UM SOPRO DE ESPERANÇA…
Início de jogo, quinteto escalado: Huertas, Gui, Caboclo, Lucas e Léo. Jogo que segue, e ao final desse quarto, 22 a 12 para os filipinos, fruto da inexistência de armação consciente por parte de uma seleção descaracterizada neste mister, ou seja, numa concepção de quatro homens grandes, alas pivôs, e um solitário armador, tentando administrar o impossível…
Segundo quarto, a seleção ganha mais um armador, George, um outro, Benite, se reestrutura e pontua convincentemente, indo para o intervalo ainda perdendo por 33 a 27…
Volta revigorada com a forte presença do George, que compondo uma sólida armação, ora com o Yago, ora com o Huertas, acionavam o jogo interior, fazendo jogar os alas pivôs, como deveria ter sido feito desde o início da partida. Resultado? Vira a contagem para 51 a 39, liquidando a partida em 71 a 60 no quarto final…
Concluindo, uma seleção que vai para um jogo decisivo com um só armador de ofício, depois de uma campanha utilizando-os em dupla armação, muito contestada pelos ferrenhos adeptos do sistema único de jogo, contra uma equipe veloz e perigosa, numa cartada ilógica, pois negava de saída sua proposta de jogo assumida desde o início da competição, correu o sério risco de perder um jogo que venceria em circunstâncias normais. Sem dúvida alguma, a tardia presença do George compondo duplas com o Huertas ou o Yago, depois de ser relegado nos jogos anteriores, provou sua importância tática ao se situar sempre próximo ao outro armador, gerando segurança nos passes, ajuda permanente nas levadas de bola, garantindo o equilíbrio defensivo, e por sua envergadura, um maior domínio sobre defensores, armadores como ele, porém mais baixos, além de reforçar o sistema defensivo, nos rebotes e no aspecto coletivo. Nos melhores momentos da partida, a dupla George e Huertas, fizeram os alas pivôs Lucas, Léo e Caboclo atuarem em pleno e com muita criatividade, projetando para o jogo decisivo de logo mais contra a Letônia, um sopro de certeza em uma atuação bem mais convincente das alcançadas até o jogo de hoje…
Jogadores como o Gui, Yago, Benite e Didi poderão complementar a equipe no recorrente rodízio, e quem sabe poderemos ampliar as chances de alcançar um resultado bastante positivo visando uma classificação olímpica, fator importantíssimo para o futuro do grande jogo no país…
Mas para tanto, precisa se conter nos longos arremessos, priorizando o jogo interno, fragilizando a defesa letã, e tirando o máximo partido do posicionamento antecipativo da defesa…
Creio que, dentro das perspectivas atuais e limitativas dessa improvisada equipe, tanto no aspecto convocatório, como na indecisa opção por um sistema de jogo fundamentado numa dupla armação consistente e criativa, errando nas escalações iniciais, onde a omissão ao George ficou bem caracterizada, e corrigida no transcorrer deste jogo contra os filipinos, quando sua presença impactou a equipe e seu resultado prático…
Espero que o Petrovic mantenha o padrão a pouco duramente conquistado, como base para um encontro decisivo e perfeitamente alcançável, na medida em que se mantenha coesa, participativa, e profundamente solidária entre seus componentes.
Que os deuses, agora mais otimistas, os ajudem na medida do possível
Amém.
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