A QUEM INTERESSAR POSSA…

“Ufa! Conseguimos, conseguimos mesmo! Agora, com os quatro anos que temos de tranqüilidade pela frente, é tratarmos de reforçar outras modalidades, ajudando-as a subir um pouco mais na preferência popular, ficando como mais algumas na frente dos caras, já que pouco perigo poderão oferecer à nossa situação de segundo esporte no país. Não ousem sequer pensar em retirar os meios que mantém nosso grego de ouro lá na CBB. Ficou bem claro isso?

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O PROSAICO PONTINHO…

Na ronda de final de noite pelos excelentes blogs de basquete, leio no Basquete UOL a noticia de mais um fracasso da seleção brasileira no Chile, a derrota por 15 pontos ante a frágil Venezuela, encerrando uma participação pífia e constrangedora de uma seleção equivocada desde seu nascedouro. Não assisti o jogo, e creio até que não tenha sido transmitido, mas dois pequenos parágrafos da reportagem esclarecem muito bem o que ocorreu nas plagas andinas, vejamos:

– “Não demonstramos a mesma consistência na marcação que tivemos nas duas últimas partidas. Com isso, o nosso ataque também não conseguiu funcionar como deveria. Tínhamos time para chegar à final e conquistar o título. Infelizmente não foi possível. Cada um de nós trabalhou muito e não desistimos nunca, mas não deu. Agora é trabalhar para os próximos desafios do Brasil”, observou o ala Arthur.

-“Hoje a equipe não teve atitude defensiva. A Venezuela soube aproveitar todas as oportunidades que a nossa frágil marcação deu. O primeiro objetivo foi alcançado, que era a classificação para a Copa America. O segundo, que era o título, infelizmente não veio. De maneira geral, o time deu o máximo, lutou e não se entregou”, explicou o técnico Paulo Sampaio.

A primeira declaração define a derrota como resultado da ausência de consistência defensiva, presente, segundo o jogador nas duas últimas partidas, contra o Uruguai e a mesma Venezuela, vencedora na disputa do terceiro lugar. Creio, que tenha se enganado, ou queira enganar àqueles todos que acompanharam os jogos desta seleção, quando ficou absolutamente claro que o sistema defensivo inexistiu, tanto no aspecto individual (com poucas exceções…), como, e principalmente no todo coletivo. Simplesmente, essa equipe, em momento algum infringiu o mais tênue respeito nos adversários que enfrentou, e somente se classificou, em um ridículo e comprometedor quarto lugar, pela diferença de um ponto, um único e mísero ponto, num jogo emblemático contra a fraquíssima equipe do Chile. E se classificou com um saldo negativo de mais de 40 pontos! Então, que não me venham falar em consistência defensiva. Devem, isto sim, falarem em fraqueza no domínio dos fundamentos, entre os quais os de defesa, que deveriam ser urgentemente reciclados, para consubstanciarem os já presentes projetos de participação “para os próximos desafios do Brasil”, se merecedores forem após trabalharem muito e duro, de serem dignos de envergarem a camisa de uma seleção.

Quanto à segunda, cabe somente um comentário, mais propriamente um lembrete, originado daqueles formidáveis técnicos de antanho, que ao se dirigirem a um campeonato internacional, o faziam para conquistá-lo, como prioridade única, cujos aspectos classificatórios seriam conseqüência da intenção inicial, dimensionando-os dentro da atitude óbvia e natural de quem parte para vencer os obstáculos, e não condicioná-la a uma simplória e covarde opção classificatória. Dos três títulos em jogo, ouro, prata e bronze, ficamos com aquele ínfimo ponto, que nos classificou humilhantemente para uma Copa America, onde concepções técnico-táticas, administrativas e comportamentais terão de alçar patamares bem acima do vexame andino.

E para todos aqueles que ainda têm o desplante de apresentarem desculpas esfarrapadas, arrogantemente pensando estarem tratando com analfabetos no conhecimento do grande jogo, sugiro ingerirem boas doses daquele remédio indicado para tanta pretensão, salvo aqueles pouquíssimos jogadores que mantiveram o recato e o silêncio, marca dos verdadeiros jogadores de basquetebol.

Aí está a prescrição, com efeitos colaterais óbvios e duradouros.

Amém.

COMOVENTE OTIMISMO…

Dois jogos, duas vitorias. Dois dias atrás, contra a Venezuela, mesmo jogando muito mal na defesa, conseguiu a seleção passar raspando nos 10 pontos, onde a qualidade coletiva da equipe não se fez presente em nenhum momento da partida, salvando-se duas ou três atuações individuais, com o Drudi em relevo, dando continuidade ao seu desempenho linear e maduro dentro da competição, mesmo esquecido no banco por longo tempo. Ontem, necessitando vencer por uma margem de 22 pontos a fim de jogar a final, priorizou o ataque, numa situação em que a defesa deveria pautar o comportamento da equipe, como base para ações ofensivas mais seguras, e que garantissem passo a passo, a anulação da vantagem da equipe uruguaia. Esta, ao sentir a fragilidade defensiva dos brasileiros, deixou o tempo passar, trocando cestas sem muito esforço, sabedores, que mesmo perdendo não veriam ameaçada sua participação na final. Agora, o técnico de nossa seleção deve estar colhendo de si para consigo mesmo, as amargas declarações que proferiu após a fragorosa derrota para os argentinos, entre as quais-“Foi um jogo que não valia nada. Vencer a Venezuela e Uruguai sim”- Pois muito bem, venceu os dois e vai disputar o terceiro lugar, com a Venezuela…

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APOSTAS…E BLEFES

E no Clube Pinheiros em São Paulo, 12 clubes do Nacional e 8 da ACBB se reuniram para criar uma nova liga, que segundo eles, será reconhecida pela CBB, e terá sua data de fundação em 19 de julho próximo na sede do Flamengo. O nome proposto é o de Associação Nacional de Basquete (ANB), com ação já programada para a temporada 2008-2009, com a participação inicial de 16 clubes, e que caberá à mesma a gerencia dos contratos de mídia e patrocínios. A CBB aguarda a proposta dos clubes para se manifestar, o que coloca em dúvida se reconhecerá ou não a mais nova liga na praça.

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O LEGADO DE UMA CAMISA…

“Não se pode matar uma jogadora para sempre. Mas as Olimpíadas, ela não joga. Não posso correr o risco de convocá-la”.

Em contra-ponto : “(…)Mas eu faria tudo de novo se ele me tirasse novamente”.

“Ele me vê como uma jogadora individualista. E eu acho que, em situações importantes, ele me pune e me deixa fora da quadra. Por isso, nunca vai dar certo”.

“Jogar coletivamente está sendo uma violência muito grande para ela. A Iziane simplesmente não consegue dividir espaço. O retorno dela depende de mudanças a médio e longo prazos. Hoje, não é possível. É necessária uma mudança radical de postura. Há uma diferença de pensamento muito grande entre nós”.

“Desde o juvenil, nós temos problemas na quadra(…)Quando joguei no Ourinhos, foi a mesma coisa”.( O Globo de 17/06/08)

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O HINO…

Fala-se tanto em educação através o esporte, onde a escola se vê cada vez mais órfã de incentivos, objetivos, planejamento, verbas e vontade política. Mas, paralelamente a tanta ineficiência testemunhamos inertes ao desperdício de verbas com atividades faraônicas, onde jamais faltam reais e dólares para empreiteiras, firmas estrangeiras em organização e planejamento esportivo, com retorno quase nulo para a população, a não ser os impostos cada vez mais altos, e a conta a ser paga por tanto descalabro e falta de patriotismo.

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