MEDIANDO…

Foi como uma queda de braço entre o Super Homem e o coelho Pernalonga, ou seja, sem chance nenhuma para o coelho, ou melhor, a LNB. A Globo impôs o jogo unilateral, acenando com um audiência milionária, e levou a decisão do NBB4 em 2012 para um jogo único, e estamos coversados.
Acho que não, basqueteiros do meu país, a não ser que até a formula da competição em seu todo também passe pelo crivo da emissora. Se não, basta que a LNB entregue à faraônica produção global um autêntico e decisivo jogo final a ser veiculado em TV aberta, mas privilegiando seu direito de formular as regras da disputa, até o clímax entre os dois finalistas.
Nesse caso, o tão criticado quadrangular semi final, poderia perfeitamente ser transformado em dois playoffs (como eram…) de 3 ou 5 jogos, que definiriam as duas e inegáveis melhores equipes, que por seu lado disputariam um terceiro playoff de 3 jogos que definiria o mando de campo da grande final (que é uma variável importantíssima para ambas as equipes), atendendo as duas torcidas, e privilegiando uma delas com a grande e globalizada decisão.
No caso de uma exigência de quadra neutra, o argumento superior a ser defendido seria o do apoio maciço de uma torcida que se fez merecedora por sua fidelidade, de assistir e torcer pela sua equipe, em sua cidade, em seu ginásio, cabendo à TV Globo transmitir um grande jogo prestigiado por aqueles que justificam a existência das grandes equipes, seus adeptos, seus fieis torcedores.
Não é uma solução ideal, mas mantêm a tradição vencedora dos playoffs, filtro inconteste para a definição dos melhores, mesmo aquele sugerido para a definição do mando de quadra, que no futuro, quando o bom senso imperar, será aquele que definirá o campeão, tendo seus jogos, todos, televisionados, como deveria ser desde agora.
Creio que tal estratagema atenderia a todos os interessados, à Globo que manteria incólume sua decisão de jogo único, e à LNB, que manteria seus playoffs intocados, menos o último.
Esta seria a minha proposta junto a reunião do  comitê de técnicos da LNB, caso tivesse sido convidado para participar da mesma em Franca, conforme a estipulada e aceita resolução de seus membros quanto aos técnicos que dirigiram equipes no NBB, para que os mesmos fizessem parte do comitê.
Agora, se a Globo também tem poderes de interferir na formulação dos campeonatos da LNB, ai minha gente… respondam vocês.
Amém.



6 comentários

  1. Thiago Tosatti 03.02.2011

    Olá Professor!
    A Globo faz o que quer com a LNB, a final em jogo único não devia ser nem levada em consideração. Os mesmos diregentes que aprovaram isso irão reclamar se seu time for melhor durante todo o campeonato e perder a final, é só aguardar.
    Nosso basquete não consegue ver outras opções e nem criá-las, desde o sistema de jogo que é único e copiado, até a insistência com uma única emissora de TV aberta. Muitos estão empolgados com o jogo das estrelas, mas de tudo que lí somente o senhor mostrou que apenas festa e TV não vão reerguer o nosso basquete.

  2. Henrique Lima 03.02.2011

    Acho muito ruim a final em jogo único.

    Não tem sentido de ser em torneios tão longos. Falam muito da NFl para argumentar à favor ou até mesmo de Copa do Mundo, etc.

    Esquecem que no caso da primeira o campeão faz menos de 20 jogos e todos os playoffs são jogos únicos.

    Na Copa do Mundo e outros do estilo, por ser de tiro curto não temos tempo disponivel para fazer um turno,returno, ou playoffs em Mundiais de Basket ou Volei, etc. Bem como os Jogos Olimpicos.

    Porém, em torneios com tantos jogos, playoffs inteiros em séries, não tem a menor lógica não ser a final em série, ainda que de 3 jogos como mencionou o Professor Paulo.

    Mas, o pior mesmo, foi a semi final em grupo. Cada equipe jogará seis vezes ao invés do máximo de cinco se fizessmos a série semi final ? E os times de melhor campanha terão perdido o mando ?!

    É Professor, o caminho é muito mais longo do que esperava para chegar o bom senso.

    Abraço !

  3. Basquete Brasil 04.02.2011

    Sim, é verdade prezado Thiago, a Globo realmente é que manipula e dá as cartas ao seu bel prazer, o que é uma lástima. Creio que, a medio prazo a LNB caia na realidade, e promova algo de mais benéfico se associando com outra rede. Até lá, muita paciência, é o que resta a fazer. Um abraço, Paulo Murilo.

  4. Basquete Brasil 04.02.2011

    É longo, mas tem de ser trilhado, haja o que ouver, prezado Henrique.
    E que tudo isso sirva de lição para o futuro, quem sabe, junto a uma outra rede de televisão.
    Um abraço, Paulo Murilo.

  5. Davi Silva 05.02.2011

    http://www.espbr.com/noticias/nbb-sacrifica-lado-tecnico-financeiro-tera-final-jogo-unico-4-edicao/relacionadas

    “A tabela foi feita levando em consideração o critério econômico, não técnico, disse o presidente da LNB, Kouros”

    para mim definitivamente o Kouros não entende nem de lado econômico e nem técnico.

  6. Basquete Brasil 06.02.2011

    Então, que o critério economico entre em quadra, e nos leva de volta às grandes conquistas internacionais.
    Equivocos existem de fato, e ao cometê-los expomos nossas fraquezas e limitações. Muito além do fator econômico, o fator técnico é o nosso tendão de Aquiles desde sempre, e não o vejo corretamente enfrentado e corrigido. O grande jogo claudica pelas deficiências técnico táticas e pela deficiente formação de base, essa é a verdade.
    Um abraço Davi. Paulo Murilo.

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