QUE JOGO É ESSE?…
16/25 de 2 pontos e 16/37 de 3 para Bauru, com 14/33 e 10/29 respectivamente para o Pinheiros, totalizando o emblemático resultado de 30/58 nos 2 pontos e 26/66 nos 3, com placar final de 93 x 77 para Bauru, numeros estes que ao chegar em casa atestei incrédulo pela internet, confirmando os lances que assisti pelo facebook (com excelentes imagens, e claro, com o som diligentemente desligado…), pois me encontrava numa assembléia importante de condomínio, a qual não poderia me ausentar, e mesmo que lá não estivesse desligaria do mesmo jeito, pois já bastariam as inenarráveis cenas de “chutação explícita” para ainda tolerar aplausos e ufanismos descabidos por parte de comentários a favor do que denominam como o “futuro do moderno basquetebol”, cujos preâmbulos foram pretensamente lançados por nós (?) nos idos de 1987 em Indianápolis, numa apropriação para lá de indébita de um óbice histórico por que passa qualquer atividade de desporto coletivo em sua trajetória evolutiva, ou não, na busca de como praticá-lo com mais eficiência, ou não…
Fico somente imaginando que espetáculo técnico e tático aquele público presente no acanhado ginásio dos Jardins assistiu, senão um desenfreado e irracional espetáculo de 26/66 bolinhas, provocadas intencionalmente, ou não, por defesas omissas, permissivas e irresponsáveis, deflagrando um descabido duelo de tiro aos pombos, vencendo aquele que acertasse o último, para ai apagar as luzes e voltar para casa, exultante, e que nem mesmo os 30/58 nas tentativas de 2 pontos pode mascarar a fraude de uma convergência, que a continuar se espalhando e avolumando afundará de vez o já nosso capenga e deficitário grande jogo, minúsculo para essa gente que se arvora como especialistas do mesmo, e que não passam de coveiros de um cadáver insepulto, fedendo a já um bom tempo…
Calma Paulo, pois desta feita só cometeram 23 (13/10) erros de fundamentos, bem abaixo da média que você sempre reclama de 27 por jogo, logo… Logo o que cara, erraram pouco porque não sofreram as consequências de defesas enérgicas e presentes, desencadeadoras por suas omissões, do festival autofágico que nos está destruindo, para gáudio de estrategistas que deveriam estar, deveriam estar, sei lá cara, sei lá…
Numa partida em que um armador imberbe comete 5/11 nos arremessos de 3, e ainda assim é considerado como um magnífico jogador, alguma coisa está acontecendo de muito grave no nosso indigitado basquetebol, muito grave mesmo, e que a continuar, muito em breve assistiremos todos da posição, capitalizando para si o espírito deificado de um Curry vindo do hemisfério norte, inclusive na mastigação do protetor dental, liberando o pretenso domínio de uma complicada, especial e sofisticada técnica de arremesso, que somente ele e uns muito poucos jogadores possuem no mundo, e que tem tudo a ver com rígidos princípios de balística, se é que utentes, comentaristas, narradores e estrategistas um dia se interessaram a entender, ou mesmo aprender, o que tento a um bom tempo divulgar, ou mesmo, desculpem, ensinar…
A CBB divulga hoje os bons resultados que vem alcançando na organização e realização de campeonatos de base pelo país, o que é uma boa notícia, referencial na busca de um soerguimento progressivo da modalidade no país, com somente uma falha, que pode e deve ser corrigida no princípio desta retomada, a formação dos novos técnicos e professores através uma ENTB reestruturada e seriamente administrada, a fim de embasar todo o esforço que está e será dispendido daqui para frente, no qual tendências e princípios técnico táticos equivocados se mantenham atuantes, num modelo que provou fracassado, e ainda se mantém ativo, lamentavelmente ativo…
Que o jogo aqui relatado e analisado, seja definitivamente contestado, seria e responsavelmente, para, quem sabe, podermos dar os primeiros passos ao encontro do verdadeiro e esquecido grande jogo de nossas vidas…
Amém
Foto – Divulgação LNB. Clique duplamente na mesma para ampliá-la.