O REINO DAS “BOLINHAS” XI…

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Dizer mais o que depois de um jogo onde um jogador contabiliza 36 pontos, sendo 24 em arremessos de três (8/11), sem a mínima contestação de um adversário, que apostando também nas bolinhas naufragou em erros e omissões. Nezinho fez o que quis, arremessou como quis, passou e assistiu como quis, livre e solto, assim como seus companheiros de artilharia. Convergir para sua equipe tornou-se lugar comum (hoje foram 15/30 nos dois e 15/36 nos três), e talvez chegue ao titulo convergindo crescentemente, ante defesas de brincadeira, ante defesas de mentira. Impossível ficar indiferente perante tanta incompetência, proposital ou simplesmente ignorante, pois levar pontos em profusão de um jogador que arremessa da altura do seu plexo, tendo 1,85 ou menos, é de uma indigência defensiva lamentável.

Se para cada inócuo rachão fossem os jogadores treinados nos fundamentos do jogo, de defesa, nos acompanhamentos lineares, nas contestações verticais sem projeção frontal, na anteposição ao passe, ao trajeto preferencial que antecede o arremesso de um oponente, todos itens de pleno conhecimento de jogadores e técnicos que conhecem defesa, seus detalhes, e a forma de treiná-los, sistematicamente, confiando em sua técnica e não na falsa premissa de que para defender basta a vontade e o empenho em fazê-lo.

Fossemos mais diligentes nos fundamentos, de defesa em particular, e jogador nenhum que arremessasse da altura do plexo completaria seu movimento sem ser convenientemente bloqueado, obrigando-o a elevar seus braços, alterando sua trajetória, diminuindo sua eficiência, bem ao contrário de assisti-lo em sua pujante, porém evitável, técnica. Nezinho foi brilhante, sem dúvida, mas o seria se marcado de verdade?

Mas Brasília não é só Nezinho, é um grupo experiente e longevo em sua formação, constituindo-se numa força perfeitamente adaptada à essa forma de jogar convergente e em permanente transição, sinalizando aos oponentes que para vencê-lo precisam atuar de forma divergente à sua, que no panorama de mesmice endêmica em que se encontram é uma tarefa bastante difícil.

São José ainda tem uma chance de reverter o quadro, mas para que isso ocorra terá de defender com afinco, técnica e decisão, e atacar no perímetro interno, pois emulando os candangos no externo não terão como continuar na competição.

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

Fotos de 1 a 4 – O grande festival das bolinhas…



2 comentários

  1. Ricardo 06.05.2013

    Professor, de fato o Nezinho é o menos culpado, já que deixam ele se sobressair dessa forma.

    Mas é obvio que marcado decentemente o jogo dele desaparece, como já vimos em inúmeras situações de jogo internacional, em especial com Nezinho com a camisa da seleção brasileira.

    Realmente decepcionante ver um time como São José (que com todos problemas que tem – incluindo lesoes ao longo de todo ano – é um time experiente!) jogar assim o jogo 3, depois do que acontecera no jogo 2.

  2. Basquete Brasil 06.05.2013

    Pelo que reporta a midia, a equipe do São José dedicou seu preparo na semana ao sistema defensivo, principalmente fora do perimetro, o que considero um tanto tardio, mas não deixa de ser alentador. Pena que o jogo não seja transmitido pela TV.
    Um abraço Ricardo. Paulo Murilo.

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