No inicio da tarde de ontem um amigo me telefona e faz a seguinte pergunta- Paulo, se você fosse o técnico do Brasília como agiria logo mais para barrar a sede de três pontos do Halcones de Xalapa, que contra o Minas arremessou 38 bolas daquela distancia? – Caramba, perguntinha não muito confortável de responder, ainda mais pelo desconhecimento de pormenores da equipe por não vivenciá-la no dia a dia.
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Não tinha presenciado nada igual anteriormente, mas sempre temos uma primeira vez, sempre. Quatro técnicos em torno de suas pranchetas, que bem poderia ser uma para todos, tamanho família, fornida e como sempre, ininteligível a olhares terrenos, com seus rabiscos aleatórios transcrevendo táticas e jogadas jamais repetidas dentro da quadra, apesar de todo esforço despendido por jogadores tensos, exaustos e ansiosos em conscientizar informações tão contraditórias e impessoais.
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E não choveu nem trovejou, mas antes tivesse caído um temporal daqueles levando a rede elétrica abaixo, pois me pouparia de assistir um dos piores jogos de uma equipe que vinha progressivamente se incluindo em um novo tempo técnico tático, o nosso rubro negro de tantas glórias, mas que resolveu voltar no tempo contratando um pivô de choque, com um currículo internacional de seguidos equívocos, fraco tecnicamente e incrivelmente ingênuo na doce pretensão de se considerar um astro internacional. E deve ter custado caro seu contrato, haja vista o longo impasse para sua contratação. Resultado? A equipe deu marcha à ré no seu evolutivo modo de jogar, abandonou a vitoriosa e convincente dupla armação, e voltou-se para o jogo estratificado e centrado na força e no duelo de massas dentro do garrafão.
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Chuva inclemente, tempestade com raios e muito vento. Pronto, cenário para ausência de energia elétrica total por muitas horas, e logo na hora de jogos de basquete que pretendia assistir e comentar, e o pior, por duas noites consecutivas. Mas ainda sobrou um tempinho para ver a equipe de Franca não tomar conhecimento do jovem time do Paulistano, e a vitória do Brasília em Sunshales contra o campeão argentino.
Em ambas as partidas um lugar comum, a vitória fundamentada em dois decisivos aspectos, defesa e dupla armação. Um terceiro também poderia ser agregado, a mobilidade interior dos pivôs, não fossem essas duas equipes aquelas que junto ao Minas tentam reformar, ou mesmo romper com o esquema único de jogo, arraigado e concretado na mente de nossos técnicos e suas equipes.
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