NOSSA REALIDADE…

As semi finais começaram, e para variar, sem novidades, infelizmente. Joinville e Flamengo fizeram uma partida muito fraca, aspecto restritor a maiores e detalhadas análises.

As quatro equipes classificadas, assim como Franca, vêm se utilizando da dupla armação com relativo sucesso, umas por todo o tempo, no caso de Minas e Joinville e da não classificada Franca, e as outras duas, Flamengo e Brasília de forma intermitente. Aponto estas cinco equipes como aquelas que tentam fugir do sistema único de jogo, dinamizando-o e acrescendo maior qualidade técnica nos passes, dribles e posicionamento defensivo. Num universo de quinze equipes ainda é muito pouco.

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COMOVENTE OTIMISMO…

Dois jogos, duas vitorias. Dois dias atrás, contra a Venezuela, mesmo jogando muito mal na defesa, conseguiu a seleção passar raspando nos 10 pontos, onde a qualidade coletiva da equipe não se fez presente em nenhum momento da partida, salvando-se duas ou três atuações individuais, com o Drudi em relevo, dando continuidade ao seu desempenho linear e maduro dentro da competição, mesmo esquecido no banco por longo tempo. Ontem, necessitando vencer por uma margem de 22 pontos a fim de jogar a final, priorizou o ataque, numa situação em que a defesa deveria pautar o comportamento da equipe, como base para ações ofensivas mais seguras, e que garantissem passo a passo, a anulação da vantagem da equipe uruguaia. Esta, ao sentir a fragilidade defensiva dos brasileiros, deixou o tempo passar, trocando cestas sem muito esforço, sabedores, que mesmo perdendo não veriam ameaçada sua participação na final. Agora, o técnico de nossa seleção deve estar colhendo de si para consigo mesmo, as amargas declarações que proferiu após a fragorosa derrota para os argentinos, entre as quais-“Foi um jogo que não valia nada. Vencer a Venezuela e Uruguai sim”- Pois muito bem, venceu os dois e vai disputar o terceiro lugar, com a Venezuela…

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O QUE MAIS FALTA?…

O técnico Moncho Monsalve apresentou sua lista para o Pré-Olímpico, incluindo na mesma e de forma condicional o jogador Leandro, que terá até o próximo dia 16 para confirmar sua participação, após os exames clínicos que fará nos Estados Unidos à partir de amanhã. Caso não possa atender a convocação, um outro jogador que treina na seleção do Sul-Americano será chamado, provavelmente, segundo declarações suas, um ala.

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“DEU NO QUE DEU”…

Acabo de ler no blog do Fabio Balassiano ,“Da linha de 3”, que o Ricardo Probst foi convocado para os treinamentos da seleção brasileira, já que os homens altos Varejão, Nenê e Paulão ficaram impossibilitados por motivos de saúde, e que treinará na seleção B, sendo aproveitado na A se repetir suas recentes atuações na Super Copa.

Fez-se justiça, que tarda, mas não falha, ainda mais quando alicerçada em conceitos exclusivamente técnicos. De correto teria sido sua convocação direta para o grupo do Pré-Olímpico, e não para ter de passar por um estágio probatório condicional e nada impossível , excludente. Mas acredito firmemente, que se o ótimo jogador fizer sobressair sua enorme habilidade reboteira, eximir-se de aventurar nos três pontos, que é território e domínio dos cardeais ainda em ação, manter acesa sua inegável valentia na busca incansável da bola, servindo-a quantas vezes forem necessárias a seus companheiros finalizadores, marcar com eficiência o pivô adversário pela frente, como sabe fazer muito bem, e manter-se eficiente nos arremessos curtos e lances-livres, sem dúvida alguma ganhará a seleção um jogador com poder de rebote considerável. Torço para que tenha o merecido sucesso, que se faz merecedor por sua luta e persistência.

Mas, sempre um mas, tivemos nessa semana alguns capítulos da novela: “Leandro vai? Leandro não vai? Qual é a do Leandro? E que culminou com sua visita ao Moncho no treinamento da seleção B, aqui no Rio, onde afirma ter aparado as arestas no relacionamento dos dois.

Muitas historias e ilações têm vindo à público sobre a participação do Leandro no Pré-Olímpico, mas nenhuma foi mais esclarecedora do que a sua participação no programa da ESPN “Juca Kfouri entrevista”. Para quem gosta de ler nas entrelinhas, ainda mais quando as colocações do entrevistador são extremamente inteligentes, foi um prato cheio, principalmente quando perguntado, de forma até tímida, pelos fatos ocorridos em Las Vegas, e seu relacionamento com alguns jogadores daquela problemática equipe. Muito bem assessorado e orientado profissionalmente, o Leandro afirmou que a princípio teve alguns desencontros de pontos de vista com elementos da equipe, mais que superados, mas que nem tudo correu como desejava, e por isso “deu no que deu”.

E por que “deu no que deu? Pergunta que nem o Juca ousou fazer, já que foram fatos ocorridos entre quatro paredes de um vestiário muito diferente dos da NBA, que ele conota como uma das experiências inesquecíveis em sua carreira, com toda aquela mordomia de gatorades e barras energéticas à disposição, além, é claro, de seu nome gravado no armário dos uniformes de jogo.

E nesse ponto vem a pergunta que não foi feita, aquela que poria em pratos limpos o futuro disciplinador e ético das futuras seleções nacionais, aquela que determinaria o principio de comando, de prestígio, de liderança e respeito dos jogadores para com seus técnicos, somente vivenciada por quem participou intrinsecamente da mesma, mesmo sendo voto contrário, se é que o foi, mas que lá esteve, e cujo conteúdo foi divulgado pelo Marcos, penalizado e expurgado pelos companheiros e pela CBB por fazê-lo. O que ocorreu e foi determinado naquela reunião fechada? Foi a pergunta omitida, mas cuja possível resposta foi sutilmente mencionada num “deu no que deu”.

E após tantas versões, de achismos e interpretações válidas ou não, vemos nosso craque da NBA embarcar numa ponte aérea e vir encontrar o espanhol num treino da seleção B, e posar de pacificador, ante o perigo de ver ruir sua imagem de bom moço e bom caráter, que acredito possuir.

Mas, um penúltimo mas (nunca um último…), como agirá o técnico espanhol na direção de uma equipe que é capaz de se reunir para discutir habilitações de uma comissão técnica, em pleno Pré-Olímpico, determinando comportamentos e funções técnico-táticas, liderada por cardeais mais do que conhecidos, e que estarão no próximo e decisivo Pré?

Creio que a foto da Luciana Paschoal do O Globo, com a frieza de sua objetiva, demonstra na clareza dos semblantes expostos que desta vez ( assim contritamente espero…) o “deu no que deu” não torne a acontecer, pois se reuniões houverem, lá estará liderando-as o moncho carrancudo da foto.

Amém.

SELECIONÁVEIS…

“Quem tem paidrinho não

morre pagão”.

(filosofia popular)

Foto: Fernando Maia de O Globo.

NOSSA SELEÇÃO…

Logo mais, por volta das 19 horas teremos duas partidas que poderão ser as decisivas nos campeonatos paralelos mais importantes do basquete brasileiro, quando Flamengo e Brasília pelo Nacional, e Assis e Franca pela ABCB jogarão suas terceiras partidas, com Flamengo e Franca vencendo suas respectivas series por 2 x 0.

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