O MAIS QUE PREVISÍVEL FRACASSO…

A imagem coloidal de um fracasso…

A classificatória para os mundiais sub 17 masculino e feminino finalizaram no México, e as equipes brasileiras ficaram de fora com a  quinta colocação, sendo derrotadas de forma arrasadora por Canadá (92 x 53 no masculino e 82 x 56 no feminino),  Argentina (98 x 52 no masculino) e vexaminosa por Porto Rico (74 x 67 no feminino), e República Dominicana.(74 x 66 no masculino), e finalmente 56 x 54 contra a Argentina no feminino. Os dois primeiros representantes de escolas bem definidas e evoluídas do grande jogo, os segundos, pequenos países, com população numericamente equivalente a um estado de São Paulo. Por sorte não cruzamos com os Estados Unidos, no que teria sido um massacre de proporções inenarráveis, tanto para os rapazes, como para as meninas, ambos indefesos no que concerne ao absurdo desconhecimento dos fundamentos básicos do jogo, individuais e coletivos do lado feminino, e sofrível pelo masculino, praticados de forma precária e equivocada no aspecto tático, onde a força física e destemperada velocidade, se antepunha a técnica e ao raciocínio, já que privados da matéria básica para exequibilizá-los, os fundamentos…

Derrotas por 46 e 39 pontos para argentinos e canadenses, e no decisivo jogo contra os dominicanos por 8 pontos no masculino,  assim como os 26 pontos contra o Canadá, e 7 e 2 pontos contra Porto Rico e Argentina no feminino, determinaram a ausência das seleções chaves na renovação do basquetebol nacional dos Mundiais  na Espanha e Hungria no próximo ano, determinando um desastroso atraso na evolução da modalidade no país, fruto, não mais maduro, e sim podre, de “ novas filosofias”, implantadas por sobre muitas outras, década após década de desmando, protecionismo, escolhas políticas e interesseiras, de gente mal preparada e pior formada, porém pródiga em currículos vencedores, a custa de muitas peneiras por sobre o trabalho braçal de muitos, propositalmente esquecidos, pincelando jovens equipes assim montadas com defesas zonais, centrando jogo em oportunos gigantes, mais adiante descartados, mas a tempo de proporcionarem títulos mirins, infantis e infantos, ou sub´s 12, 13 e 14 pelas atuais conotações, alçando “ grandes e vencedores técnicos” ao mercado estelar, com “ merecedoras” passagens por seleções estaduais e nacionais…

Meninos e meninas lá chegam, uns por merecimento, a maioria por indicação corporativista, mas todos carentes dos fundamentos mais básicos, porém corrompidos por sistemas e jogadas que ensaiam realizar e fracassam, por não saber concretizá-las pela ausência, e mesmo desconhecimento das mais simples técnicas no trato do drible, do passe, da finta, da marcação, do rebote, dos arremessos, mas bombardeados por desconexos e oportunistas  rabiscos em midiáticas pranchetas, gritos e esgares vindo das laterais da quadra e nos pedidos de tempo, simulacros de comando, já que despidos de conhecimento real do grande jogo, equivocadamente confundido com parcos e para lá de medíocres “ filosofias, novas filosofias”, engodo, ousado e oportunista engodo de como se apropriar de um desporto cuja complexidade sempre filtrou seus líderes pelo estudo, pesquisa e trabalho paciente e confiável, onde o passar dos anos os tornavam competentes no trato com os mais jovens, errando muito pouco, acertando muitas vezes, vencendo ou perdendo, consciente e  responsavelmente, e não se eximindo culpando antecessores, como os dirigentes o fazem comumente, esquecendo que quando de suas conquistas e posses federativas e confederativas, esses jovens eram mais jovens ainda…

Como num moto contínuo, continuaremos a enganação pela renovação dos comando técnicos a cargo dos protegidos, apaniguados e de Q.I. elevado, numa cornucópia de filosofias, avançados sistemas, científicas preparações, e o pior de todos os mundos, a idéia estratificada de formatação e padronização de conceitos absurdos e perdedores, porém repletos de escambo e trocas políticas, na defesa hercúlea de um nicho profissional (?), como capitanias hereditárias, inamovíveis, pétreas, nas quais uma ENTB oscilou ao sabor do interesse de uns poucos, do nicho, nascimento, efêmera existência e morte de um (in) alcansável sonho…

Ao perdurarem, jamais sairemos dessa mesmice endêmica, burra e abjeta, em que lançaram o grande, grandíssimo jogo, neste imenso injusto e desigual país…

Que os deuses se apiedem de nós…

Amém.

Foto – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las.



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