O QUARTO DIA…

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Neste domingo, após mais uma derrota na Liga, contra o Flamengo,  conclui minhas observações sobre a equipe nos três planos possíveis pelo pouco tempo em que aqui estou, em treinos, jogos e nos relacionamentos sociais, assim como me interei razoavelmente nos aspectos técnico administrativos da mesma, considerando ao final termos todos reais  possibilidades de evoluirmos positivamente na classificação final.

E afirmo isto baseado numa única constatação, justificada nos dois jogos que assisti, e nas analises estatísticas da equipe nos jogos anteriores, quando alcançou duas únicas vitórias em 14 jogos, a de que é composta de bons e experientes jogadores, mas que apresentam de forma repetitiva alguns vícios técnico táticos, perfeitamente contornáveis se corrigidos através árdua preparação, e por se tratar de um grupo profissional e termos um intervalo na competição  para possíveis 34 treinos, não suficientes, mas que possibilitará aos mesmos uma apreciável melhora no rendimento técnico.

No plano individual, dribles, passes, fintas, marcação e arremessos podem e devem ser melhorados substancialmente, e aprimorados nos rebotes e corta-luzes.

No plano técnico tático, uma mudança radical deve ser a proposta a ser desenvolvida, pois mesmo no sistema único de jogo que praticam, e é praticado pela maioria quase absoluta das demais equipes, sua produtividade é abaixo do sofrível, forçando um jogo individualizado e improdutivo, e por isso mesmo desagregador e até certo ponto egoísta. Mas são variáveis perfeitamente contornáveis e corrigidas se a dedicação aos treinos for assumida por todos.

No plano do relacionamento social, fio de prumo das grandes equipes, e elemento balizador na construção de sistemas de jogo evoluídos, não observei fraturas aparentes, mas que por certo existem e sempre existirão na realidade do relacionamento humano, onde o aspecto mais importante e fundamental é o de sabia e equilibradamente desenvolver e estabelecer tais relações com isenção, e acima de tudo, com bom senso. Em suma, com boas conversas corrigem-se falhas, amparadas e referendadas pelo trabalho intenso, respeitoso e disciplinado.

O caminho está em aberto, restando tão somente possíveis e importantes acertos nas três esferas, a do técnico com seus jogadores, entre os próprios jogadores, e finalmente a da equipe em seu todo frente aos direitos e deveres devidos ao clube e seus patrocinadores, e vice versa, obrigatoriamente.

No mais, muito trabalho nos aguarda, começando impreterivelmente amanhã.

Amém.

O TERCEIRO DIA…

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Dia totalmente tomado para a formulação do projeto, com a compra de material gráfico, pastas, encomenda de  material de apoio construído de madeira de refugo, barata e de fácil acesso, mas necessitando da habilidade de um bom marceneiro( construção de um tampão do aro da cesta, e dois pequenos cavaletes para correção de direcionamento nos arremessos), reserva de cadeiras plásticas empilháveis, e homologação de horários disponíveis para os treinos, inclusive durante o período carnavalesco.

No fim da tarde uma ida ao ginásio para assistir o treino preparatório para o jogo amanhã contra o Flamengo, ainda sob o comando do técnico interino Alarico Duarte, quando ao fim do mesmo chega ao local a equipe adversária para o reconhecimento do ginásio, e a oportunidade de reencontrar velhos conhecidos , como o Paulo Sampaio e o João Batista, técnico e assistente do Flamengo, que além de caloroso, amistoso, nos fez relembrar boas e animadas histórias, que sempre deveriam ser bem vindas e recontadas por todo os técnicos associados do país, hoje afastados e isolados uns dos outros, numa perda extraordinária de poder, se unidos e associados.

Mais uma ligeira reunião com  a direção, e volta ao hotel para  dar continuidade ao planejamento dos 34 treinos que antecederão os jogos em São Paulo no próximo dia 26.

Amanhã, o jogo contra o Flamengo será de enorme importância na observação final dos jogadores em situação de competição, onde detalhes técnicos individuais e coletivos servirão de base ao trabalho proposto.

Muito apoio temos recebido de torcedores, dirigentes, e até pessoas na rua, numa demonstração de engajamento à luta que deverá ser travada, na tentativa da equipe evoluir da situação dramática em que se encontra na classificação do campeonato.

É um desafio digno de ser enfrentado por todo e qualquer jogador que se considere valioso perante si mesmo e perante a equipe a que pertença., a todo jogador que valorize a auto estima duramente conquistada e posta a serviço de sua equipe como um todo. E a recobraremos, sem dúvida.

Amém

O SEGUNDO DIA…

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Neste segundo dia almocei com a Diretora Administrativa da equipe, Claudia Sueli D.Lima, quando tive a oportunidade de me informar sobre muito da organização e critérios administrativos que exequibilizam sua participação na LNB, e no NBB2, alguns dos quais me eram desconhecidos. Esse primeiro encontro intronizou-me na realidade ainda incipiente do basquete profissional no país, quando muitos caminhos ainda terão de ser percorridos até sua implantação de caráter permanente se sedimentar.

À noite desloquei-me para Vila Velha onde uma rodada dupla seria disputada entre as duas equipes capixabas contra os atuais campeões paulista e brasileiro, São José e Flamengo, respectivamente, cabendo ao Saldanha enfrentar a equipe paulista.

Foi um jogo em que da arquibancada pude constatar o alto grau de perda de auto estima da maioria dos jogadores da equipe, com uma ou duas exceções, na demonstração explicita de entrega já no segundo quarto, como penalizados se sentissem pela má colocação no campeonato, fator originário das isoladas tentativas individuais de tomar o resultado da partida em mãos, relegando ao mínimo a participação coletiva. Nem ao fato real de estar eu assistindo e avaliando a equipe e seus bons jogadores, creio ter influenciado na produtividade dos mesmos, e sim a imensa vontade de reverterem uma situação com suas infrutíferas ações de caráter puramente individual.

Logo se fez sentir a situação em toda a sua dimensão negativa, a quase completa ausência de coletivismo, somente presente no último quarto no setor defensivo, como o derradeiro alento de não permitirem um placar mais excludente, demonstração elogiável de amor próprio, mesmo que pontual.

Domingo enfrentarão o Flamengo, quando sofrerão com o poder ofensivo do campeão brasileiro, dando por encerrada essa fase negativa, pois na segunda, juntos e unidos, deflagraremos uma nova etapa, com muito e dedicado trabalho, exatamente no sentido de resgatarmos o coletivismo, base estrutural de uma equipe de alta competição, lastreado pelos bons valores que compõem essa singular equipe.

O que faremos, e que proposta sugeriremos a todos em busca de uma entendimento comum? Trabalho de resgate de fundamentos negligenciados, apesar de não esquecidos, tanto os individuais, como os coletivos, e uma progressão didático pedagógica que os levem de encontro à interdependência de cada um deles às necessidades básicas de uma equipe, onde a técnica, a virtuosidade e a liderança de cada um  se funda com a de seus companheiros, num único e rígido bloco, resgatando definitivamente o perdido espírito de equipe, pela elevação da auto estima de todos.

E  estes objetivos imediatos, só poderão ser alcançados através a faina dura e sacrificada dos 34 treinos que antecedem o reinicio do campeonato no próximo dia 26 em São Paulo contra o fortíssimo Pinheiros.

Até lá nos entregaremos de mente, corpo e alma ao trabalho e somente a ele, como um permanente e imutável sacrifício no altar dos vencedores. E se mesmo assim não atingirmos em pleno nossos anseios, que fique marcada essa entrega como algo de que jamais nos esqueceremos na busca e no reencontro da auto estima fugidia. E assim será, prometemos todos.

Amém.

O PRIMEIRO DIA…

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“Papai, estou muito feliz com a sua volta ao basquete( Minha filha Andrea pelo telefone de Budapest, bem cedo de manhã). Sei que agora você está realmente feliz”.

Obrigado filha, e olha que situação interessante que observei ao percorrer os sites de basquete- 95% dos comentários foram à favor de minha decisão, e 5% radicalmente contra. Teve gente Andrea, que perguntava simplesmente-  Paulo o que?

“Que ótimo pai, foi você mesmo que ensinou aos filhos ser toda unanimidade burra, lembra-se? “

Sim, ainda defendo essa tese estabelecida pelo inesquecível Nelson Rodrigues.

“E mais pai, esses 5% o manterão com os pés no chão, alerta e diligente, gerando o equilíbrio necessário para administrar seu trabalho. Pena que não tenham sido 10% ou mais! Ah,ah,ah…”

Está certa Andrea, estarei ligadíssimo.

E assim iniciei o primeiro dia, ainda no Rio, agitado e com escasso tempo para ultimar as providências básicas da casa, do longo afastamento do fiel Boris, (o Doberman atípico pela extrema bondade e mansidão), pagamentos agendados, mala, laptop, câmeras, e como não, alguns livros especiais.

E lá fui para o aeroporto longínquo e o imprevisível congestionamento que me fez perder o vôo. Remarco a passagem e enfim me separo do Rio amado pelo tempo que for necessário, para um novo capítulo de minha já longa vida.

Sento-me ao lado de uma simpática freira que não consome a magra barra de cereal do avião guardando-a na bolsa. Ofereço a minha , e fico sabendo que no orfanato duas crianças irão sorrir. Passa a cestinha de balas , encho as mãos com o beneplácito da comissária de bordo, que sorri ao vê-las serem passadas às mãos da freira. Por certo mais crianças sorrirão.

Sinto-me bem, o avião inicia o pouso e dele saio para cumprir um trato de mim para comigo mesmo, voltar a treinar uma equipe de basquete, só que da elite brasileira, que está mal colocada no campeonato, mas que terá de mim o que  talvez lhe falte, a esperança em dias melhores, fundamentada no trabalho árduo e sacrificado.

Conseguiremos?  Logo, logo saberemos.

Estou em Vitória.

Amém.

VOLTANDO…

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Adriano
adrianoc@globo.com
adriano@basketbrasil.com.br
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Submitted on Today at Today

Professor, o senhor vai voltar aos bancos do Brasil como técnico do Saldanha da Gama, é isso mesmo? Como aconteceu esse retorno? De quem partiu o convite, e por que você aceitou? Estou ansioso para vê-lo em ação! Abraço.

Pronto, mistério desfeito Adriano. Sim é verdade, aos 70 anos volto feliz aos bancos das quadras de meu país como técnico do C.R.Saldanha da Gama- Guaraná Antarctica da bela e receptiva Vitória.

O convite partiu do Prof. Pedro Rodrigues de Brasília que sugeriu meu nome ao Diretor de Basquete do Saldanha da Gama,  Dr. Alarico Duarte Lima, com quem já me comuniquei aceitando o meritório convite, embarcando na quinta feira para conhecer a equipe e a estrutura do clube, assim como elaborar junto à diretoria os projetos e respectivos objetivos que nos propomos desenvolver. Assisto os jogos de sexta e domingo, contra o São José e o Flamengo respectivamente, iniciando o trabalho na segunda, e que se estenderá por 18 dias até o recomeço do returno, numa oferta preciosa de tempo para treinarmos com afinco, visando os 11 jogos restantes.

Mesmo atestando o mau momento por que passa a equipe, última colocada no turno do NBB, não podemos negar ser a mesma composta de bons jogadores, experientes e de boa técnica, fatores que muito importarão numa retomada baseada num trabalho intenso e dedicado. E este foi o desafio que me atraiu e me auto convenceu a voltar às quadras, pois assim como eles, sou experiente e possuo uma boa técnica lastreada por longos e longos anos de trabalho e estudos.

No semestre passado tive sérios problemas com a minha casa, assunto este que expus honestamente aqui no blog, e que me custou um endividamento brutal até 2016, quando termino de honrar as dividas bancarias. Na ocasião me ofereci para trabalhar na técnica ou no magistério superior, e não obtive qualquer resposta, apesar do rico e extenso currículo publicado.  Continuei minha vida agora mais contida financeiramente do que nunca, mas suficiente para saldar o contencioso, e ai aconteceu o convite, num momento em que havia  reencontrado a paz de viver, e testemunhar a ida do terceiro filho para o exterior a estudos, onde já se encontram os outros dois.

São argumentos fortes e decisivos numa tomada de posição, ainda mais quando vislumbro através os muitos comentários neste blog o posicionamento de jovens técnicos ansiosos em aprender e se desenvolver nas técnicas do grande jogo. E como pretendo aqui divulgar toda a experiência de que farei parte na direção da equipe do Saldanha da Gama, espero estar colaborando com meu exemplo, para que cada vez mais jovens técnicos enveredem pelo caminho difícil, complexo e por isso apaixonante do basquetebol.

Peço aos deuses que torçam um pouquinho pela equipe e por mim, nessa retomada que poderá significar tanto para todos nós.

Amém.

Foto- 3ºCongresso Mundial de Trerinadores da Lingua Portuguêsa- Lisboa Julho 2009.

O ARRANJO…

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Infelizmente está progredindo no basquete aqui jogado em alto nível (assim muitos o definem…) o arranjo já bem conhecido na NBA, de que jogo mesmo, aquele para valer, somente é disputado do terceiro quarto em diante, onde tanto diferenças elásticas de placar são dirimidas, ou equilíbrios são quebrados de forma inversa, como num acerto de compadres que professam a mesma disposição em poupar “desnecessários” esforços, pois afinal de contas não são feitos de ferro.

E por conta de tais arranjos, assumidos por muitos jogadores, e não sei se por algum técnico de comportamento mediador, podemos tentar compreender e analisar tantas e muitas vezes “inexplicáveis” oscilações entre os iniciais e finais quartos de uma partida.

No jogo deste domingo, entre Brasília e Flamengo, duas das melhores equipes do país, nada de plausível pode ser mencionado que explique os comportamentos passivos nas defesas das duas equipes nos quartos iniciais, o que originou uma tempestade de arremessos longos sem quaisquer anteposições defensivas, onde notórios arremessadores como Alex e Marcelo exerceram suas especialidades da forma mais livre que se possa imaginar, num espetáculo de pirotecnia pura e descompromissada, num verdadeiro e lastimável tiro aos pombos.

E veio o terceiro quarto, com as equipes descansadas pela economia de esforços nos quartos iniciais, e fez-se a diferença, quando de repente, não mais que de repente, descobriram, ou se lembraram  que a não cedência de espaços à esquerda depois de um corte iniciado à direita, retiraria dos arremessos do Marcelo a enorme eficiência quando os armava daquela forma, anulando sua maior arma, a mesma que o premiou com quatro arremessos de três seguidos nos quartos de permissividade defensiva.

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DEBUTANDO…

E lá vem esse cara de novo mostrando o que está errado. Será que não elogia nunca? É rabugice demais!

Até que concordo, mas, elogiar o que?

Querem ver um cândido, porém simplório exemplo?

Ontem em um jogo do NBB 2 (contando assim parece que tem prazo determinado de validade…), um novíssimo assistente técnico estreou interinamente na direção de uma equipe que teve seu técnico principal despedido. E que estréia meus deuses, pois “nunca na história deste país” a síndrome da luzinha vermelha ( aquela lâmpada piloto que define uma câmera de TV  como operante, no ar…), foi tão evidente e tão explorada. Nosso debutante a perseguiu durante toda a partida, sendo que no terceiro quarto, distraído olhando passivamente a equipe francana deslanchar na quadra, não notou que estava sendo insistentemente focalizado ( desconfio que o diretor de video  acionou a câmera de propósito), mas no momento em que percebeu a luzinha acesa fez desencadear um frenético gestual de fazer corar as grandes vedetes do nosso passado teatro de rebolado da Tiradentes. E a luzinha continuava acesa, a tal ponto que ele encarou de soslaio aquela lente consagradora por duas vezes, até que foi desligada, pois o jogo teria de ser transmitido pelo seu real interesse, os jogadores, e não pelo balé hilário de corpo e mãos constrangedor à beira da quadra.

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A ESCOLA CARIOCA DE BASQUETE…

Foram tempos heróicos e meio malucos, onde o basquete reinava no meio da juventude como opção ao absoluto futebol, e já prevendo uma forte concorrência pelo nascedouro de uma modalidade de fortíssimo apelo, o futebol de salão. O vôlei se mantinha em nichos reservados de alguns clubes, mas já se fazia notar o de praia com suas redes espalhadas nos quilômetros das praias cariocas. E o handebol, reinando nas escolas como extensão natural do queimado tradicional.

Foi neste cenário, que em 1962 fundei a Escola Carioca de Basquete, presidida pelo Luis Peixoto, pai do Peixotinho, e que treinava no ginásio do Colégio Batista e o da Policia do Exercito, ambos na Tijuca.

Depois de meses de preparação nos fundamentos, estreamos em competições nos Jogos Infantis do Jornal dos Sports, alcançando o terceiro lugar da categoria de clubes, participando daí em diante de torneios e jogos com os clubes do Rio e de São Paulo, numa inesquecível excursão quando enfrentamos a equipe Infanto do Palmeiras dirigida pelo Edson Bispo, e onde jogava o hoje renomado técnico Claudio Mortari.

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ONDE O GALO CANTA…

Jogos pela Liga das Américas, NBB e final do paulista masculino, onde a presença da dupla, e às vezes tripla armação já se tornou lugar comum, assim como o domínio dos grandes e pesados pivôs decresce em importância na mesma proporção, dando lugar a uma forma de jogar mais dinâmica e veloz, e com um substancial reforço das defesas, graças ao incremento técnico dos fundamentos.

Pena que o sistema de jogo continue praticamente o mesmo, onde a estrutura sedimentada nos últimos 20 anos se mantêm inalterada, tanto por parte dos jogadores, como, e principalmente, por parte dos técnicos, tanto os veteranos, como surpreendentemente os mais novos. E o pior, com a plena aceitação de ambos os seguimentos, já que princípios arraigados desde a formação, que continuam a serem disseminados pelas clinicas técnicas (?) da CBB, a serem continuadas pela nova administração que veio para “mudar” conceitos superados.

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PAPAGAIOS DE PIRATA…

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E o homem falou, contido, sério e profundamente cauteloso, a ponto de não ferir suscetibilidades linguísticas ao mencionar sua intenção prioritária em estudar o idioma, e de não precisar de tradutor ao entender com precisão todas as perguntas que lhe foram feitas, ao vivo e à cores, ao contrario da ridícula tradução às suas respostas aos interlocutores do SPORTV, numa demonstração de preciosismo ante uma divindade aqui baixada para classificar nosso basquete às Olimpíadas de 2012, fator este que elegante e tecnicamente tratou de ponderar, traindo-se um pouco ao mencionar que medalha no Mundial poderá ou não ser conquistada, e que jamais aceitaria um contrato que exigisse tal conquista, mesmo que fosse em seu país, pois tais cobranças não se coadunam com sua forma de trabalhar.

Perguntas válidas e algumas tolas foram feitas, conveniente e politicamente respondidas, principalmente quando questionado sobre os segredos da vitoria olímpica, depois de um longo tempo de apagão internacional de seu país. Para uma platéia embevecida pelas perspectivas que sua presença poderá representar em vitorias nacionais, respondeu com a simplicidade argumentativa de quem teve por trás de si toda uma estrutura técnica de alta qualidade, que se empenhou por mais de vinte anos de trabalho e estudos intensos em todas os segmentos, da base à Liga Nacional, referendadas por fortes e bem estruturadas associação de técnicos e escola de treinadores, fazendo questão de mencionar seu agradecimento a todos os técnicos de formação, cujo trabalho silencioso e longe das mídias propiciaram os magníficos resultados que alcançou.

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