MERITOCRACIA…

O placar no Draft Brasil aponta que faltam 1 mês e 29 dias para a eleição na CBB, e que mais do que possamos imaginar é o prazo onde as posições dos presidentes das federações se solidificam em torno dos candidatos, ou de um em particular, principalmente aquele que se cercar de influências político econômicas capazes de garantir os “cargos de sacrifício” da turma. E o mais qualificado neste mister é o consagrado grego melhor que um presente, já posando de preferido do colossal COB, que o quer perenemente eleito como a garantia mais do que certa do não soerguimento à médio prazo do basquetebol, com sua ameaça sempre latente de tornar a ser o segundo esporte no gosto do brasileiro, meta esta inalcançável sob a égide presidencial helênica.

E tão pouco o seria sob o comando dos outros dois candidatos, todos egressos da mesma fornada, todos envoltos no manto da cumplicidade que os manteve juntos nos últimos doze anos de poder e omissão, mas plenos de benesses, grandes viagens, belos hotéis e gastronomia real, isso para falar somente do básico.

A meritocracia cobiana, esquema pomposo de distribuição de verbas públicas às confederações, torna a se apresentar, como sempre o fez, fundamentada nas promessas de conquistas de medalhas (incluindo as do basquete) ao ciclo olímpico que se inicia, escudando-se na proverbial falta de memória da população tupiniquim, sempre orientada a um futuro promissor, que passado nenhum, por mais tenebroso que for, poderá servir de obstáculo aos projetos megalomaníacos e impatrióticos dessa turma do arromba, que destina 30% de uma verba de 93 milhões para a rubrica de “administração, acompanhamento de projetos e execução financeira”, só em 2008!

E é nesse momento de acerto de contas (Meus deuses, onde estão os órgãos que deveriam fiscalizar a fundo esses recursos públicos, onde? ) que as verdadeiras e decisivas correlações de forças se fazem presentes, como garantia de que as mordomias endêmicas continuarão seus reinados junto a todos aqueles que comungarem o bem comum, o bem emanado de verbas propositalmente afastadas de quaisquer auditorias legais, já que de profundo interesse político ao continuarem imunes e blindadas às mesmas, pois afinal de contas, todos precisam sobreviver em seus cargos de sacrifício por que tanto lutam, traem e se apegam ad infinitum.

Essas sutis nuances de poder futuro são captadas com precisão cirúrgica pelo colégio eleitoral em sua grande maioria, exatamente aquela que pouco ou quase nada influi tecnicamente no basquete nacional, mas que detém o poder maior, o voto, instrumento decisivo para o escambo odioso e garantidor de suas sacrificadas caminhadas no mundo exclusivo e inclusivo do esporte.

Dentro de 1 mês e 29 dias teremos uma eleição de candidato único com três nomes diferentes, não importando muito qual dos nomes será adotado, mas que no caso de uma escolha garantidora dos status quo, o nome do grego melhor que um presente se apresenta como pule de dez, valor que decresceria alguns pontos no caso de outro nome ser o vencedor, pois nunca se sabe o que um repaginado patrão poderá acrescentar ou exigir em troca… E como seguro morreu de velho…

Por mais quatro anos ainda veremos o nosso infeliz basquetebol sendo usado como moeda de troca na garantia de que nada mudará, a começar pelas nossas categorias de base, nosso futuro mediato, entregue a um grupo que sempre esteve em conluio com os três nomes que disputam a CBB. É o que merecemos, todos, por nossa confortável omissão, regada a muito chope, uísque, papo furado e… tremoços.

Amém.



2 comentários

  1. MARCELO augusto 09.03.2009

    professor sou wrestler lembra?
    quando falei no ano passado que o Grego estava eleito todo mundo que acompanha seu blog ficou indignado agora vao falar o que a vespera de uma eleição onde o senhor grego posa ao lado do senhor da mafia do esporte olimpico ou do cofre do esporte olimpico, a verdade se o grego sair ele sabe muito podre do senhor nuzman torço para uma cpi do esporte olimpico a minha modalidade virou meninas dos olhos do ministerio dos esportes esta no brasil quatro tecnicos cubanos treinando a base(cadete e junior) e o adulto estamos sabendo usar a verba tanto do cob quanto do ministerio as metas do cob para o basquete é medalhas o que Sr, Marcus Vinicius faz la na Barra fazer relatorios para esportes que nao conhece dizer que a meta é medalhas, acho de uma provocação e uma falta de respeito para quem acompanha o basquete nao olhar para as ultimas olimpiadas onde fomos penultimo no feminino e nem fomos no masculino quem sera o tecnico do feminino e no masculino sere aquele senhor espanhol talvez o senhor esteja com a razao quanto mais bagunçado o esporte olimpico melhor para o nuzman ficar falando a toda hora que ele é responsavel pelo volei ser um esporte de ponta e bem estruturado nao deixar que outros eportes evoluam é de uma maldade tamanha falo isso pois estamos esperando que projetos ligados a lei de incentivo fiscal seja liberados pelo cob como desafios e clinicas para a luta olimpica numa olimpiada ou num pan a luta olimpica briga por 18 medalhas levando 18 atletas enquanto no volei leva 24 atletas na quadra e 8 no volei de praia para brigar por 6 medalhas, quando assisto a uma cobertura de olimpiada e de pan fica a impressao que fica todas as atenções para o volei nao sei o que a globo ganha mas é essa a minha impressao,
    um abraço

  2. Basquete Brasil 09.03.2009

    Prezado Marcelo, assim como você sempre defendi a tese de ser praticamente impossivel destituir e anular uma famiglia unida e indivisivel em volta de um interesse comum,o cofre e suas chaves,custe o que custar, doa a quem doer.Tudo que for possivel fazer para que as fatias do bolo desportivo, com suas verbas públicas e inauditáveis permaneçam sob o controle do capo, será meticulosamente feito, cirurgicamente feito.São profissionais treinadissimos, imunes a conceitos de ética e falsos preceitos de patriotismo e bem comum, alimentos dos bem intencionados, porém ingenuos cidadãos com seus sonhos de dias melhores, que somente terão a chance de reverter tal situação quando aprenderem a se utilizar de armas tão letais como as deles, sem no entanto se situarem além da honestidade e da decência.E para isto, somente a união de todos poderá igualar o placar, nada mais do que isto.Um abraço, Paulo Murilo.

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