DESCULPEM, ME DEI UM TEMPO…

Me dando um salutar tempo…

Me dei um tempo, aliás, um tempão, pois já não estava aguentando tanta mesmice endêmica que assaltou de forma definitiva o grande jogo entre nós. Do último artigo aqui publicado, até hoje, absolutamente nada foi agregado de positivo a esse indigente basquetinho que ora praticamos, a não ser aquele outro simultâneo apresentado de forma coercitiva pelo enxame de estrangeiros aqui aportados, que impõem aos nossos osmóticos estrategistas a primaria lei do fazer o que bem entendem dentro da quadra, onde ate as prestigiadas pranchetas são esnobadas de forma acintosa, pois absolutamente nada do que elas emanam os interessa, ainda mais quando tem carta branca para os cinco abertos e o chega e chuta absurdo, porém faustosamente aceito e agregado por todos eles…

Dentro dessa dolorosa realidade todos eles, principalmente a horda de armadores americanos, argentinos, e um ou outro latino, executam seu rosário de grande conhecimento prático dos fundamentos básicos, principalmente no 1 x 1, regiamente oferecido pelo princípio dos cinco abertos, cumulando com um outro fundamento bem aprendido em suas escolas natais, o dá e segue, e mesmo o bloqueio duplo, ou pinquerol, endeusado por toda a claque circundante de um grande jogo, ora pequeno, exatamente por conta dela. a claque, ignara e analfabeta da alma do basquetebol, que por conta disso está sendo submetido a um pastiche oportunista por essa bem paga horda, que aqui pratica livremente algo que jamais praticariam em seus países de origem, ou mesmo aqueles mais sérios do que o nosso, por onde rodaram em seu périplo de andarilhos profissionais, com uma ressalva porém, os muitos e ótimos armadores argentinos que aqui estão somente pelo peso de reais em muito mais valorizados que seus inflacionados pesos, e que infelizmente para nós retornarao as suas seleções, com ótimas histórias para contar sobre jogo aberto, chutação desenfreada de três, e estrategistas boquirrotos sobre uma arte que simplesmente desconhecem, a não ser aquela inventada em midiáticas e ridículas pranchetas que falam, bem, dizem e afirmam que falam, o que? Bem sabemos, nada, a não ser refletindo o ego descomunal da grande maioria deles, onde as exceções não ultrapassam os dedos de uma das maos…

Franca 76 x 65 Flamengo

(51%) 20/39 2 15/29 (52%)

(45%) 10/22 3 11/38 (29%)

(86%) 6/7 LL 2/5 (40%)

39 R 34

9 E 10

Dentre tantos desastres somente um aspecto realmente me preocupa, e os números acima, da decisão do Super Oito não deixam margem para quaisquer dúvidas, em se tratando de seleção brasileira para o Mundial deste ano, os quais demonstram tacitamente o caminho escolhido pelos atuais gênios que a comandam, do alto de seus vastos e infinitos saberes, onde a convergência entre os arremessos de dois e os de três pontos em muito já foi alcançada, e o sistema de jogo dos cinco abertos já está disseminado até nas categorias formativas, privilegiando o 1 x 1, somente possível ante a catástrofe defensiva de nossos jogadores, assim como a ausência de contestações aos longos arremessos, onde os tocos são festejados por narradores e muitos dos comentaristas embevecidos com tal arte, quando o grande segredo é a alteração de trajetórias e nao o bloqueio, quase sempre faltoso, dos três pontos, que exige técnica aprimorada na transformação da velocidade horizontal em vertical por parte do defensor envolvido na ação, claro, matéria para quem entende, e nao para clientes assíduos do QI corporativo institucionalizado…

Cinco abertos, chute de três, ausencia de rebote, enfim, a tempestade perfeita…

Os dois estrategistas nacionais nao terao na selecao a pleiade de bons argentinos.americanos e um mexicano, que independem de seus conceitos de basquetebol moderno para dotá-los de troféus e premiaçoes que os fazem hegemônicos em Pindorama, driblando com maestria e inteligência, passando com discernimento, arremessando com precisao de dois e três pontos, defendendo com firmeza e reboteando com eficiência, e tudo isso tirando partido de um sistema único caduco e inodoro, em que teimamos autofagicamente praticar, pois é o único em que podem tentar transmutar em rabiscos em suas pranchetas, aquelas que falam…

Idem do lado de lá, com um adendo, jogando um pouco mais dentro do perímetro, e por isso venceu o jogo…

Teremos seríssimos problemas nas próximas janelas ao Mundial, e se passarmos, lá mesmo os teremos em profusão, a começar com a perfeita leitura dos números que apresentamos em nossas principais competições. Quem viver verá, e torço enfaticamente que alguma luzinha, por mais tênue que seja, se acenda lá no finzinho deste imenso túnel, ou buraco em que meteram o grande, grandíssimo jogo entre nós,,,

Amém.

Em tempo – Desejo a Ana Moser, recém empossada Ministra dos Esportes, que se mantenha lúcida como sempre esteve como atleta e jogadora da seleção brasileira, e feroz lutadora pelo desporto nacional de formação em clubes e escolas deste imenso, injusto e desigual país, não dando tréguas ao verdadeiro exército de oportunistas, travestidos de educadores e técnicos, que buscam verbas e meios para implantar verdadeiras armadilhas em nome da educação de nossos jovens, como lutas violentas e sanguinolentas de submissão, jogos eletrônicos cujo princípio básico é a aniquilação a tiros de inimigos, hoje virtuais, amanhã, sabemos quais, numa tentativa absurda de insuflar princípios que em nada somam a educação plena e democrática de nossos jovens, reserva e futuro do país. PM. 

Sangue, muito sangue, submissao como exemplo educacional…

E o mais impactante, temos agora apostas pagas no NBB, inclusive sendo co-patrocinado por uma das empresas envolvidas. Não dou nem muito tempo para termos resultados de jogos manipulados pela jogatina, afinal temos precioso norrau em matéria de apostas. Educação atraves o desporto é isso aí, ou não?

Investindo nas apostas, e nao na formacao de base…