A REALÍSTICA IMPORTÂNCIA DO JOGO INTERNO…

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(…) Todo jogador, quando sonha, pensa se vai decidir uma partida num lance livre ou numa bola de três. Hoje (ontem), foi meu grande momento, e que não faz parte do meu jogo. Eu não sou um cara com muitos pontos de rebote, tanto defensiva quanto ofensivamente, mas aproveitei – disse (…)

Relato do jogador Marquinhos ao jornal O Globo de hoje (10/8/16) sobre sua cesta de tapinha na vitoria sobre a Espanha no torneio olímpico.

Mas deveria fazer obrigatoriamente parte, por sua velocidade, estatura e envergadura, quando jogar próximo a cesta com maior frequência o tornaria um jogador muito mais eficiente do que é, bastando aprimorar seu drible de esquerda e fintas sem a bola, como no jogo em questão, onde ao se colocar em velocidade embaixo da cesta, conseguiu num sutil golpe de direita encestar a bola decisiva, pela qual será sempre lembrado, e não pela torrente de arremessos de três sem a mesma precisa eficiência alcançada, quando próximo ao objetivo final do grande jogo…

Foi o oposto desfecho do jogo anterior, de uma equipe que, sedimentada numa defesa mais agressiva, contestadora e intimidante, se jogou de cabeça no jogo interior com 19/45 conclusões de dois pontos, contra 14/33 de uma Espanha claudicante nas bolas de três (5/19), uma de suas armas, e mais ainda, na falência nos lances livres (22/33), oportunizando um bem vindo equilíbrio a uma equipe que, teimosamente ainda insiste nas imprecisas bolinhas (4/15), vicio que quando superado, acrescentará muita qualidade ao seu jogo, bastando se convencer de um tipo de “continha” que repito seguidamente nesse humilde espaço, quando bastaria substituir a metade das bolas perdidas de três pelas tentativas mais precisas e eficientes de dois, para vencer jogos pegados como esse, com folga considerável. Quem sabe um dia se convencerão desse vencedor expediente, quem sabe…

Corretíssima a limitação ( se é que aconteceu…) imposta aos impulsos peladeiros do Leandro, cedendo espaço a uma válida tentativa de armar seus companheiros enfiados na cozinha espanhola, ação esta muito bem realizada pelos armadores Huertas e Raul, e até mesmo pelo Alex, quando solicitado, porém todos eles comprometidos com uma defesa mais sólida e confiável, nada impossível de ser realizada com competência e empenho, focada como prioritária por todos, em vez do apelo midiático das enterradas e bolinhas de três…

Se tivermos a coragem de enfiar três alas pivôs em constantes deslocamentos, cruzamentos e corta luzes no âmago das defesas que nos aguardam, alimentados sequencialmente por dois armadores que possuímos com boas qualificações (poderiam ser melhores se esse sistema 2-3 fosse desenvolvido prioritariamente), teríamos grandes chances na continuidade deste e dos futuros torneios internacionais que participaremos, e quem sabe, evoluindo tática e tecnicamente a um patamar proprietário e tremendamente eficiente, principalmente pela simplicidade de sua proposta coletivista, ao ser agregadora por princípio…

Temos jogadores para implantá-la? Sim, os temos agora mesmo, e que seriam fundamentais como espelho às novas gerações, saindo dessa mesmice endêmica que nos sufoca, abrindo novos horizontes, novas e confiáveis conquistas, e quem sabe, a nossa recolocação de volta ao primeiro nível internacional. Porém, uma incógnita a ser equacionada, na carente figura de professores e técnicos decididos pelas mudanças, pela busca do novo, do ousado, enfim, pela busca do tempo perdido. Conseguiremos?…

Que a seleção consiga alcançar essas correções,a tempo de disputar o restante dessa magna competição com chances reais de sucesso, e torço ardentemente por isso, se atenderem as correções acima apontadas, mesmo que divergentes do que sugiro, mas diferentes do que ai está escancarado a todos aqueles que amam e desejam o melhor para o grande jogo em nosso imenso e injusto país…

Amém.

Fotos – Autorais e divulgação LNB. Clique nas mesmas para ampliá-las e acessar as legendas.

 



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