Um ano atrás, mais propriamente em 5/11/07, publiquei um artigo que causou bastante polêmica, o From Brasília, no qual comentei os fatos ocorridos na quadra e fora dela durante o Sul-Americano de Clubes, brilhantemente vencido pelo Minas Tênis Clube. Foi um simples e desnudado artigo, sem uma foto sequer, porém repleto de sincera e honesta objetividade jornalística.
Mas algo faltou, algo que explicasse e justificasse, um ano depois, a aclamação que o grego melhor que um presente recebeu ao ser eleito presidente da Associação de Basquete Sul-Americana durante o mesmo torneio, agora realizado em Assunção no Paraguai, pelo “sucesso de suas gestões no comando do basquete brasileiro”, ironicamente rebaixado à terceira posição no continente.
Naquela ocasião o grego melhor que um presente encenava publicamente uma dissensão com o presidente da FPB e até aquele momento seu vice-presidente de relações exteriores, e com os presidentes de algumas confederações sul-americanas presentes no torneio de Brasília.
E lá, no aconchego de um reservado ao lado da quadra de jogo, sorvendo publicamente boas e fartas doses de Johnny Walker 12 anos, disfarçadas em meio de garrafas de água mineral, como num triste e deslocado pub de fim de noite, é que se costurava, à revelia da plebe ignara das políticas under table, a gloriosa aclamação de dias atrás, não fossem todos eles beneficiários de um objetivo comum, onde mãos se entrelaçam e se lavam indistintamente, num rito malvado e injusto para com o esporte. E nada mais conveniente para nossos vizinhos irmãos do que, à imagem do COB, manter o perigo do soerguimento do basquetebol brasileiro sob controle, fator garantido se liderado pelo helênico déspota e sua turma.
Fico imaginando a comemoração de tão extraordinário feito, afogado pelas inexcedíveis e prodigiosas doses do bom e legítimo escocês num outro correlato pub em Assunção.
Amém.
PS-Etílicos detalhes com o mouse.