O HEAD COACH…

– O Head Coach estuda muito, sempre estudou, e continuará estudando até o fim.

– Ele jamais assumiu, assume ou assumirá um cargo aonde irá para aprender com assistentes e dirigentes, e sim para ensiná-los como se lidera e dirige uma equipe, seja iniciante, seja de alto nível.

– Em hipótese alguma admitiu, admite ou admitirá ser tutelado por prazos, por interesses incidentes em suas funções, por acordos tampões, ou por qualquer necessidade de cunho pessoal que possa ser explorado por outrem.

– Sua graduação, experiência, conhecimento profundo do jogo, sua audácia e destemor ao novo fundamentado no antigo e nas tradições, e seu sentido de transmissão de conhecimentos, o tornam consistentemente preparado para ações de ponta, e jamais dependente de interesses que não os cunhados e forjados pelos princípios do mérito e da ética.

– Seu reconhecimento natural e insofismável cala a maioria das críticas, debela oposições injustificáveis, aplaina e suaviza seu caminho a muito trilhado com sacrifícios, muito e doloroso trabalho, mas com coragem e sabedoria.

– O Head Coach não se vende, não se leiloa, não se permite minimizar, pois é produto de uma classe de professores muito especiais, a dos Mestres, aqueles que até os detratores respeitam, por reconhecerem  sua essência, e seu modo de ver, conotar e, acima de tudo, valorizar a vida.

– O Head Coach erra pouco, mas errou muito em seu caminho, e errará cada vez menos com o avançar dos anos, não importam quantos, se vividos com lucidez, honra, dignidade, saúde, ética profissional e ética para consigo mesmo.

– O Head Coach tem obrigatoriamente de ser mobilizado pelo país a que pertença, pois o representará com o que possui de melhor, num longo e custoso investimento, não só econômico, mas fundamentado e lastreado em seus recursos humanos, advindos das carências mais primarias de seu povo.

– São Mestres maduros, prontos a servir, a por seus conhecimentos a serviço dos mais jovens, jogadores, assistentes, dirigentes, torcedores, jornalistas, e não dependerem destes para aprender o que tem a obrigação de dominar, ampla, mas não totalmente, o universo de sua modalidade.

– O Head Coach não pode ser motivo daquele tipo de debate que antepõe mérito com interesse político, pois se situa eticamente acima do mesmo, já que  qualificado e reconhecido com majoritária unanimidade.

Conheci alguns destes grandes Mestres, aqui e lá fora, e sempre admirei a mais considerável de suas qualidades, sua independência cultural, técnica e político econômica, tornando-os únicos e verdadeiros, ao professarem a ética pelo trabalho e pelo incontido respeito ao grande jogo, a grande meta de suas vidas.

Jamais torci e desejei tanto para que tais princípios se instalem definitivamente em nosso país, justificando o primado da justiça e do reconhecimento a quem de direito, e peço aos deuses todos os dias por isso.

Amém.

PS- Paremos para refletir o quanto de falta nos faz uma associação de técnicos, forte, independente, numa hora como esta…



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