CONTRASTES…

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Meus deuses, como é difícil escrever algo em meio a um turbilhão de emoções e embates

 familiares, ainda mais quando envolve pais e filhos. Mas a experiência e o bom senso sempre encaminham soluções razoáveis e equânimes em qualquer situação, mesmo a mais complexa.

 

Mesmo assim, vamos em frente, prometendo não atrasar mais artigos aqui nesse humilde blog.

 

Começando, que beleza as semifinais da NCAA, quando se classificaram para a final as duas equipes que menos arremessaram de três nessa fase da competição (Kentucky 2/5 e Wisconsin 8/20, assim como UConn 5/12 e Florida 1/10), concentrando seu jogo no perímetro interno e numa intensidade defensiva avassaladora, provando que de 2 em 2 e 1 em 1 podem alcançar patamares que as qualificam numa competição assistida por 79 mil espectadores, num espetáculo formidável e inesquecível, que será coroado nessa segunda feira com o embate Kentucky e UConn.

 

 

Mas o que fica patente e indiscutível é a constatação do fim dos pivozões lentos e avantajados, substituídos por jogadores velozes, ágeis, com fundamentos bem desenvolvidos, atuando como alas pivôs na maioria das vezes de frente para a cesta, interagindo com a dupla armação de forma coordenada e flúida, numa continuidade de movimentos admirável.

 

 

Ao mesmo tempo que pudemos assistir a esses belos exemplos de basquetebol dinâmico, eramos obrigados a conviver com narradores mais interessados em se autopromoverem de forma puéril e ridícula, mas nada que um toque no remoto nos remetesse aos americanos que realmente falam e discutem o jogo sem presepadas insípidas e inúteis…

 

E como desde sempre defendemos aquela forma de atuar centrada numa dupla armação e três alas pivôs em constante motilidade interior e exterior, incomoda sobremaneira a continuidade da hemorragia dos três pontos que a cada rodada do NBB mais se avoluma por parte de nossas mais nominadas equipes, contando com a cumplicidade de seus técnicos, que ainda teimam em ferir nossa inteligência em entrevistas como essa dada ao Fabio Balassiano em seu Bala na Cesta pelo endeusado hermano em nossa midia especializada.

 

Mas o que realmente preocupa é o futuro do grande jogo entre nós, pois cada vez mais se solidifica o sistema único, continuado e divulgado à exaustão pela ENTB em seus cursos de fim de semana, perpetuando o jogo de posições determinadas e especializadas (?), algemando e limitando jovens promessas a papéis tutelados por comandos extra quadra e hieróglifos pranchetados, numa orgia de arrogância e pretensos conhecimentos, tão ou mais falsos do que as auto elegidas lideranças que os oprimem e limitam.

 

Muitos que me sensibilizam com a leitura desse blog podem interpretar ser o mesmo uma vitrine de lamúrias, quando na realidade é uma honesta tentativa de demonstrar com fatos teóricos e práticos ser possível, como já demonstrei na pena e na quadra, que temos e podemos jogar o grande jogo de uma forma diferenciada e eficiente, bem mais eficiente da mesmice impregnada de mediocridade que aí está solidamente implantada, aspecto que foi muito bem interpretado pelo jornalista Giancarlo Gianpetro do blog Vinte UM, em um artigo que sugiro que leiam aqui, para depois, se interessados forem, percorrer no espaço Multimídia na coluna lateral desse blog, videos de jogos que veiculo de equipes que dirigi, inclusive no NBB, e constatarem que pouco diferem do que melhor se joga nesse apaixonante mundo do grande jogo. Leiam e assistam, para depois concordarem ou não da possibilidade de fazermos algo de novo, fator mais do que transcendental direcionado à nossa participação olímpica em 2016, ou mesmo, 2020…

 

Amém.

 

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.

 



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