PAPEANDO COM O WALTER 2…(ARTIGO 600)

  1. Walter Carvalho 20.08.2009 (2 dias atrás)

Professor Paulo Murilo,

Agradeço a força e as suas palavras carinhosas. Estou enviando abaixo a matemática para o Basquetebol com 2 armadores:

1) Equipe + 2 armadores = maior tempo de posse de bola
2) Equipe + 2 armadores = melhor aproveitamento de arremesso por posse de bola
3) Equipe + 2 armadores = melhor equilíbrio ofensivo
4) Equipe + 2 armadores = Melhor e mais eficiente movimentação e distribuição de bola
5) Equipe + 2 armadores – menor numero de erros de fundamentos
6) Equipe + 2 armadores = melhor pegada e agressividade defensiva
7) Equipe + 2 armadores = melhor e mais eficiente transição para defesa e conversão para o ataque
8) Equipe + 2 armadores = Ataque menos previsível
9) Equipe + 2 armadores = melhor equilíbrio defensivo facilitando o posicionamento para o rebote defensivo
10) Equipe + 2 armadores = melhor controle do ritmo de jogo

Alguns percebem e outros se negam ou não tem a capacidade de entender e visualizar.

Saudações – Seja o que Deus quiser!

  1. Basquete Brasil 20.08.2009 (2 dias atrás)

Olha Walter, pelos números do jogo de ontem contra Porto Rico(sem três de seus jogadores básicos…)em que vencemos por 10 pontos, dos 90 conseguidos 46 o foram na área do garrafão(28/64-44%),e somente 1/10-10% de arremessos de três.Esses números (não houve qualquer tipo de transmissão ao vivo)provam o acerto de jogarmos com pivôs rápidos e flexíveis, mas pecamos em acioná-los com somente um armador de ofício. E se reconhecermos a fragilidade de defesas adversárias em jogos de menor interesse, correremos sérios perigos quando necessitarmos de um outro armador junto ao Huertas quando frente a defesas combativas. Os que tentarmos adaptar são inadequados(daí o grande erro de não levarmos mais dois armadores experientes,com o Valter e um dos Helios, substituídos por outros que dificilmente atuarão nos jogos mais “pegados”…)pois concluidores, e não possuem o domínio exigido nos fundamentos para dominarem suas áreas de influência, o que os levarão às tentativas individuais de penetrações e arremessos desequilibrados. Esse é o nosso grande problema, mesmo tendo junto à cesta jogadores de boa qualidade.
Resta-nos, como desde sempre, torcer por uma fase menos brilhante de nossos adversários, ou em noites em que “tudo caia”.
Quanto ao excelente decálogo que você envia, infelizmente é matéria cifrada para a grande maioria de nossos técnicos, já que exigiria dos mesmos, pelo menos, um pouco de estudo e reflexão. Com as lideranças que influem em suas formações,levando e induzindo-os às padronizações técnico táticas, duvido muito que entendam o que “velhos e ultrapassados” técnicos como nós,têm a dizer e a ensinar, o que é triste e lastimável. Um abração Walter,
Paulo.

  1. Walter Carvalho– Ontem

Professor Paulo Murilo,

Estou lendo e relendo seu comentário sobre a performance do Brasil durante o ultimo jogo baseado na analise dos números e em razão desta analise eu gostaria de comentar o seguinte:

1. Gostaria de saber mais sobre a os 46 pontos anotados pelo Brasil dentro do garrafão: 1) Quem anotou os pontos? 2) e em que situação de jogo estes pontos forma anotados e 3) se estes pontos foram anotados e precedidos de drible e penetração ou passe e arremesso. Só assim eu poderia analisar e ter uma idéia das características desta equipe atual.

2. Nesta competição e em outras competições internacionais – com jogos mais pesados – e igualmente importante saber se os jogadores substitutos tem condições de manter ou melhorar o nível de performance da equipe titular -visto que nossos jogadores, principalmente os titulares, terão que se movimentar muito, com e sem bola como também terão que marcar – e;para cada jogador manter este ritmo de agressivo tanto no ataque quanto na defesa por mais de 20 minutos por jogo – e muito difícil!

3. Devido ao comentário 2 – gostaria de saber se possuímos 9 jogadores que possam sustentar este ritmo de pegada agressiva na defesa e potencial para anotar pontos no ataque em um jogo de quadra toda. Ou seja se nossos principais jogadores, serão ou não socorridos pelo banco quando estes não tiverem mais pernas???

4. Com esta formação, acredito que o Brasil tenha que alongar/estender o seu jogo, ou seja, não jogar em meia-quadra, utilizando uma pegada defensiva de 3/4 da quadra para quadra toda, pois só desta forma poderemos impor um ritmo de jogo que favoreça a nossa equipe constituída de jogadores mais leves e de habilidade para jogar ‘off the dribble’. Contra uma equipe mais leve como a do Brasil – acredito que os adversários principalmente irão tentar impor um jogo mais lento, pesado e de meia quadra.

Espero poder assistir os jogos pelo computador -o problema será o fuso horário. De qualquer forma estaremos torcendo…

Ate breve. Walter Neto

  1. Basquete Brasil– Ontem

Walter, no jogo final contra o Canadá, os mesmos números se repetiram, com quase 70% de nossos pontos conquistados dentro da zona restritiva, pelos mesmos três jogadores, o Spliter, o Varejão e o Leandro com suas penetrações e um ou outro arremesso de media distancia, e todos com razoável técnica de drible e fintas. Logo, podemos deduzir que a idéia inicial do Moncho de fazer circular dois ou três jogadores pelo perímetro interno está tomando forma, já que dispõe de jogadores rápidos, saltadores e reboteiros natos. Daí, o pouquíssimo aproveitamento do JP Batista, com sua lentidão, antítese do esquema adotado até aqui, e as tentativas de lançamento do Alexandre e do Guilherme nessas novas funções. Sobra para o Alex, destinado aos contra ataques, a uma defesa mais rígida(até agora inexistente fora do perímetro), e algumas chances de uma segunda armação, atualmente delegada ao Marcelo. E aí é que a porca torcerá o rabo quando as defesas apertarem(e o farão sem dúvida alguma, além de forçarem o jogo ofensivo para cima do Huertas a fim de forçá-lo a faltas)visando as fraquezas de armação dos irmãos e também do Alex.
Mas o Leandro poderá exercer essa função, perguntariam os estrategistas de plantão, para uma resposta contundente na realidade de um fato evidente, a de que o Moncho o quer ferindo e agredindo, em conjunto com o Spliter e o Varejão.
Desgraçadamente não temos, ao menos um, somente mais um armador para essa realidade mais do que anunciada, e prevista pelo Moncho, haja vista a forma de jogar que vem tentando estabelecer na seleção.
Nenhuma versatilidade supera o crivo indiscutível da ausência de um perfeito domínio dos fundamentos do jogo, principalmente de armadores, responsáveis que são pelo domínio e posse estratégica da bola e do descortino tático sob pressão física e psicológica.
Nosso banco está órfão de armadores, graças a uma convocação equivocada e política, fatores que não vemos em nenhum de nossos adversários diretos. Burrice e caipirismo endêmico geram tais distorções, caro Walter.
E o pior, habitam nosso banco jogadores que, duvido, serão aproveitados pelo Moncho, que capitaliza dessa forma um excelente álibi se o pior vier a acontecer, já que a convocação passou longe de seu exclusivo crivo, quando vem anunciando e sugerindo seu assistente como seu sucessor na seleção.
Então Walter, creio que suas análises, mesmo pontuais, mas repletas de conhecimento e experiência técnico tática, se encaixam com precisão na realidade de nossa seleção, que enfrentará um embate previsível e desalentador sob tais circunstâncias, até o dia em que o bom senso e ausência de “achismos” nos façam e nos tornem grandes de novo. Um abração, Paulo.

Amém.

PS- Walter Carvalho é o atual técnico da seleção do Bahrain, consultor FIBA para o Oriente Médio, e um dos excelentes técnicos brasileiros que atuam no basquete internacional.



7 comentários

  1. Walter Carvalho 26.08.2009

    Professor Paulo Murilo,

    Estou acordado assistindo o jogo do Brasil contra a republica dominicana e estou sofrendo pois nao consigo observar melhora no sistema de jogo do Brasil tanto no ataque quanto na defesa.

    Nao pdoemos jogar com pivos de habilidade e posicioar os mesmos de costas pra cesta – marcacao na bola e no passe muito falhas. Volta para a defesa deficiente e marcacao 1-contra-1 inexistente. Enfim uma salada mixta que nao explora o que o brasil tem de melhor e esta equipe nao sabe jogar contra zona match up. Se nao fosse pelos 3 pontos do Alex – nao sei o que aconteceria.

    Vou tentar assistir o 4o quarto um pouco indignado com o jogo do Brasil

    Saudacoes – torcendo mas se encontramos tanta dificuldade contra Rep Dominicana nao sei comos era contra as equipesmais fortes.

  2. Henrique 26.08.2009

    Aula.

    Merece ser estudada, lida, relida, sempre que necessário.

    Parabéns ao Professor Walter e ao Professor Paulo Murilo, para variar, nos dando um banho de conhecimento.

    E sobre o comentário do Professor Walter, posso dizer poucas coisas:

    – Moncho demora muito pra pedir tempos tecnicos. Achei isso muito ruim na dinamica do jogo.

    – A nossa defesa ainda é muito fraca em alguns pontos:
    . coberturas de bloqueios diretos no perimetro.
    . cobertura

    E parabens ao Marcelinho ,que como sexto homem fez uma grande partida.

  3. Henrique 26.08.2009

    Professor, cliquei no enter sem querr, faltou finalizar.

    Rotaçao de 7 homen para os jogos dificeis, será mais ou menos isso, o que neste jogo, estreia, vá lá.

    Porém, para o torneio todo, teremos que jogar com o que temos, e o Moncho, está com problemas evidentes com isso né ?

    E finalizando mesmo rsrs, achei que pela estreia, vou dar o crédito e ter paciencia.

    Porém, pelo que estou vendo da Venezuela hoje, poderemos ter problemas com o time deles.

    Abraços !!!

  4. Basquete Brasil 27.08.2009

    Walter, como vimos os mesmos erros e falhas individuais e coletivas, assim como concordamos que nossa salvação foram as cestas de três fora dos padrões táticos executadas pelo Alex, e mesmo da inexistência de uma defesa confiável, resta-nos, para variar, torcer com ressalvas, pelo fato de ainda termos pela frente equipes bem mais poderosas que a dominicana. Um abraço, Paulo.

  5. Basquete Brasil 27.08.2009

    Prezado Henrique, obrigado por sua audiência e oportunos comentários.Realmente poderemos ter problemas com os venezuelanos, ainda mais pela pouca (ou nenhuma…) confiança que o Moncho tem pelo banco brasileiro. É triste reconhecer essa situação, a qual teria sido melhor administrada se uma justa e séria convocação tivesse sido feita. Mas não foi, então…
    Torçamos então. Um abraço, Paulo Murilo.

  6. Walter Carvalho 27.08.2009

    Ola Professor,

    Aproveito o momento para agradecer as palavras carinhosas do Henrique – o meu comentario sobre o jogo foi feito – Espero com este pdoer somar e nao destruir. desculpe pelos erros de gramaticas – pois eu so os constatei depois que cliquei no enviar e nao tinha mais como corrigir. Ate breve.

  7. Walter Carvalho 27.08.2009

    Ola Professor,

    Aproveito o momento para agradecer as palavras carinhosas do Henrique – o meu comentario sobre o jogo foi feito – Espero com este poder somar e nao destruir. desculpe pelos erros de gramatica – pois eu so os constatei depois que cliquei no enviar e nao tinha mais como corrigir. Ate breve.

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