A ESCOLA CARIOCA DE BASQUETE…

Foram tempos heróicos e meio malucos, onde o basquete reinava no meio da juventude como opção ao absoluto futebol, e já prevendo uma forte concorrência pelo nascedouro de uma modalidade de fortíssimo apelo, o futebol de salão. O vôlei se mantinha em nichos reservados de alguns clubes, mas já se fazia notar o de praia com suas redes espalhadas nos quilômetros das praias cariocas. E o handebol, reinando nas escolas como extensão natural do queimado tradicional.

Foi neste cenário, que em 1962 fundei a Escola Carioca de Basquete, presidida pelo Luis Peixoto, pai do Peixotinho, e que treinava no ginásio do Colégio Batista e o da Policia do Exercito, ambos na Tijuca.

Depois de meses de preparação nos fundamentos, estreamos em competições nos Jogos Infantis do Jornal dos Sports, alcançando o terceiro lugar da categoria de clubes, participando daí em diante de torneios e jogos com os clubes do Rio e de São Paulo, numa inesquecível excursão quando enfrentamos a equipe Infanto do Palmeiras dirigida pelo Edson Bispo, e onde jogava o hoje renomado técnico Claudio Mortari.

Mas as limitações orçamentárias, e a falta de um local próprio de treinamento nos levou a tentar sensibilizar um clube onde o basquetebol fosse ainda incipiente, o qual poderíamos representar com uma equipe, agora juvenil,  quase completa, além de podermos desenvolver as demais categorias de base, num projeto que nos levaria à primeira divisão em três anos. E esse clube foi a A.A.Vila Izabel, tradicional no futebol de salão, mas propenso a ampliar sua participação esportiva no estado através o basquetebol.

Foi um desafio de grandes proporções tentar estabelecer uma modalidade concorrente num clube onde reinava o futebol de salão. Propús o projeto ao saudoso diretor Mario Ponciano que ao aceitá-lo me fez correr até a casa do Peixoto no Grajaú para dar as boas novas. Mas lá chegando tomei um grande choque ao saber que o Ary Vidal tinha minutos antes levado o Peixotinho para o Flamengo, deixando-me sem o futuroso armador que preparei por dois anos de muito trabalho, e que por conta do grande talento conquistado levantou para ele um bi-campeonato juvenil carioca, dando continuidade à sua brilhante carreira de técnico, iniciada no ano anterior no Grajaú TC quando o indiquei ao Geraldo da Conceição para dirigir a equipe Infanto Juvenil daquele tradicional clube. Na época éramos colegas de turma na EEFD. Me  estabeleci com a desfalcada equipe, mas contando com um Paulo Cesar, até hoje o recordista de pontos num campeonato regional juvenil, e outros valores como Vitor, Eddie, Lourival, Steve, Helvécio, Viola, Alcir, Braga, Fleishauer, Washington, Celso, em duas campanhas onde conquistamos o terceiro lugar somente atrás do Flamengo e do Botafogo. Preparei também as equipes infantil, infanto juvenil, aspirante e no segundo ano as da segunda e primeira divisões.

Mas o peso do futebol de salão se fez sentir ao meio do segundo ano, quando um jogo oficial contra o America em nosso ginásio foi perdido por W.O. pela negativa de cedência da quadra por parte de um treino de veteranos do futebol. Ao receber a sumula do juiz Manoel Tavares na cantina do clube senti que o desmoronamento daquele trabalho era inevitável ante a força desproporcional do futebol de salão, e me dirigi ao ginásio do Tijuca TC, onde o Flamengo disputava uma partida de primeira divisão e me apresentei ao Togo Renan aceitando seu convite de semanas antes para me transferir para a Gávea. Lá reencontrei o Peixoto em seu penúltimo ano como juvenil, mas esta é outra história.

No ano seguinte, dirigindo o Flamengo disputei a liderança do turno juvenil no lotado ginásio do Vila Izabel, perdendo o jogo por um ponto para a equipe que formei nos dois anos anteriores, recompensado ao ver duas equipes de base, que passaram por minhas mãos, numa década repleta de grandes equipes e de grandes técnicos trabalhando magnificamente futuros grandes jogadores, bem formados nos fundamentos e na concepção técnico tática do grande jogo. Epaminondas Leal, Geraldo da Conceição, Guilherme Borges, Fu-Manchú, Ary Vidal, Orlando Gleck, Valtinho, Helio Blaso, Falão, Carlos Jorge, Algodão, Honorato, Raimundo Nonato, Heleno Lima, José Pereira, Izidoro, José Afro, Tude Sobrinho, Antenor Horta, José Bonneti, foram alguns dos grandes formadores e fornecedores de grandes jogadores que técnicos como o Togo Renan Soares, José Carlos e o Renato Brito Cunha orientaram em seleções cariocas e brasileiras, na época de ouro do grande jogo entre nós.

Foram 20 anos de grandes conquistas na Guanabara, em São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Pará, Bahia, estados onde a formação era intensa e de boa qualidade, o que era atestado nos campeonatos brasileiros de seleções, verdadeira vitrine de grandes jogadores e competentes técnicos.

Mas são tempos passados, esquecidos pelos mais novos, voltados à globalização, à NBA, ao Eurobasket, ao sonho de conquistas transcendentais, onde a existência de um passado brilhante não ocupa um mínimo de seus interesses e de seu tempo virtual, mas que foram vividos integral e apaixonadamente por mim e toda uma geração de formidáveis desportistas, cujos testemunhos, vivências e experiências se perderam nos meandros da memória de um povo que nega seu passado, por incultura e comodismo.

Estarei revivendo a Escola Carioca de Basquete através novas sessões técnicas neste blog, nas quais um bom material didático pedagógico e técnico poderá, gratuitamente, ser consultado e reproduzido também pelos futuros alunos da Escola Nacional de Treinadores, somados aos 660 artigos já publicados, como colaboração desinteressada de um professor e técnico que sempre teve algo a acrescentar ao estudo e a pesquisa do grande jogo em nosso país. Estejam à vontade.

Amém.

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26 comentários

  1. Basquete no Corredor Esportivo do Moneró 26.01.2010

    A escola de nacional de basquete pode ser um saída sim,

    mas quanto ao exercício da profissão de treinador de basquetebol,
    não é só para quem é bacharel ou licenciado em Educação Física, pois tem muito bacharel e licenciado em Educação Física que não sabe nada de basquete e tem muito ex-jogador de basquete que não é formado mais sabe tudo de basquete,

    mais quanto a isso o STF já vem se pronunciando desde o caso dos Administradores, Comunicadores Sociais, Cientistas Sociais, …,

  2. Basquete Brasil 26.01.2010

    Mas muito antes de saber tudo sobre basquete, torna-se fundamental o conhecimento da evolução humana, seus ritmos, suas peculiaridades pessoais, seus humores e seus horrores, suas fobias e suas capacidades de aprendizagem,assim como suas competências associativas e participativas. Somem-se a tão complexas características o pleno conhecimento dos fundamentos e dos sistemas do grande jogo, e as formas de estudá-lo, ensiná-lo e desenvolvê-lo através o conhecimento permanente e evolutivo, adequando-o às reais condições e possibilidades técnico econômicas do continente que é o nosso país, e não simplesmente importando técnicas e técnicos que representam outras e diferentes realidades, outras e diferentes abordagens nos processos educativo e cultural.
    E das profissões acima apontadas, somente a nossa é pautada e censurada por um conselho coercitivo e que já ousa tentar estender seus tentáculos na área escolar, onde a obrigatoriedade da educação física tende a se extiguir, transformando o culto ao corpo no mais alto e rentável negócio deste país.O que teria a dizer o STF neste caso?
    Paulo Murilo.

  3. Elton Araújo 26.01.2010

    Não acho a decisão do STF errada e sim muito bem acertada como o primeiro comentário tem profissões que o seu conteúdo não é dado só por ela mas por várias e no caso da escola nacional de treinadores exigir que um técnico seja formado em educação física como deu a entender no primeiro comentário que está querando então essa escola já está começando errado pois um exjogador de basquete ou de outra modalidade tem o direito de querer ser treinador da sua modalidade e também tem o direito de querer ser formado em outra profissão que não seja educação física pois a competencia para ser treinador ele tem pois já atuou como jogador.

  4. David Barros 26.01.2010

    Para dar aula de esportes dentro das escolas tem que ser graduado mesmo em Educação Física, agora tentar impedir que um antigo jogador seja treinador de sua modalidade só porque não é, não é acertado.

  5. Basquete Brasil 26.01.2010

    Prezado Elton, o simples fato de um candidato a técnico ter sido jogador não o qualifica como tal, já que atividades bem especificadas nos processos de ensino e aprendizagem, como o lidar com jovens, suas especificidades, sua maturação, seu desenvolvimento motor e psicológico, seu crescimento neurovegetativo, sua capacidade de aprender e apreender técnicas de coordenação fina e sofisticada, seu envolvimento e percepção do meio social em que vive e de onde se originou, fatores estes que variando enormemente de individuo para individuo, não podem ser confundidos com a capacidade instrucional referente a um drible, um passe,etc. que são atividades que exigem também um vasto conhecimento da mecânica de seus movimentos a serem transmitidos através bases didático pedagógicas solidamente adquiridas pela pratica constante e avaliada corretamente.
    Logo, prezado Elton, não se trata de somente envergar um uniforme e um apito e uma prancheta para ser técnico, mesmo tendo sido um bom jogador, pois tem sido esta a politica de muitos clubes no afã de baratear custos, retirando do mercado de trabalho aqueles que se prepararam convenientemente para a fundamental tarefa de educar através do desporto, inclusive aqueles que se prepararam quando jogadores.São fatos irrefutáveis sob a ótica de um ensino de qualidade e de responsabilidade assumida integralmente.
    Paulo Murilo.

  6. Basquete Brasil 26.01.2010

    Prezado David, nada impede que um ex jogador siga a carreira de técnico, bastando se graduar na mesma. Simples assim, concorda? Ou você entregaria um filho seu a um individuo imputável? Creio que não.
    Paulo Murilo.

  7. Elton Araújo 26.01.2010

    É um debate que já ocorre em outras profissões o administrador fala que o psícologo não tem capacitação para atuar em rh e o psicologo fala o mesmo do administrador, a briga pela matemática entre o matemático e o engenheiro, a briga pela vaga de ancora na tv, a briga pelos cargos de técnicos do Renato Gaúcho falando mal dos prof.educação física e estes falando mal do Renato Gaúcho,
    Vanderley Luxemburgo uma vez falou sobre isso dizendo que há espaço para todos desde que sejam capacitados,

    um abraço, Paulo.

  8. Basquete Brasil 26.01.2010

    E toda esta discussão e abalizados pareceres se coadunam com a educação de jovens através o esporte, onde erros de abordagem e sedimentação de valores e atitudes, pessoais e mesmo técnicas, podem ocasionar distorções irreversíveis e até fraturas de carater, num prejuizo futuro incontornável de muitos jovens vitimas da má ou mesmo ausente formação de seus pseudo técnicos?
    Como ir de encontro a tais e perigosíssimas distorções em nome de mal formados educadores?
    Como pensar em massificação esportiva emergindo de frageis e irresponsáveis alicerces?
    Enfim, como pensar em educação, em cultura, quando ainda se discute se valem ou não os processos formativos de nossos professores, e por que não, também de nossos técnicos?
    Prezado Elton, nenhum país evoluido no mundo brinca com estas questões, aliás, nem as discutem, já que óbvias e indiscutíveis.
    Paulo Murilo.

  9. David Barros 26.01.2010

    Magnano apoia a escola nacional de treinadores também.

  10. Basquete Brasil 26.01.2010

    Sem dúvida que apoia prezado David, e muito, inclusive foi um dos pilares de seu excelente trabalho…na Argentina.
    Quanto a daqui, não sei não, tenho sérias e bem fundamentadas dúvidas quanto a sua seriedade. E o Magnano tem outras e contundentes prioridades a curto prazo, pois precisa fazer valer o alto investimento de que foi dotado. É uma questão lógica de raciocínio técnico empresarial. Um abraço, Paulo Murilo.

  11. Jalber 27.01.2010

    Bom professor, penso que os defensores do técnico sem graduação estejam pensando somente em equipes de alto nível, de jogadores ja formados, pelo menos e isso que entendi nas falas. Os ex atletas que se aventuram na direção de equipes tem valor enquanto trabalhando com atletas ja formados, formar atletas não é tarefa fácil e não acredito que um ex jogador possa dominar todos os conhecimentos adquiridos em anos de estudos. Senão porque não dar direito a fazer cirurgias de apendicite a um ex operado.
    Talvez seja por isso que nos tempos técnicos ouvimos mais gritos e palavrões que orientação técnica.
    Quer ser um ex atleta técnico? Seja primeiro um jogador universitário e tudo será resolvido.
    Criticar por criticar é fácil, em todas as profissões existem bons e maus profissionais, o importante é quem seleciona os profissionais acertarem nas escolas.
    Bom é o que acredito!
    Abraço professor.

  12. Basquete Brasil 27.01.2010

    Concordo com suas colocações Jalber, nas quais podemos aquilatar o quanto de erros, alguns graves e irrecuperáveis, que são cometidos por técnicos sem a devida formação. Provisionados crefianos ai estão espalhados pelo país com um mínimo de conhecimentos, mas devidamente graduados pelo órgão que deveria zelar pela profissão.São distorções como estas que devemos combater, e inclusive lutarmos para que a escola de treinadores não venha a cometer os mesmos erros.
    Enfim Jalber, muito ainda teremos de trabalhar para que o grande jogo reencontre o caminho perdido. Um abraço, Paulo Murilo.

  13. Elton Araújo 28.01.2010

    Jalber o nome disso é espírito de corpo e este existe tanto de profissionais de Educação Física que querem fechar o espaço para ex-jogadores como de ex-jogadores que querem fechar o espaço para quem não foi jogador, mais felizmente os clubes não escolhem seus treinadores devido a isto, mas devido a competência deles , sobrevive na profissão os que realizam um bom trabalho e que alcançam bons resultados, independente de que formação ele venha.

  14. David Barros 28.01.2010

    Bom técnico se vê pelos resultados, não se é formado em A,B, ou C
    o que diz se é bom ou não são os resultados.

  15. Basquete Brasil 28.01.2010

    Prezados Elton e David, sugiro uma pequena pesquisa de campo, a de levantarem as equipes e os jogadores dos dois últimos ciclos olímpicos( oito anos)desde a sub 15, de estados como o Rio e São Paulo para começar, a fim de discriminar quantos e quais jogadores alcançaram as seleções adultas. Ficarão surpresos ao descobrirem que curriculos de técnicos recheados de títulos desde o mirim(?), pouco produziram jogadores de alta técnica quando chegaram à idade adulta, e que a esmagadora maioria ficou pelo caminho. Mas seus técnicos, abarrotados de títulos na base(que não visa títulos e sim a formação)se valorizam em função dos mesmos, e não, como deveriam ser suas funções, preparar convenientemente jogadores para amadurecerem técnica e táticamente após as categorias juvenís.O estratagema das peneiras por categorias, camufla inteligentemente tal e grave deficiência, onde a responsabilidade e a qualidade da formação se perde pela escolha momentânea dos aparentementes melhores.
    O técnico formador autêntico pouco valor dá aos títulos enganosos, já que não representam a verdade futura dos jogadores que treina e prepara. Talentos amadurecem em ritmos próprios, e o importante é se fazer respeitar estes ritmos, a fim de que a fixação e desenvolvimento das técnicas e habilidades pessoais a serviço de um grupo organizado não se percam pela pressa de conquistas importantes para alguns técnicos, ao contrário daqueles que desde sempre entenderam e assumiram, por vocação, talento e grande conhecimento o exercicio formador, que é o responsavel em levar jogadores à excelência técnica quando adultos.
    Mas todo esse enfoque teria de ser resultado de uma bem planejada política educacional, e é o óbice maior do projeto que tenta estabelecer uma escola de treinadores no país.
    Bem, esta é uma sugestão, que aqui para nós, daria uma excelente tese de mestrado, ou não? Um abraço aos dois. Paulo Murilo.

  16. Jalber 28.01.2010

    Será? Vejam a quantidade de peneiras espalhadas hoje pelo país! Será que para esse grandes técnicos chega um atleta que tem que se iniciar no grande jogo, ou são escolhidos os melhores? Essa seleção não facilita a obtenção de títulos?
    Quem na verdade forma esse “peneiraveis”? Aqui em Minas o Minas Tênis tem times em todas as categorias, tem diversos títulos na base e o numeros dos formados pelo clube diminui a cada ano que sobe a categoria, chegando ao ponto de ter números irrisórios no time adulto.
    Continuo dizendo que profissionais de qualquer area defendem seu espaço de formação.
    Pensando bem acho que vou começar a construir prédios advogar ou operar!!! quem sabe me dou bem?!!!
    abraço a todos.

  17. Basquete Brasil 29.01.2010

    Pronto Jalber, você questinou os pontos básicos, e que bom ter sido um debatedor assiduo, e não eu, do alto(ou baixo…)de um processo analítico, próprio dos mais velhos, calejados e castigados por décadas de lutas, onde aprendemos mais do que ensinamos.
    Poderiamos imaginar método mais confortável do que escolher peneiráveis, como você bem definiu? Peneiráveis estes que adquiriram técnicas com “quem sabe lá quem, e que não importam”?
    Para que perder tempo no preparo lento e entediante dos fundamentos básicos do jogo, se basta escolher os mais hábeis peneiráveis, matreiramente atraídos por um esboço ilegal(olha o código dos direitos da criança sendo burlado…)de um pré profissionalismo absurdo, com transferências interestaduais, alojamentos, alimentação, e claro, ajuda financeira, longe das famílias, numa idade em que tal peneiramento raia ao incompreensivel, e que tem como beneficiários todos aqueles que investem em títulos à curto prazo, e não o preparo minucioso, lento e silencioso(aspecto lembrado pelo Magnano como básico no progresso do basquete em seu país)e fundamental aos projetos de boa cêpa?
    Por que não investir na escola, lugar de crianças, lugar onde deveriam aprender os princípios da cidadania, das artes, dos esportes, e mesmo naqueles clubes tradicionais na formação, que ao lado das escolas contíguas poderiam dar continuidade a um projeto nacional desportivo?
    E porque alguns destes clubes agora se voltam para as peneiras, onde é quase certo existirem pessoas interessadas investindo nos pré formados talentos, deixando de lado outros, talvez até melhor dotados, mas com crescimento e amadurecimento mais lento, de fora de um processo que de saída somente os beneficiam à curto prazo?
    A quem pensam que estão enganando, e por quanto tempo?
    Oportunismo é isso aí prezado Jalber, mas não devemos desistir, pois lá, bem na frente, os tais peneirados não chegarão tão à frente quanto pensam, o que é um fator de pleno conhecimento destes vivaldinos, cuja “filosofia” básica se escora no “se colar, colou”.
    O chato é que se perdem tempo e valores, cujo preço pode se tornar impagável, na acepção do termo.
    Um abraço, Paulo Murilo.

  18. Paulo Murilo, estava procurando informações sobre o Peixotinho e encontrei V.
    Que emoção.
    Como vai a vida ? O que fazes ? Estás em Portugal ?
    Escola Carioca de Baquete, foi nesta fase da minha vida que nos conhecemos.
    Os grandes projetos não podem ser esquecidos.
    Parabéns pelo blog.
    Envie notícias.
    Saudações

  19. Basquete Brasil 10.06.2010

    Oi Duvit, que bela surpresa, desde que o encontrei pela última vez, se não me engano, em Nilópolis(?)numa loja sua de eletrodomésticos.Foi isso mesmo?
    De lá para cá muita água rolou sob a ponte. Fiz meu doutorado em Lisboa(92), criei meus 3 filhos,lecionei e me aposentei na UFRJ,e agora retornei ao basquete aos 70 anos. Como vê, aventuras e emções não tem faltado. Com mais calma vamos nos comunicando. Um abração, Paulo.

  20. Jorge 03.09.2010

    Realmente foram tempos muito bons. Lembro-me perfeitamente que treinava no nfanto juvenil do Club Municipal, na Tijuca, e o técnico era Tude Sobrinho. Passados 50 anos lembro-me de cada detalhe daquela época. De jogadores como Rene, Algodão, Vlamir e tantos outros. Mas quero chamar a atenção para os mais jovens o que diz o texto acima, principalmente no que se refere ao penúltimo parágrafo. Saudações a todos os desportistas.

  21. Basquete Brasil 03.09.2010

    Que bom Jorge, saber que aquelas boas lembranças não morreram, e que encontram em desportistas como você a explicação do quanto e dos porques fomos grandes naquela época dourada.Fiquei feliz com a sua audiência e o seu relato. Um abraço, Paulo Murilo.

  22. Murillo Cruz 11.02.2012

    Olá Paulo |
    Estava navegando pela rede, buscando informações sobre os anos 60 de basquete aqui pelo Rio, e deparei-me com o seu Blog!! Parabéns ! Não sei se vc lembra de mim; eu lembro, vagamente, que no início de minha participação no basquete do Flamengo, vc chegou a ser meu técnico. Não estou muito certo, mas vc estava presente de alguma forma … Joguei vários anos pelo infanto e pelo juvenil do Flamengo (fui capitão do Flamengo estes anos todos!) (fomos compeões brasileiros infantil e juvenil, etc.) e fiquei contente de ver os nomes de Tude Sobrinho, e vários outros que foram meus técnicos (como o Algodão, …) ou conhecidos. Mas eu queria saber se na foto de seu blog, em pé à direita, não é o “Paulo Cesar” !! Se não for é muito parecido; o Paulo Cesar chegou a ser meu técnico no Flamengo também !!! Grandes Épocas, Grandes saudades …
    De qualquer forma, fica aqui um abraço meu e os votos de que tudo esteja bem com você … (a propósito, sou professor da UFRJ tb do instituto de Economia e de Psicologia).

  23. Basquete Brasil 11.02.2012

    Que grande surpresa, colega Murillo, pois sou aposentado da UFRJ onde lecionei na Faculdade de Educação. Se você for o filho do Murilo, diretor de basquete do Flamengo e alto funcionario da CEF(você era o Murilinho, e seu técnico no Infantil era o Valter, que jogava na primeira divisão com o Kanela)então me lembro muito bem, é claro. Sim, na foto é o Paulo Cesar, e o terceiro em pé, o Peixotinho, ambos jogadores do Flamengo nos anos seguintes.
    Estou muito bem, e fico feliz em ter como leitor mais um basqueteiro da epoca de ouro da modalidade em nossa querida cidade.
    Mantenha contato. Um abraço, Paulo.

  24. Murillo Cruz 15.02.2012

    Salve Paulo ! Sou eu mesmo … filho do Murillo … É verdade, o Valter foi também nosso técnico quando eu estava no Infantil ! (Tenho até uma foto com ele!!) Depois vieram vários outros (saudosos e grandes jogadores) como o Waldyr – que me levou para a escola americana por um tempo -, o Algodão, o Barone, e alguns outros inesquecíveis (como o Paulo Cesar, por exemplo) (o Peixotinho, na foto, eu não reconheci !!!); Depois, mais velho, lembro muito bem dele… (excelente jogador!!). Algumas vezes encontramos o pai e a mãe do Marcelinho do Flamengo (o René e a Cristina), que certamente vc tb lembra!) Mais uma vez fico feliz que esteja tudo bem com você e parabéns pela sua dedicação e importante participação no basquete de nossa terra !! grande abraço. Murillo Cruz.

  25. Basquete Brasil 16.02.2012

    Fico imensamente feliz com seu depoimento, Murillo, provando mais uma vez a imensa importância de uma boa formação esportiva e educacional no carater de um jovem. Boas e eternas lembranças nos acompanham vida afora, como um preito e uma benção pelos que se foram, e pelos que ainda estão lutando pelo grande jogo, pelo jogo de suas vidas. Um abração, Paulo Murilo.

  26. Eddy Hallock 23.05.2016

    Joguei no primeiro time formado pelo Prof Paulo Murilo. Jogamos como Escola Carioca de Basket e depois no Vila Isabel. Foi um tempo maravilhoso. O meu amor pelo basket dura ate hoje, aqui nos EUA depois de 52 anos – tinha 17 na epoca e agora com 69. Se o nosso querido tecnico ler essas palavras, me escreva. Grande abraco. Eddy Hallock

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