IMPROVISANDO…

Em 3 de outubro de 2004 publiquei o artigo SÓ IMPROVISA QUEM SABE , onde traçava um paralelo entre o estilo musical do jazz e o comportamento de jogadores de basquetebol no ato de improvisar em torno de um tema central definido no caso musical, e nas ações decorrentesde um sistema básico de jogo e suas infinitas possibilidades de jogadas fundamentadas no conhecimento comportamental dos adversários e no perfeito domínio dos fundamentos.

Leia-o com atenção, e depois acesse aqui para seguir uma brilhante exposição do músico Winton Marsalis, o mesmo que estabeleceu a pesquisa de opiniões contidas e discutidas no artigo acima indicado.

E agora, você que é técnico, professor, jogador, jornalista, ou mesmo um simples entusiasta do grande jogo, reflita com isenção e espírito desarmado, o quanto de belo e complexo define um jogo que em hipótese alguma pode ficar limitado e acorrentado a esquemas coreográficos e de rigidez técnico comportamental, exercidos por técnicos que se definem através de equivocados comandos, explicitados confusamente em prosaicas pranchetas e seus hieróglifos rabiscados.

E que de uma vez por todas deixem fluir a criatividade alcançada através exaustivos treinamentos, conhecimento real do processo técnico tático, e do mais profundo domínio dos fundamentos básicos do jogo, que são os autênticos e indiscutíveis fatores para a constituição séria e confiável de uma verdadeira equipe.

Claro que não é para qualquer um ter de assumir tal responsabilidade, pois como afirmei no inicio, só improvisa quem sabe.

Amém.

NOSSA REALIDADE…

As semi finais começaram, e para variar, sem novidades, infelizmente. Joinville e Flamengo fizeram uma partida muito fraca, aspecto restritor a maiores e detalhadas análises.

As quatro equipes classificadas, assim como Franca, vêm se utilizando da dupla armação com relativo sucesso, umas por todo o tempo, no caso de Minas e Joinville e da não classificada Franca, e as outras duas, Flamengo e Brasília de forma intermitente. Aponto estas cinco equipes como aquelas que tentam fugir do sistema único de jogo, dinamizando-o e acrescendo maior qualidade técnica nos passes, dribles e posicionamento defensivo. Num universo de quinze equipes ainda é muito pouco.

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70 ANOS (2)…

Este ano completo 70 anos, cinquenta e quatro deles envolvidos e enfeitiçados pelo grande jogo, pelo formidável basquetebol.

Estudei muito, e ainda estudo, lecionei, preparei, treinei e dirigi muitos jovens, em escolas, clubes e seleções, onde garimpei muito mais que títulos, grandes e eternos amigos, os quais guardo no fundo do meu coração.

Sinto saudades de todos, e na impossibilidade geográfica, material e econômica de reuni-los para agradecer o quanto aprendi com todos , publicarei a cada semana uma foto das muitas equipes de que fiz parte ao ladodeles e delas também, irmanados que fomos pela pureza e a beleza de um jogo sem igual, pedindo que, se possível, mandem uma noticia, por mais breve que for, de como estão, o que fazem, e de como o basquete os ajudou em suas vidas.

Ficarei imensamente feliz em reencontrá-los, mesmo virtualmente, pois o respeito, a amizade e os sentimentos fraternais não sentem as distâncias e independem das presenças.

Um abraço agradecido a todos, Paulo Murilo.

Foto- A Escola Carioca de Basquetebol – 1961

Email- paulomurilo@infolink.com.br

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CONVOCATUS EST…

Concordo inteiramente com o posicionamento do Fabio Balassiano em seu artigo de hoje sobre a convocação da seleção brasileira adulta (http://balanacesta.blogspot.com/) que já deveria estar se preparando para a Copa America sem maiores protelações. Esse erro já havia sido cometido quando do Sul Americano que antecedeu o Pré Olímpico, onde um tempo precioso de treinamento foi perdido, em contraste aos rogos da comissão por mais datas e espaço para treinamentos.

E o mais importante e impactante é o fato de ser tratar de uma seleção brasileira, tão carente de autênticos valores, mas que esnoba o mundo com uma seleção B, como se a riqueza de talentos vicejasse aos borbotões entre nós. Realmente, não é qualquer país basqueteiro que se dá ao luxo de formar duas seleções adultas, o que nos deixa pretensa e arrogantemente na dianteira técnica mundial.

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70 ANOS (1)…


Este ano completo 70 anos, cinqüenta e quatro deles envolvidos e enfeitiçados pelo grande jogo, pelo formidável basquetebol.

Estudei muito, e ainda estudo, lecionei, preparei, treinei e dirigi muitos jovens, em escolas, clubes e seleções, onde garimpei muito mais que títulos, grandes e eternos amigos, os quais guardo no fundo do meu coração.

Sinto saudades de todos, e na impossibilidade geográfica, material e econômica de reuni-los para agradecer o quanto aprendi com todos , publicarei a cada semana uma foto das muitas equipes de que fiz parte ao ladodeles e delas também, irmanados que fomos pela pureza e a beleza de um jogo sem igual, pedindo que, se possível, mandem uma noticia, por mais breve que for, de como estão, o que fazem, e de como o basquete os ajudou em suas vidas.

Ficarei imensamente feliz em reencontrá-los, mesmo virtualmente, pois o respeito, a amizade e os sentimentos fraternais não sentem as distâncias e independem das presenças.

Um abraço agradecido a todos, Paulo Murilo.

Foto- Onde tudo começou na escolinha do Grajaú T.C.- 1959

Email – paulomurilo@infolink.com.br

PS- Clique na imagem

SUGIRO…

Sugiro que o novo diretor técnico reúna no auditório da CBB aqueles mais representativos basqueteiros brasileiros, desde técnicos, a grandes jogadores e jogadoras, alguns reconhecidos estudiosos, professores, jornalistas, e por que não, dirigentes com efetivas participações no progresso do nosso basquetebol.

E como primeiro assunto da pauta, que se permitam substituir o nome daquele local, de James Nasmith para Togo Renan Soares, a fim de que as bênçãos do grande técnico recaiam por sobre todos aqueles que ali se reunirem para traçar os destinos do grande jogo.

E daí em diante que submetam a discussões, estudos, sugestões e formulação de objetivos a seguinte pauta:

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E O MONCHO VIU…

E o Moncho deu o ar da graça assistindo jogos do NBB em quatro estados, e tendo ao lado seu escudeiro e assistente pode anotar (se não o fez, deveria…) a quantidade incrível de erros de fundamentos que foram perpetrados pela maioria dos jogadores que atuaram, sem contar, é claro, com a enxurrada de arremessos de três, que já é um fato hors concurs em todos os nossos campeonatos, de todas as categorias, sem distinção.

Para quem tem em mente uma disciplina técnico tática ibérica, a ser implantada na seleção, que já foi ensaiada no Pré Olímpico de triste memória, a qual depende intrinsecamente do mais correto domínio dos fundamentos de ataque e de defesa, deve o ter colocado com as barbas de molho, e profundamente dependente dos três jogadores que atuam na NBA, a fim de manter sua fé numa classificação na Copa America, pré requisito para o próximo Mundial, e quando muito, estabelecer um belo álibi para um possível insucesso se os mesmos fizerem forfait mais uma vez.

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O PRIMADO DO COMANDO…

“Olá Prof. sou completamente apaixonado pela modalidade,      sou ex-atleta do Club Municipal do RJ, sou formado em Ed. Física      e agora estou atuando como técnico de Basquetebol, sempre procurei por aqui no Rio de Janeiro, e infelizmente não encontrei nenhum grupo de estudo cientifico sobre a modalidade, inclusive poucas publicações e pesquisas dentro deste maravilhoso esporte, gostaria de saber se o senhor conhece algum grupo de estudo, pois tenho lido muitos artigos e a maioria são de Universidades de SP, desejo muito que esta cidade maravilhosa produza mais pesquisas dentro da modalidade, e gostaria de acompanhar e se puder participar de grupos de estudos sobre o Basquetebol,
Agradeço desde já,
Abraços”.(……)

Recebi esse email hoje,e vou respondê-lo afirmativamente ou seja, orientado-o a um grupo de estudos que eu já estava planejando a tempos, exatamente pelos muitos pedidos que tenho recebido de jovens técnicos que anseiam estudar com mais profundidade o basquetebol.

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O VERDADEIRO AMANHÃ…

A CBB está sob nova direção. De imediato chovem propostas e sugestões para bem geri-la, através entrevistas de presidentes de federações, comentários em sites e blogs, muito poucas pela mídia impressa, ausentes na televisiva, a não ser os jocosos pitacos de sempre de comentaristas e até narradores.

Um mote contínuo é deflagrado, a união de todos os basqueteiros, o voto de confiança nos dirigentes empossados, o carisma de alguns eleitos, a chegança dos oportunistas de sempre, e o inexplicável silêncio da maioria que realmente poderia decidir o futuro da modalidade.

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EXEMPLO E OPÇÃO…

“Estou disposta a voltar. Até porque a seleção nunca foi tirada do meu futuro por opção. Ele (Paulo Bassul) falou muita coisa. Não teria clima para trabalhar com uma pessoa assim”. ( Iziane em entrevista à Folha de São Paulo).

“Quem me comunicou foi a Hortência. Lamento. Pensei até que com essa nova direção, essa proposição de basquete, que a Iziane fosse superar isso. Vamos sentar todo mundo, conversar, ver o que está havendo. A Iziane é importante, mas eu também acho que não podemos ficar dependendo do humor, da vontade de uma atleta porque qual é o exemplo para as outras atletas?

(…)Vai influenciar porque vai tomar uma decisão. Ou muda o técnico ou não. Eu acho muito difícil uma comissão técnica mudar o técnico pela opinião de uma jogadora. Como a Hortência ta com a carta branca, ela que vai decidir”.

(Presidente da CBB para o Basketbrasil)

Qual o exemplo para as outras atletas?

Ora caro Presidente, o exemplo já foi dado, explicitado em uma quadra pré olímpica, num jogo pré olímpico, onde ela se negou a voltar para o jogo, onde ela se negou a defender a camisa de seu país. Esse foi o exemplo dado por uma jogadora de uma seleção brasileira. Discutir, analisar, sentar todo mundo para conversar? Conversar o que caro presidente, conversar o que?

Outra modalidade de exemplo tem de ser mantido, aquele que foi historicamente defendido por todos que vestiram e lutaram pela camisa nacional, inclusive e com o maior brilhantismo e honradez pela Hortência, Hall of Fame do basquetebol mundial.

Nada mais deve ser discutido e conversado, a opção foi tomada pela Iziane em Madrid.

Não se brinca com a seleção de um país. Esse é o exemplo maior.

Amém.