FALANDO DE FLUIDEZ…

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Terminou mais um Mundial (agora Copa Mundial), e com ela o fim definitivo do ciclo dos “cincões”, lentos e massudos, dando lugar aos alas pivôs rápidos, ágeis e elásticos, alimentados por uma dupla, e às vezes, trinca de armadores habilíssimos e, por que não, pontuadores também. Com essa formação de extrema mobilidade e poder de jogo prioritariamente interno, complementado pelo externo, exatamente nessa ordem, puderam as grandes seleções promover um grau de fluidez ofensiva presente nas decisivas partidas do torneio, sepultando de vez o jogo setorizado e profundamente individualizado, e ainda teimosamente praticado por poucas seleções, como a nossa…

 

Do exemplo brasileiro, onde em muitas ocasiões, um ataca e quatro observam estáticos a performance solitária de um indigitado pivô, aos exemplos de mobilidade apresentados in extremis pelas grandes seleções, mais um fator determinante foi acrescido pelos americanos, a compatibilidade letal desse principio conceitual de comportamento ofensivo, aliado ao mais formidável, e indefensável fator que apresentaram, sua dominância absoluta nos fundamentos básicos do grande jogo, com os quais praticamente dispensaram táticas, ou jogadas padrões das demais seleções, onde os pick and rolls se situavam em suas preferências, substituídas pelo simplório, porém eficiente “dá e segue” (give and go…), um dos movimentos básicos do jogo, e responsável pela especial fluidez americana, onde a posse de bola e os passes curtos, eficientes e seguros, por manterem a bola o menor tempo possível no ar, onde a posse da mesma se torna impessoal, contrastando com a fluidez dos demais, com seus largos passes, que muito facilitavam seu sistema defensivo executado na linha da bola, antecipativo e por conseguinte, em coberturas praticamente automáticas, garantidoras de seus rebotes…

 

Sintomaticamente, refletindo a tomada de uma nova tendência técnico tática, foi a seleção da Copa formada por dois armadores e três alas pivôs, sendo o MVP também um armador, demonstrando e selando de uma vez por todas o fim da era dos trombadores paquidérmicos que reinaram por várias décadas…

 

Interessante notar um pequeno, porém esclarecedor detalhe sobre essa tendência, infelizmente não adotada e desenvolvida por nossa douta comissão técnica, e que já vinha de quatro anos para cá sendo apontado pelas escolhas das seleções semanais dos NBB’s, pelo blog da LNB, onde a formação com dois armadores e três alas pivôs eram seguidamente escolhidas, originando, inclusive, um exercício tático publicado pelo mesmo, baseado na curta, porém exitosa experiência da equipe do Saldanha da Gama no NBB2, que se utilizou desse sistema que desenvolvi e apliquei nos últimos vinte anos como professor e técnico profissional…

 

Mas como santo de casa não faz milagres, que só contam quando vindos lá de fora, preferencialmente em inglês ou espanhol, fica aqui a lembrança de algo que, pela enésima vez, interesseiramente, ou não, foi jogado para baixo do tapete da história, numa demonstração tácita de corporativismo burro e, acima de tudo, criminoso…

 

Amém.

Fotos – Reproduções da TV. Clique nas mesmas para ampliá-las e acessar as legendas.

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2 comentários

  1. Gil Guadron 16.09.2014

    DEFENSA , una conversacion amigable

    Trabaje el juego de piernas defensivo .

    1 – Los cinco jugadores defensivos siempre deben tener la vista en la pelota,

    2 – Presione la pelota todo el tiempo,

    A dos años de egresar de la Esc. De Educacion Fisica de El Salvador… en 1973 , me case con la DEFENSA !!!

    3 – Fuerze al play – maker que dribla la pelota , hacia una de las lineas laterales,

    4 – Ahora que ya definio defensivamente, el lado de la pelota y el lado de ayuda , mantenga la pelota sobre la linea lateral, empujando al poseedor de la pelota hacia la linea final. como ?

    ** marcandole el hombro de arriba, para que no regrese la pelota al medio de la cancha.

    — Defensivamente la cancha se divide imaginariamente en dos mitades longitudinales , por una linea que va de un aro al otro de la cancha —

    a – Donde esta la pelota se llama lado de la pelota, donde no esta la pelota, se llama lado de ayuda.

    b – EN EL LADO DE AYUDA : Si como defensor esta en el lado de ayuda… debe mover hacia la linea imaginaria que va de un aro hacia el otro.( flotar hacia el medio de la cancha )

    Defensivamente debe colocarse en el apice de un triangulo plano imaginario que va” PELOTA , DEFENSOR, MI JUGADOR ATACANTE ASIGNADO “,su espalda hacia la linea final , pues de esa manera ve tanto la pelota como a su atacante.

    Que tan distante de la linea base del triangulo ?, a la distancia a la que pueda cortar la linea de pase, y

    c – EN EL LADO DE PELOTA : marca la linea de pases.

    5 – Cada vez que la pelota se mueve, salte hacia ella, obligando a que el cortador pase por su espalda.

    Mis padrinos de matrimonio ?, los libros :

    a – Basquetbol a Presion , Jack Ramsey, Edit. Elide , Buenos Aires,( 1970 )
    b- Basquetbol . Bob Knight. Federacion Española de Baloncesto, Madrid.(1972 )
    c – Basketball Blitz , Bob Samaras.(1966)

    5 – Este listo para dar ayuda y cumplir con su papel en las rotaciones defensivas.

    6 – Jamas descanse en la defensa.

    Gil

  2. Basquete Brasil 26.09.2014

    Gil, mais um belo comentário, uma aula enfim…
    Obrigado pela sempre eficiente colaboração, que espero permanente em breve. Um abração, Paulo.

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