RUMANDO GLORIOSAMENTE PARA 2016…

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– Terminou o Campeonato Paulista;

– O São José foi o campeão (89 x 86);

– O vencedor arremessou 18/27 de dois e 11/26 de três pontos;

– O perdedor 17/34 e 11/28 respectivamente;

– Ambos, dentro do padrão que vai se impondo, convergiram;

– 22/54 de três num jogo da elite é uma aberração técnica;

– Defesas exteriores inexistiram:

– Interiores provaram a inexistência de sistemas ofensivos para enfrentá-las;

– Os comentaristas continuaram na mútua rasgação de seda;

– Mas encontraram algum espaço para esclarecimentos:

– “Vence aquele que errar menos ou acertar mais”…

– “Tem umas coisas no basquete que só quem jogou entende”…

– “A verdadeira verdade do jogo acontece nos 3min finais, quando vemos os que sabem jogar jogando”…

– Melhor impossível, e viva a nova concepção do basquete tupiniquim, rumando gloriosamente para 2016…

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las e acessar as legendas.

 

PERDENDO E ANIQUILANDO GERAÇÕES, SUTILMENTE…

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Publiquei aqui nesse humilde blog em 2008 esse artigo que é muito pouco acessado por aqueles que se dizem especializados no grande jogo, no entanto, aqueles poucos que realmente se interessam pelos sutis meandros dos “porquês” da situação técnico/tática em que nos encontramos possivelmente encontrarão algumas respostas, algumas não tão sutis respostas assim, mas suficientes para entenderem que algo aqui descrito e comentado em 2008, se encontra mais atual do que nunca em 2015, e permanecerá atual bem para lá de 2016, pois nestes anos todos nada aprendemos, de verdade, nada aprendemos que valesse a pena, nada, nadinha, a não ser a manutenção do cruel e absurdo corporativismo, mantido a todo e qualquer custo, mesmo que custe o soerguimento do grande jogo, minimizado e apequenado desde sempre. Triste e lamentável…

AS GERAÇÕES…

terça-feira, 9 de setembro de 2008 por Paulo MuriloEditar post2 Comentários

Hoje,depois de lutar contra uma infestação proposital de 61 virus obcenos e coisitas mais, retomo a lide deste humilde blog, ainda um pouco chamuscado, e tendo de adiar por mais alguns dias a publicação de artigos com vídeo, já que perdi quase todo o material digitalizado e montado. Mas não faz mal, sempre tive como professor e técnico a chama do recomeço ardendo dentro de mim, numa recriação constante e teimosa na busca de novos e excitantes desafios.

E para não perder o embalo, lendo uma reportagem no O Globo de domingo sobre a seleção sub-15 masculina que treina para o Sul-Americano da categoria, me deparo com uma jóia do nosso cancioneiro basquetebolistico, nas afirmações de um dos jovens pivôs selecionados, que assim se manifestou – “Depois de ter tido a chance de treinar com a seleção, resolvi me esforçar mais e comecei a fazer musculação para perder peso. Cheguei aqui com 126kg, e hoje estou com 124,3kg, grande parte em massa muscular”. Mais adiante, sobre a possibilidade de jogar na Europa – “Queria jogar lá, onde o basquete é mais forte e tem mais investimento. Aqui não somos muito valorizados “- e concluindo –“ Nesse Sul-Americano, acho que a Argentina e Venezuela são as favoritas”.

Realmente preocupante, pois suas afirmações são todas voltadas ao discurso de uma carreira profissional em uma idade em que deveria estar sendo orientado na aprendizagem do jogo, e não em moldar a parte física com uma atividade antagônica ao seu ainda insipiente, já que em pleno desenvolvimento, controle motor, além de sua prioridade estar sendo centrada no aspecto profissional, bem antes de se qualificar como um bom e seguro praticante dos fundamentos, que em momento algum foram mencionados pelo aspirante a craque.E sua predição final chega a ser tocante, pois desde já se considera inferior ao basquete praticado por argentinos e venezuelanos. E tudo isto na flor de seus 15 anos.E ainda mais, pertencendo à novíssima geração que teremos a nos representar nos próximos anos.

Mas a explicação mais contundente veio através as declarações do supervisor das seleções de base da CBB, quando afirma que o Brasil tem produzido talentos no basquete, mas falta uma continuidade no trabalho feito na base e uma maior sintonia com os clubes. Ou seja, selecionam-se jovens pelo país afora, num treinamento de diversas fases, sendo que a primeira delas incute os sistemas táticos que irão ser empregados pela equipe ( Em todas as equipes de base, que fique bem claro), como forma de seleção daqueles mais encaixados no mesmo, numa inversão total de valores, já que o sistema antecede o preparo fundamental, na desculpa absurda que expõe a seguir – “Os resultados mostram que o coletivo é cada vez mais importante. O time espanhol campeão mundial foi formado ainda no juvenil. Temos um planejamento até 2012 para que essas gerações não se percam e o calendário da FIBA ajuda com competições para todas as equipes de base”.

Como vemos, ousa essa turma influenciar de cima para baixo um principio que privilegia o sistema de jogo implantado coercitivamente aos técnicos do país, por sobre uma vasta e coerente via no correto e decisivo ensino dos fundamentos, que são a base de tudo, inclusive do basquetebol espanhol, mas que aqui entre nós cede lugar aos interesses continuistas de um grupo que tudo fará para manter seus ganhos de coreógrafos disfarçados de técnicos.

E as candentes declarações do jovem aspirante a craque conotam nossa triste e constrangedora realidade, aquela que o faz priorizar a massificação do físico em desenvolvimento púbere, em vez do aprendizado dos fundamentos. De se preocupar seriamente num possível futuro profissional no exterior, antes de se firmar técnica, tática e emocionalmente em seu próprio país. E de se situar dois degraus abaixo de futuros adversários, numa prova cabal de seu total abandono no desenvolvimento de capacitações que o tornem seguro de suas reais possibilidades de sucesso individual e conseqüentemente coletivo.

Pois é isso mesmo meu caro supervisor, até mesmo os espanhóis, os argentinos, os lituanos, e especialmente os americanos, já descobriram de muito, desde os princípios do século passado, e entre os quais um dia nos situamos também, que toda e qualquer equipe somente é possível ser formada para o sucesso, se todos os seus jogadores forem antes orientados por verdadeiros professores e técnicos na arte de jogar basquetebol, de aprenderem a jogar através o pleno conhecimento de seus fundamentos, e não serem pasteurizados por coreografias absurdas advindas de pranchetas doentias e escusas. As declarações do jovem pivô deveriam envergonhá-lo, pois são resultantes da forma em que é orientado por sua supervisão e pelo grupo que assaltou essa infeliz e revoltante confederação.

E se o projeto vai até 2012, que os deuses, já na faixa limítrofe de suas paciências, protejam essas gerações que desde já têm seus destinos selados, sob o jugo de algo indescritível e profundamente lamentável, a irresponsabilidade, aquela que jamais é discutida, e sim, coercitiva e criminosamente imposta.

Amém.

2 comentários

  • Miguel Palmier11.09.2008·

  • Caro Prof.;

  • É lamentável ver o TALENTO ser esquecido em detrimento da força bruta e de alguns centímetros a mais. Estive observando alguns treinamentos desta seleção, e tenho certeza que ao menos dois talentos

  • ficaram no Brasil, com a desculpa que são baixinhos ou fracos demais para jogar internacionacionalmente. Quem pode definir o que estes meninos serão daqui a um ano? Seleção desta idade é momento, detecção e aperfeiçoamento de potenciais jogadores é outra coisa.

  • LAMENTÁVEL, o Sr. Coordenador e treinadores das categorias de base do Brasil, não perceberem ainda este fato.

  • Basquete Brasil15.09.2008·

  • Caro Miguel,acredito que tenhamos de caminhar muito para alcançarmos tal entendimento.É uma longa estrada.Um abraço, Paulo Murilo.

DESCULPAS, OPINIÕES E COMENTÁRIOS (?)…

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Desta vez não aconteceram arremessos espíritas, jogadores idiotas, absurdas bandejas adversárias, desleixos defensivos, acomodações em quadra, passes e perdas de bola inconcebíveis, enfim, como todos cumpriram relativamente bem suas instruções, o jogo foi vencido com boa margem de pontos, afinal, um técnico que não falha em suas concepções de jogo não pode se envolver nas falhas dos outros, aqueles que jogam e dão suas caras aos tapas de uma refrega bilateral, mas não a dele, protegida sob o manto de estratégias e vencedores currículos…

Mas que não conotam o fato “delas terem caído”, elas mesmas, as bolinhas (foram 12/28 contra 5/26 de seu oponente, totalizando um incrível 17/54), ficando as de dois pontos em 39/65 (18/35 e 21/30), demonstrando a que se reduziu a grande partida, uma frenética competição de tiro aos pombos, onde contestações sequer eram esboçadas, por ambas as equipes…

Sábado será definido o campeão das jogadas chifres, punhos, picks, ou simplificando, da artilharia externa, ou não? Sem dúvida que sim, bem, bem lá de fora, como determina o figurino tupiniquim, e até mesmo… o espanhol…

E como o malfadado figurino tem, mais do que nunca, se estabelecido e dado as cartas nesses pagos, um tremendo e absurdo 8/37 foi concebido pela turma rubro negra (seu oponente ficou nos 6/19…) no “histórico” jogo numa arena quase lotada, cujos torcedores puderam atestar um sem número de tiros de meta (afinal eram em sua maioria torcedores de futebol) perpetrados por uma equipe absolutamente incapaz de atuar no interior de um garrafão bem defendido, porém não inexpugnável, claro, se tivesse repertório ofensivo para uma equipe que desafia uma da liga maior, e que não é das melhores, mas suficientemente composta de jogadores com sólidos fundamentos para atuar dentro e fora do perímetro, além de ostentar uma defesa com mais sólidos ainda fundamentos, mandando os jogadores cariocas para muito além da linha limítrofe de seu domínio under basket…

Cada vez mais fico curioso com essa alquimia NBA/LNB, que somente nos seria benéfica se o enorme fosso técnico/tático entre as duas ligas fosse razoavelmente dirimido, o que jamais o será se não mudarmos na entrada, na base do sistema formativo nacional, onde a fundamentação básica seja passada por quem realmente entenda e saiba rigorosamente o que faz e onde chegar, para ai sim, termos jogadores (as) aptos aos sistemas ofensivos e defensivos de monta, preferencialmente diferenciados da mesmice existente, aqui, e por que não, lá fora também, dando um passo assíncrono capaz de equilibrar uma defasagem brutal e impossível de ser igualada se confrontada com a realidade que ai está estabelecida, formatada e padronizada por uma pseudo elite letalmente corporativada desde sempre…

Mas duro mesmo foi ter de aturar em rede aberta de televisão dois comentaristas que passaram toda a transmissão rasgando seda um para o outro, como se no firmamento do grande jogo pátrio somente eles tenham existido com qualificação de craques, com afirmativas tais como – “Se você mete bola não tem jogada”;  “E podem escrever contra, mas a maior vitoria que alcançamos foi o pan de Indianápolis, está determinado…”. Pena que se omita de reconhecer o Mundial de 63 no Rio, onde estive presente em todas as partidas (tinha 24 anos e já era técnico atuante), e no qual os maiores jogadores mundiais competiram, e mais, com uma equipe americana que viu sete de seus componentes se profissionalizarem, sendo um deles Willis Reed ser definido como um dos cinco maiores pivôs da NBA em todos os tempos, além de uma seleção brasileira que tinha jogadores que arremessavam de longa distância (não existia ainda a linha de três) tão bem ou melhor que os dois, sem, no entanto, se colocarem fora dos sistemas de jogo da equipe, e que defendiam feroz e tecnicamente de uma forma que a dupla jamais pensou em fazer, afinal de contas, “a melhor defesa é o ataque”, dolorosa lição para as gerações que os sucederam…

Amém.

 Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las e acessar as legendas.

PROFESSOR, JOGADORES, AMIGOS…

Existem belos momentos na vida, inesperados e sinceros, que nos tornam mais humildes e cônscios do dever cumprido, ainda mais se espontâneos, agradecidos, e acima de tudo, amigos. Sou um velho e calejado professor, técnico bissexto, e um amor sem limites pelo grande jogo, ao ensiná-lo, por toda uma vida acadêmica e dentro das quadras desse imenso e profundamente injusto país. No entanto, as vezes acontece um Saldanha em sua vida, mesmo aos setenta anos, injetando uma energia vital, advinda de jogadores humildes, desacreditados e marcados pelas constantes derrotas, porém unidos irmãmente em torno de um sonho voltado às vitórias, as tão ansiadas vitórias, que foram várias no curto período de 49 dias que comungamos o árduo e duro trabalho para o reencontro com seu destino de vencedores, que na continuidade do trabalho, uma temporada completa que fosse os premiaria com algo brilhante e alcançável, sendo essa minha humilde colaboração junto a eles, um grupo de homens que tenho saudades e uma tristeza, a de não ter tido a minima chance de treiná-los como mereciam ser treinados, com a dedicação de quem ama o grande jogo acima da descrença daqueles muitos que o destroem com sua pusilanimidade e pequenez…

Dentre os excelentes jogadores um se destacava pela marca que o perseguia, era o Obina para os que nada enxergavam atras daquele imenso corpanzil e uma alegria contagiante que irradiava, como um jogador de extrema potencialidade, faltando somente fazê-lo acreditar que tudo podia se despertado. Foi esse um dos trabalhos que desenvolvi junto a ele e a todos os demais, fazendo-os embarcar num barco que só se deslocaria se  impulsionado por todos, altos e baixos, armadores, alas ou pivôs, através o compassar ritmado e uniforme dos fundamentos do jogo, igualando, provocando, nivelando, fazendo-os descobrir em cada um e nos demais suas potencialidades, acertos, erros e limites, numa melhora gradativa e sequencial, deixando a todos prontos para enfrentar seu maior desafio, a mudança radical na forma de jogar, de agir e pensar o grande jogo. De Jesus foi um dos que mais evoluíram, conquistando o respeito de todos, e o mais importante, o respeito a si próprio, e como ajudou meus deuses, e como evoluiu…

Num determinado momento seguiram todos seus caminhos, inclusive eu, voltando ao estudo permanente, que divulgo neste blog desde sempre, cinco anos depois do impedimento daquele belo trabalho e de outros que me foram negados…

Mas hoje, dia do Professor, recebi esse messenger do De Jesus, me dando a justa e feliz sensação de que consegui ajudar um jovem a encontrar seu destino, seu sonho, mesmo que à parte do reconhecimento midiático, assim como os demais companheiros daquela equipe inovadora e corajosa,  que me honrou com sua confiança e amizade, cidadãos e chefes de família que fizeram calar a afirmativa inicial de um técnico palestrante no I Congresso de Técnicos do NBB, que iniciou sua apresentação afirmando que “técnico nenhum deveria confiar em jogadores, pois são todos F..da P…”, no que o interrompi indignado por tão absurdo comentário, apoiado, com certeza absoluta, por todos daquela inesquecível equipe…

Eis o Messenger.

Conversa iniciada hoje

  • De Jesus

  • 14:17

  • De Jesus

  • professor

  • Paulo Murilo

  • 14:29

  • Paulo Murilo

  • Ola De Jesus, como você esta, atuando em Lins ainda? Outro dia soube que foi cestinha num jogo do paulista. Parabéns

  • De Jesus

  • 14:31

  • De Jesus

  • Estou sendo de vários professor..!!!

  • Mais venho aqui te desejar um feliz dia do professor..! obrigado por tudo por acreditar em mim quando ate mesmo eu não acreditava..!!

  • com sua sabedoria soube me mostrar um lado do jogo que amo que não tive oportunidade de conhecer e o senhor o fez com paciência e clareza que me faz seguir ate hoje e são fundamentais para meu jogo hoje e ate o final da minha vida..!!!

  • muito obrigado mesmo..!!

  • meu professor

  • Ao  mestre com carinho..!!!

  • forte abraço e obrigado por tudo

  • Paulo Murilo

  • 14:40

  • Paulo Murilo

  • Obrigado De Jesus por sua amabilidade e carinho, e você é muito jovem ainda, podendo melhorar muito, na proporção do seu controle de peso, único senão que aponto. Gostaria imenso de voltar a dirigir aquele magnifico grupo do Saldanha, o que me faria muito feliz neste terço final da minha vida. Faríamos um estrago daqueles. Um abração, e muito obrigado pela lembrança. Paulo.

  • De Jesus

  • 14:44

  • De Jesus

  • ta controlado o peso professor..

  • magro nunca ficarei pois minha genética não permite mais meu peso está bem controlado sim…eu que gostaria de ter a honra de trabalhar com o senhor nesse meu final de carreira seria a coroação do meu trabalho e esforço pra me manter saudável para o jogo e para a vida

  • obrigado pelos ensinamentos são de muita valia para mim

  • pra minha vida

  • forte abraço e muito obrigado meu mestre..!!

  • Obrigado De Jesus, de coração.
  • Amém.

PIMBA CATA PIMBA HISTÓRICA 2…

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Após o pimba cata pimba histórico 2 (13/39), o comentarista da TV anuncia enfaticamente que o técnico do Baurú se prontificava em sua volta ao país, de repassar aos técnicos brasileiros toda a experiência que vivenciou nesta breve temporada junto à matriz, com conhecimentos adquiridos sobre organização, administração, treinamento, fisioterapia, preparação física, sistemas de jogo, defesas, no que seria algo bastante importante para o basquete tupiniquim…

Bem, tudo isso seria formidável não fosse, por exemplo, a forma de como sua equipe atuou nas duas partidas na sacrossanta terra do grande jogo, assunto bem mais atual e interessante do que discorrer sobre uma estrutura que dispõe de 80 milhões de dólares (a dos Wizards) para a temporada que hora se inicia, talvez “um pouquinho” acima de todos os valores somados de todas as franquias do NBB, e ainda sobrando um baita troco…

Ou por outra, não atuou, sequer tentou, a não ser o pimba cata pimba 1 e 2 citados, gloriosamente presentes nos dois majestosos ( e semi desertos…) ginásios da liga maior, onde cometeram os seguintes e espantosos números:

– Dois pontos  –  43/86 – 50%

– Três pontos  –  24/82 – 29,2%

– L Livres         – 29/43 – 67,2%

– Erros Fund.   – 40 (21/19)          ou seja, uma equipe que não domina a arte do arremesso, e é falha nos fundamentos do jogo…

Mas algo a mais espanta nessa equipe, que ao apresentar seu sistema de ataque baseado nos arremessos de três, inclusive através seus pivôs ( Jefferson – 2/19; Hettesheimeir – 5/20; Mineiro – 1/3), seus armadores (Fisher – 1/3 e Boracin – 1/7), encontrou nos alas (Alex – 2/5 ; Day – 11/6) seus melhores pontuadores de longa distância, mas que em nenhum momento houvessem tentado um outro modo de atacar, pois bastariam ter trocado a metade das tentativas erradas de três por um jogo mais interiorizado, para  conseguir resultados melhores através os arremessos mais precisos de curta e media distâncias…

Somemos a tudo de errado taticamente que fizeram, os 40 erros de fundamentos (21/19), para termos um retrato fidedigno de como não jogar com critério e acima de tudo, bom senso, e mais ainda, na terra do grande jogo…

Descupe-me o técnico pela iniciativa de passar sua experiência pelo mundo encantado dos dólares em abundância, mas preferencialmente sua fala deveria ser dirigida aos fatores definidores de sua opção pelo jogo centrado nas bolinhas, da ausência efetiva dos pivôs junto das tabelas, da defesa erecta de seus jogadores, incapazes de se movimentarem lateralmente, e por conseguinte sendo batidos inapelavelmente em todas, todas as investidas dos americanos, poloneses, sérvios, e sei lá mais quantos nas duas partidas de uma pré temporada morna e pascácia, para eles…

Pois, vendo os números acima, perpetrados por uma das duas equipes que mais investiram em nomes, estrelas e prospectos para a temporada a ser iniciada no NBB, deixa pairando no ar uma grande e séria dúvida – serão eles os melhores jogadores para contribuir com os princípios técnico táticos de seu técnico, ou melhor, de sua comissão técnica elegantemente paramentada, serão?…

Tenho dúvidas, sérias dúvidas, ao ver dois de seus principais pivôs, arremessarem 7/39 bolas de três pontos, de uma distância 50cm maior do que o fazem nas regras FIBA, sem que nenhuma ação inibidora se fizesse sentir do banco, onde pareciam todos estarem na doce torcida de que elas caíssem, como se fosse possível na somatória distância/contestação a que eram submetidos, que obtivessem exito, num desgaste inútil de esforços em partidas de 48min de duração. Nada pode ser visto de jogadas internas advindas de um sistema efetivo, estudado e treinado de jogo, nada, absolutamente nada, e esse é o grande óbice, a monumental fratura a que está submetido o grande jogo entre nós, apequenado e estéril ante o reinado das bolinhas, das enterradas “monstro” (engraçado, não vi nenhuma acontecer…), e dos tocos monumentais, que sequer puderam ser compensadas em suas ausências de efetividade, por um jogo centrado, coletivo, participativo, não egoísta, compromissado e acima de tudo, estrategicamente bem pensado e coerentemente praticado, a fim de se constituir numa verdadeira e sólida equipe, e não um amontoado grupo de egos e candidatos a estrelas…de chutes bem la de fora, onde o drible, a finta, o passe são fundamentos de somenos importância, frente aos midiáticos esgares dos pombos sem asa…

É dessa lúgubre realidade que tenho medo para 2016, que está logo ali na virada de uma esquina decisiva para o grande jogo em nosso imenso e injusto país…

Amém.

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PIMBA CATA PIMBA HISTÓRICA, E O PAU DE SELFIE…

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Que demora é essa Paulo, perdeu o gosto de escrever? Não, nada disso, é que ainda não assimilei o “feito histórico” do Bauru no Garden, quando foi apresentada ao mundo nossa gloriosa concepção do grande jogo, como numa avant première para 2016, com seus pivôs de três, inóspito e deserto perímetro ofensivo interno, e um armador de bússola e lamparina na mão em busca de um companheiro com quem verdadeiramente jogar, e na ausência quase constante do mesmo, se realizar com um triplo duplo competente, apesar dos dois rebotes de bônus…

Realmente, conceber um 11/43 de três, não é para qualquer um, não é normal, mas é, isto sim, um absurdo sem tamanho ou forma, indesculpável, constrangedor, vergonhoso, pois confronta princípios básicos do jogo, subverte a lógica, compromete seus executores, ofende o basquetebol…

Dizer e afirmar que a equipe jogou bem, fez história, e outros piripaques midiáticos e ufanistas, somente confirma a que ponto de pobreza e deficiente conhecimento técnico, tático e, acima de tudo, estratégico, chegamos triunfantes, sob o teto, este sim, histórico, da grande arena nova iorquina…

Quando no intervalo do jogo, o técnico brasileiro afirmou ao repórter que sua equipe poderia surpreender e até ganhar o jogo, contra uma outra que começava sua pré-temporada, talvez ainda estivesse com sua memória focada em Indianápolis muitos anos atrás, ao lado de Oscar e Marcel, abastecendo-os a não mais poder para instaurar e deflagrar o reinado das bolinhas, que choveram naquela final (e continuam a chover até hoje…), levando a equipe americana a amargar sua primeira derrota em solo pátrio, e até derrubando o ginásio, como apagando a derrota de seus arquivos, mas que, em hipótese alguma pretendem derrubar mais um, contestando os longos arremessos, e jogando lá dentro, como devería também ter sido feito, ao menos tentado, por nós, claro, se tivéssemos sólidos fundamentos e sistemas ofensivos ousados, corajosos e proprietários na forma de jogar, e não o ridículo pastiche de jogo apresentado, na desenfreada chutação para lá dos 6.75m a que estão acostumados…

Fico imaginando o que pretende a NBA em nosso país frente a esse cenário técnico indigente, padronizado e formatado numa mesmice endêmica lamentável, corporativista e subalterna, enfeitada por uma mídia especializada, muito mais interessada nas coisa de lá do que de cá, ainda mais com o dólar valendo quatro a mais…

Então, o que pretende a NBA/LNB desencadear a favor do nosso basquetebol, o que? Implantar mais comércio, dançarinas, mascotes, canhões de camisas, malabaristas, butiques, e sei lá mais quantas “promoções”, ou de uma vez por todas, e às claras, influir no mercado de jogadores, e por que não, de técnicos também? Muita gente ri de orelha a orelha com tais possibilidades, afinal de contas, uma vez colonizados, sempre colonizados, e que as glorias do passado se percam nas calendas do inferno, para gáudio dessa turma que estabeleceu a existência do grande jogo coincidente a suas vindas ao mundo, onde passado é passado, e estamos conversados…

Mas, o grande jogo nada representa de evolutivo sem as bases do passado, sempre presentes quando se trata de formação de base, de renovação tática, de ensino como produto de pesquisa no campo didático e pedagógico, como estratégia de desenvolvimento desportivo, educacional e cultural de países sérios e comprometidos com sua juventude, e muito distante de políticas fajutas sob a égide de “pátria educadora”…

O que vimos incrédulos no Madison Square, foi a antítese do jogo, foi o resultado do que viemos fazendo nos últimos vinte ou mais anos, convergindo arremessos (foram 11/43 de três, 19/38 de dois, contra 8/20 e 30/58, respectivamente dos americanos), sendo incompetentes no trabalho defensivo de pernas ante jogadores afiados em seus fundamentos, e sendo absurdamente ausentes do jogo ofensivo interno, exceto para jogadores peitudos como o Alex e o Meindl em suas penetrações de bola dominada, e de um armador tecnicamente bom, porém abandonado numa ilha de ninguém…

Não apresentar nem um arremedo de sistema de jogo interno, apostando por todo o tempo nas bolinhas é absolutamente insano, irreal, contundente, deixando no ar uma incógnita para domingo, quando enfrentarão uma equipe bem mais forte e poderosa do que os Knicks, num ginásio onde a linha dos três tem a mesma distância da de Nova Iorque, e onde a desculpa de jogar 48min com rotação de três jogadores se perde ante a realidade de contar com sete na reserva, a não ser que tenham ido passear, e que no caso afirmativo, um pau de selfie resolveria a situação antes, durante e após o jogo, pois atrações e autógrafos não faltarão, inclusive do delfin…

Antes do amém Paulo, nada a dizer sobre a LDB, agora na fase de definições? Por curiosidade pincei de forma aleatória um jogo das estatísticas da LNB, e não deu outra, 43 erros de fundamentos no jogo Pinheiros e Ceará (23/20), restando somente um doloroso e lamentoso…

Amém.

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