CHAME QUALQUER UMA , POR..!

 

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Sempre defendi, treinei e utilizei a dupla armação e os homens altos enfiados e transitando dentro do perímetro em todas as equipes que dirigi, da base a elite, e por um único motivo, dinamizar ao máximo o jogo interior, mais seguro e eficiente do que o exterior, ainda mais com o advento dos três pontos, que instalou em nosso país uma forma de agir e jogar o grande jogo, responsável por uma distorção que nos tem prejudicado de forma contundente nas duas últimas décadas, mas que, felizmente, parece encontrar em alguns técnicos a resposta que já se fazia tardia, um comportamento voltado ao jogo mais seguro e coerente com a maior das finalidades do mesmo, a diminuição dos erros ofensivos, que é um fator determinante para os bons resultados, se conjugado com um ainda mais consistente sistema defensivo, garantidor dos mesmos.

Para que conseguíssemos atingir tais propósitos treinávamos muito, dos fundamentos aos sistemas, cuidando prioritariamente das leituras de jogo, no intuito de evitarmos, ao máximo, improvisações táticas naqueles momentos em que, somente as de cunho individual poderiam definir o destino de um duro jogo.

Tal comportamento evitava as cobranças despropositadas, quase sempre em momentos de intensa pressão, onde a calma e o bom senso devem imperar absolutos, onde pedidos e exigências cedem espaço a coerência de uma boa preparação.

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Por tudo isso, não posso compreender o que leva um técnico a exigir aos gritos que um seu jogador cometa falta proposital ao constatar a falência de seu sistema defensivo, ou que chame uma jogada de ataque, qualquer uma que seja, frente à dura realidade de que nenhuma delas era obedecida pelos americanos peladeiros de sua equipe, apesar dos esforços de seu razoável armador, vitima da insânia dos mesmos e de sua bronca em particular…

Outro exemplo que já vem se tornando corriqueiro é o do “assistente auto participativo”, aquele que se intromete na fala do técnico, sempre empunhando a famigerada prancheta, desenhando soluções não mencionadas pelo titular, e que fatalmente não funcionarão, pois a finalidade ali não é que dê certo, e sim que se façam presentes, afinal se trata de uma equipe, ou não? Nunca o tapetebol foi tão presente como agora…

Quanto aos jogos da semana, nada de diferente do usual, com a costumeira e já estabelecida enxurrada dos arremessos de três, a constante monocórdia do sistema único, mas com algo diferente, a generalização da dupla armação, e uma ainda tênue tentativa de jogo interior, fator que se implantado para valer, desenvolveria em muito nossos homens altos, colocando-os ao nível dos estrangeiros, aumentando, em muito, nossas chances no cenário internacional, sem dúvida alguma.

Mas para tanto, técnicos teriam de ensinar, instruir e trabalhar minuciosamente seus jogadores nos treinamentos, para durante os jogos os orientarem à luz da tranqüilidade e honesta cumplicidade, muito aquém da agressividade e coerção, e destinando a seus assistentes o papel que lhes cabem, o de simplesmente assessorar e não ditar regras e comportamentos…

Amém.

Fotos – Reproduções da TV e legendadas. Clique nas mesmas para ampliá-las.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



3 comentários

  1. Thales Garcia 24.11.2013

    Caro professor, sem tecer maiores comentários sobre o já redundante sistema único brasileiro, na minha opinião bem representado pelo famoso técnico da última foto de seu post, que aliás, foi indicado para ser o novo técnico da seleção nacional por um ídolo desse tão aclamado esporte, talvez para perpetuar o sistema da correria e bolinhas que o mesmo implanta desde sempre em sua famigerada labuta esportiva de berros e uivos à beira das quadras. Deixo o link que tenho salvo em meus navegadores de internet em “favoritos”. Sempre que assisto a um jogo do NBB, como ontem assisti ao Brasília ser derrotado por sua própria mediocridade endêmica (quanta bolinhas!!!), ainda que comandado por um hermano do grande jogo, eu recorro à essa matéria do NBB, um oasis para nós, meros admiradores/espectadores do grande jogo. Fiquemos com esse recorte, essas estatísticas e mais do que elas, a sensação de que um legado foi deixado vivo. Basta recorrer a ele. AMém! (http://lnb.com.br/territorio/um-recorte-nos-3-pontos-o-saldanha-de-paulo-muirilo/)

  2. Thales Garcia 24.11.2013
  3. Basquete Brasil 24.11.2013

    Nota- O link mencionado no artigo pode ser acessado clicando no espaço entre parênteses.Uma falha de programa tornam os links escondidos. PM

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