ERROS (CAPITAIS) DE A/C…

 

Não tenho como norma comportamental pressionar ou mesmo interferir em arbitragens durante os jogos em que participo como técnico, em respeito ao jogo, a seus participantes, ao público presente ou conectado à mídia, e a mim em particular, já que tal atitude gera a tranqüilidade fundamental ao bom exercício profissional, necessária para diagnosticar e retificar com presteza, possíveis falhas técnicas e táticas que ocorrem em uma partida importante.

Mas tal posicionamento pode gerar comentários após jogos muito difíceis, onde alguns fatores negativos podem e devem ser discutidos à imagem das leis do jogo, a fim de que as mesmas possam ser aplicadas com a máxima isenção e justiça que as qualificam.

Algumas vezes postei nesse blog comentários sobre arbitragens, principalmente focando alguns pormenores que maculam a boa aplicabilidade dos fundamentos do jogo, como os artigos referentes ao Duelo de Habilidades nos Encontros das Estrelas do NBB, principalmente nas sequências de dribles e fintas, onde erros de execução falseiam os vencedores finais dos mesmos, e que muitas vezes não são coibidos nos jogos da Liga, e que mais recentemente foram motivos de pequenos e elucidativos vídeos, postados pelo Sportv nos intervalos de suas transmissões, e comentados pelo ex arbitro internacional Renato dos Santos.

Então, num jogo decisivo de playoff, entre São José e Minas, faltando 2.7seg para o encerramento do mesmo, um jogador comete duas infrações simultâneas, ao conduzir e andar com a bola por mais de duas passadas, observado frontalmente por três juízes, que nada marcam, propiciando um passe ao armador Fúlvio, que sofre falta e define o jogo com seus dois lances livres convertidos. Em outras palavras, a arbitragem influiu decisivamente no resultado de um jogo disputado ponto a ponto, e que daria certamente a vitoria ao Minas, pois com um lateral a seu favor e faltando 2.7seg somente restaria a seu adversário o recurso da falta, e praticamente quase nulas chances de reverter o placar.

Se muito tem se falado, às claras, ou não, o conceito de arbitragem caseira (A/C) se mantém como um estigma que deve ser expurgado de nossa tão decantada arbitragem, ainda mais no âmago de uma Liga que se predispôs a soerguer o grande jogo no país, e que ontem foi minimizado por um erro colossal, castigando a equipe que não o cometeu.

Amém.

Foto – Reprodução da TV. Clique n a mesma para ampliá-la.

 



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