípios,e até da palavra empenhada.Em suma,afirmo com total convicção que a posição de assistente se resume no sentido etmológico do termo,assiste o técnico em seu trabalho,integrado em seus conceitos e liderança.Ações contrárias e publicamente divergentes traem o princípio de unidade da comissão,as quais deve o lider obliterar e se necessário expurgar.A sintonia entre esses profissionais deverá SEMPRE ser atingida em torno dos conceitos do líder,conceitos estes aceitos,discutidos e postos em prática,e eventualmente realinhados através detalhamentos emanados pelos assistentes,e mesmo assim quando solicitados.Estes,não concordantes com a liderança deverão se afastar para que não
ocorram quebras de hierarquia,que é exercida por pleno direito de quem se responsabiliza pelo comando, e se não o fizerem deverão ser afastados pelo lider.Em hipótese alguma qualquer dos assistentes deverá expor objetivos técnico -táticos,
mesmo como “sugestões” fora do âmbito íntimo da equipe,principalmente através da
mídia jornalística,fator que tende a fragmentar as relações de confiança que consolidam o teor da mesma.Mas porque abordo esta questão? Simples,está num site da internet uma entrevista de um dos atuais assistentes da seleção brasileira,que entre
opiniões e colocações de teor técnico-tático discorre sobre a preparação da seleção,
que com a ausência do pivô Nenê deverá sofrer uma grande reforma na maneira de atuar,
tendo inclusive já ter passado ao técnico principal a idéia de como fazê-lo,e mesmo já ter marcado uma reunião na ocasião de sua volta do exterior,onde trocariam as informações necessárias,e não satisfeito menciona o fato de ter antecipado sua volta
de Phoenix ao Brasil sem aceitar o convite do técnico do Dallas,pois seria complicado
aceitá-lo na fase final dos play-offs.Realmente se considera o máximo o nosso assistente técnico. Não é por acaso que alguns jornalistas já vinham ensaiando em seus comentários suas preferências ao nosso assistente para substituir o titular,o
mesmo que afirmou o que mencionei no inicio do artigo,com uma diferença,a de ainda não ter quebrado a cara na direção da equipe,e torcendo estou para que isso não ocorra.Sábio é o outro integrante da comissão,que como todo bom mineiro exerce sua função com discrição,sem trombetas e marketing.Parabéns para ele.A seleção merece destino melhor,mas não dessa forma onde a liderança é tão “sutilmente” contestada.Que os deuses nos ajudem.