AS SUB’S E OS FUNDAMENTOS…

Terminada a temporada para nós, dois aspectos me vêm à mente como os mais importantes que enfrentamos. Primeiro, o grande desafio de encontrar uma equipe desmotivada e entregue às suas limitações técnico táticas, frutos de uma preparação equivocada, já que centrada num sistema único empregado por todas as equipes, como um padrão a ser seguido obrigatoriamente, mas sem contar com jogadores mais qualificados que as demais, naquelas posições chaves do tal sistema, conhecidas e estratificadamente determinadas como posições 1, 2, 3, 4 e 5, que num raciocínio lógico nos leva a conclusão de que jogadores mais especializados naquelas posições, comporão aquelas equipes mais categorizadas, setorizadas, como numa linha de montagem, onde cada peça específica faça funcionar as engrenagens daquele sistema único. Melhores peças, melhores equipes, numa gradação qualitativa que decresce na medida do poder econômico de cada um dos participantes, no mercado padronizado de jogadores.

Como resultado dessa realidade, encontramos, como encontrei, jogadores pretensamente especializados naquela lastimável cronologia de 1 a 5, ignorantemente implantada de vinte anos para cá, onde os fundamentos do jogo foram “setorizados” por posições, como se cada um daqueles jogadores professassem e empregassem aquelas habilidades especificas exigidas pelo abominável e restritivo sistema único.

O outro e decorrente aspecto, foi o alto grau de convencimento a que foram instados todos estes jogadores, de que aquele pequeno arsenal de conhecimentos fundamentais eram suficientes, se bem repetidos, para a manutenção de suas estratificadas posições, aquelas de 1 a 5, numa limitação, ai sim, criminosa, pois era a garantia do sistema e sua coercitividade nas mãos e pranchetas de muitos, talvez a maioria, dos técnicos nacionais, que infelizmente abrangiam todas as categorias, da base à elite.

Frente a tais e indesmentíveis fatos, baseei todo o treinamento da equipe em  70% de fundamentos, e os restantes 30% em um novo e diferenciado sistema de jogo, onde todos os jogadores teriam participação igualitária na aplicação de suas habilidades, assim como em seus posicionamentos, tanto dentro, como fora dos perímetros, aqueles limitados pela linha dos três pontos.

E então, quando vejo as nossas seleções sub’s (15, 16, 17, etc ), aquelas que serão as abastecedoras de novos e promissores talentos para as seleções adultas, se manterem dentro de critérios que beneficiam o sistema, e não o maciço preparo nos fundamentos, cada vez mais voltadas às especializações de 1 a 5, como num terrível e castrador moto contínuo de mediocridade e desconhecimento do grande jogo, me pergunto do fundo do meu ainda parco conhecimento, do muito ainda que tenho de aprender, me pergunto- Até quando, meus deuses? Até quando?

Sistemas têm de seguir uma indiscutível imposição, a de que jamais funcionarão sem um alicerce poderoso e bem plantado, o pleno, absoluto e decisivo apoio dos fundamentos do jogo, a ferramenta prima de todos eles, exceto um, o que empregamos, onde cada uma das cinco posições ao se especializar em dois ou três fundamentos, quando deveriam dominar todos, garante para a maioria dos técnicos  a arma coercitiva que os mantêm num comando de fora para dentro das quadras, improdutivo para a modalidade, mas altamente vantajoso na manutenção de seus princípios, e por que não, empregos, e não só em nosso país, como muitos outros do chamado primeiro mundo. As exceções compõem os países que lideram o basquetebol do nosso tempo, e dos passados também, onde fomos importantes um dia.

Temos de repensar urgentemente nossas seleções sub’s, colocando-as nas mãos de técnicos experientes, estudiosos e com muita estrada rodada, e não nas mãos púberes de candidatos ao nada, pois as experiências válidas são aquelas intensamente vividas, jamais as sonhadas, e muito, muito menos as políticas e apadrinhadas.

Quando em nossas andanças nos últimos dois meses pelas quadras da LNB, espalhava cadeiras por onde evoluíam jogadores treinando fundamentos, não só dava seguimento a um hábito aceito pela equipe, como induzia todos aqueles jovens que nos assistiam a pratica sistemática e diária dos mesmos, como base e sedimento do nosso diferenciado sistema, e dos outros também.

Melhoramos? Sem dúvida alguma, os resultados comprovam. E como melhoraríamos todos se nos habituássemos a pratica dos fundamentos, indistintos a todos os jogadores, altos e baixos, armadores, alas ou pivôs, do mini ao adulto, numa cruzada que nos redimiria de anos e anos escravizados a sistemas anacrônicos, pranchetas e muito papo furado, aquele de quem pouco sabe e entende do grande, grandíssimo jogo.

Amém.

FOTOS – Treinos em Vitória, Joinville, Londrina e Baurú, respectivamente. Clicar para ampliar.



25 comentários

  1. Fábio/SP 09.04.2010

    Prof. Paulo

    Parabéns pelo trabalho.

    Seria possível o senhor explicar os exercícios com as cadeiras que estão nas fotos deste artigo? Em especial os do segundo slide, onde existe a formação de uma cadeira frontal ao jogador, e mais três em triângulo.

    Obrigado de novo, gostaria de aprender a ensinar melhor os fundamentos do basquete.

    Fábio/SP

  2. Gil Guadron 09.04.2010

    Paulo:

    Su planteo es tan diafano y elocuente sobre la importancia del trabajar los fundamentos del basquetbol.

    Al insistir que las tacticas/estrategias que deben prevalecer en las categoria menores deberan estar basadas en la — Lectura del juego –, que no es mas que el aplicar el dominio de los fundamentos a la realidad basquetbolistica de ese momento en el tiempo y el espacio, usted introduce la “piedra angular” para la reconstruccion del basquetbol brasileño.

    Sin lugar a dudas , su aporte al basquetbol es bien significativo.

    Gil

  3. Fábio Barcelos 09.04.2010

    Professor, no fim desta temporada breve, mas valorosa, me alegra ler mais e mais palavras sábias e encorajadoras. Saiba que muito de nós, jovens treinadores, ouvimos e botamos em prática seus valiosos conselhos.
    O senhor mostrou que fundamentos são fundamentais, desculpando a redundância.

    Um grande abraço e mais uma vez obrigado pela aula teórica e prática.

    Fábio Barcelos – Cachoeiras de Macacu-RJ

  4. Basquete Brasil 10.04.2010

    Prezado Fabio, observe bem que a primeira cadeira, que deve ser transposta por um corte com troca de mão, antecede uma situação de jogo das mais corriqueiras, ou seja, o enfrentamento em cobertura onde o espaço inexiste para um segundo corte, o que exigirá(e ai a importância do exercicio e a disposição das cadeiras)um passo atrás e simultânea troca de mão para o prosseguimento da ação. Note que pela disposição em triângulo, o exercicio poderá ser feito pela direita (corte inicial pela esquerda)ou pela esquerda, quando o corte inicial for pela direita. Simples não? Poderemos com a utilização de cadeiras emularmos verdadeiras situações de jogo, bastando exercitarmos nossa capacidade de observação e criatividade.Outrossim, a proximidade repetitiva do técnico no foco da ação, o capacita para correções imediatas e eficientes, onde os detalhes poderão ser abordados sem interrupções desnecessárias do exercicio. Bem, Fabio, creio ter esclarecido essa questão, e agora, espalhe as cadeiras, crie situações, e bons e proveitosos treinos de fundamentos. Um abração, Paulo.

  5. Basquete Brasil 10.04.2010

    Sim Gil, insisto e insistirei sempre nesta linha de raciocinio, tão lógica, como óbvia para mim, lutando para que nossos técnicos, jovens ou veteranos, comprem e adotem a idéia básica para o desenvolvimento do grande jogo, a pratica permanente de seus fundamentos. E para isso dou o exemplo onde quer que esteja, até mesmo em seleções se lá estivesse. Fico imaginando a onde chegariamos tendo como ponto de partida o talento nato de nossos jogadores, se lastreados e bem treinados nos fundamentos?
    Continuemos na luta caro Gil, quem sabe um dia…
    Um abração, Paulo.

  6. Basquete Brasil 10.04.2010

    Ha Fabio, quantas redundâncias seriam bemvindas se trouxessem progressos ao basquete de nossa terra. Fico imensamente feliz em colaborar, mesmo por um pouco, com a melhora progressiva de nossos técnicos, que estudam e pesquisam cada vez mais as particularidades únicas deste apaixonante jogo. Contem comigo, pois sempre disponibilizarei o pouco que sei, de coração. Um abraço,
    Paulo Murilo.

  7. helio demoner 10.04.2010

    EU TIVE A SORTE DE ACOMPANHAR O TRABALHO DO PROF PAULO DESDE O INICIO E SOU PORTANTO TESTEMUNHA DE GRANDE FEITO DO PROFESSOR QUE ALEM DE RECUPERAR UMA EQUIPE PERDIDAMENTE ARRAZADA E DESMOTIVADA, CONSEGUIU TAMBEM RESGATAR TODA UMA GERAÇAO DE TECNICOS EXPERIENTES QUE ANDAVA ESQUECIDA. OBRIGADO PROFESSOR PAULO MURILO. HELIO DEMONER.

  8. Basquete Brasil 10.04.2010

    Se resgatei toda uma geração de técnicos caro Hélio, sinceramente não sei, mas tenho a mais absoluta certeza de que essa turma setentona muito ainda poderia doar de conhecimentos, experiência e sabedoria ao grande jogo, se solicitada a fazê-lo. Infelizmente somos um país onde velhos como nós tem poucas ou nulas oportunidades de trabalho técnico, o que considero um desperdício para lá de lamentável, trágico. Por isso, apesar da oportunidade a mim dada, nada mais fiz do que reportar o pouco que sei, lamentando que outros muito mais capacitados do que eu estejam à margem injustificadamente.O quanto de ensinamento básico e competente se esvai por entre os dedos da história, aquela que partilhou tantas glorias, que acolheu tantos e tantos jogadores de qualidade. Nossos jovens precisam da experiência de nossos “velhos”, precisam aprender o caminho das pedras através de quem os trilhou anos a fio. Por tudo isso me sinto recompensado em representar uma geração, trazendo-a para o presente, jamais resgatando-a, pois atual e qualificada, apesar de propositalmente omitida. Obrigado Helio, a luta deve continuar. Um abraço, Paulo.

  9. Douglas Amancio 13.04.2010

    Vitória dos fundamentos.
    Nos resta esperar que o senhor publique como é esse sistema de dois armadores e três pivôs móveis, pois minha escola de basquetebol é aquela das jogadas em que o armador chega no meio da quadra e grita: “Um!”, “Xis!”, “Mil!”, “Punho!” e alguns nomes criativos que inventávamos como “Barba!”, “Careca!”, etc. E o baile que se desenrolava era uma loteria para que a jogada desse certo, as raras opções de finalização fossem acertadas e algum movimento além da jogada era repreendido árduamente.
    Hoje formado em Educação Física e técnico de equipes de base, vejo que esse sistema não é exatamente o ideal.
    Quanto mais criativo, mais ousado, mais consciente e mais inteligente melhor o jogador. E com limitações de movimentos não acredito que seja possível formar atletas dessa forma.
    Estou disposto a aprender como funciona esse sistema mais livre e eficiente, não cegamente como se fosse a verdade única e salvadora da pátria, mas como uma opção (provavelmente a melhor) de fazer minha parte para o nossa basquete se reerguer a ponto de novamente figurarmos entre os “top”, não somente entre as seleções, mas entre os jogadores em nível internacional.

    Abraço professor, aguardo ansiosamente o proximo post.

  10. Basquete Brasil 13.04.2010

    Falemos um pouco de táticas e sistemas IV- Digite este título no espaço Buscar Conteúdos, prezado Douglas, e você terá uma boa idéia do sistema com dois armadores e três pivôs móveis. Em muito breve, com a veiculação de alguns jogos da equipe do Saldanha da Gama na Liga Nacional, poderei dar uma idéia mais abrangente do sistema. Um abraço, Paulo Murilo.

  11. Diego Felipe 15.04.2010

    Professor, posso fazer uma pergunta aqui de caratér mais pessoal e didático?
    É quanto ao fundamento do arremesso.
    Tenho uma constância razoável nos acertos dos meus arremessos, apesar da mecânica variada (curta e média distâncias: arremesso meio que com as mãos mais afastadas da testa (não querendo me comparar, claro, mas seria algo semelhante ao do Leandrinho Barbosa); longa distância e 3pts: praticamente segurando a bola atrás da cabeça, com um consequente arco extremamente alto.)
    Apesar de estranhos, consigo uma boa porcentagem de acertos, penso que devido uso constante da tabela… aqui vão, então, algumas pequenas perguntas: como aumentar ainda mais a porcentagem de arremesso; qual seria a mecânica, digamos, mais correta; como diminuir o ‘vício’ do uso excessivo da tabela; e, por ultimo, algum exercício ou rotina de prática (além, claro, dos arremessos em si).
    Mesmo que o senhor nao possa responder, desde ja agradeço ao espaço.
    Abraços.

  12. Basquete Brasil 16.04.2010

    Claro que sempre responderei a um questionamento seu prezado Diego. O problema em seu arremesso é exatamente a dualidade de estilos, como você mesmo descreve, um para distâncias menores(com as mãos afastadas da testa e outro para as distâncias maiores(com as mãos atrás da cabeça). Sugiro fortemente que você se estabelaça em um só estilo, de preferência o primeiro, e varie somente quanto ao emprego variado de força, adequado às distâncias pretendidas. Quanto ao arremesso de tabela, nada a opor, muito pelo contrário, por se tratar de uma refinada técnica, unusual pela maioria dos jogadores. O arremesso de tabela exige maior apuro direcional, o que qualifica seu executante se bem treinado. Logo, siga com seus treinos, e lembre-se, opte por um só estilo. Um abraço, Paulo Murilo.

  13. Douglas Amancio 16.04.2010

    Ops!
    Encontrei uma parte do seu blog que eu não havia navegado. Vou mais fundo nesses artigos e vídeos mais antigos, de antes que eu começasse a acessar essas páginas…

    Interessante o video do jogo de sua equipe da Barra, ilustra bem o padrão estabelecido por sua equipe e a eficiencia da movimentação constante dos atletas. Estou ansioso para ver como se encaixou em uma equipe adulta, com atletas com mais vivência do grande jogo (desculpa o plágio).

    Abraço.

  14. Basquete Brasil 16.04.2010

    Prezado Douglas, hoje mesmo estarei lançando no blog dois videos bem recentes. Um sobre a palestra que dei na abertura do terceiro Congresso Mundial de Treinadores em Lisboa, e outro sobre o jogo da equipe que atualmente dirijo, o Saldanha da Gama, contra o até então lider do NBB2, o Brasilia. Espero que goste, e aguardo seus comentários a respeito. Um abraço, Paulo Murilo.

  15. Diego Felipe 16.04.2010

    Muito obrigado professor. Intensificando os treinos, visando a correção. Abraços

  16. Henrique Lima 21.04.2010

    Professor, uma questão para senhor.

    No modelo em que estamos inseridos, que as estratégias são mais importantes do que os fundamentos, como fazer com que os atletas de fato entendam a necessidade real de dominar os fundamentos ?

    Muitas vezes os fundamentos são até mesmo mal vistos por muitos jovens que começam no jogo, que querem apenas jogar, mas não dominam nenhuma técnica para tal. Uma vez que para domina-los requer muito treinamento técnico e em alguns casos, existem pessoas que acreditam que somente jogando o atleta vai evoluir …

    Concordo plenamento com o senhor na distribuição de tempo de seção de treinamento, 70% de fundamentos, 30% de implementação e manutenção do sistema de jogo. Mas questiono outra coisa Professor. Na base, o senhor acredita que esta relação 70/30 deve se manter, ou ser aumentada ?

    Outra dúvida Professor, quando o senhor tem na mão, um grupo de 15-17 atletas sub 16 e sub 17, com atletas em diferentes nivéis de aprendizado, deve-se pautar as seções de que forma ?

    E uma última questão neste momento, como realizar a preparação física dos mesmos ? Os atletas clamam por treinamento de força na academia que conseguiram, o senhor acredita ser válido aplicar estas seções, mesmo antes dos treinos na quadra (como estava sendo feito) ou após a seção dos treinos na quadra ? Uma vez que o treinamento de força trará alterações neuro-musculares se for realizado antes do treino da quadra e isso poderá influenciar na qualidade do treinamento técnico ? Isso está correto ?

    Um grande abraço e obrigado Professor Paulo e as dúvidas ainda são muitas !

  17. Henrique Lima 21.04.2010

    E Professor, se não for demais, o senhor recomenda qual divisão do grupo na hora de fazer as atividades ?

    O que o senhor pensa do treinamento por estágios, na forma de rodízio em que cada setor da quadra represente um trabalho de fundamento ?

    E considerando que existe apenas um treinador disponível na seção, ou seja, não tem auxiliares, nem estagiários ajudando.

    Obrigado Professor Paulo, um abraço !

  18. Basquete Brasil 21.04.2010

    Prezado Henrique, eis questões cruciais na formação de base, e que sequer encontram fundamentação na pretensa futura Escola Nacional de Treinadores, basta lermos a reportagem sobre o assunto no Databasket da semana passada. Tive o mesmo problema recentemente quando iniciei o treinamento da equipe do Saldanha, profissional, mas destituida de fortes bases nos fundamentos. E consegui o apoio e a colaboração de todos, sem exceções, exatamente pelo reconhecimento de todos da precariedade da equipe nos fundamentos.
    A não aceitação dos fundamentos como forma prioritária de treinamento, em tese é uma realidade no âmago das escolinhas de basquete, recurso de muitos “técnicos e professores” para faturarem sem vislumbrarem propositalmente a constituição de equipes de competição. Nelas, o conceito básico é o faturamento, que seria inviável se o basquete fosse difundido e divulgado nas escolas, como fator educativo.
    Em equipes, cujas constituições são produto de escolhas pessoais ou de técnicos, onde a competição segue normas rígidas de qualidade, o treinamento dos fundamentos se torna obrigatório e estratégico, pois sem os mesmos nenhum sistema de jogo flui e funciona.
    Neste panorama competitivo, somente os melhores sobressaiem e se tornam úteis às suas equipes, dai serem obrigados à excelência técnica, somente obtida pelo preparo fundamental.
    Quanto ao preparo fisico, muito, mas muito cuidado, pois o mesmo mexe com uma comunidade repleta de aventureiros e perigosos pretensos profissionais, os “especialistas” em musculação.
    Nenhum jovem até os 18-9 anos necessita de malhações e busca de massa fisica, precisa isto sim de técnica individual, que se praticada intensa e cuidadosamente aplicadas, com conhecimento e precisão ciêntífica, dotará o mesmo de toda musculatura e força necessária a este estágio ante e pós pubertário, de sensibilidade à toda prova. Mais tarde, em divisões superiores e de alta competição, reforços, mais voltados à explosão muscular, e não ao crescimento de massa poderão ser, ou não, adotados, variando de individuo a individuo, mas sempre respeitando os limites impostos pela natureza de cada um.
    Na palestra que veiculei no artigo desta semana, abordo essa temática.
    Creio que expús a você o que penso, e sempre pensei a respeito dessa importante matéria. Analise, pense e siga seu instinto de professor e técnico, mesmo que contrário aos meus pontos de vista. Mas não esqueça de que tudo que construir, ensinar e divulgar é de total responsabilidade sua, de mais ninguém. Sucesso e bom trabalho, Paulo Murilo.

  19. Basquete Brasil 21.04.2010

    Fundamentos independem de grupos, pois são comuns a todos Henrique.Sou a favor das sessões de estágio, desde que em rodizio permanente, o que faculta a um só professor o deslocamento entre as mesmas visando correções e ajustes sem interferir na progressão do circuito.Treinando em Circuito foram dois ou três artigos que publiquei na série Sistemas, que você pode acessar no espaço Buscar Conteúdos. Um abraço, Paulo Murilo.

  20. Henrique Lima 22.04.2010

    Obrigado pelas respostas Professor.

    Realmente se torna um confronto dos mais pesados argumentar em prol dos fundamentos uma vez que o clamor é por estratégias mirabolantes.

    No meu texto, esqueci a palavra CIRCUITO para caracterizar o que questionei, me desculpe ! Mas o senhor entendeu a questão ! Vou ler os artigos e pensar na melhor forma de trabalhar.

    Um grande abraço e vamos ao trabalho !

  21. Basquete Brasil 22.04.2010

    Uma dica Henrique, se me permite- Ai em Betim tem a grande fábrica da Fiat. Agende com a direção uma visita com seus jogadores e alunos. Motivação-O que é necessário fazer, estudar e concretizar um carro no final da linha de montagem.
    Pequenos artezãos, com seu ferramental específico, por exemplo, para fabricar uma peça da suspensão, tão escondida da visão externa, do estilo do carro.
    Varias analogias poderão ser descritas e comparadas aos fundamentos do grande jogo, fundamentos estes que se ausentes inviabilizariam a construção de um carro e a pratica do jogo.
    Não sei se me fiz compreender, mais creio ser uma forma didática de fazê-los entender e compreender o valor dos fundamentos.
    Desculpe a intromissão, mas tento ajudá-lo nessa instigante tarefa, fazer com que nossos jogadores e alunos pratiquem com alegria e interesse os indispensáveis fundamentos.
    Um abraço, Paulo Murilo.

  22. Associação de Amigos Basqueteiros Nucleo Bandeirante -DF 23.04.2010

    Adorei,vou estudar cada slide e passar para a turma,trabalhamos hoje com crianças, jovens e adultos,e nos sera de grande valia seus ensinamentos,com as duvidas que surgirão,que estou certa de que serão muitas,entro em contato em breve.Meus parabéns por esse trabalho maravilhoso que so engradece o nosso esporte.

  23. Basquete Brasil 23.04.2010

    Muito obrigado Editor(a)da Associação de Amigos Basqueteiros Nucleo Bandeirante, e espero colaborar na medida de minhas possibilidades para o progresso dessa entidade. Um abraço, Paulo Murilo.

  24. Ailson Santana 17.05.2010

    Professor Paulo Murilo:
    Qual a distância que o senhor utiliza entre as cadeiras nos exercícios das fotos?

  25. Basquete Brasil 17.05.2010

    Vamos estabelecer o seguinte, prezado Ailson: quanto menor a categoria etária dos jogadores, maiores os espaços. Logo, na divisão principal estes serão criticos, onde os espaçamentos minimos conotarão maiores dificuldades para ultrapassá-los. Seu bom senso e experiência adequará as distâncias seguindo o critério mencionado acima. Pronto Ailson, agora é só criar as configurações e aplicar no ensino dos fundamentos. Um abraço, Paulo Murilo.

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