UM HUMILDE PRESENTE NATALINO…

  • ·  Rodolpho 22.12.2012

Por que uma equipe tricampeã, que vive convergindo, mudaria o estilo?

Comentando o artigo CORNO ABAJO, CORNO ARRIBA, publicado no dia 12 deste mês, o leitor Rodolpho fez a instigante pergunta acima, que sem dúvida alguma poderá suscitar intensos debates, claro, se colocados frente à realidade do nosso basquete em sua crueza e a nula pretensão a vôos maiores, que não os de  consumo interno, e nada mais.

Vencer por três vezes consecutivas a liga maior, com praticamente a mesma constituição de equipe, convergindo sistematicamente, e praticando um sistema de jogo padrão a todas as equipes, gera uma perplexidade impar, pelo fato inconteste de que nesses três NBB’s nenhum adversário tenha se insurgido contra tal domínio, aceitando as conquistas como algo inexorável e definitivo…

Mas será que foi sempre assim? Afinal a grande equipe sofreu derrotas pontuais, algumas até surpreendentes, e disputou playoffs equilibrados apesar das usuais e corriqueiras convergências, mas sempre se impôs quando sua predominância sofreu contestações, e convergindo desde sempre.

Então, como tirar a incisiva razão contida na pergunta do Rodolpho, como?

Também não se pode negar uma evidência contundente, a de que dentro do cenário do basquete brasileiro, onde todos os seus personagens cultuam um único estilo, ou sistema de jogo, nenhuma equipe o pratica com mais propriedade que a de Brasília, cientes de suas habilidades na forma de atuar e desenvolvê-lo, como algo enraizado e amalgamado em sua forma lapidar de atuar no mesmo, com os jogadores talhados e encaixados em suas posições de forma exemplar.

Jogando, convergindo, e vencendo, por que mudar de estilo?

Se depender da vontade deles, nunca, mas se forem forçados a enfrentar de forma massiva um basquete alternativo e eficiente, cujos caminhos e atalhos dentro da quadra não sejam de seu pleno conhecimento e domínio pela mesmice endêmica implantada na modalidade, ai sim, teriam de mudar e se adaptar a novos conceitos, senão deixariam de reinar absolutos e cardinalícios.

Mas como isso poderia acontecer, se nenhum passo dado na direção de profundas mudanças técnico táticas têm sido tentado e aplicado na consecução de tão necessário objetivo, como?

Bem, esse passo já foi dado, comprovado, valentemente provado na quadra, na bola, no confronto direto e vencedor, mas como toda ação revisionária e corajosa, foi rapidamente abafada como algo a ser evitado, esquecido e jogado para baixo do tapete da história, como extemporâneo, acidental, aventureiro e pontual, afinal de contas não se mexe em time que está ganhando…

Mas neste encontro com a história não ganhou, quis convergir e não conseguiu, pois foi contestado o jogo inteiro, quis impor sistemas de defesa e não conseguiu encaixar nenhum, quis determinar sua forma de jogar no ataque e esbarrou numa linha da bola poderosa e sufocante, enfim, perdeu e perdeu-se em nossa realidade técnico tática a única oportunidade de que algo de realmente novo e instigante pudesse evoluir a partir daquele grande encontro, daquele grande jogo.

Nele, como uma equipe com media de arremessos de três acima das 25 tentativas, convergindo com os de dois pontos em muitas oportunidades na faixa acima das 30 tentativas, somente conseguiu 3/15 nos três pontos, com seu adversário ficando nos 4/11 de três, e um placar de 75 x 76, praticamente 15 pontos abaixo de sua media usual?

Como? Enfrentando algo de realmente novo, instigante, e que se continuado contribuiria para uma mudança de estilo dos tricampeões (dois pontos já estão sendo mudados a partir daquela experiência, a dupla armação e o intenso jogo interior adotado por ainda poucas equipes da liga, mas que fatalmente evoluirá com o passar do tempo…), sugiro a todos que revejam um documento primordial e inspirador, no qual uma defesa contestatória e pressionada, e um ataque de intensa dinâmica interior, alimentado por uma mais intensa ainda dinâmica exterior, e que foi relegado por querer ousar demais, por querer penetrar o corporativismo daqueles que não admitem mudanças, sequer experimentais. Se por um acaso se interessarem por dupla armação, ai está o como realizá-la com pleno conhecimento do que venha a ser leitura de jogo, e se forem mais adiante em seu interesse, constatem o que venha a ser jogar com três pivôs móveis na acepção do termo. E por conta dessa realidade injusta e até cruel para com o grande jogo, a mesmice permanecerá, e com ela as convergências, para que afinal concordemos na manutenção do que ai está. Mudar o estilo, pra que?

Ah, o jogo está AQUI. Vejam como se poderia obrigar um adversário a pelo menos considerar uma mudança de estilo, oferecido como uma humilde lembrança para este natal, honesta e muito bem preparada, e não como um presente antecipado de um outro natal dado pela equipe líder ao último colocado no campeonato daquele NBB2, segundo declaração do jogador Rossi após sua derrota, na bola, no sistema, na convergência e na sua arrogante magoa.

Amém.

Vídeo – Jogo do Saldanha da Gama x Brasília pelo NBB2.

Foto – Divulgação LNB. Clique na mesma para ampliá-la.



9 comentários

  1. Gil Guadron 25.12.2012

    —- CONSTRUYENDO SU FILOSOFIA , una experiencia —-

    El partido refleja sus entrenos, si estos son excelentes, lo mas seguro que su equipo en los partidos, refleje exactamente eso.

    Su filosofia : encuentre una que vaya con su personalidad, la que sera interiorizada por usted,sobre la que constituira su identidad basquetbolistica, claro que podra modificarla de acuerdo a las cirscunstancias.

    Mi filosofia la construi en base a dos conceptos que considere primordialas: primero como enseñar, y segundo que enseñar.

    1- Como enseñar : Determine que me apoyaria en el llamado Enfoque Sistematico; una metodologia basada en la formulacion de objetivos,establecer una secuencia enstruccional adecuada , y la evaluacion de estos.

    La corriente psicologica que marco mi ruta : las Teorias de Skinner ( conductas sucesivas de aproximacion ), y Bandura ( el aprendizaje por observacion ).

    2- Que enseñar : Aqui las cosas se me complicaron en los primeros años, pero decidi ser un entrenador defensivo, y que mi piedra angular o filosofal seria la defense individual a presion en 1/4 de la cancha,alternandola con las defensas de zona de presion.

    Este tipo de defense viajo conmigo a cualquier equipo que entrene, produciendome extraordinarios exitos en los diversos niveles que trabaje : equipos de formacion, selecciones estatales, y nacionales.

    Se los platico :

    — de Jack Ramsey aprendi que el Corazon de un equipo es la defensa, que esta dictaria mi sistema de ataque,

    — de John Wooden , que todos los ejercicios deberian ser parte de mi sistema de juego,

    — de Dean Smith , para ganar debe tirar mas tiros libres que su rival. Esto implica que ofensivamente debemos intentar primero el juego interior , hacia los poste, mucho antes de intentar tirar de afuera.

    — de Bob Knight: la defense en ayuda y recobre , ataque de Motion Offense, y las diferentes formaciones en el ataque.

    De todos ellos : Todos comparten que lo mas importante es que los jugadores dominen los fundamentos del basquetbol, pues sin el absolute dominio de ellos, nada funciona !!!!.

    Conclui entonces que ya que son los jugadores quienes toman sus propias decisiones , es nuestra responsabilidad ofrecer en los entrenos una metodologia adecuada , atraves de la ejercitacion repetitiva, pero no aburrida , que les ayude a :

    a- reconocer la situacion que se les presenta en el entreno o partido,

    b- se anticipen a ella, y

    c- ejecuten la accion que consideren adecuada.

    Mis equipos trataron de imponer al equipo rival el “tempo” del partido, forzar al rival a que juegue fuera de su propio ritmo , pues presionamos defensivamente ya en 1/4 , 1/2 o 3/4 de la cancha, centrandonos en el atacante poseedor de la pelota, y sus posibles receptores de un possible pase.

    Porque presionar ?

    1 – Lo mas importante, deberiamos dominar los fundamantos tanto ofensivos como defensivos, lo que nos dio la solidez necesaria para enfrentar con exito cualquier rival.

    2 – Porque existia la posibilidad que nos enfrentaramos a algun buen equipo que nos presionara y si lo hacia , pues ya estabamos preparados.

    3 – La cosa interesante es que en funcion de nuestro estilo de juego , mis equipos crearon la fama de ser — un equipo que presionaba — y como consecuencia, casi ningun equipo nos presiono defensivamente, pues sabian que es era el tipo de juego que preferiamos !!!

    Pese a que mis equipos fueron consistentes ; jamas estuve — casado con ningun sistema –, siempre deje una ventana de luz para enriquecer mi filosofia, fui flexible.

    Cada equipo que entrene tenia su propia personalidad, y tuve que hacer los ajustes necesarios : unos mas significativos , otros menos, pero modificaciones al fin.

    Pese que SIEMPRE , mi defense basica fue la personal agresiva en “ayuda y recobre “, mas de alguna oportunidad defendiamos la mayoria del partido en defense de zona de enfrentamiento ( match – up ) como defensa primaria.

    RESUMEN

    — Defina su estilo de juego,

    — Al determinar que tipo de defensa y ataque jugara, enseñe , entrene exactamente eso con sus jugadores.

    — Comuniquese con los jugadores :

    * Tratelos bien,
    * Apoyelos en cada situacion que hagan,
    * Tratelos como seres humanos.

    — Cada entreno debe ser agradable, lleno de esfuerzo, lleno de felicidad.

    — No crea que usted a inventado algo nuevo … por el otro lado si ve algo bueno, incorporelo a su filosofia, pues el aprendizaje es una larga e interminable ruta.

    ” Lo importante es lo que usted aprende, despues de lo que ya sabe ” John Wooden.

    Con respetos.

    Gil Guadron

  2. Basquete Brasil 25.12.2012

    Gil, sua retórica expõe com clareza toda uma concepção do que venha a ser uma filosofia de jogo, baseada e fundamentada nos principios clássicos dos grandes mestres, aqueles mesmos que essa nova geração alcunha de “velhos e ultrapassados”, mas aos quais devo o pouco que sei, e o muito que ainda terei de aprender. Mas a vida é assim mesmo, restando-nos a reverência e o agradecimento pelo muito que nos inspiraram através os anos.Sigamos em frente Gil, com muita fé e esperanças em dias melhores, com a graça dos deuses.
    Um abração, Paulo.

  3. josue filho 25.12.2012

    Prezados

    Boa tarde!

    Primeiramente Feliz Natal e que Deus nos abençõe nesse novo ano que está para nascer e que Deus abençõe também nosso futuro gestor da entidade maior de nosso amado e tão combalido esporte que já foi o segundo em preferência aqui no Brasil.

    Vou procurar expor minha parte, apoiando-me sobre uma declaração (muito infeliz por sinal) de nosso armador Nezinho que além de ser atleta do Brasilia equipe que simplesmente detém o título de equipe mais vencedora de NBBs e também um titulo sulamericano, além de defender a seleção Brasileira.

    Segundo Nezinho “O Flamengo foi covarde, jogou 2-3 o jogo inteiro”.

    Eis um grande exemplo de quão carente estamos de atletas que são de fato armadores, fato comprovado pela naturalização de Taylor ou há uma outra explicação para tanto?

    Um armador do mais alto escalão (?) dizendo uma barbaridade dessas?

    Compreendo a frase de Nezinho, realmente uma Zonal 2-3 é uma covardia, sim, para uma equipe que não possui criatividade, que depende estritamente de seus titulares, que chuta muito, mas muito dos três pontos, mas que conta com um treinador, que por coincidência é o maior vencedor de NBB com uma equipe que eu considero limitada e ainda procuro entender como alcançou tamanhos feitos, uma das explicações é por conta do trabalho de seu comandante que repito é na velha escola, velha ou escola de base do basquete?

    Penso que aqui só se sabe jogar contra defesa individual, tamanha dificuldade da maioria das equipes em atacar por zona e uma das grandes explicações que posso citar, é porque o jogo interno por aqui é muito, mas muito limitado. Ora! se temos pivôs que são limitados a pegar rebotes e fazer bloqueios, como estes jogarão contra a zonal? Thiagão do Palmeiras que o diga, chuta de tres a vontade assim como Mineiro, André Bambu dentre outros. Citando exemplos, na Zonal citada por Nezinho posicionarmos um Pivo sobre os dois defensores de cima, este consegue causar um equilibrio na defesa principalmente quando receber a bola, mantendo-a no alto, pode distribuir passes e até mesmo avançar para o cesto num ataque frontal. A unica arma que possuimos por aqui é o chute de três, que ocorre com frequencia.

    Ao assistirmos não só o video contra Brasilia (citado neste texto) mas também contra Paulistano, veremos que o trabalho dos pivos movimentando-se constantemente e os armadores organizando o jogo, causa grandes desequilibrios defensivos e aberturas principalmente por sobre o meio da defesa zonal.

    Não sou 100% contra aos sistemas de jogo utilizados hoje, porém a mesmice das equipes em utilizar as Motions Offenses, Flex Offenses que vemos na escola americana, faz com que os ataques sejam quase previsiveis e é claro que um treinador com um pouco de paciência e simplesmente conhecimento, lançara mão de defesas zonais. É incrivel mas ainda vejo hoje equipes usando uma motion offense que eu conheci como “Pepino” na época em que eu jogava é um sistema ofensivo que ainda faz efeito principalmente pela passividade de nossas defesas atualmente, defesa que deveria ser muito mais forte principalmente por nos dias de hoje, nossos atletas terem um condicionamento e desenvolvimento fisico, principalmente no desenvolvimento muscular e fisiológico muito mais preparado que os atletas de antigamente, outro fator que me deixa espanatado, é que os jogadores mais experientes ainda são destaques, mostrando que os antigos (?) treinadores fizeram um grande trabalho, a falta de ídolo hoje comprova minha breve teoria.

    Em sintese, o sistema de dupla armação não requer e penso que nem baseia-se em caracteristicas físicas, não há especialização programada, creio que advém naturalmente onde os pivôs atuam mais próximos ao cesto, simplesmente por serem maiores, porém tem a liberdade de jogo em 1×1, arremessos periféricos e passes em hi low o que dificulta e muito o jogo onde as equipes estão acostumadas a atacarem dentro de sistemas fixos de jogo, logo defenderão posicionando de acordo com os mesmos se pensarmos que as flex e motions offenses ainda são utilizadas.

    Fica como exemplo atual que Flamengo atuando com Kojo e Duda, Marquinhos, Torres e Olivinha vem se destacando no campeonato, assim como o Paulistano com Elinho e Manteguinha em cima com Toyloy, Wagner e Carbonari na tabua quando utilizam a proposta da dupla armação e três pivos, ainda que não seja explicita essa visão, mas diferencia do mais do mesmo que temos á mais de 20 anos e que nos deixou de fora das olimpiadas por tanto tempo. Com Magnano tivemos mudança sem a dupla armação, sim, mas com um jogo interno mais frequente, uma defesa principalmente nas rotações, mais agressivas e abidicando de motions e flex offenses que utiliza-se aos montes no campeonato nacional.

    Graças a Deus tenho essa valorosa fonte de conhecimento, li o comentário de Gil e fiquei muito feliz, pois é mais um comentário técnico com esplanações o que acrescenta e muito. E tomo a liberdade de se possivel, solicitar um roteiro de estudos, onde posso encontrar trabalho de treinadores da velha escola como Wooden, Bohein, dentre outros citados no grande cometário acima.

    Professor, perdoe-me por alongar minha participação e agradeço novamente a oportunidade.

    Abs

    Josue Filho

  4. Basquete Brasil 27.12.2012

    Prezado Josue, responder a seu comentario, por si só já daria um artigo completo, mas como a intenção básica deste espaço é o de incentivar o debate, permaneço na analise pontual do mesmo.
    Concordo que as equipes do Flamengo e do Paulistano estejam se destacando no NBB5, exatamente por alterarem a mesmice vigente, com a utilização da dupla armação e o jogo interior forte, mas permanecendo ainda atrelados ao sitema único na forma tática de jogar, no qual a participação sufocante de seus técnicos os tornam “inseridos” demais no jogo, limitando sobremaneira a liberdade criativa e analítica dos jogadores quando defrontados pelos obstáculos naturais e inexoráveis do jogo, faceta esta somente contornada pelo treino intenso e detalhado, assim como discutido e exemplificado, que acredito ainda não ser praticado na medida desejável para a constituição de uma verdedeira e autônoma equipe de alta competição.
    Em um artigo do jornalista Guilherme Tadeu no Basketeria – Opinião: Flamengo de José Neto está em um patamar acima dos demais- publicado em 14/12/12, anotei duas importantes referências a saber:(…)”Escrevi neste espaço, às vésperas do início da temporada, que Neto teria a possibilidade de mudar o basquete brasileiro. Até hoje, nenhuma equipe de ponta conseguiu aliar talento com preocupação coletiva e disciplina tática. O Flamengo está no caminho de consegui-lo. No entanto, são apenas três jogos e há muita coisa para acontecer. De qualquer maneira, à primeira vista, os adversários têm muito o que se preocupar.

    Quando a diretoria brasiliense escolheu substituir Lula Ferreira por Vidal, trocava um treinador por um gestor de pessoas. E ele teve seus méritos: mesmo sem Valtinho e Estevam, repetiu o título mais duas vezes. As alterações dentro do sistema de jogo foram menores do que na dinâmica de condução de grupo fora dela, mas, de alguma maneira, é possível dizer que mudança no ritmo ofensivo – acelerando e propondo um jogo de transição – são frutos do bom trabalho do novo treinador, que se beneficiou do fato de que nenhuma outra equipe de ponta apresentou qualquer novidade. Sem grandes desafios táticos (as principais variações do NBB 3 e 4 se baseavam, basicamente, em alternar a defesa zona com a individual, e a inclusão de um exótico cincão aberto em situações de jogo mais atabalhoadas), venceu quem tinha o melhor elenco (…)”.
    Como vê Josue, é uma tendência que já preocupa a midia especializada, com um só porém a cerca do artigo em questão, quando o Guilherme escreveu:”Até hoje, nenhuma equipe de ponta conseguiu aliar talento com preocupação coletiva e disciplina tática.”
    Esqueceu o excelente jornalista que essa equipe existiu, o Saldanha do returno do NBB2, que não era de ponta, mas que teria sido se fosse mantida com a mais absoluta certeza, pelo menos por aqueles que realmente conhecem e entendem o grande jogo.
    Os documentos graficos e de midia ai estão para comprovar, e somente espero que não só seus estudos Josue, mas como o de muitosa outros jovens técnicos os levem adiante, frente ao silêncio castrador e injusto sobre aquela instigante equipe e sua proposta renovadora e vencedora.
    Um abraço, Paulo Murilo.

  5. Marcelo 27.12.2012

    Professor, boa tarde.
    Comecei a acompanhar seu blog há cerca de um mês e gostei muito do que vi, finalmente alguem nesse país que destoa do tal sistema único. Parabéns pelo trabalho!
    Gostaria de sanar uma dúvida: para ser treinador de basquete no Brasil, quais os requisitos ou formações obrigatórias?
    Um abraço, e sucesso!

  6. Rodolpho 27.12.2012

    O sistema único é perfeito, diria o Muricy Ramalho, que bem filosofa: “Na prancheta eu nunca perdi um jogo.”

    O que quero dizer, é que não existe um sistema que não dependa do domínio técnico exigente para suas qualidades.

    É perfeitamente possível jogar no sistema único, com jogadores de 1 a 5 e dominar qualquer liga. Do mini à NBA. O San Antonio Spurs faz isso com maestria há 10 anos no auge. Um único armador, que ainda pontua, um típico escola, que infiltra e chuta de longe, e ainda decide como poucos. Alas que são especialistas em algo, seja defesa ou arremessos de fora, um super ala de força e um pivô que vive de sobras e rebotes. Abusam de isolamentos, às vezes exageram na velocidade ou quantidade de arremessos de longe e são bem previsíveis.

    A grande diferença é a qualidade técnica, aliada a uma defesa incrivelmente aplicada, um conjunto nunca antes visto numa liga com tantos egos tresloucados por tempo na TV, e a ciência do papel de cada elemento dentro do grupo.

    O que falta no Brasil é essa base, que faria qualquer coisa, mesmo o sistema único, funcionar bem. Afinal, do que adianta desenhar uma jogada que coloque um pivô de 2,10m no mano a mano debaixo da cesta se ele não tem técnica pra executar um gancho a 1 metro da cesta ou não tem força física pra enterrar?!

    Mas, qual desenhista de prancheta abriria mão de brincar de Van Gogh com a caneta pra ficar 15 minutos por treino, debaixo da cesta, ensinando seu pivô o movimento adequado?

    Não duvido que existam técnicos que passam o treino da arquibancada enquanto desenham jogadas.

  7. Basquete Brasil 28.12.2012

    Prezado Marcelo, fico feliz em proporcionar a você boas materias e informações sobre o grande jogo, e torço para que essa parceria seja longa e produtiva. Quanto à formação para exercer a função de técnico, dois são os caminhos, cursar uma escola de educação fisica se especializando em basquete, que é o caminho mais indicado, ou conseguir um provisionamento pelo cref, provando ser técnico atuante na modalidade, que é o caminho tomado por muitos candidatos no país, e que desaprovo veementemente, mas isso é uma outra história.
    Um abraço, Paulo Murilo.

  8. Gil Guadron 28.12.2012

    Mi muy respetado Josue Filho :

    Mil gracias por sus amables conceptos hacia el articulo que escribi.

    Actualmente existe una enorme facilidad de obtener informacion basquetbolistica de gran calidad:

    DVD’s : vaya a championship production.
    Libros : le suguiero entre a amazon. Esta compañia tambien tiene libros en español.

    — el arbol frondoso tiene muy buenas , Fuertes y Viejas raices. —

    Deseo que encuentre lo que busca.

    En lo que pueda servirle.

    Atentamente.

    Gil Guadron

  9. Basquete Brasil 28.12.2012

    Sem duvida alguma, prezado Rodolpho, e nesse aspecto concordo inteiramente com você, sem uma base técnica, num profundo dominio dos fundamentos do jogo, nenhum sistema vicejará, será factível, nenhum. E nesse ponto inicia minha divergência ao seu posicionamento quanto ao sistema único, que como ele mesmo se define, é único, e por isso mesmo coercitivo, inamovível, castrador, pois anula a segmentação criativa, a liberdade do livre pensar, afinal, é único.
    A liberação criativa é o caminho mais garantido na formação integral do individuo, dando forma a seus anseios, sonhos e realidades dentro do possivel, e não limitado a um único trajeto de via única, onde a discussào e o arbitrio se restringe a um processo vicioso de obediência e anulação de vontades e desejos. Temos a obrigação de propiciar um alargamento vivencial aos nossos jovens, através do pluralismo, da generalização de experiências e vivências responsavelmente incutidas em seus deveres e direitos diários, cerne da cidadania consciente, livre e criadora.
    Por tudo isso é que defendo e sempre defenderei as mais variadas experiências e opções de jogo, respeitando o crescimento fisico e mental de cada jovem em seu processo evolutivo rumo a maturidade, e não formatando-o e padronizando-o a um corportamento previsivel e mediocre. Acredito que somente evoluiremos a partir do momento em que nos emanciparmos do sistema único, rumando em direção de algo superior e estratégico, a formação de uma base consciente, criativa e acima de tudo, democratica. É o que penso, sempre agindo nesse sentido.
    Um abraço, Paulo Murilo.

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