A PEDAGOGIA DO ABSURDO…

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Terminado o jogo no Paulistano no NBB2, com a nossa primeira vitória pelo Saldanha da Gama, balbucio um palavrão menor, como um descarrego emocional, íntimo, particularmente contido, quando o De Jesus, enorme pivô que se encontrava às minhas costas sem que o percebesse, grita para o restante da equipe que comemorava sua segunda vitória no campeonato – “Pessoal, ele disse um palavrão, eu escutei, sério, é verdade…”

 

Fiquei constrangido em ser pego no desabafo, e me desculpei, recebendo de volta compreensíveis sorrisos e acenos de cabeça, divertidos, respeitosos…

Até aquele momento, tinham sido 20 dias de duro treinamento, exigente, repetitivo, questionador, desafiador, emulador, numa progressiva aceitação grupal, porém sem contestações, gritos, ameaças e…palavrões…

 

Treinei um grupo de adultos e calejados jogadores, muitos chefes de família, pelo caminho dos fundamentos, individuais e coletivos, pela dureza defensiva, pelo sistema que nunca tinham praticado, e sequer conheciam, forçando comportamentos inusitados para todos eles, inicialmente relutantes, mas progressivamente aceitos pois entendidos e estudados, detalhados pela pratica fragmentada, unindo aos poucos as partes, direcionando-as ao todo do sistema proposto, paciente e educadamente…

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Sem gritos, esgares, coerções e palavrões, avançamos todos de encontro aos objetivos traçados, unidos, e acima de tudo, com respeito mútuo e indivisível.

Por tudo isso, não consigo entender, sequer aceitar, a truculência como forma de liderança (?), o baixo calão como forma de comunicação inter pares, ainda mais no ambiente esportivo e educacional, nos quais o respeito, a confiança e o exemplo permeiam o objetivo comum, a equipe, sua unidade, seu espírito agregador, chave do coletivismo democrático e vencedor…

 

Também não consigo entender técnicos (?) que ferem o bom senso, ofendem jogadores e colegas na quadra, pressionam e coagem juízes e delegados, agridem telespectadores com um comportamento ofensivo e desequilibrado, mostrando a todos o pior lado de uma competição, esquecendo o punhado de jovens que os prestigiam e assistem, deseducando-os, ferindo-os através lamentáveis exemplos comportamentais…

 

Enfim, torna-se necessário um freio reparador, e não uma cínica atitude de aprovação na forma de – “Ele é nervoso, agitado, que se integra na aspereza do jogo, ele é assim mesmo…”

 

Me desculpem tais análises, desculpas e velado consentimento, estão todos errados, profundamente equivocados, sabedores que deveriam ser, de que tais comportamentos promovem e aceleram o movimento decadente que tanto tem ameaçado o grande jogo entre nós, basicamente no âmago dos mais jovens, que não merecem tanta insensibilidade, tanta incoerência, despreparo, e acima de tudo, lamentáveis exemplos…

 

Amém.

 

CONVERGÊNCIA EXTRAPOLADA, O NOVO ESTILO DE JOGAR…

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                                                                                                                                                                                                                                 Você se predispõe a assistir um jogo de Liga Sul Americana, onde a equipe que mais investiu no país se apresenta contra uma outra, incensada como a grande revelação do NBB6, ambas recheadas de contratações midiáticas, e testemunha incrédulo uma incursão deliberada de encontro a um novo estilo de jogar, no qual o “chegar e chutar” se revela deliberadamente impositivo, na culminância de 23/71 arremessos de três pontos, extrapolando uma convergência que insidiosamente vinha se instalando em algumas de nossas mais representativas equipes, numa viciante escalada influenciadora das novas gerações, quando a aventura das bolinhas, irmanada às enterradas definitivas, simbolizadas pelo reconhecimento midiático, absolutamente irresponsável, e certamente reprovável, como o “reconhecimento” do ápice do jogo, sinalizando um equivocado caminho a ser seguido…

 

Que sem dúvida alguma será trilhado, inclusive nas seleções, da base à elite, não mais como uma tendência, e sim como um estilo, um novo estilo de jogo, que conta com a cumplicidade de jogadores e técnicos, unidos pelo primarismo de suas formações básicas, onde os fundamentos do grande jogo cedem sua estratégica e determinante função a pretensas especializações, calcadas na negação dos mesmos, substituidos pela mediocridade e a mesmice formatada e padronizada de uma sistema anacrônico e estúpido. Os resultados, que já conhecemos, continuarão a se revelar nas grandes competições internacionais, bem mais exigentes que estes campeonatos disputados por equipes formadas por agentes e dirigentes que raptam a função técnico administrativa de técnicos coniventes e réfens de um sistema mais anacrônico ainda…

 

Testemunhar equipes atuando na mais completa ausência defensiva, permitindo convergências que extrapolam o bom senso, torna-se uma dolorosa experiência  para todo aquele que ama o grande jogo, sua técnica de execução apurada e refinada por anos de prática e treinamento intenso e de alta qualidade, desde a base, e que se estende por toda a vida competitiva, numa prova irrefutável e inegável de que o ato maior da aprendizagem não é esgotado pela idade, muito ao contrário, é depurado pela mesma se orientada, ensinada, com competência e pleno conhecimento de sua essência…

 

Hoje completo 75 anos, feliz por estar junto aos meus filhos e amigos, mas um tanto triste por ainda testemunhar o quanto ainda teremos de caminhar para a obtenção da qualidade que em um dia de ontem obtivemos no grande jogo, do qual tive uma humilde participação, mas que ainda guardo no fundo do coração a irremovível esperança de que consigamos nos soerguer e reconquistar o lugar que nunca deveríamos ter perdido, mesmo alijado do processo por que tanto estudei, ensinei, lutei e continuo lutando…

 

Amém.

Fotos – Reproduções ta TV. Clique nas mesmas para ampliá-las e acessar as legendas.

 

 

OS PROTAGONISTAS(?)…

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Era para ter sido um jogo bem razoável de se ver, principalmente se tivesse sido desenvolvido dentro dos garrafões, fator técnico que os artilheiros de plantão em ambas as equipes não permitiram, ao deflagarem um duelo de bolinhas, contestadas ou não, com tempo de sobra dos 24 disponíveis ou não, onde o “chegar e chutar” imperou absoluto. Foram 51 arremessos de três (6/24 para os paulistas e 14/27 para os cariocas), determinando vencedor aquele que conseguiu encestá-los em maior número, sendo que a definição ocorreu da forma mais bizarra possível, quando o pequeno armador Gegê, encaixou três deles seguidos sob a flacidez defensiva dos gigantes Cezar e Devon, determinando os 9 pontos decisivos da partida…

 

Pronto, creio teria sido este o melhor e mais esclarecedor retrato do “clássico”, não fosse o aspecto mais inusitado, porém previsível, que o caracterizou, seus mais legítimos protagonistas, a futura dupla que orientará nossa seleção master, segundo os mais conceituados e esclarecidos experts do grande jogo tupiniquim…

 

E para tanto, já se colocam na vanguarda midiática, um suporte valioso para alçar voos maiores, consubstanciados em seus vastíssimos conhecimentos e experiência profissional no comando de equipes, dentro e fora das quadras. Claro, como bons estrategistas que julgam ser, pensam poder se dar ao luxo de estipular planos de jogo a priori, tabulando ações fundamentais de qualquer equipe que se preze, pressionar juizes contumazmente, manipular torcidas contra os mesmos, teatralizar situações normais de jogo, para no final dar entrevistas televisivas, concluindo enfaticamente, que não julga arbitragens depois dos jogos, num cinismo constrangedor e revelador…

 

Muito me preocupam esses posicionamentos, onde o recente técnico de um grande clube paulista, conclama sua torcida de futebol para estar “ao lado” da equipe que dirige, sabendo de antemão não serem tais torcedores muito afeitos a costumes bem diferentes daqueles extravasados ao redor dos gramados das arenas nacionais, incluindo a inexistência de alambrados nos ginásios…

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Enfim, assim começa o NBB7, que ao meu ver não começa bem, pois vícios de outros carnavais tendem a se repetir, ou mesmo perpetuar, em nome de uma realidade onde a mesmice técnico tática, e agora de personalidades midiáticas, tendem como aquelas, se tornarem endêmicas, afastando cada vez para mais longe, toda e qualquer tentativa de um saudável e democrático revisionismo, pautado pelo controverso, pelo modo diferenciado de se ver e sentir o grande jogo entre nós, da base à elite, das partes para o todo, e não o contrário que ai está formatado e padronizadamente estabelecido…

 

Amém.

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O NOSSO PRESENTE…

 

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No ano passado, quando da temporada da LDB, teci fortes comentários sobre a deficiência brutal nos fundamentos do jogo por parte da esmagadora maioria dos jogadores, numa idade em que já deveriam apresentar pleno conhecimento dos mesmos, e a caminho do seu mais completo domínio, fator que naquela altura não se fazia presente, tendo, inclusive, publicado números aterradores, como a média de todos os jogos em erros fundamentais, que alcançaram a cifra absurda de 28 por partida realizada…

Agora, bem no começo de uma nova temporada, por curiosidade numérica, já que privado de assistir a qualquer um dos 10 jogos diários (pelo menos 2 poderiam ser veiculados pela internet, a um preço perfeitamente coberto por parte da verba oficial, em vez de alocá-la em equipes que lá estão perdendo de 40 pontos, ou mais, praticamente em idade adulta, num desperdício de tempo e técnica), mas atento às estatísticas diariamente publicadas, onde, mesmo me privando de qualquer análise de sistemas de jogo, constato que aqueles mesmos erros de fundamentos apontados a um ano se repetem, e de forma ascendente, bastando uma simples continha percentual sobre 27 jogos iniciais do torneio, onde a media alcança absurdos e imperdoáveis 36,9 erros de fundamentos por jogo!!

Frente a tão clamoroso número, fico me perguntando como ser possível que ainda possam existir pranchetas sendo rabiscadas freneticamente com pseudas e “exaustivamente” treinadas jogadas, na vã e quase ingenuidade infantil de que surtam efeito pratico, se na consecução das mesmas se encontram jogadores que não sabem driblar, passar, fintar, bloquear, marcar, saltar e arremessar com relativa precisão, a fim de exequibilizar, pelo menos, um simples corta luz, um básico dá e segue, uma cobertura na linha da bola, um passe no tempo certo, um arremesso pensado e equilibrado, um bloqueio não faltoso, uma mudança assíncrona de direção, uma anteposição corporal, e não visual, em um rebote, um domínio das visões angulares e periféricas, num todo de fundamentos coletivos, que se presentes, os equipariam com as ferramentas necessárias e exigidas pelos sistemas ofensivos e defensivos de jogo, sejam de que escolas e estilos que fossem, para que funcionassem efetivamente…

Mas não, o “preparo tático” tem de prevalecer, sendo, inclusive, a bandeira maior dos técnicos da elite, aquela que pauta os comportamentos da turma que se inicia, jogadores e aspirantes a técnico, numa espiral às avessas de todo um processo de qualificação do grande jogo, aqui, hoje, minimizado em sua grandeza, trocado no escambo do imediatismo suicida e autofágico da mesmice endêmica em que se encontra, bastando como cruel comprovação a realidade obtusa de 36,9 perdas, em media, de bola por jogo, naquela exigência básica e fundamental para todo aquele que anseia jogá-lo para valer…

Acredito que, se somarmos a tantos erros e equívocos no conhecimento, ensino, aprendizagem e prática dos fundamentos, às doses letais das perdas nos longos arremessos, que se tornou um cultuado feitiche midiático, assim como as enterradas, ambas consideradas o ápice do basquetebol, por aqueles que nada, absolutamente nada, entendem do grande jogo, e mais uma generosa pitada de como não defender tecnicamente falando (para alguns, defender é ter 90% de vontade e 10% de técnica, quando na realidade, é exatamente o contrário), para termos o exato retrato de como nos situamos interna e externamente perante o apaixonante, complexo e altamente técnico universo do grande, grandíssimo jogo…

Amém.

Fotos – Divulgação LDB. Clique nas mesmas para ampliá-las.

PERDENDO UM JOGO GANHO…

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Dediquei um tempo para assistir a estréia do CEUB na Liga Sul Americana contra a equipe do Sporting do Uruguai, e confesso que me arrependi pela escolha do que já sabia de longa data, o fato de que absolutamente nada de novo assistiria, e o inusitado, pior frente ao que era…

 

Uma equipe que atuando dentro do perímetro converte 28/40, rivalizando com um oponente que produz um sólido 29/54, que o faz arremessar 37/42 lances livres, e que de uma forma absurda se concentra num 8/27 de bolas de três (os uruguaios tentaram 4/7), perde um jogo exatamente por propiciar um desperdício infantil e irresponsável de 20 bolinhas, onde a simples atitude de substituir, pelo menos, a metade delas por arremessos lá de dentro, a faria vencer o jogo com alguma folga, apesar dos 16 erros de fundamentos (como se enrolam quando pressionados quadra inteira), com os orientais errando 17…

 

Mas não, os “especialistas” das longas e quase sempre imprecisas bolas não admitem, sequer, serem contestados em suas decisões, repito, infantís e irresponsáveis, faltando somente um pormenor, o de terem (ou não?) a anuência de seu técnico para tanta e descabida hemorragia…

 

E por ai vamos de jogo em jogo, de uma mesmice apavorante, mas agora bem mais recheada de mídia e presença televisiva, que nos presenteia com uma convergência de arrepiar, num segundo jogo, onde a forte equipe de Bauru enfrentava uma outra de aeroporto colombiano, fraca e desconjuntada, apresentando solenemente 23/33 arremessos de dois pontos e 13/33 de três, sinalizando com propriedade o que assistiremos daqui para frente, a cores e som estereofônico…

 

Amém.

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O “APRENDIZADO”DE 40 PONTOS…

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“Não me lembro de quando foi a última derrota do Flamengo por uma diferença tão grande. Mas sabemos que a experiência de ter vindo jogar aqui na NBA faz isso ficar um pouco de lado. Sabíamos do poder físico e defensivo do time do Memphis e vimos isso hoje em quadra. Eles não deixaram a gente jogar”, analisou o técnico flamenguista José Neto.

 

“Não perdemos nada aqui na nossa passagem pelos Estados Unidos, pelo contrário. Nós ganhamos em experiência, em qualidade e temos que ver tudo pelo lado positivo. Mesmo com uma derrota como essa que tivemos tem muita coisa que podemos levar para o bem e para a nossa temporada que está só começando”, completou o comandante rubro-negro.

 

Autor de 17 pontos, com direito a cinco bolas certeiras da linha de três pontos, o experiente ala Marcelinho Machado liderou o ataque flamenguista e deixou a quadra como o cestinha da partida. Com 14 e 13 pontos, respectivamente, o ala Marquinhos e o pivô norte-americano Jerome Meyinsse foram os outros bons pontuadores do time rubro-negro. Quem também merece destaque é o armador Gegê, responsável por nove pontos e seis assistências.

 

“Ninguém gosta de perder, ainda mais pela diferença que foi. O lado físico pesa muito quando você joga contra um time norte-americano e isso complicou muito nosso o trabalho. Eles tiveram o domínio dos rebotes. Mas a experiência foi muito boa, não só para o Flamengo mas como todo o basquete brasileiro”, declarou o cestinha Marcelinho.

 

(Matéria publicada no site da LNB em 18/10/14)

 

Pois muito bem, como vemos acima, são declarações curiosas e imaginativas, quando um técnico afirma não ter o adversário permitido que seu time jogasse, pelo seu poder físico e defensivo mostrado em quadra, como se não soubesse o que iria enfrentar, como se não tivesse tido acesso a históricos e vídeos de seus jogos, tendo pleno conhecimento de seus sistemas de jogo. Simplesmente não deixaram sua equipe jogar porque em momento algum se viram agredidos no âmago de sua defesa, e a partir do momento em que passaram a contestar seus armadores (foram 31 erros de fundamentos, 31!!) e os longos arremessos, ( foram 11/32 de 3 contra 5/14 do Memphis) dispararam na contagem, face a uma defesa amorfa e falha em cada posicionamento individual, assim como no grupal, fatores esbanjados a mil por seu adversário…

 

O vigor físico, por si só, não justifica tanta diferença técnica, tanta discrepância tática, a não ser por um enfoque decisivo, o de estar desprovida sua equipe, exatamente de sistemas de jogo diferenciados, pelo menos ofensivamente (o que compensaria um pouquinho a grande falha nos fundamentos), já que utente fiel do mesmo sistema praticado pelo Memphis, e todos os outros que enfrentou neste “périplo de aprendizado”, como agora defende depois de zerar em vitórias…

 

Afirmar que ganharam em experiência, ainda posso admitir, mas em qualidade, como, se falharam bisonhamente nos fundamentos individuais e coletivos também, como? Concordo quando afirma que algo está sendo levado para o bem da equipe, mas que não sejam mais táticas e jogadas para serem coreografadas na prancheta, mas o senso, melhor, o bom senso de admitir que um sério e forte trabalho de fundamentos tem de ser implementado na equipe, exemplificando para as categorias de base a estratégica importância de sua premente necessidade, vital necessidade, pois se eu, numa humilde e desprestigiada equipe capixaba pude fazê-lo com excelentes resultados, por que não ele na equipe que tudo ganhou, menos quando enfrentou a turma de agora? Creio que seja essa a grande lição lá aprendida , que para ser decisiva terá de ser apreendida também…

 

Os dois últimos parágrafos da matéria acima, demonstram com clareza o “pretígio” das pontuações, da artilharia de fora, sem tocarem no aspecto defensivo, a grande falha do atual basquete brasileiro, fruto de uma idealização midiática dos longos, imprecisos e especializados arremessos, irmanados ao “momento mágico” do jogo, as enterradas, ambas somente antagonizadas por defesas eficientes, por defensores eficientes e talentosos, por técnicos que realmente conotem importância vital no preparo de melhores defensores, de melhores sistemas defensivos, como a linha da bola, magistralmente mostrada neste último jogo pela equipe americana, e que a algumas décadas professo e defendo sua utilização entre nós…

 

Por último, me desculpem os mais assanhados com o “momento histórico” vivenciado pelo Flamengo na terra da NBA, pois vejo como inadmissível derrotas de 40 pontos entre equipes de alto nível, a não ser como produto de uma postura de falsa humildade frente a fatores circunstanciais conhecidos por quem conhece do riscado, e não se deixa enganar por factóides em tudo, e por tudo, na contra mão de nossas reais e possíveis necessidades. Urge que evoluamos na preparação da base, o grande segredo da turma do norte com seus high scholls, colleges, universities, alimentando continuamente seu projeto hegemônico do grande jogo em escala mundial, e que somente poderão ser enfrentados com argumentos tão ou mais fortes dos que professam, através a preparação fundamental dos jovens centrados num projeto nacional de educação integral nas escolas, clubes e comunidades, e da busca técnico tática diferenciada do que praticam…

 

Não à toa, quando se sentiram ameaçados pela perda de Mundiais e Olimpíada, foram buscar na universidade aquele mestre que pudesse reconduzir o barco desgovernado, e o fez contradizendo muitas tradições e dogmas cristalizados na maneira de atuar e jogar de jogadores profissionais de seu país, mas que, ironicamente, vemos acontecer aqui, o processo continuista do modo de jogar que abandonam cada vez mais. Infelizmente, continuamos a errar por omissão, e pela não aceitação e reconhecimento de que algo tem de mudar, mas que não mudará enquanto for mantido o corporativismo cruel, formatado e padronizado que nos fazem tão previsíveis e equivocados…

 

Amém.

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UMA VEZ MAIS AS CONTINHAS…

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Você viu Paulo, o Marcelo meteu 6 de 3 no Orlando com 50% (6/12) de aproveitamento, que tal?

 

Bem, você está esquecendo de mencionar que esses 6/12 vieram de um total de 9/31, que diminuídos das bolas de 2 da equipe (51-31) perfizeram  20 desperdícios, que se fossem aproveitados a metade por tentativas de 2 estariam num jogo que perderam de 18. Enquanto isso, os Magics somente arremessaram 6/11 de 3 e 36/67 de 2, errando muitas das bolas por ainda estarem em pré temporada, fato comprovado pelos 23 erros de fundamentos contra 21 do Flamengo, totalizando 44 erros num jogo de elite, o que é demasiado…

 

Como vimos, faltou ao ao nosso suit coach, por mais uma vez, elaborar aquelas continhas que conotam vitórias, claro, como base fundamental de um sistema de jogo que as leve em consideração, no qual uma contumaz hemorragia de três não teria lugar em hipótese alguma, mesmo que sua estrela maior pensasse o contrário, que é similar àquelas enterradas cinematográficas com times perdendo de 30, como já vimos muitas vezes acontecer por aqui…

 

Vimos também, uma equipe da NBA professando rigidamente o sistema único, porém convergindo decisivamente para dentro do garrafão, face ao grande domínio que possuem nos fundamentos, enquanto optamos pela artilharia externa, mesmo tendo bons e ágeis pivôs como o Meyinsse, o Felicio e o Hermann, que ficou muitas vezes perdido na armação fora do perímetro, face ao pouco prestígio que professam junto aos especialistas dos três,o que é lamentável…

 

Esse fato faz com que me recorde de uma recente declaração do técnico do São José – (…)  Nas duas primeiras semanas que eu estava fora era pra trabalhar apenas com a parte física e agora era pra estarmos no treino com treino tático. Infelizmente com o problema do Caio, do Dedé e dos americanos que poderiam estar aqui, achei inviável manter a parte tática com os meninos sub-17, devido à diferença muito grande. Então resolvi dar fundamentos com o físico e fazer esses jogos-treino com os sete que tenho aqui. Precisamos dar ritmo de jogo e dar a eles a química do jogo. Foi o que me restou fazer – afirmou o comandante.(…)

 

numa prova cabal do prestígio “quebra galho”que a prática sistemática dos fundamentos tem entre nós, e na elite, quando fico imaginando o que ocorre na formação, e o resultado está sendo mostrado na terra de quem os utilizam a não mais poder, exceto pelos dois argentinos e o americano, que ainda os tem em boa conta…

 

Mas o espantoso ficou por conta dos rebotes, 50 (13/37) para eles e 31 (5/26) para os rubro negros, que não poderiam conseguir números melhores face aos sistemas utilizados, iguaizinhos aos deles, mas com a suprema diferença apontadas acima, num derradeiro confronto de técnicas individuais e singelas continhas aritméticas…

 

Mas o que dói mesmo, e com intensidade, é saber que se aproxima mais um NBB/NBA (?), onde tais continhas e sistemas caóticos e manjados não terão confrontação direta, a não ser por uma pálida esperança de que um Pinheiros, agora dirigido por um Marcel, que desde sempre propugna por algo inovador e corajoso, e pelo qual torço ardentemente, faça acontecer algo novo, e que venha resgatar a mediocridade estabelecida desde sempre entre nós…

 

Ontem foi o dia do professor, minha profissão primeira, absoluta e incondicional, onde o reconhecimento é tardio ou inexistente, por se tratar a educação um investimento a longuíssimo prazo, mas que de vez em quando promove um encontro ou uma pequena lembrança, como a do Washington Jovem, que foi meu assistente no Saldanha da Gama no NBB2 :

Professor Paulo Murilo,

Venho aqui parabenizá-lo pelo dia especial que hoje comemoramos, o  seu dia professor, quero aqui agradecer o convívio mesmo que por tão pouco tivemos, mas que  valeu muito a pena. Aprendi muito e vou levar por toda vida. Fica aqui o meu abraço.

Do seu assistente

 Washington Jovem

   demonstrando que nunca é tarde para sermos um pouquinho lembrados. Obrigado Washington, obrigado professor.

 

Amém.

 

 

 

MORDENDO E ASSOPRANDO…

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“O desequilíbrio psicológico acabou desencadeando um aproveitamento ruim nos arremessos, mas a nossa defesa funcionou e conseguimos jogar de igual para igual com grandes esquipes da Europa. O ataque foi o maior problema. Estou com um gosto amargo e triste por estar indo embora, queria ter ficado mais, mas me sinto muito agradecido por tudo o que essas meninas fizeram. Elas precisam continuar evoluindo e jogando o basquete que o mundo joga, não que é jogado nos seus clubes no Brasil. Falta experiência internacional e intercâmbios para que elas possam crescer ainda mais. São necessários mais tempo com a seleção e mais jogos internacionais” – analisou Zanon.

Esqueceu, no entanto, de mencionar que até bem pouco tempo dirigia uma equipe campeã feminina, onde praticava a forma de atuar que agora critica…

 

“Acredito que elas possam continuar evoluindo até 2016, mas precisa ser a partir de amanhã. Elas não podem voltar para o clube e voltar a praticar um basquete diferente do que o mundo pratica aqui. Não conseguíamos fazer nenhum jogo internacional no Brasil porque ninguém queria sair da Europa. Mas acredito que esse interesse vai aumentar agora que vamos sediar as Olimpíadas. Precisamos ter muito mais tempo de treinamento com a seleção e muito mais jogos internacionais para manter essa visão e esse conhecimento que temos agora. Se houver tudo isso, em dois anos, com outras competições como o Jogos Pan-Americanos, Pré-Mundial e amistosos, podemos levá-las a um lugar que elas nem acreditam. Por que não uma medalha em 2016?” – finalizou.

Mas que lugar seria este, que somente agora descobriu dirigindo e perdendo com uma seleção nacional? O que mudou e se cristalizou em tão pouco tempo de estrada?…

 

“Disputamos o Mundial com nove atletas (entre 12) que nunca tinham jogado essa competição. A gente vai fazer um balanço de tudo, refletir bastante sobre isso que aconteceu. Vamos sentar com ele (Zanon) no mês que vem para fazer o planejamento das Olimpíadas. Esse Mundial não é o fim. A gente vai fazer de tudo para que essas meninas disputem o maior número possível de jogos internacionais, porque no Mundial elas sentiram muitas diferenças, principalmente em relação aos contatos físicos” – disse Mazzuchini.

Que adianta disputar o máximo de jogos internacionais se as jogadoras não detêm um mínimo de conhecimento e utilização dos fundamentos do jogo? Seria essencial começar pelos mesmos, para depois encarar as feras que os aplicam com maestria, não?…

 

“Desde a minha primeira conversa com o Zanon, há um ano e meio, a gente propôs uma primeira situação, que acabava agora no Mundial. Vamos fazer um balanço de tudo, sobre tudo o que aconteceu aqui e devemos sentar com ele já no próximo mês, para alinhar como que vai ser a preparação a partir de 2015, visando as Olimpíadas de 2016. Mas, com certeza, ele faz parte dos planos da CBB” – disse o ex-jogador e diretor técnico da CBB Vanderlei Mazzuchini Júnior.

E realmente acabou, um nono lugar define muito bem o que ocorreu, ou estamos enganados?

 

“Hoje, é muito difícil falar em metas e colocação. A gente vai fazer de tudo para colocar essas meninas em jogos internacionais, porque a gente sente essa diferença física e de intensidade, para que elas se acostumem a esse nível de jogo. E a gente tem certeza que fazendo esse intercâmbio internacional, essas meninas vão melhorar, se desenvolver rapidamente, porque tem idade para isso, e a gente vai chegar com uma equipe mais competitiva. Agora, falar em metas é sempre muito difícil e complicado, já que é uma equipe muito nova” – concluiu Vanderlei.

Média de 25 anos não significa uma geração carente de experiências técnicas, assim como métodos “avançados e científicos” de preparação física não definem perfis específicos de jogadoras, mas sim o conhecimento dos fundamentos básicos, para a consecução de um bem planejado projeto tático e estratégico, que sem os mesmos naufraga a exemplo desse Mundial, e é de responsabilidade de quem as dirige e não o inverso…

 

Como vemos, sutilmente fica colocado que as grandes perdas nesse Mundial deveu-se às jogadoras, pelo nervosismo, com consequente desequilíbrio psicológico, erros nos fundamentos, nos arremessos, pelo fato de serem muito jovens, inexperientes e pouco rodadas em embates internacionais, além do fato de disputarem campeonatos nacionais em seus clubes pouco competitivos, muito diferente da intensidade internacional, etc, etc, etc…

 

Mas nada foi dito ou assumido sobre a parte que  cabia à direção técnica da equipe, a preparação nos fundamentos, e seus sistemas de jogo (“O início do jogo foi inseguro e trouxe a incerteza que as tirou do campeonato. Posso dizer que o ataque foi nosso grande problema, não fluiu como deveria, mas em compensação tivemos boas defesas”, analisou Zanon, que ainda se mostrou satisfeito pela evolução apresentada pelas jogadoras, principal proposta do Brasil no campeonato.), que como sempre, não ofereceu a fluidez desejada originando as derrotas, além de apresentar jogadoras carentes de fundamentos individuais e coletivos, e que podem ser ensinados e treinados independentemente de faixas etárias, como um exercício permanente de aprendizado, assimilação e manutenção das técnicas fundamentais do grande jogo, e que são suas ferramentas básicas de trabalho…

 

No entanto, foram propositalmente omitidos os dois principais fatores do fracasso, a inexistência de um bem formulado planejamento de jogo, onde o trabalho nos fundamentos cedeu prioritariamente  espaço a uma preparação física diferenciada e a  táticas ofensivas de “alto nível”, aliadas a uma defesa que pendurava as melhores reboteiras do time precocemente, onde a agressividade física substituía as técnicas de posicionamento corporal, como também o fato primordial de que, face a tantas deficiências formativas, seu líder ainda se dividia entre duas distintas realidades, na direção de uma equipe da elite masculina e a seleção em questão, ambas desclassificadas para as  fases decisivas…

 

Como vemos, as sutis mordeduras, precedeu assopros como – “Eu queria agradecer a todas essas jogadoras pelo objetivo e o amadurecimento precoce que elas mostraram nesse período do Mundial. Nós sabemos que é difícil jogar uma competição de alto nível como essa”, afirmou o comandante. “Vários aspectos precisam ser corrigidos. Mas de qualquer forma tenho muito que agradecer a toda comissão técnica e nossas atletas que se dedicaram e não desistiram”, finalizou.

 

É um posicionamento claro de estar convicto de que em nada e por nada teve a ver pelo fracasso técnico e tático na competição, quando no comando de uma seleção que descreveu nos depoimentos acima e de própria lavra, e que contou com o tácito apoio diretivo da CBB, dando carradas de razões a uma velha e saudosa amiga e conselheira que tive em boa parte de minha vida, uma mãe afável e crítica, justa e democrática, quando me lembrava – Filho, quem tem padrinho não morre pagão…

 

Creio ser o caso até agora enfocado, e que terá continuidade, infeliz e terrivelmente até 2016. Acredito que nossas gerações mereceriam destino melhor, sem dúvida alguma, porém…

 

Amém.

 

Depoimentos – descritos em matérias publicadas no Globoesporte.com.

 

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las e acessar as legendas.

 

 

 

 

 

A OSMOSE E OS DEUSES…

 

bas-clarissa-fibaFui dormir muito tarde por conta do artigo sobre os 400 mil acessos ao blog, ficando em falta sobre o jogo da seleção feminina contra o Japão, que como todos aqueles que o assistiram se reduziu a um enxame de armadoras orientais em volta das enormes pivôs brasileiras, que se fartaram nos rebotes, nas conclusões dentro do perímetro, e no vasto fornecimento de contra ataques indefensáveis pela desproporção física em quadra…

 

Mas olhando com mais presteza alguns números do jogo, vemos que 41, isso mesmo, 41 erros de fundamentos foram cometidos (18/23), não somente por conta de fortes defesas, mas na maioria dos casos por carência técnica também, fatores que facilmente se repetirão quando em confronto com equipes mais talentosas e melhor dotadas fisicamente…

 

A equipe brasileira continua teimando nas longas bolas (7/20) deixando de privilegiar seu forte jogo interior, onde a discrepância de estatura teria de ser forçosamente prioritária em todos os momentos da partida, otimizando cada ataque através a maior precisão propiciada pelos arremessos de curta e média distâncias…

 

Mas isto não ocorreu, não ocorre e dificilmente ocorrerá, pelos graves problemas de formação de algumas gerações que embaralham velocidade e leitura de jogo, limitadas pelos parcos conhecimentos e domínio dos fundamentos, onde as contumazes andadas se rivalizam em número aos passes mal dados e fora do tempo tático da equipe, se é que têm algo parecido…

 

Daqui a um pouco, enfrentam, este sim, o jogo decisivo nessa campanha, contra uma equipe francesa equipada, como a nossa, de jogadoras altas e fisicamente competitivas, porém com um diferencial, qual? Imaginem algo parecido com domínio dos fundamentos, e terão a resposta…

 

Podemos vencer o jogo? Difícil, mas não impossível, se da noite de ontem para o dia de hoje, adquirirmos, por osmose, as técnicas que nos faltam no drible, nas fintas, nos passes, nos rebotes, no posicionamento defensivo e no domínio de algum sistema, mesmo simplesinho, de jogo, para seguir em frente derrotando sua antítese como equipe, que pode (?) muito bem “esquecer” o que sabe e domina, pois afinal, deuses podem ser brasileiros, ou não?…

 

Amém.

Foto – Divulgação FIBA. Clique na mesma para ampliá-la.

 

 

 

 

SIMPLESMENTE LAMENTÁVEL…

 

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Para que falar em números, percentagens, coeficientes de produção, análises técnicas ou táticas, se o que assisti pesaroso pela TV se constituiu  numa sólida barreira entre o que considero um bem desenvolvido jogo e um pastiche do mesmo? Então, comentar o que, para que, se tudo que for dito cairá no vácuo da mais profunda indiferença daqueles que se apoderaram do grande jogo em nosso país, manipulando e dirigindo-o ao seu bel prazer, de encontro ao nada, o absolutamente nada?…

 

No entanto, se olharmos atentamente aquele grupo de jovens e algumas veteranas, veremos que algum e escamoteado talento ali está depositado, sutilmente velado aos olhos menos experientes, mas lá está, como que na espera de ser resgatado conveniente e competentemente por quem conhece realmente o grande jogo, em suas minúcias e detalhamento, condições essenciais para que provoque o desabrochar encoberto, porém talentoso daquelas desamparadas técnica e taticamente jogadoras, desde as muito jovens, até as veteranas, todas, merecedoras de um planejamento decente e responsável que as resgatem da mixórdia a que estão sujeitadas…

 

Inadmissível a forma técnica e tática que apresentam depois de meses de treinamento, ai inclusos jogos internacionais de preparo, que ante o que estamos vendo, de nada resultaram, pois o grande óbice não é a ausência quantitativa de trabalho, mas sim a qualidade e excelência do mesmo, absoluitamente ausente de conteúdo e conhecimento profundo do que ensinar, e o mais importante e estratégico, como ensinar, que são exigências primárias na consecução do mais simples, ao mais complexo dos planejamentos de trabalho…

 

Ensinar, eis a questão, pois ter conhecimento superficial de alguns objetivos a ser alcançados, de forma alguma qualifica aqueles que não possuem o preparo adequado e o sólido conhecimento, talhado na longa experiência e vivência naquela arte, sim, uma transcendental arte, a de ensinar…

 

Ao vermos essas jogadoras na quadra, constatamos com pesar o quanto de talento desperdiçado, o quanto de ausência de conteúdo técnico, de compreensão tática, enfim, de leitura de jogo, que as tornam incapazes de resistir a adversárias mais preparadas nestes pormenores do jogo, ferindo-as de morte, pela ausência no domínio do instrumental básico, seus fundamentos, seus desconhecidos e negligenciados fundamentos, o que se constitui numa covardia inominável, pela ausência e pela negação ao seu pleno e competente conhecimento…

 

E essa evidência me faz conjecturar ser tal conhecimento também ausente em seus líderes, ou mesmo naqueles que planejam e administram os projetos técnicos, pois salta aos olhos a inabilidade daqueles batalhões de áspones que cercam as seleções de base do país, todos voltados às suas equivocadas ideias de “pesquisa”, tomando como cobaias algumas gerações já perdidas, e outras que fatalmente se perderão ao sabor de quimeras, ou mesmo má fé…

 

Enfim, ou saltamos essa dolorosa e angustiante etapa do “vamo que vamo” implantada em nome de ações entre amigos, leiloando territórios de influências, algumas vitalicias, ou pereceremos nesse poço sem fim da mediocridade e mesmice endêmica em que nos encontramos, não só para 2016, como para mais algumas décadas posteriores. Urge uma vascularização em regra, onde o mérito tem de ser implantado, pois com o que aí está não chegaremos a lugar algum, desculpem, sabemos todos onde chegaremos, se é que já não chegamos…

 

Amém.

Foto – Reprodução da TV.