ÊRROS ESTRATÉGICOS

Foram três jogos treinos e três vitórias”incontestes”,isto para a nossa comissão técnica.Para o técnico americano e seu assistente Johnson,simplesmente o maior armador que passou pelo Boston Celtic,foram três ensaios de como vencer na hora do “pra valer”.Foi o jogo dos armadores,pelo menos dois de cada lado,evoluindo,driblando,assistindo nos momentos certos,mas com uma primordial diferença.Os nossos mais pontuando do que assistindo,os deles assistindo em condições de absoluta precisão aos seus especialistas de três pontos.O nosso grande especialista,Marcelinho,na maioria das vezes construia seus espaços,e quase sempre bem marcado ou com muito pouco tempo para um arremêsso mais equilibrado,já que nosso armador priorizava a pontuação e não a assitência.Como segunda opção,vimos por diversas vezes nossos homens altos virem para o perimetro dos três pontos tentarem eles mesmos o arremêsso casual e não especializado,ou tentarem penetrações sem as habilidades necessárias a tais ações,fragilizando dessa forma as disputas nos rebotes ofensivos.Defensivamente fomos muito bem nos rebotes e bloqueios,mas pecamos pela insistência da marcação zonal ante dois verdadeiros especialistas nos três pontos.Por sua experiência em uma liga que prioriza a defesa individual,deveria ter cabido ao Alex e ao Leandro a marcação dos dois arremessadores americanos,ainda mais que so faltavam 6 segundos para o término do jôgo e venciamos por um ponto.Nosso armador Nezinho e nosso especialista Marcelinho não tem posicionamento equilibrado e movimentação de pernas suficientemente hábeis para marcar os americanos,e foi o nosso pecado mortal.A equipe americana perdeu por três vezes nos jogos “ditos”preparatórios
mas aprendeu algo que utilizaram com maestria,como enfrentar um tipo de marcação a que não estão habituados,agindo como se a mesma fosse individual,ou seja,evitavam ao maximo os passes em torno do perimetro,e forçavam as penetrações frontais e laterais obrigando uma retração defensiva no miolo do garrafão deixando espaços mais do que suficientes para numa volta da bola de dentro para fora do mesmo encontrassem os especialistas absolutamente livres para os tiros fatais.Para uma escola que detesta,ou mesmo não se sente a vontade quando enfrentam defesas por zona,foi uma evolução preciosa a dos americanos,aos quais propiciamos com nossa proverbial receptividade as armas necessarias para nos derrotarem.Enfrentar adversários diretos
em vespera de grande competição,e por três vezes,é no minimo falta de discernimento,ou certeza absoluta de nos achamos superiores.Enfim é prova de inabilidade e despreparo estratégico.Agiram os americanos como os lutadores de judô,que utilizam a força do oponente para desequilibrá-lo e vencê-lo,e nos deram um belo e bem aplicado wazari.Nezinho não tem culpa da falta que cometeu.Culpado foi quem o escalou para exercer uma ação da qual não está e nunca foi preparado,transformar velocidade horizontal em vertical,obrigando o lançador a alterar a trajetória da bola.Se soubesse fazê-lo o arremesso sequer teria sido tentado.Treinar fundamentos é basico,mesmo em seleções,e principios de defesa individual é um dos principais.Os americanos sabem bem disso.Estratègicamente,dez para eles.

SORRIA,VOCÊ ESTÁ ENTRANDO NA COPA AMERICA

Sim,é melhor sorrir para não chorar,mas chorar bem devagarzinho para não incomodar um terçol,ou vá lá ,uma conjutivite,que nossos brilhantes médicos não conseguirão debelar até o inicio da competição na semana que vem.Também devemos sorrir pelo fato de não podermos contar com nosso outro pivô afastado por problemas particulares,e deveremos não mais sorrir,e sim gargalhar com a participação de nosso melhor armador em um prosaico torneio inicio nesse final de semana.Mas nos torceremos de tanto rir com o embarque em prestações da equipe para S.Domingos por problemas que a direção,ou comando não coseguiu equacionar a tempo.Um monte de historias mal contadas,mal geridas e principalmente mal explicadas,principalmente no caso dos pivôs.Ninguem corta jogadores de tal importância por causa de um terçol,ou conjuntivite,ou por problemas pessoais quando se trata de uma seleção que pretende disputar uma vaga para um mundial,ainda mais quando o outro grande pivô é considerado dispensável pelo técnico exatamente por ter em mãos e sob comando os dois agora dispensados.É um história que deve,tem de ser contada com todas as letras,com todas as implicações,ao vivo e a côres.Muito bem,promoveu-se dois outros jogadores que participaram do inicio do treinamento como um estágio de aperfeiçoamento,mas que não participaram de nenhum dos jogos preparatórios que foram realizados, jogos esses que,segundo os técnicos,seriam o apronto para a Copa que se aproxima.Se com os recentes dispensados a equipe não alcançou nem de longe o conjunto desejado,como se comportará agora com a inclusão de jogadores que sequer participaram de nenhum dos jogos realizados?Os sorrisos iniciais já se transformam em muchochos,os labios tendem a se crispar e uma teimosa lágrima já começa a se manifestar sorrateiramente.E tudo por falta de um planejamento,de uma previsão técnica,e até médica,ou mesmo preventiva,todas aquelas providências que nos privasse desse impasse que nos coloca na tênue fronteira entre o sorriso e o choro deslavado.Vão ser incompetentes assim no….Deixa pra lá,pois cada
desporto tem os dirigentes que merece.Que o tão celebrado G-9 trabalhe com afinco para se transformar em G-14,para ao invés de continuar uma luta de egos e campeonatos pararlelos,lutem para em maioria de federações defenestrarem essa turma de especialistas que arrazam com o basquete brasileiro.E antes que me esqueça,como já tinha previsto e escrito aqui nesse blog,as equipes dos técnicos da comissão que estavam na NLB já estão se bandeando para a CBB,pois um grupo afinado e unissono não pode ser separado.Que os deuses nos ajudem.Amén.

ARMADILHAS PARA UM LÔBO

Algumas décadas atrás,em um Campeonato Panamericano,a Seleção Americana só passaria para a fase final se o Brasil vencesse Cuba por mais de 5 pontos.Ao final do jôgo,no último ataque,com nossa seleção seis pontos à frente,nosso armador”perde” a bola no meio da quadra dando aos cubanos a cesta que derrubou os americanos,para total desespêro dos mesmos no alto das arquibancadas.Juras de que fora um acidente de jogo,um desequilibrio,um escorregão,não demoveram os americanos de sua revolta,mas o certo ou não é que voltaram para casa mais cêdo. E foi desse acontecimento,somados à final Olímpica de Munique e a derrota nos Panamericanos de Indianápolis,que os levaram a desistirem dos universitários nas competições internacionais.No mundo atual do desporto esperteza é a arma mais comumente utilizada,em qualquer setor,seja administrativo,seja competitivo.E não seria uma atitude esperta conotar alta qualidade ao Torneio que acabamos de assistir nas Alterosas.Foi vibrante e festivo?Claro que foi.Emocionante?Em algumas ocasiões.Técnico? Deixou muito a desejar,principalmente pelos arremedos de seleções que enfrentamos.Senão vejamos:A Canadense,desfalcada de 4 ou 5 jogadores que competem na NBA,e que certamente estarão em S.Domingos,e que após um primeiro jogo depois de 27 horas de viagem,venceu os americanos e endureceu conosco. Os argentinos,com uma seleção secundária,já classificada para o Mundial,e que tinha como função primordial “sentir”os possiveis adversários que lá chegarem,uma atitude esperta,mesmo que consideremos a rivalidade entre nós.Uma Campeã Mundial e Olímpica tem de se precaver e se guardar para quando for para valer.Os americanos,que tentam adaptar seu modo de jogar às regras internacionais,compareceram com uma equipe de jogadores que atuam na Europa e na Asia
sob a influência da FIBA,e demonstraram que ainda terão de apreender muita coisa,principalmente quanto às faltas pessoais,se quiserem voltar ao tôpo internacional.Quanto a nós,alguns aspectos saltam aos olhos,principalmente no modo de atuar.Ficou bastante claro que a produtividade e a segurança de jogo aumentava significativamente quando atuavam com dois armadores e homens altos rápidos e saltadores.Essa formação garantia os rebotes defensivos,ponto inicial dos contra-ataques,e dava maior dinamismo à defesa,fosse individual ou zona,pois em ambas os armadores pressionavam no perimetro permitindo atitudes interceptativas por parte dos homens altos,inclusive na marcação à frente dos pivos adversários.Foi um ponto altamente positivo. Por outro lado, quando na formação com um unico armador,
previlegiando-se a estatura da equipe,constatava-se uma queda na qualidade do drible e dos passes,obrigando os homens altos a sairem da zona restritiva para atuarem no perimetro,prejudicando os rebotes ofensivos.A defesa ficava mais lenta e mais suscetivel aos arremessos de meia distância dos adversarios,fator que propiciou algumas situações de dificil solução para a equipe.Também ficou provado,que em algumas situações em que a velocidade e a precisão fossem necessárias,a adoção de três armadores demonstraram quão eficiêntes podem ser,apesar da fragilidade dos adversários.Na verdade,ficou a seleção exposta negativamente quando atuou nos moldes dos adversários,quando praticou o mesmo sistema de passing game padronizado.Venceu e se distanciou nos placares quando atuou com a bola sob dominio,em velocidade,no drible inteligente e na marcação pressionada e insistente.Enfim,nos poucos quartos em que teve a coragem de inovar,de fugir um pouco de situações pré-estabelecidas fora da quadra, conseguiu dilatar os placares e demonstrar tacitamente que podemos,ainda que timidamente,sair dos sistemas coreográficos que insistentemente ainda se fazem presente.No momento que nosso técnico derrubar a pequena barreira que sistematicamente o separa de seus atletas,uma reluzente e pétrea prancheta,que tocá-los,olhar permanentemente nos olhos,sem desvios,que lhes falar direta e incisivamente,e que não permitir que assistentes o interrompam ou cutuquem seus ombros na ânsia de falar o que somente ele tem autoridade para falar,pois é o comandante,o responsável pelas táticas e estratégias a serem seguidas por todos. Para discussões existem os treinos,que é o lugar dos acêrtos e das dúvidas,e não a quadra de jogo.Aqui em nosso país,na presença de torcida e pelas redes de televisão
vemos todos os técnicos da comissão em pé ao lado da quadra darem instruções quando a regra internacional proibe tais manifestações,só liberando tais atitudes ao técnico da equipe,e mais ninguém.Quando de um pedido de tempo toda a comissão se reune em um debate,e quando o tecnico,como o porta-voz do combinado se dirige aos atletas se vê interrompido pelos demais,numa prova de que o que fora estabelecido não tinha razão de ser.Essas atitudes até agora aceitas,tendem a minar sua autoridade,principalmente
quando nas situações de decisão que enfrentará,sem dúvida nenhuma,no transcorrer
das competições que advirão.Isso tem de ser corrigido para que a equipe se una em torno de seu chefe,e não de chefes,que como ja afirmaram,têm “visões diferentes” dos problemas.O comando é que define a visão, e é o único responsável por ela,pois comando não se divide,se exerce.Corrigido isto,poderemos ter uma boa Seleção.

O MONUMENTAL DESPERDICIO.

Mais uma vez vamos às contas.Lápis e papel,ou uma prosaica calculadora de 5 reais de um camelô de nossa cidade.Não precisa de Laptops e Softwares sofisticados,basta um pouco de atenção.Então vamos:Se na pior das hipóteses,e num ritmo normal cada equipe pode ter a posse de bola 2 vezes a cada minuto,em 10 minutos de cada quarto teria 20 oportunidades ofensivas,e num jogo inteiro 80.No sistema adotado pela seleção brasileira,que é o mesmo adotado por quase 100% de nossas equipes,de qualquer categoria e faixas etárias,o armador,o célebre jogador 1,ao iniciar QUALQUER das fantásticas jogadas coreografadas,dá um passe,geralmente para um dos pivôs,fixos ou não,na zona dos três pontos,e corre por trás da defesa adversária,numa trajetória elíptica que o faz ressurgir do outro lado da quadra,ficando afastado do fóco da ação armadora,percorrendo uma distância de aproximadamente 20 metros,que por nossa conta inicial perfazeriam 400 metros de correria no quarto, estando fora de suas funções de”cérebro” da equipe.Se participar de 2 quartos do jogo,correrá 800 metros como preparação física,deixando a armação para os alas e pivôs muito mais bem preparados do que ele,é o que podemos deduzir perante tal desempenho.Se for daqueles maratonistas que jogam a partida inteira terá corrido ao final 1600 metros sem a posse da bola,o que convenhamos seria um recorde digno do Guiness.Façamos as contas agora dos pivôs que ante os mesmos números apresentados para o”cérebro”,percorresse,ida e volta,os aproximados 6 metros de sua posição para a zona dos três pontos,num total de 12 metros para servir de passador ou executar bloqueios que o tiram sistematicamente fora da zona reboteadora.Fazendo as somas teriamos 240 metros por quarto jogado,e se fosse imprescindivel sua participação em 3 quartos seriam 720 metros de desgaste inutil.Aos alas somem-se numeros correlatos,e veremos ao final o quanto de desperdicio e energia é dispendido num sistema anacrônico e absurdo.Nessas contas não foram computados os deslocamentos em velocidades variáveis,da defesa para o ataque ,e vice-versa,e sim aquelas distâncias percorridas em movimentos inúteis e inóquos,mas que são “danados de se ver”de tão bonitos,segundo a ótica dos coreógrafos de plantão.
Uma das funções básicas de qualquer armador é estar presente e ativo em qualquer situação de jogo,pois cabe a ele,por suas qualidades de drible,finta e passe agilizar e municiar os demais jogadores,além de ditar o rítmo e efetuar as mudanças e ajustes necessários às funções ofensivas.Se forem dois os armadores,tais comportamentos técnicos duplicarão de valor,aumentando substancialmente a qualidade dos fundamentos mencionados.Mas claro,se se tratasse de um sistema oposto ao que ora se emprega,um sistema de posse responsável de bola,e não de uma ação que a mantem permanentemente em trânsito,em trajetórias em que ela será da posse de quem chegar primeiro,tornando a ação ofensiva escrava de deslocamentos lateralizados,de longa duração e sem sentido longitudinal,que é o fator a ser buscado por bons,simples e objetivos sistemas.Um efetivo sistema,dentro dos limites dos 24 segundos deve primar pela posibilidade de arremessos entre os 16 e 20 segundos,em ações equilibradas e precisas,destinando-se os 4 segundos restantes ás dificuldades inerentes ante defesas pesadas.É exatamente o oposto do que vemos e constatamos atualmente quando de uma ação armada,pois os contra-ataques não podem ser classificados dessa forma.Mesmo dentro do sistema de passing game,é fato que a presença de dois armadores melhora em muito certas e imutáveis deficiências do mesmo,pois alivia bastante as perigrinações incompetentes dos homens altos na zona dos três pontos.Com os atuais jogadores que possuimos,guardadas certas incoerências,como e principalmente a manutenção de pivôs com massas musculares que entravam seus movimentos,e até raciocínios,em detrimento de outros não selecionados,mas que primam pela elasticidade e velocidade,a adoção de dois armadores jogando e interagindo pelo perímetro,com simultâneo câmbio de posições dos três homens altos no âmago do garrafão,oferecendo permanentemente dois vértices de uma triangulação com um dos armadores,teriamos estabelecidas superioridades númericas em qualquer situação tática,dentro ou fora do garrafão,originando arremessos rapidos e com tempo suficiente para a precisão dos mesmos.Os homens altos,em permanente rodizio dentro do garrafão,estarão sempre aptos a receberem os passes em movimento,ação que anula a possibilidade de interceptação pelo defensor,ainda mais se for do tipo superpesado.Defensivamente,uma formação de homens velozes permitiriam a adoção de atitudes antecipativas e de marcação à frente,inclusive dos pivôs adversários,principalmente se forem os mesmos superpesados
mencionados anteriormente.Um exemplo clássico dessas disposições ofensivas e defensivas nos foi oferecido pela seleção feminina brasileira que se sagrou campeâ mundial na Australia,na qual as pivôs altas,e esguias,tornaram as pesadas adversárias da China e dos Estados Unidos,anuladas ofensiva e,principalmente,defensivamente falando.Infelizmente,na volta ao Brasil nossos experts técnicos massificaram nossas esguias atletas anulando uma conquista,que foi imitada pelas demais equipes nos campeonatos internacionais que se seguiram,inclusive as Olimpíadas.Mas o que vemos,com receio e temor,é a repetição dos mesmos erros que nos vem perseguindo nos últimos 20 anos,só que agora com uma profusão de técnicos,transmissores, laptops, softwares,e com a reluzente,colorida e superstar prancheta.Isso sem mencionar o fato de que,com a desculpa de que formam um grupo homogêneo e afinado,seja o técnico,dito e afirmado por todos como o principal,ter suas instruções interrompidas pelos outros técnicos sem a menor cerimônia,quando suas funções,de assistentes,jamais se permitiriam tais intromissões na hora da verdade.Quero ver,quando as coisas não derem
certo como irão se comportar,e não repetirem a afirmação dita por um deles de que a melhor posição numa comissão é a de assistente,pois quem se arrebenta é o principal. Já diziam os sábios-o peixe morre pela bôca.

QUE TAL UMA BELA E SALUTAR BRIGA DE FOICE?

Com tanta CPI devastando os subterrâneos do que há de pior em nosso país,uma outra discussão,não do calibre das CPI´s,mas de trancedental importância para os rumos do nosso basquetebol,urge em ser estabelecida,ao prêço que for,custe o que custar.Ai está o Voleibol,ganhando tudo,em todas as categorias,fazendo e divulgando história,pelo simples fato de ter estabelecido uma nova escola técnica e tática no mundo antes dominado por orientais e europeus.Ao recriar o melhor destes dois mundos,estabeleceu uma nova escola,hoje imitada e seguida por muitos países.Podem eles estabelecer uma homogênea e ampla sistemática de fundamentos e táticas, por serem os criadores de uma nova e inventiva forma de preparar,treinar e especializar jogadores em todas as faixas etárias,pois desenvolveram todo um sistema que utiliza ao máximo as potencialidades de nossos jóvens,atendendo às suas qualidades intrínsecas de latinos,mesclado-os com o que de melhor puderam adaptar dos orientais e europeus.Souberam,além disso selecionar em todas as etinias que compõem nosso universo multi-racial aqueles elementos que melhor pudessem assimilar a nova proposta.E os maiores responsáveis por toda essa revolução foram os técnicos,que de uma forma aceitável conseguiram unir um grande número de profissionais em torno do ideal comum,respeitando-se salutares e benvindas divergências,mas concordes no fóco principal e revolucionário,uma nova e também revolucionária escola de volibol.E ai estão os resultados,formidáveis,irretocáveis e profundamente inteligentes.Enquanto isso tudo ocorria,nossos técnicos mergulhavam de cabeça no”basquete internacional”
todos em busca do velocino de ouro,mas ao não se amarrarem ao mastro de seus navios,tal qual fizera Ulisses em priscas eras,foram tragados e levados pelo canto das sereias,onde até hoje estão,perdidos e devidamente afogados.Ontem mesmo um Sr.Joe Santos,vem a nossa terra,na qualidae de procurador,ou sei lá o que ,do jogador Nenê,para afirmar que uma solução para a seleção brasileira,e quiça,para os jovens praticantes de nosso país é termos na direção de nossa equipe um técnico americano,pois os nossos não souberam tirar proveito das qualidaes de seu pupilo nos Jogos do Pré-Olimpico.Engraçado, é que nem os técnicos da equipe profissional americana também não encontraram solução para nosso bravo pivô,fazendo-o jogar como ala,deixando-o naquele espaço de terra de ninguém entre a ala e o miolo do garrafão.Em alguns jogos que foram transmitidos dava pena ver aquele gigante correndo
de cêsta a cêsta de bússola na mão a procura da bola.Afirmar que foi sub-utlilizado no Pré-Olimpico sôa muito mal quando comparado com a sua sub-utilização na equipe do norte.Ademais,fica a pergunta ainda não formulada-Por que a preparação para uma temporada da NBA é sempre antagônica às necessidades de uma seleção brasileira?Quais
fatores e exigências são fundamentais para aquele campeonato,que não se coaduna com os da FIBA? Deixo para o seu Santos responder,em inglês,e se possivel na terra dele.
Essas absurdas interferências ferem de morte o prestigio de nossos técnicos,se é que ainda têm algum,dentro do amado universo do “basquete internacional”.Por termos chegado ao fundo do poço,temos duas opções a escolher: Lá permanecer em berço não tão explêndido assim; ou tentar escalar suas fundas paredes e emergir pela borda,para uma sacrificada redenção,em busca do que perdemos,pois muito antes do volibol fundar sua nova escola,tinhamos a nossa,inigualável e vencedora.Tinhamos campeonatos de equipes de base que alimentavam nossas equipes de elite,em todos os campeonatos,nacionais e internacionais.Tinhamos,inclusive escolas nossas,a paulista,a carioca,a mineira com seus pedaços de esparadrapo acima de uma das vistas,a gaúcha,a pernambucana,a goiana,e tantas outras,que apesar das diferenças mantinham um cerne em comum,a velocidade,a capacidade reboteadora,a pujança nos arremessos,e acima de tudo o orgulho de jogar bem e vencer com dignidade.Tivemos tecnicos maravilhosos em suas diversidades,mas uníssonos em sua brasilidade e amor pelo que era nosso.Hoje falam um inglês de praça Mauá para instruir americanos de quinto escalão,e copiam uns dos outros o mais obscuro dos sistemas de jogo,o passing game.Que tal uma bela e salutar briga de foice,uma formidavel discussão do que poderemos fazer em termos técnicos e táticos.Que cada um trouxesse suas experiências,seus filmes,videos ou uma simples fóto,suas estatísticas,suas idéias,seus anseios.Que se organizassem encontros regionais,para que mais adiante seus representantes se reunissem em polos regionais,para finalmente se encontrarem no climax nacional e resolvessem de uma vez por todas como e de que forma ensinaremos e prepararemos nossos jovens,como treinaremos nossas equipes,em torno de que sistemas,para daqui a um relativo longo tempo possamos ter nossas seleções de volta ao seu lugar de merecimento.Se existem verbas para encontros de politicos do esporte,por que não dos técnicos?Por que as associações de veteranos não poderiam iniciar os entendimentos para esses encontros?Afinal todos seus participantes e sócios foram, de alguma forma, beneficiàrios deste magnifico jogo.Por que não tentar ajudá-lo promovendo seu soerguimento técnico,com os técnicos? Sairão discussões? Claro,e muitas,mas não tão graves como a atual situação de insolvência do basquetebol brasileiro. Coloco-me na primeira linha dessa campanha,pois devo ao basquetebol os melhores anos de minha vida.Ai está a proposta.