PARA ONDE ESTAMOS INDO?

Terminada a nossa participação olímpica, com 4 derrotas e uma única vitória, e mesmo assim num jogo em que participou previamente desclassificada, retirando grande parte das pressões e responsabilidades inerentes a uma equipe em busca da continuidade na competição, conseguiu a seleção o feito de não ter saído invicta de vitórias, numa participação melancólica e frustrante.

“O desempenho da seleção só deve melhorar na próxima Olimpíada, quando a equipe recém-montada estiver mais madura e entrosada”, disse o técnico Paulo Bassul ( Coluna Direto da China, O Globo de 16/08/08). Ou seja, já está o responsável técnico da equipe se projetando no comando da mesma para mais um ciclo olímpico, antecedendo análises e críticas, numa posição que se tornou habitual em nosso basquete, o de técnico dono e patrão de um cargo que deveria, por principio e bom senso ser destinado àqueles profissionais que se destacassem cumulativamente pelos seus estudos, trabalhos e larga experiência na direção de equipes, assim como pela liderança inter pares, fazendo-os dignos de escolha, unicamente pelo critério do mérito, e não pelos conchavos e interesses político-federativos.

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NADA, NADINHA…

Dois meses atrás uma reportagem sobre a preparação das seleções brasileiras, apontava para um protocolo entre a CBB e uma universidade paulista, no intuito de promover testes e aferições físico-cardio-pulmonares que, segundo o mesmo, dariam aos técnicos e preparadores físicos condições de adequarem seus treinamentos na busca do melhor condicionamento atlético possível, fator determinante a altas performances das equipes.

Muito bem, testes e aferições feitas através espirometrias, controles e aferições cardíacas , débitos de oxigênio, dobras cutâneas, saltometros , pliometros, fadigas induzidas, e não sei mais quantas “pesquisas”, e o que temos visto de relevante perante tanto cientificismo de última hora? Em termos de basquetebol, de ciência do treinamento, planejamento, estratégia e fundamentação técnico-tática, rigorosamente nada. Como nada transparece do excesso de adiposidades nada atléticas de muitas jogadoras desta seleção, fazendo da lentidão ofensiva, e principalmente defensiva, um cartão de visitas às avessas de todos os “doutores” responsáveis pelos avanços tecnológicos trombeteados mercadologicamente pela mídia, também nada especializada. Quando muito, a lastimar o tempo precioso de treinamento perdido nas elucubrações megalomaníacas e oportunistas de uma turma de cientistas que nada, nadinha, sequer desconfia o que seja desporto de alta competição, e suas exigências especificas, basicamente no aspecto técnico e de execução do mesmo, um degrau acima de seus relativos conhecimentos de fisiologia laboratorial.

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O SOM DO SILÊNCIO…

Entrevistado logo após a derrota para a Coréia, o técnico da seleção brasileira foi sutil ao declarar que ofensivamente a equipe foi inoperante e cometeu um elevado número de erros, mas que defensivamente atingiu o índice de pontos concedidos à adversária, abaixo de 60 , no tempo normal de jogo, e que mesmo neste quesito falhara na prorrogação. Trocando em miúdos, sua estratégia defensiva foi exitosa ( para ele a prorrogação não conta), mas a equipe falhou ofensivamente, pela lentidão e imprecisão, faltando somente afirmar, mas deixando implícito, que a derrota deveu-se àqueles fatores dentro da quadra, e não no planejamento estratégico fora dela.

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