ESCANCAROU DE VÊZ…

Ora ora muito bem, eis-me aqui, teimosamente comentando o famigerado duelo das habilidades do Jogo das Estrelas do NBB10, quando, finalmente atingiram a grande proposta do comitê técnico da liga, de elevar ao máximo o patamar desta parceria com a NBA, trombeteada aos ventos como a salvação do nosso indigitado basquetebol, e onde em todas as etapas percorridas deste duelo, as regras do grande jogo foram jogadas para baixo do tapete, em nome do espetáculo grandioso aplaudido por 10 mil pessoas no Ibirapuera, com a maioria dos jovens vestindo camisetas da matriz…

No artigo anterior, postei um vídeo do duelo da NBA deste ano, onde todos nós pudemos atestar a lisura técnica na execução da etapa dos dribles, premissa básica em uma competição de fundamentos, mas que, desde o primeiro aqui realizado, jamais foi obedecida, vencendo sempre aquele que burlava a regra dos dribles, com a conivência dos juízes julgadores, mesmo sendo a esmagadora maioria dos duelistas, armadores de ofício, logo especialistas nos fundamentos do jogo…

Este ano, resolveram a exemplo dos americanos, continuar a promover duelos em duplas, utilizando inclusive pivôs contra alas e armadores, esquecendo porém que, mesmo os atuais gigantes da matriz, deixaram de ser a um bom tempo os corpulentos, lentos e inábeis  jogadores de outrora, cedendo terreno aos modernos, ágeis e atléticos alas pivôs que recheiam as equipes, tão ou mais habilidosos que os armadores, aumentando dramaticamente a técnica individual de todos eles, e claro, ampliando o leque de opções ofensivas de suas equipes…

Absolutamente não é a realidade do nosso basquetebol, onde, desde a base formativa, jogadores altos vão para os rebotes, ou abrem para fora do perímetro para os arremessos de três pontos. Logo, o que poderíamos esperar dos mesmos numa competição de habilidades nos fundamentos, e o que fazer para vencê-la? Creio que a visualização das fotos e dos vídeos abaixo bem esclarecem a resposta, fraudar naquele fundamento que pela sua complexidade trava a velocidade necessária para completar o percurso no menor tempo possível, o drible com mudanças de direção (*), possibilitando chegar nos arremessos finais de três pontos com margem suficiente para tentar um ou vários arremessos…

Creio não ser preciso me estender em mais comentários, pois as imagens contam tudo, com um detalhe a mais, a sempre presença de um juiz gabaritado no foco das ações, impassível e conivente com a burla mais do que consentida. Um detalhe a mais, o segundo colocado, Cauê, cumpriu as etapas com acerto e precisão, e como nos anos anteriores, deveria ele ter sido o vencedor, dando completa razão ao testemunho de seu adversário de que, sem dúvida “era o mais improvável a vencer a disputa”. Infelizmente os juízes e o próprio espírito da grande festividade não estavam de acordo, como nunca estiveram, infelizmente.

Quem sabe para o ano…

Amém.

 

(*) – Ao driblar com mudanças de direção, o jogador não poderá interromper a trajetória descendente da bola em nenhum momento, situado a mão impulsionadora sempre acima e ao lado do hemisfério superior da bola, pois se o fizer por baixo da mesma interrompe a sua trajetória descendente, imobilizando-a em sua mão, permitindo um passo a mais pela ausência do drible, aumentando sua velocidade no percurso, numa violação de “andar com a bola”, e não “conduzír” como muitos definem.

 

Fotos e vídeos – Reproduções da TV. Clique duas vezes nas fotos para ampliá-las.

Sequência de Fotos e Vídeos:

Murilo x Guilherme

Murilo x Felipe

Murilo x Cauê

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