A MESMICE EUROPEIZADA…

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Puxa vida Paulo, o Eurobasket pegando fogo e você… nada?

Tem razão amigo, mas…escrever o quê? Reafirmar que a mesmice endêmica tão bem estabelecida entre nós, agora se europeizou, e de uma forma absolutamente generalizada?  Acompanhem a serie de fotos acima, e constatem a cada simples imagem todo um imutável cenário de jogo a jogo, monocordicamente, e que espelha uma realidade globalizada e doentiamente aceita por todos os participantes da grande competição, levando-nos a confirmar a dolorosa verdade que emerge acima do aceitável em termos de evolução do grande jogo.

E a grande e imutável verdade é aquela que estabelece a superioridade posicional como o fator que decide, que vem decidindo a maioria dos jogos, onde aquelas equipes que possuem mais jogadores das posições de 1 a 5 superiores tecnicamente a outras, vencem jogos por força do maior domínio dos fundamentos de alguns de seus jogadores, mas que podem também ser vencidas ante um outro e seletivo fator, o defensivo, não o tradicional que tão bem se encaixou ao sistema único, convivendo e colaborando com o mesmo, numa simbiose conveniente a todos, onde vitorias e derrotas se dividem irmã e sazonalmente, mas que entravam e até paralisam a evolução do grande jogo. Falo daquele tipo de defesa fundamentada num principio de engenharia reversa, que bem explico num artigo de 2007 aqui publicado, e que ilustro na penúltima foto, onde a equipe lituana se impõe a italiana ao se utilizar desse tipo de comportamento defensivo, deixando para última a imagem incrédula do técnico sérvio perante uma derrota de 30 pontos para uma Espanha que se antecipava a todas as ações ofensivas de sua equipe, como que adivinhando seus passos, mas que na realidade desconstruía um sistema que ela mesma se utiliza, e que sabia e tecnicamente os antecipava pelo pleno conhecimento e domínio de todos os seus segmentos e ações, assim como os lituanos.

Claro, que num breve futuro outras equipes agirão da mesma forma, a começar pela jovem equipe croata, e quem sabe, propiciando uma evolução ofensiva de peso e necessária presença, no combate, o bom combate à imposição do sistema único.

Mas nada que um Coach K não possa subverter a continuar em sua cruzada contra a mesmice institucionalizada, globalizada, e que por força de sua ousadia, quem sabe, instaurará uma nova ordem, um novo e alternativo caminho para o grande jogo.

Por aqui, nessa enorme e injusta nação, continuaremos na mesma por um longo período, apesar de raríssimos momentos de lucidez de uns poucos, e perante o Desafio de uma mente marginal…

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.



4 comentários

  1. Idevan Gonçalves 20.09.2013

    Caro Professor,

    Há tempos não comento, mas não abandonei o blog. Pelo contrário, todas as publicações são lidas e bem digeridas.

    Sei que não costuma comentar sobre colegas, mas gostaria da sua opinião sobre a contratação do Guilherme Vos pra uma seleção feminina de base. Será que, enfim, os fundamentos serão privilegiados?

    Um grande abraço.

  2. Basquete Brasil 20.09.2013

    Honestamente prezado Idevan, não conheço pessoalmente o técnico Guilherme Vos, mas bem sei de seu prestígio como formador de base e profissional estudioso, fortemente ligado ao projeto esportivo da Mangueira, e com excelentes resultados. Experiente que é, acredito que poderá efetuar um bom trabalho na CBB, tão carente de técnicos realmente engajados na base.
    Um abraço, Paulo Murilo.

  3. Henrique Lima 22.09.2013

    Professor Paulo,

    pelas andanças da internet, achei uma análise sobre o playbook francês, que neste momento está em ação contra a Lituânia, são duas partes !

    Veja “semelhanças” com o playbook do San Antonio Spurs, por exemplo!rsrs

    http://ballnado.blogspot.com.br/2013/09/eurobasket-2013-french-playbook-part-1.html

    http://ballnado.blogspot.com.br/2013/09/eurobasket-2013-french-playbook-part-2.html

    Um forte abraço !

  4. Basquete Brasil 22.09.2013

    Como vê Henrique, o modelo Spurs inspira a França, e a maioria esmagadora das seleções nesse Eurobasket, que fora alguns detalhes de execução pouco difere do sistema único utilizado na NBA, e agora, mais do que nunca, emulado na Europa e no resto do mundo, exceções feitas a uns poucos times daquela grande liga como os Mavs e os Suns, com suas rebeldias logo contidas, e um Coach K em sua solitária e quixotesca luta por algo diferenciado, assim como eu mesmo mais para sancho…
    Vida que segue Henrique. Um abraço, Paulo.

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