OUTROS DOIS MOMENTOS…

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Primeiro – Num passado bem recente o jovem gigante externava em entrevistas de seu sonho em jogar nas alas, driblando e fintando em direção à cesta, e volta e meia concluindo de longa e meia distancias, mas…

Não eram esses os desígnios de seus “responsáveis”, e mesmo de seus orientadores e professores (?/$) técnicos, lá longe, em terras espanholas e americanas, que o limitavam aos brutais afazeres de um pivô de oficio, e inclusive o coagindo a reserva se fugisse das superiores e altas técnologias para transformá-lo num reboteiro exemplar…

No entanto, faltava um porém, que inclusive o remeteu de volta a Europa logo após se classificar no draft da NBA, a “necessidade estratégica” de  encorpar, massificar-se, a fim de resistir às battles under basket, tese defendida ao extremo pelos maiores “especialistas” da mídia tupiniquim, gênios do basquete, enciclopédias vivas da NBA, que destilam aulas magnas de conhecimentos muitas vezes risíveis, pela ausência de conteúdos teóricos, práticos, e acima de tudo, vivenciados nos campos do treino e da competição….

E a corda estourou em seu ponto mais frágil, reagindo negativamente à massificação “via ferros e complementos alimentares (?)”, e para tentar enganar àqueles que entendem do riscado, de verdade, se saem com a ridícula tese de que suas fortes dores nos joelhos não encontram uma explicação convincente, e que por isso estão indo para os Estados Unidos submeterem a jovem cobaia a exames mais precisos…

Mas o que fizeram (espero que possa ser revertido) foi em nome da cobiça financeira e de uma irresponsável e arriscada jogada comercial, abreviar a carreira promissora de um ala (ou mesmo um potente e ágil ala/pivô), que do alto de seus 2,14m, bem treinado nos fundamentos, estaria mais próximo de um futuro tecnicamente seguro, do que ser transformado em mais um brutamontes com suas articulações hiper pressionadas por quilos de, de que mesmo? Respondam vocês, os catedráticos do grande jogo, cada vez mais diminuído… Não por mim…

 

Segundo – Me perguntaram outro dia em um email, o que entendia, ou achava, da formação dos técnicos em nosso país, se comparada à formação na Europa e nos Estados Unidos, e qual o fator mais decisivo nessa diferença, se existente.

Fiquei de responder no mais breve espaço de tempo possível, dado aos afazeres mais prioritários no atual momento, quando enfim realizo uma exemplar revisão nos derradeiros parágrafos de um livro a muito prometido, pronto a bastante tempo, mas impossível de ter sido editado pelas dificuldades editoriais em se tratando de basquetebol. Fosse de MMA…

Mas como meu filho André Luis prometeu que o editaria através amigos comuns, fui à luta e creio tê-lo pronto muito em breve.

Então, voltando à pergunta a mim feita, lendo um artigo do Balassiano sobre o jogo de ontem entre Miami e Indiana pela NBA, ele menciona que a equipe vencedora, a de Indiana, se utilizou de um sistema de jogo baseado na “Old School”, para o qual a equipe do Miami não encontrou soluções defensivas contra dois pivôs enfiados no garrafão, que em conjunto com um ala ofensivo pontuaram para valer contra a grande equipe campeã da liga, e vencendo o jogo.

Então, respondo a questão enviada, com uma simples afirmativa, a de que toda a formação daqueles técnicos europeus e americanos sempre foi pautada pela Old School, base irrefutável e sólida de todo um sistema de ensino e aprendizagem acumulado com o passar de décadas, desde a criação do jogo em Springfield, enriquecido pela mais vasta literatura desportiva conhecida, e com uma produção acadêmica e cientifica do mais alto nível, valor e importância, e que está a disposição de todo aquele profissional disposto a conhecer de verdade o grande jogo.

A Old School foi e sempre será a Actual School, pois seus princípios eternos pautaram e pautarão hoje, e no futuro, o ensino, o treinamento, os sistemas, as estratégias, e acima de tudo os princípios éticos do grande jogo.

Infelizmente, por aqui em terrae brasilis, tradição, história, pleno e embasado conhecimento, sempre será rotulado de antiquado, ultrapassado, desatualizado, mas não para eles, e para alguns mais esclarecidos daqui mesmo, onde o novo, o contemporâneo, vigoram como uma verdade absoluta, porém destituída do suporte básico e fundamental da tradição, do rico passado, enfim, da Old School…

Amém.

 

Fotos – Divulgação Globoesporte.

 

MAIS DOIS MOMENTOS…

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Fui ao Galeão buscar o André Luis que chegava do exterior, é o filho basqueteiro como eu, e tive de deixar gravando um dos dois jogos que aconteceriam naquele mesmo horário, e optei pela decisão paulista, e creio que erroneamente, pois o jogo entre o Uberlândia e Brasília, pelos números do mesmo deve ter sido muito superior que o de São Paulo.

Foram números bem parecidos, porém com uma diferença significativa nos lances livres (26/36 em Uberlândia e 11/17 em São Paulo), mostrando ter sido a partida do NBB decidida “lá dentro”, superando um pouco a tendência que se avoluma em nosso basquete, com as vitórias sendo tentados pelo jogo externo, numa espiral ascendente que realmente preocupa, e a tal ponto, que o venerado técnico hermano ligado a equipe candanga, praticamente se rendeu aos cardeais e suas infindáveis bolinhas, que ainda contam com o gigante americano que não as economiza de forma alguma. Se rendeu como a maneira mais prática de treinar uma equipe que difícil, ou impossivelmente jamais deixará de praticar o jogo que a destacou no cenário nacional, independentemente ou não de refletir seu estilo nas seleções, pois não se compreende que sua equipe mantenha a média de mais de 28 arremessos de três no campeonato, como nesse jogo quando protagonizou 19/34 de dois e 10/29 de três, em contraponto com a equipe mineira que contabilizou 23/44 e 12/24 respectivamente, com a opção do jogo interno, a não ser com a sua esperta conivência.

Foi um jogo com 53 arremessos de três e 78 de dois, o que realmente é algo com que se preocupar.

Em São Paulo, com somente 28 lances livres cobrados, ficou patente a prioridade do jogo externo por ambas as equipes, com pequena margem de penetrações por parte de Bauru acima da equipe da capital, mas suficiente para fechar a serie e se sagrar campeã, sob os brados de seu treinador no quarto final exigindo que seus jogadores “batessem para dentro” sempre que pudessem.

Do outro lado o pedido mais enfático era a repetida ordem de seu treinador para que fizessem as faltas a que tinham direito, situação bem oposta à propalada eficiência e força de seu sistema defensivo, que pelo visto era mais um factóide midiático, dos muitos empregues pela “crônica especializada”, justificando excelências onde não existem, mesmo.

Enfim, me vi frustrado pela escolha, mas quem sabe na próxima…

Amém.

Fotos – Divulgação LNB. Clique nas mesmas para ampliá-las.

QUATRO MOMENTOS…

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Primeiro – Ora , ora, daqui para diante jogador de futebol que se aposenta pode exercer a função de técnico sem cref’s às suas costas. Mas, e por conta do preceito legal da equanimidade, ex jogadores de outras modalidades também terão o mesmo direito, sob a jurisprudência do STF, sem a menor das dúvidas. Tudo bem, a turma crefiana ou confefiana, como quiserem, perdeu um direito que jamais poderia ter tido à luz do bom senso em um país que luta para estabelecer uma política para os desportos, ultrapassando incorretamente a verdadeira política criminosamente omitida, a da educação física, plena e obrigatória em todos os níveis de ensino, nos quais políticas desportivas bem implementadas buscariam os talentos para as modalidades de alto desempenho, e não o pastiche oportunista e aventureiro retratado em pseudos projetos voltados ao desporto de elite, respaldados por um conselho federal e seus pressupostos estaduais, que nada mais fazem do que recolherem pontualmente os dízimos daqueles que registram ou inadvertidamente credenciam como “provisionados” , numa apropriação indébita e indevida aos direitos inalienáveis e constitucionais daqueles órgãos de ensino superior, que detêm os plenos direitos na formação desses profissionais.

É mais uma etapa de uma longa luta que vem sendo travada no âmbito da educação, da educação física, lídima integrante do processo globalizado de uma educação plena e de qualidade, direito inalienável e constitucional de todos os jovens desse enorme, injusto e desigual país, que não podem ser orientados na direção do “culto ao corpo”, a monstruosa indústria implantada por aqueles que não podem ver com bons olhos toda uma clientela adolescente e jovem sendo devida e seriamente orientada a uma educação física integrada ao seu desenvolvimento escolar e cultural, fugindo de sua alçada voltada ao lucro, e que lucros, tendo os mencionados conselhos como seus avalistas nesse monumental comercio.

Espero que daqui para frente, possamos vislumbrar um vasto horizonte de conquistas no âmago do nosso sistema escolar, onde as disciplinas acadêmicas se associem às artes, musica, dança, a educação física e os desportos, dotando nossos jovens de experiências válidas e fundamentais em suas vidas, assim como, oportunizando ao país o acesso aos talentos desportivos necessários às ações competitivas, buscando-os no verdadeiro e único lugar onde obrigatoriamente, e à luz do direito, deverão se encontrar, na escola.

Confef e cref’s são entidades que jamais poderiam existir numa sociedade que preserva o direito e a qualidade das instituições universitárias formadoras dos futuros professores, inclusive não auferido direitos às mesmas em interferir nas suas formulações didático pedagógicas, direito este destituído de fundamentação técnica e científica, porém sobrando o fator político, que é a base em que se instalaram  desde sempre.

Então, com essa decisão da justiça federal, que tal a ENTB/CBB repensar seus certificados níveis de I a III, frente a uma realidade mais voltada ao espírito de uma verdadeira escola, e não frente a “provisionamentos” absurdos?

Segundo – Temos ai uma página inteira do O Globo de 4/12/13 com uma matéria do que se faz de maneira cientifica na preparação de nossos atletas de elite, mas que deixa a impressão de que se trata de algo definitivo e indiscutível para que os mesmos galguem os pódios das maiores competições de suas modalidades, e não um fator, sem dúvida importante, na somatória de outras intervenções que se fazem necessárias para que atinjam os pódios mencionados.

Recentemente, dirigi uma equipe de alto nível, e que contava com dois bons preparadores, um físico e outro fisioterapeuta, ambos estudiosos e plenamente voltados aos aspectos científicos de suas especialidades, mas que se chocaram um pouco com a extrema dinâmica no treinamento dos fundamentos que implantei no curto prazo que tinha até o recomeço do campeonato, treinamento este totalmente volP1040173tado ao gesto desportivo, ao aprimoramento do mesmo, exagerando nas repetições, nas explicações e no decorrente domínio de algo que realizavam sabendo os por quês do que faziam, conscientizando-os nos detalhes e discutindo sua validade prática. Claro que pedi aos profissionais citados assistência nas recuperações frente aos intensos esforços despendidos, no que foram brilhantes, provando seu preparo e conhecimento.

Mencionei a experiência acima, pelo fato de constatar a cada dia que passa a supremacia da ciência voltada ao físico, do que aquela voltada ao preparo técnico dos fundamentos de qualquer das modalidades que conhecemos e praticamos, que é algo desprezado pela esmagadora maioria dos profissionais envolvidos com o desporto em nosso país, vide as teses universitárias que privilegiam prioritariamente aquelas voltadas a área medica, e omitem as da área técnica, como que formando um consenso de que sem aquelas inexistiriam atletas e jogadores de qualidade no país.

Ledo engano, pois antecedendo a ciência fisiológica, deveria, como na maioria dos países desenvolvidos, serem estabelecidas as ciências do treinamento, do gesto esportivo, da cultura coletivista, para depois pensar na ciência fisiológica e mental para concluir seu preparo.

Temos os exemplos brutais dos países do antigo bloco socialista, e que mantêm seus modelos atuantes em alguns que o sucederam politicamente, invertendo tais fatores, com resultados aparentemente formidáveis, mas que cobrarão, como cobraram, grandes prejuízos físicos e psicológicos aos seus brilhantes atletas, numa espiral fisiológica descendente muitas vezes irreversível.

Num país como o nosso, onde o oportunismo financeiro e midiático ditam as regras de mercado a serem seguidas, muitos cuidados devem ser tomados para prever e contornar erros de avaliação muitas vezes equivocados, como os de priorizar fisiologismos acima dos conhecimentos técnicos de qualquer modalidade desportiva, sem os quais de nada valerão, por mais pesquisados e embasados que estejam, pois complementares, nunca prioritários.

 

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Terceiro – Se no primeiro jogo da série o Paulistano perdeu convergindo suas tentativas de cesta ( 17/31 de dois e 10/29 de três), no segundo o Bauru também convergindo (17/26 de dois e 11/25 de três) venceu a partida, deixando no ar a seguinte questão – Convergir conota resultados às partidas equilibradas de basquetebol?

Bem, no primeiro, por força de seu jogo interior, Bauru arremessou 22/27 lances livres, e Paulistano com sua excessiva artilharia de fora somente 12/16 da linha de tiro livre, conotando 10 pontos a mais no placar, suficientes para vencer a partida, e alcançou 10 rebotes a mais que seu oponente (32×22), face a mencionada artilharia.

No segundo, mesmo convergindo, Bauru provocou faltas suficientes para um 16/20 em seus lances livres, e o Paulistano 12/13, mostrando quão falhas foram suas finalizações interiores, e como defendeu bem o seu oponente, que continuou a se impor nos rebotes (29×24), confirmando sua prevalência técnica, mesmo abusando nas bolinhas e no ímpeto muitas vezes desvairado de seu armador Larry.

Podemos então afirmar que, convergências prejudicam em muito seus executores, pois oferecem muito mais opções de contra ataque seguro e eficiente de seu oponente frente ao baixo índice de acerto dos longos arremessos se comparados aos de media e curta distancias, além de diminuírem a incidência de faltas pessoais no mesmo, e o mais importante, quebrarem todo o sentido de coletivismo de uma equipe, pois o “chegar e chutar” de forma alguma incentiva essa forma de atuar e sentir o grande jogo.

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Quarto – E fomos para o jogo do NBB6 entre o Pinheiros e o Uberlândia, quando muito do que foi dito no terceiro momento anterior, foi regiamente posto em pratica, onde um convergente Pinheiros (15/29 nos dois pontos e 11/30 nos três) se deparou com a equipe mineira atuando preferencialmente no interior do perímetro, mesmo tendo um dos mais efetivos arremessadores da liga, o Robert Day (27/48 de dois e 8/22 de três), e que somente arremessou 6/7 nos lances livres, frente a uma defesa caótica dos paulistas, e dominando os rebotes (34×28), mesmo errando 14 fundamentos contra 13 de seu opositor.P1040247

Jogar e convergir da forma em que vem se especializando a equipe paulista, que conta com jogadores dos melhores da Liga, mas que transitam na fronteira da irresponsabilidade na artilharia de longe, onde até seus pivôs se aventuram a não mais poder, e que sua armação prioriza as finalizações e muito pouco as assistências (e o Boracin não atuou…), que não encontro muitas explicações com as explosivas, ofensivas e deselegantes (principalmente aos telespectadores, contando, com certeza, muitos jovens na audiência…) participações em seus tempos pedidos, e que cada vez mais, e isso é perfeitamente visível nos semblantes de seus jogadores, que sequer o olham de frente, se avolumam e constrangem, não só a eles, como todos aqueles que ainda se aventuram a prestigiar as transmissões da TV, quando palavrões e gestual agressivo são transmitidos em tempo real, a cores e em som estéreo. Simplesmente lamentável…

Amém.

Fotos – Reproduções da TV e do O Globo. Clique nas mesmas para ampliá-las.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

TRÊS MOMENTOS…

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Foi um jogo de “dentro” x “fora”, vencido pelo Bauru, o que jogou preferencialmente dentro do perímetro, onde seus pivôs se afirmam cada vez mais, interagindo progressivamente com seus armadores, ainda que inseguros na movimentação coletiva das jogadas, ao não darem prosseguimento em seus deslocamentos, deixando os gigantes à própria sorte nos embates com os defensores, cujas sacrificadas tarefas seriam bastante minoradas se encontrassem seus municiadores em deslocamentos sagitais a cesta. Mas acredito que com o tempo aprenderão que a mobilidade de uma equipe tem de ser permanente e incisiva, por todo o tempo que durar cada investida ofensiva.

 

Com essa atitude, que revolucionaria nossa estratificada forma de atacar dentro do perímetro, caberia ao ala/armador, presente na maioria das equipes do NBB, compor com os dois pivôs a trinca de permanente deslocamento naquela complicada área interior, e se o mesmo fosse o especialista nos três pontos (papel do Fernando Fisher no Bauru) muito se oportunizaria a lançamentos mais livres e seguros, já que os passes sempre viriam de dentro para fora do perímetro.

 

Creio que o raciocínio dos analistas da LNB ao escolherem as seleções das rodadas, propositalmente, ou não, tem pautado por esse modelo, ou seja, uma dupla de armadores, outra de pivôs rápidos, e um ala armador pontuador, vide a seleções dessa rodada aqui descritas, num movimento que se implantado mudaria em tudo o nosso modo de ver e jogar o grande jogo, como anteviu a humilde equipe do Saldanha no returno do NBB2…

 

Quanto a opção de atuar mais fora do que dentro, tomada pela equipe do Paulistano (17/31 nos arremessos de dois pontos e 10/29 nos de três, contra 19/35 e 7/19 respectivamente por parte do Bauru), que é uma tendência convergente que se avoluma perigosamente em nossos campeonatos de uma forma geral, provou-se por mais uma vez (quantas mais vezes serão necessárias para convencer os adeptos das bolinhas, quantas?) que o jogo mais próximo das cestas sempre manterá índices de acertos mais confiáveis, pois menores desvios serão cometidos, aumentando em muito a precisão nas finalizações, mas que exigirá uma drástica mudança em conceitos didáticos e pedagógicos necessários em sua implementação efetiva, fatores que muitos técnicos hesitarão em assumir, uns pela exigência modificadora de seus métodos, outros pelo desconhecimento dos mesmos, que cursos de 4 dias da ENTB jamais suprirão…

 

Finalmente, tratando-se de um meio tido como profissional de alto nível, é inconcebível que técnicos sejam afastados por diretores, cedendo seus espaços aos assistentes técnicos, que por definição técnico estrutural tem de estar intrinsecamente alinhados, técnica, tática e administrativamente aos técnicos titulares, pois tal entendimento, aceitação e integração promove o indissociável principio de equipe transmitido aos jogadores, fortalecendo os vínculos voltados ao sucesso da mesma.

 

Então, tais substituições pecam pelo reconhecimento de que tais vínculos associativos inexistiam na pratica diária, revelando serem os mesmos uma fraude consentida, pois em caso contrário, a saída ou substituição do comando deveria incidir na comissão em seu todo, exatamente por não colimarem seus esperados resultados, e não substituírem uns pelos outros, que segundo as diretorias, alcançarão melhores resultados, ficando no ar a seguinte indagação – Por que não foram designados inicialmente?

 

Brinca-se muito de se fazer esporte em nosso país, e no de “alto nível” então, chega a ser espantoso, mas dentro da perspectiva existente e sacramentada desde sempre, o que é lamentável.

 

Tudo isso me faz lembrar a máxima de um técnico famoso que afirmou – “O bom nisso tudo é ser assistente, pois quem quebra a cara sempre é o técnico”- Bom para ele e para os que assim raciocinam, porém péssimo e trágico para o basquete brasileiro, que um dia, tenho a certeza, vencerá essa negra etapa do tapetebol e do Q.I. institucionalizado…

 

Amém.

Fotos – Divulgação LNB. Clique nas mesmas para ampliá-las.

 

 

 

 

 

O “COTIDIANO” DO GRANDE JOGO…

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“Ela faz sempre tudo igual/ Me sacode às seis horas da manhã/ Me sorri um sorriso pontual”, é um trecho de Cotidiano, de Chico Buarque, e que bem retrata o NBB6 nessas rodadas iniciais, com sua estratificada mesmice técnico tática, que com certeza se estenderá até o jogo final transmitido gloriosamente pela TV dona do pedaço…

E a tendência é a de continuar como está, afinal de contas, empregos estão garantidos por mais uma temporada, sem invenções táticas e outros penduricalhos técnicos que bons (?) americanos não possam suprir…

Mas o engraçado é ver um quinteto com três gringos sendo instruído e pranchetado em português, e as caras que fazem “entendendo” tudo, são de morrer de rir…

Enfim, vida, não, NBB que segue, impoluto em sua saga de bem servir as “sobras” do irmão do norte, agregando valores de “alto nível” ao nosso basquetebol, e pena que adiando sine die a utilização de nossos jovens, e mesmo de alguns veteranos bem melhores que a maioria deles, mas que não conotam “prestígio” a equipes, seus donos, agentes, empresários e os estrategistas poliglotas (?) sempre de plantão…

Continuaremos na “solene e importante” companhia de chifres de varias matizes e idiomas, polegares, cabeças, hi/lows, picks, camisas, hang looses, e sei lá mais quantas “táticas” vinculadas ao sistema único, cartilha dogmática de um basquete enclausurado em sua própria armadilha, permissiva e de comum acordo nas fragilíssimas defesas, como num modelo corporativo voltado à mesmice endêmica garantidora do que aí está, e se manterá por um longo tempo…

Por conta dessa realidade, e por ser um profissional que em hipótese alguma comungo com tal absurdo travestido de “novo”, é que me dou o direito de daqui para diante selecionar mais ainda, e num grau bem mais elevado, o que comentar, filtrando situações que realmente agreguem progresso técnico e tático ao nosso combalido basquetebol, e não ficar me reportando monocordicamente às tantas e repetitivas exibições de mediocridade explícita e implícita no âmbito do que deveria ser o grande jogo, e não o que aí está escancarado a todos, infelizmente…

Desculpem os poucos leitores desse humilde blog, mas não disponho de mais tempo, precioso desde sempre, para perder com brincalhões e arrivistas, e sim destiná-lo àqueles que realmente amam, prestigiam e buscam aprender sobre o grande jogo. E assim será. Amém.

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Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

 

 

E DEU JOGO…

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E não é que deu jogo…

Bastou contestar com alguma competência todas as tentativas de três no perímetro externo, encostar e dobrar no interno, contra atacar quando possível, e obter, frente a uma defesa encolhida, todos os espaços possíveis e necessários às famigeradas bolinhas, para vencer um jogo onde o adversário optou pela ação contrária, apostando no erro da artilharia candanga, onde até o pivozão americano, meio órfão de ser lançado estando sempre bem colocado “lá dentro”, veio “pra fora” e detonou uma série de petardos que praticamente definiram a partida, sem maiores contratempos

 

O inusitado, porém, foi o já tradicional “banho de prancheta” proporcionado pelo técnico oriental, superando tudo o que fazemos de correlato por aqui, não só pelo “detalhamento”, como, e principalmente, pelo conteúdo feérico do “absolutamente nada”…apesar do seu obstinado “tá claro?”

 

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Enfim, pelo sim ou pelo não, a equipe do CEUB Brasília venceu com justiça o campeonato, utilizando o bom senso de defender seu perímetro, apesar de ainda continuar subestimando seu jogo interior, que por sorte dos deuses, dotou-a de

um pivô atrevido e corajoso o suficiente para contestar para si uma participação ofensiva exterior, já que negada a interior, para a qual foi contratado. Coisas do grande jogo.

Amém.

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