COMO EU GOSTARIA…

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De ver descrito num artigo publicado por qualquer um dos blogueiros de basquetebol, qual sistema de jogo foi trocado por uma equipe, por exemplo, depois de uma partida perdida de semifinal, visando a seguinte, detalhando a escolha, suas partes, seu escopo, ou mesmo o que foi adaptado ou substituído por seu estrategista, a fim de não se limitarem ao chavão – “ao mudar seu sistema de jogo, conseguiu a vitória”…-   claro, se realmente conhecer o sistema em questão, ou outro qualquer, o que duvido…

Quem sabe, esclarecer ao ignaro público as movimentações “chifre”, “punho”, “polegar” etc, etc, que compõem o genérico e ultra limitado repertório do único sistema utilizado em nosso país, a fim de que o mesmo, esclarecido, possa avaliar o que ocorre de verdade numa quadra, e não fazer menções mais genéricas ainda de que – “o jogo de 5 x 5 não está funcionando”, ou, “o 1 x 1 está sendo a opção de um ou outro jogador, individualizando o jogo”, ou mesmo, -”por que não abrir o ataque em leque para expandir espaços, facilitando as penetrações” – opiniões estas fundamentadas em que princípios táticos inerentes a uma equipe dirigida e orientada por outrem? Quantos treinos preparatórios foram presenciados para que chegassem a palpites dessa ordem, quantos? Estes são os fatores que tornam o áudio dos pedidos de tempo tão ansiados por todos eles,,,

Creio que estes questionamentos se tornam óbvios frente a uma evidência simples e objetiva, a de que assim agem, comentam e publicam, pelo singelo fato, que aponto, discuto e publíco desde sempre, de que frente a uma estabelecida padronização e formatação tática existente desde as categorias de base a elite, pouco ou nada têm de ser acrescentado de novo em quaisquer mudanças efetuadas, seja por qual equipe for, frente a mesmice endêmica de que são fielmente servidoras, onde qualquer resquício de mudança real é prontamente debelada em nome e proteção ao status quo vigente, sacramentado e aceito por todos, todos mesmo, onde exceções, ou uma única que seja, justificam a impositiva regra…

Um exemplo recente e prático? O terceiro jogo de ontem da Liga Ouro, entre Joinville e Botafogo, onde a equipe carioca ao abrir mão do corriqueiro duelo dos três pontos, centrando seu jogo dentro do garrafão, e sem mudar uma única movimentação tática, a mesma usada por Joinville, com todos seus apetrechos de chifres, punhos, polegares, venceu um jogo importante simplesmente reduzindo drasticamente as bolinhas (3/12 de 3 e 22/50 de 2 com Joinville arremessando 11/29 e 12/38 respectivamente) em nome de uma primária eficiência, mesmo sob o domínio do sistema único. Mas nada dessa oportuna eficiência pode mascarar o baixíssimo índice técnico de uma partida onde foram cometidos incríveis e absurdos 39 erros de fundamentos (21/18), numa lamentável constatação de como se encontra o grande jogo neste imenso, desigual e injusto país…

Este é o dantesco panorama do basquetebol tupiniquim, que agora, sustada a suspensão da CBB pela FIBA, face ao planejamento de radicais mudanças na esfera administrativa, financeira e  de gestão,  se defronta com a verdadeira e inadiável mudança, aquela que a qualifica como responsável pela divulgação, organização e popularização da modalidade no país, a profunda e básica mudança na sua área técnica, exigindo a implantação de novos parâmetros técnicos e de formação de base, de uma reestruturada ENTB, com novas lideranças substituindo de vez a mesmice endêmica lá instalada nas últimas três décadas de triste e constrangedora memória, com seu corporativismo unilateral, ditatorial e continuísta, no exato momento em que se faz necessária a escolha dos novos técnicos nacionais, das equipes adultas às de base, desencadeando, ou não, a tão e estratégica mudança que definirá o futuro do grande jogo no âmbito internacional, ao refletir decisiva e coerentemente as verdadeiras mudanças no plano nacional…

Ao olharmos detidamente os nomes lembrados pela mídia dita especializada, vemos que representam, com mínimas exceções, a realidade espelhada nas acima mencionadas três décadas de derrocada e retrocesso técnico tático do basquete brasileiro, algo disfarçado por algumas conquistas ditas de ponta, na preparação física, e em pretensos e oportunistas estudos de cunho psicológico, ambos fragilizados pelos pífios e dolorosos resultados alcançados, principalmente na formação de base, relegada e despida do mais importante fator para sua consecução técnica, o ensino e consistente aprendizado dos fundamentos básicos do jogo, substituídos pela precoce e falseada introdução dos sistemas táticos coercitivamente padronizados e formatados, que antecedendo  a aprendizagem massiva dos fundamentos, pouco ou nada representaram  para a nossa evolução técnica frente a países bem mais desenvolvidos pedagógica e didaticamente que o nosso, retratando com precisão o estágio em que nos encontramos. Se estes nomes modificarão seu posicionamento pedagógico, técnico e tático? De forma alguma, pois em caso contrário se chocariam frontalmente com o corporativismo que ajudaram a implantar desde sempre, restando então uma única e corajosa definição de rumo, a reforma radical, dando voz aos professores e técnicos que se mantiveram abertos a inovações e metodologias diametralmente contrárias ao estabelecido cenário que aí está, trilhando novos e instigantes caminhos, na recriação de um pouco, por esquecimento proposital, do que era praticado, estudado, ensinado anteriormente a custa de muito trabalho, exemplos e ética profissional, estabelecida pelo mérito e pela competência reconhecida, jamais pelo QI hoje institucionalizado e profundamente antiético…

A caminhada para o soerguimento será árdua, porém repleta de esperanças, na medida em que envolva mentes e idéias novas, mesmo em corpos maduros, daqueles que nunca renegaram o estudo, a curiosa inteligência, sempre pronta ao inovador, ao instigante, incentivando os jovens neste caminho, difícil e pedregoso, porém oposto ao fácil, ao indesculpável e  preguiçosamente copiado, despido de criatividade, de improvisação consciente, sob a orientação de seguros e competentes professores e técnicos, cônscios de sua importância no treino e sua exemplar conduta no jogo e na comunidade do grande jogo, sem esgares, teatrais representações, pressões e discursos pretensamente enérgicos, eivados de desrespeitosos palavrões, colimados em desconexos rabiscos em midiáticas, retrógradas e mentirosas pranchetas. Chegaremos lá? Não tenho a resposta, mas sim uma certeza, a de que nada alcançaremos a continuar o engodo e a falsidade do que aí está, sacrificando seguidas gerações de jogadores, porém alimentando e engordurando currículos á custa dos muitos deles que ficam covardemente pelo caminho, abandonados e desestimulados pelo péssimo ensino a que fizeram jus…

Como sempre, fico na torcida pelo futuro, inveterado otimista que sou, apesar da realidade nem sempre se fazer presente a este honesto, porém cada vez mais desgastado sentimento.

Que os deuses nos dêem uma mãozinha, por menor que seja, o que talvez ajude, de verdade.

Amém.

Em tempo – Uma leitura sugerida postada em 2010 com relevantes comentários – Um email do Felipe

Foto – Arquivo pessoal. Clique duplamente na mesma para ampliá-la.

 

O DEPOIS DO AMANHÃ…

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Ontem publiquei o artigo O Amanhã, contrito e esperançoso em dias melhores para o grande jogo entre nós, porém, me mantenho receoso para o depois do amanhã, no caso de teimarmos em dar continuidade ao cenário técnico tático que aí está graniticamente instalado, formatado e padronizado, rebuscado em pranchetas midiáticas, sombrias e absolutamente vazias de conteúdo confiável, da formação de base a elite, codificado e alinhado genericamente, como algo destinado a um único objetivo, imutável e ditatorial, onde jogadas padrões são emuladas por todos, onde ordens e decisões unilaterais se tornaram um lugar comum na relação técnico/jogadores, calando coercitivamente quem joga, e dando voz a quem comanda ou pensa comandar, num espetáculo gratuito e grotesco de inflados egos, que se manifestam nas exigências expostas graficamente nas sempre onipresentes pranchetas, que na esmagadora maioria das vezes são depositárias de invenções e palpites de ocasião, pois se assim não fosse, jamais se fariam presentes, ou mesmo existentes, se tudo aquilo que canhestramente projetam, tivesse realmente sido “exaustivamente treinado”, o que jamais ocorreu de verdade, ainda mais “exaustivamente”…

Se entendessem de uma vez por todas que, jogadas, e mesmo sistemas que funcionam seguida, automática e frequentemente, somente o fazem frente a ausência parcial ou completa de uma oposição defensiva, mais ou menos parecido quando treinam sem oposição da mesma, ou a instruindo para facilitar o fator coreográfico das jogadas, do sistema enfim, talvez “exaustivamente” como apregoam, na dolorosa e proposital negação de um princípio imutável, o de que ações ofensivas jamais se repetem, jamais, anulando o ideário ilusório de todos aqueles que insistem burramente em torná-las sempre presentes, repetíveis, justificando suas pretensiosas e marqueteiras genialidades…

Sistemas e suas inerentes jogadas não são criados, estudados, treinados e praticados  para darem certo, e sim para desencadearem situações e atitudes nos adversários, que, quanto mais previsíveis forem, mais eficientes se tornarão, pois fruto de leitura presente de jogo, sua compreensão, e por conseguinte, sua aplicabilidade situacional, criativa, origem básica das estratégias, individuais e coletivas, onde o fator aleatório se faz permanentemente presente, através uma consciente improvisação, e em definitiva oposição ao passo marcado, característica da repetição coreográfica de um predeterminado movimento sem o entrave defensivo, mais aleatório ainda por sua inerente imprevisibilidade…

Parágrafo acima de difícil compreensão? Creio que não para todos aqueles professores e técnicos que realmente entendem o que venha a ser praticar um jogo em que ataques e defesas professam o imponderável, o instintivo, o antagônico, o imprevisível, o aleatório, o criativo, todos fatores que levam ao domínio consciente da arte maior, da arte de improvisar, pois só o exercem quem realmente sabe, quem domina sua arte, seus fundamentos, seu instrumento de trabalho…

O grande jogo assim o é por tudo aquilo acima descrito, por tudo aquilo que nos remete a grande verdade, a de que pouco sabemos, mas suficiente para se estar também um pouco a frente dos que nada sabem, ou pensam saber…

Amém.

Um bom artigo de apoio – Mestres do olhar e do movimento.

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O AMANHÃ…

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E o NBB9 chegou ao fim, com a equipe do Bauru vencendo o Paulistano por 92 x 73, num quinto jogo clone dos outros quatro, e de muitos outros, praticamente todos deste campeonato, onde a mesmice endêmica técnico tática imperou absoluta, sob o manto avalizador da liga e seus circundantes, dirigentes, técnicos, digo, estrategistas, jogadores, narradores, comentaristas, culminando numa festa onde um Billy Cristal tupiniquim desandou a emitir comentários e piadas, quase sempre sem graça e de péssimo gosto, atrapalhando e por pouco  quase estragando uma festa que deveria ser de basquetebol, e não de um desastrado vaudeville chinfrim, e que premiou uma seleção composta numa formação do sistema único, com um armador, dois alas e dois pivôs, afirmando e confirmando como “devemos jogar”, num recado bem claro aos jovens que se iniciam, porém sobraçando uma imensa incoerência, a de que a grande maioria das equipes atuaram com dupla e muitas vezes tripla armação, e os pivôs clássicos rarearam bem próximos a extinção, como que premiando a formação básica do sistema único, atuando com suas jogadas punho, polegar, chifre, etc, etc, num hibridismo lamentável…

Esqueceram, no entanto, de premiar com justiça, a chutação de três que atingiu neste NBB o sublime patamar da convergência endêmica, futuro objetivo maior de nossas seleções a continuarem sob a direção da turma corporativada que aí está a 30 anos, intocável e absoluta, com suas pranchetas midiáticas e absolutamente idiotas, mas “que falam”, segundo alguns, mas que na realidade nada dizem, a não ser serem a prova cabal do que ainda entendemos como comandar e liderar equipes tendo nas mãos uma caneta hidrográfica, palavrões, pressões nas arbitragens, chiliques ao lado das quadras, e não o verdadeiro conhecimento aplicado no treino, na preparação, no planejamento prático e inteligente, no estudo e na pesquisa responsável, no posicionamento ético para com o grande jogo e sua ascendência histórica, na busca permanente pelo novo, produto do passado, promessa para o futuro, somente alcançado pelo mérito, e não pelo QI institucionalizado refletido em sua trágica e pranchetada imagem…

Agora mesmo a CBB teve sua suspensão encerrada pela FIBA, quando terá pela frente a sublime tarefa de soerguer nosso tão maltratado basquetebol, onde ao largo da enorme tarefa de sanear suas finanças, projetos e organização administrativa, terá pela frente sua maior luta, a da busca pela excelência técnica, competitiva, vencedora, que jamais será alcançada com o que foi até agora implantado coercitivamente na formação de jogadores, professores e de técnicos, com resultados desastrosos e comprometedores, fruto de compadrios e escambo interesseiro, e que precisa ter um fim, um freio permanente e definitivo, gerando espaço a novas e sérias lideranças, onde o mérito e o longo trabalho gerador de experiência e conhecimento seja convocado para a grande discussão técnico tática e de formação de base, começando estrategicamente pela ENTB, chave absoluta do processo de soerguimento do grande, grandíssimo jogo entre nós.

Amém.

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A TRISTE CONSTATAÇÃO…

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Paulo, teremos o jogo final do NBB daqui a pouco e você nada comentou, o que houve? Esse amigo não me dá trégua, e o pior, nada comenta pelo que posto aqui nesse humilde blog, mas cobra assiduamente posicionamentos, comentários e até futurologias, que sistematicamente me nego a expor, pois fruto de uma longa aprendizagem no ontem, e no presente doloroso que aí está, deixo aos poucos leitores as indagações e projeções futuras, cabendo a mim somente o exercício da provocação responsável e desafiadora, sobre ações e atitudes tomadas e vividas por toda uma vida dedicada ao ensino acadêmico e ao grande jogo em particular…

Pensei em nada escrever sobre o assunto cobrado, no entanto, dois momentos bem recentes me tentaram a fazê-lo, um único e solitário comentário do Walter no último artigo aqui publicado, e a entrevista do Marcel no programa do Bial. Eis o comentário recebido hoje: walter CarvalhoToday

Professor Paulo,

Sinceramente nao entendo os números do jogo. É INACEITÁVEL! 68 arremessos de 3? Total maior do que de 2 pontos? É um crime a matemática do jogo.

Outra coisa, A média de arremessos tentados (65), mostra que as equipes estão, também, perdendo oportunidades de produzirem mais arremessos durante o jogo devido ao alta média de erros de fundamentos.

Que basquetebol e esse? Nao entendo! E este o caminho e o espelho que os nossos poucos jogadores em formação estão expostos?

Acho que é hora de sacudir a toalha e começar tudo de novo! A NBA está prestando um desserviço para a formação de novos jogadores nos EUA e no mundo! Isto ja confirmado por vários técnicos Universitarios e de HS.

Até breve.

Walter Carvalho

 

Como podemos interpretar o comentário do Walter, professor e técnico brasileiro radicado nos Estados Unidos, onde mantém uma academia de basquetebol em Birmingham no Alabama, depois de longos anos de trabalho no Oriente Médio, tendo sido jogador, professor e técnico formado em nosso país? Creio que o teor do mesmo não deixa dúvidas e polêmicas em torno da realidade do grande jogo entre nós, ou deixa?…

Bem, acredito que a entrevista do Marcel ao Pedro Bial reacende a discussão em torno da volúpia dos três pontos, das bolinhas de fora, ainda mais com o advento vitorioso do Warriors na NBA, com uma artilharia digna de uma armada escatológica, porém não decisiva, como muitos de seus admiradores tentam impor como argumento definitivo, e contra argumento de volta, senão vejamos – Primeiro, a constatação imbatível da fraqueza defensiva fora ( e muitas vezes dentro também) dos perímetros, o que justifica as contagens centenárias daquele playoff final, aspecto ligeiramente comentado pelos especialistas televisivos, receosos de darem suas mãos à palmatória do que realmente acontecia dentro da quadra, onde os duelos de fora se sucediam em todas as partidas, sombreando as jogadas decisivas de cestas nas penetrações, as de média e curtas distâncias que advogam estarem em extinção, principalmente as do Duran, para realçar os longos petardos, mantendo suas exponenciais opiniões técnico táticas…

Porém, esquecem algo que teimam em não expor, explicar, esclarecer, quem sabe até ensinar, os fatores básicos e fundamentais exigidos para a execução e consecução dos tão idolatrados arremessos, remetendo-os ao território do imponderável, da coragem e audácia para realizá-los, como que uma conquista obrigatória para qualquer jogador dentro de uma quadra, ou mesmo, como resultante de milhares de tentativas realizadas pré, durante e pós treinos, numa odisséia de sacrifícios e repetições sem fim, onde somente uns poucos atingem numerário de acertos razoavelmente estáveis, mas muito longe do que atingiriam se treinados com conhecimento pleno do que intentam pelo aspecto científico e de alta tecnologia, e não somente pela repetição milenar de um movimento de via única. Sim sem a menor margem a dúvidas existem trabalhos científicos que provam ser os longos arremessos propriedade de muito poucos jogadores no mundo, principalmente na efetividade e estabilidade de resultados, fator este que destina aos arremessos de curta e média distâncias a chave vencedora entre embates entre grandes equipes, pois sua efetividade é bem mais vantajosa, mesmo valendo dois pontos, do que a alta percentagem de erros advindos dos longos arremessos, onde as poucas exceções justificam a regra existente,,,

Na entrevista, ficou bem patente a justificativa pela predominância e endeusamento das bolinhas de três, em uma partida totalmente atípica, a começar pela honesta declaração do brilhante jogador, de que a equipe tinha a certeza da derrota, só não sabendo por qual contagem, mas que ante a real e prática constatação da inabilidade defensiva fora do perímetro da equipe americana, desencadearam uma feroz ofensiva de fora, vencendo uma partida memorável, partida esta que estabeleceu, daí por diante, a autofagia delirante das bolas de três em nosso basquetebol, originando um quase abandono da prática dos demais fundamentos, dispensáveis quando o jogo fica concentrado fora do perímetro, e o mais trágico, como somente ser possível sua utilização massiva pela ausência defensiva no mesmo, foi aceito por todas as equipes, como num acordo inter pares, originando os famigerados duelos, onde contestações inexistentes o alimentaram até os dias de hoje, desde as categorias de base, tornando tal e fatal estilo de jogar a cereja do bolo para a mídia escrita e televisiva, onde enterradas, tocos e bolinhas estabeleceram a preferência no aprendizado do jogo, omitindo e quase extinguindo o ensino e a prática permanente dos dribles, passes, bloqueios, rebotes e posicionamentos defensivos, originando este lamentável cenário a que assistimos consternados e cada vez mais saudosos dos verdadeiros e brilhantes professores e técnicos que tínhamos (ainda os temos, infelizmente segregados…), substituídos pelos estrategistas sobraçando suas inenarráveis e absurdas e nulas pranchetas midiáticas…

Mas o Bial, que foi muito bom jogador de basquete, fechou a noite com algo assustador, pela força de sua influência no ideário de muitos de seus admiradores e seguidores, quando mencionou ser pai de um futuro jogador de 13 anos, ao qual incentiva paternal e tecnicamente – Chute de três, sempre e quando puder…

Amém.

 

Em tempo – Pela pesquisa que realizei para a obtenção do doutorado na FMH da UT de Lisboa, defendida em 1992, com a tese “Estudo sobre um efetivo controle da direção do lançamento com uma das mãos no basquetebol”, única até os dias de hoje que aborda a temática do controle do eixo diametral da bola nos arremessos de basquetebol, constatei matematicamente que os desvios direcionais variando de 0,5 a 2 graus em relação às distâncias em que são realizados os arremessos, os inviabilizam se não controlados conscientemente, daí a origem dos inúmeros “air balls” que assistimos corriqueiramente em nossos campeonatos, mesmo sem contestações efetivas. Logo, a prática sistemática dos longos arremessos nas divisões de base iniciantes, se torna perigosa ao substituir no interesse dos mais jovens, os fundamentos realmente básicos para a aprendizagem do grande jogo. PM.

Foto – reprodução divulgação FIBA. Clique na mesma para ampliá-la.

O IMPROVISO DO ALEX…

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P1150234Quarto jogo, 27/63 arremessos de 2 pontos e 21/68 de 3, assim contabilizados: 12/35 de 2 e 9/33 de 3 para o Paulistano,  15/28 e 12/35 respectivamente para Bauru, numa generalizada e convergente chutação, que bem espelha a quantas andam o nosso basquetebol de elite, noves fora os 26 erros de fundamentos (13/13), confirmando a média no campeonato, porém repleto de paixão e emoção a não mais poder, que segundo os entendidos, é o suficiente para a sua popularização, no que discordo desde sempre…

Numa entrevista após o jogo, o Alex afiança que no quinto jogo, praticamente em casa (Araraquara dista poucos quilômetros de Bauru) sua equipe vai com tudo para cima do Paulistano, forçando-o a improvisar, para vencer o jogo, e o título…

Sem dúvida uma estratégia inteligente, forçar o adversário a sair da segurança de seu jogo ofensivo coordenado, o tão badalado 5 x 5, oscilando para o improviso, que segundo a análise do competente jogador, em muito facilitaria defensivamente sua equipe, bem mais experiente e rodada, quebrando a confiança e a determinação de seus jovens oponentes…

E é nesse ponto que se manifesta a minha perplexidade, exatamente focada na premissa de que a quebra do sistema ofensivo de uma equipe que atua rigorosamente igual a de seu experiente oponente, assim como todas as demais do NBB, num sistema padronizado e formatado pelos estrategistas que as dirigem, e mesmo pela maioria daqueles que se propõem atuar na formação de base no país, espelhando o exemplo da elite, se torna a meta a ser atingida, pois, segundo o que divulgam, o provocado improviso facilita e concorre para a quebra do sentido coletivista, determinando sua derrota, certeza e afirmativa estas que discordo com a mais absoluta veemência de quem, por décadas, propugnou exatamente o que condenam, a prevalência da improvisação como o ápice técnico tático de um sistema realmente eficiente de ação ofensiva, mas claro, somente acessível para jogadores muito bem preparados nos fundamentos, e mais bem preparados ainda na concepção coletivista,  baseada num sistema de jogo proprietário, onde todos participam, desde sua montagem e mútuo entendimento, até sua viabilização no treino e no jogo, fator diametralmente oposto ao que praticamos da forma mais manietada e codificada de fora para dentro da quadra, onde esquemas e ordens são exaradas através pseudas e ilusórias táticas rabiscadas em pranchetas mágicas, que “até falam”, segundo ufanistas narrações, por estrategistas absolutamente convictos de que dominam as incontáveis facetas do jogo, as arbitragens, e de quebra, seus incautos e incrédulos jogadores, frente a tanta hermenêutica midiática, que extasia os menos esclarecidos interessados no grande jogo, porém se mostram risíveis para os que o entendem de verdade…

Por alguns anos neste blog, venho repetidamente tentando divulgar e esclarecer fatos vividos praticamente dentro das quadras e os aspectos teóricos e históricos que referendam tanta e solitária teimosia sobre essa transponível barreira, a consecução da coletiva fluidez ofensiva de uma bem treinada e orientada equipe, em direção a um jogo onde o improviso se impõe, exatamente pelo fato de ser o sistema admitido e duramente treinado, a amálgama que une todos os componentes de uma equipe, pelo estrito conhecimento que cada integrante tem de si próprio e de seus companheiros sobre suas capacidades individuais e coletivas no domínio dos fundamentos, capacitação esta exigida para a exequibilização do (e de qualquer) sistema de jogo escolhido, treinado e aplicado por todos, determinando enfaticamente sua natural fluidez, atingindo seu ápice exatamente pelas improvisações que emanam do seu perfeito entendimento por todos, através setorizadas etapas, sem atropelos, numa conjunção coletiva que prancheta nenhuma se fará necessária, sequer existente, frente ao inquestionável poder do treino, onde as dúvidas são dirimidas e aceitas por todos, ao encontro do campo de jogo, onde as verdades verdadeiras acontecem, vencendo ou perdendo, sem acusações, desculpas ou subterfúgios… 

Muitos, a maioria bem sei, acharão ser tal comprometimento a um sistema proprietário uma quimera, bastando o que aí está pranchetado e refém da autofagia das bolinhas de três, das enterradas e dos tocos cinematográficos, emoldurados por dançarinas, shows e atrações chinfrins extra quadra, bem ao gosto dos fissurados pelo que fazem e promovem nossos ricos irmãos do norte, mas nunca esquecendo que, se jogam da forma brilhante com que alguns lá o fazem deve-se as enormes e inesgotáveis capacidades de improvisação de que são possuidores,  pelo competente domínio dos fundamentos do grande jogo, mesmo atuando no sistema único, que é o fator que não dominamos, e o pior, não nos esforçamos em ensinar da forma mais abrangente possível, nos contentando com as táticas canhestras, estas sim improvisadas,  em midiáticas pranchetas…

Voltando ao depoimento do Alex, lembro ser sua maior característica ofensiva, exatamente a individualizada improvisação nas velozes penetrações e nos insistentes arremessos de fora, o que torna um tanto incoerente sua colocação sobre a equipe que enfrentará na final de sábado, e lembro mais ainda um jogo que sua equipe campeã no NBB2, perdeu uma partida para a última colocada naquele longínquo campeonato, atuando com um sistema proprietário, onde o improviso era a marca de seus jogadores dentro da fluidez de seus movimentos, quando provou que o coletivismo era possível sim, mesmo dentro da rigidez granítica que imperava, e continua a imperar entre nós. Saudosismo meu? Não, fato, que o próprio Alex testemunhou

Amém.

Fotos – A prevalência das bolinhas. Reproduções da TV. Clique duplamente nas mesmas para ampliá-las.

Vídeo – Jogo completo entre o Saldanha da Gama e Brasilia no NBB2.

TRÊS PARÁGRAFOS…

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Fiquei sem internet ontem, agora corrigida, com pouco tempo (são 12:30hs) para maiores comentários sobre o quarto jogo entre Paulistano e Bauru, mas que em quase nada mudaria a partir do artigo anterior, onde somente um fator poderia ser analisado, o de que, segundo o depoimento de um dos estrategistas envolvidos nessa decisiva partida, a semana de intervalo teria sido importante para aprimorar a sintonia fina de seus sistemas de jogo, no que depreendi serem, pela milésima vez aprimorados os chifres, punhos, polegares e tudo o mais que compõem o repertório de todas as equipes do NBB, sem que nada de realmente inovador tenha sequer a mínima chance de ser instaurado, pois não passa, também sequer de raspão na cabeça pensante (?) de qualquer um deles, inovações que não lhes dizem respeito, muito mais pela aceitação tácita da mesmice endêmica que patrocinam em concordância unificada, do que a libertadora coragem de injetar algo realmente impactante, renovador, autêntico e proprietário, derrubando de vez a mediocridade niveladora das equipes da liga. Exatamente por essa realidade implantada nestas três décadas de declínio técnico tático, é que assistiremos o mesmo do mesmo, mas claro, recheado de emoções, bolinhas em profusão, tocos mirabolantes, e os “monstros” transcendentais de praxe. Porém, uma fresta de esperança poderá se tornar realidade, na medida que uma das equipes, pelo menos, cadenciar e conter sua volúpia chutadora, atuando pacientemente no perímetro interno com insistência e perseverança, mas me parece que seria pedir demais por sobre um cenário estratificado e engessado existente desde sempre…

Leio que CBB e LNB aos poucos vão encontrando meios de convivência pacífica, partindo de acôrdos sobre a organização de campeonatos a muito esquecidos pela mentora master da modalidade, como os das categorias de base, fundamentais para o soerguimento do grande jogo, até agora mantido em razoável evidência pela LNB com seus NBB´s e a LDB (sub 22). Resolveram setorizar seus esforços destinando a LNB os campeonatos já estabelecidos do NBB e da LDB, e os das sub´s 14 até 19 com a CBB, além da Liga Ouro, divisão de acesso ao NBB, e por último reintegrar a LFB a CBB. Somente uma importante reparo a mencionar, no caso de que realmente essa combinação de tarefas seja levada a sério, como deveria sê-lo, o de que pelo lado da CBB fosse implantada, conjuntamente com a ENTB, uma completa e radical reforma de princípios técnicos e administrativos em suas concepções, fugindo de vez com a padronização e formatação imposta pela turma que habita o mundo NBB, dando forma e oportunidade a outros profissionais de todo o país esquecidos pelo corporativismo técnico lá existente, originando um novo patamar de excelência na formação de técnicos e jogadores polivalentes, em que o merecimento meritório se sobreponha aos interesses dos muitos que empobreceram o nosso basquetebol, a tal ponto que se viu brecado pela FIBA, num precedente doloroso e de difícil, mas não impossível, superação. Uma CBB que ressurja na busca de uma melhor e justa formação democrática inovadora de base, fornecendo bons e equilibrados valores para uma Liga Ouro, uma renovada LFB e excelentes seleções de base, dirigidas por técnicos experientes de verdade, em tudo e por tudo justificaria sua existência, honrando seu passado brilhante e vencedor. Menciono um trecho de uma matéria publicada no O Globo de 5/6/17 na coluna Conte algo que não sei, do entrevistado Adam Lowe, que afirma: (…) Objetos feitos há centenas ou milhares de anos podem mudar o jeito de pensar no presente e têm potencial para orientar comportamentos no futuro.(…)

Me perguntam ao telefone o que achei, ou estou achando das finais da NBA entre o LeBron e o Curry. Respondi – Nada, não me diz respeito, pois por conhecer de muito aquela liga, me convenci que nada tem a nos acrescentar de factível, a começar pelo aspecto econômico, fator delimitador para a não incursão aos demais fatores, como o técnico, formador de base e tático também. Por ser um outro jogo, somente jogado lá, e infantilmente sendo tentado ser estabelecido entre nós é que me faz ausente de suas reais intenções neste imenso, desigual e colonizado país.

Amém.

Foto – Arquivo pessoal.

OPORTUNA FREADA…

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Pisou no breque, arremessou 12 bolas a menos de 3 do que seu oponente (8/23 por Bauru e 12/35 por Paulistano), priorizou o jogo interno (27/33 contra 16/39), deixando a insidiosa convergência a cargo da turma da capital, e por conta desse óbvio e adiado expediente, venceu Bauru o terceiro jogo, reacendendo suas chances de permanecer na disputa com reais chances de levantar o caneco, a não ser que a equipe da capital resolva seguir a mesma fórmula, no que se beneficiaria bem mais, por ter uma formação mais eclética, apesar da juventude, e possuir um poder de rebote bem mais amplo do que seu adversário, principalmente nos de ataque, muitas vezes inaproveitados pela ganância da chutação de fora, que em algumas oportunidades se repetiam duas ou três vezes no mesmo ataque, num desperdício juvenil e inconsequente, imperdoável numa decisão de campeonato…

E sob estes fatores, se sobressai a ainda falseada qualidade de alguns jovens armadores, imaturos no domínio dos fundamentos, substituindo sua segura aplicabilidade por uma voracidade individualizada que os cegam na leitura espacial do jogo, onde a visão angular, que os guiam de encontro as enormes barreiras defensivas que os antepõem, anula a fundamental e estratégica visão periférica, a arma mais poderosa na distribuição correta das assistências críticas em espaços diminutos, habilidade que os qualificam como verdadeiros e eficientes executores dos sistemas ofensivos de uma bem treinada equipe, sem, no entanto, prejudicar suas capacidades pontuadoras, que deveriam ser seletivas e rigorosamente inerentes aos sistemas em si. O que vemos, preocupados, é o nascedouro de uma nova geração de “mosquitos elétricos”, sempre a frente, por sua irrefreável e nem sempre inteligente velocidade dos demais componentes de suas equipes, um pouco menos velozes pela estatura e porte físico, onde a fluida sincronia que os deveriam unir, se rompe pela assincronia motivada pelo descompasso de sua errática armação. São jogadores corajosos e impulsivos, que agradam os torcedores e narradores, mas que, de forma bem ampla, arrastam sistemas de jogo a limites de impraticabilidade se não forem muito bem orientados, principalmente na adequação lógica e coerente de seus velozes deslocamentos às verdadeiras necessidades de suas equipes, e não as de si mesmos, exigindo treinamento intenso, e acima de tudo, absolutamente competente…

Então, rumando para o quarto jogo no sábado vindouro, com a equipe de Bauru já tendo quebrado um pouco a insânia dos três, vencendo por conta disso o jogo que o manteve na disputa, tem agora o Paulistano de seguir algo correlato, fugindo o quanto puder da convergência que tanto o desgasta física e emocionalmente, agindo coerentemente pela valorização de cada ataque, reforçados pela boa defesa que vem empregando, fator também aplicado por Bauru neste jogo em particular que venceu, para quem sabe, possamos assistir um verdadeiro jogo de basquetebol, e não o pastiche ´praticado até agora, por todas as quinze equipes deste NBB9, onde a desenfreada “artilharia de fora” e os “monstros” midiáticos de ocasião, o marcaram seriamente como peladas consentidas por todas, que contrapõem a seriedade exigida por uma liga de tal importância, noves fora as lastimáveis, e mais midiáticas ainda, pranchetas, que “não falam”, mas poluem sobremaneira a dignidade do grande, grandíssimo jogo, nesse enorme e injusto país…

Amém.

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A MESMICE ENDÊMICA EM REPLAY…

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P1150212E foi o que se viu, um repeteco insosso tecnicamente (fato somente importante para técnicos inconformados…), porém fulgurante e emocionante para torcedores catedráticos no grande jogo, com dois deles “encestando” (será que foi de três?) um dos juízes no estacionamento depois do jogo, fato lamentável e reprovável, e para a mídia ufanista televisiva, como sempre…

Como no primeiro jogo da série, ambas as equipes convergiram nas bolas de 2 e de 3 pontos, 15/32 de 2 e 10/29 de 3 para Bauru e 13/29 e 12/31 respectivamente para a equipe vencedora do Paulistano em 78 x 74, totalizando 28/61 nas bolas de 2 e 22/60 nas de 3, ou seja, 38 bolinhas perdidas arremessadas de fora, equilibradas ou não, em contra ataque também, num clone do primeiro jogo, em que, num diminuto momento da partida a equipe da capital conseguiu contestar três ou quatro arremessos, suficiente para manter uma mínima diferença de pontos para vencer o duelo escancarado de três, num replay do primeiro jogo, ambos caracterizados pela mesmice tática que professam conjuntamente, onde um aspecto se impõe de forma cabal, a mais completa incapacidade de atuarem com fluidez dentro do perímetro, onde as jogadas solitárias dos pivôs, quando lembrados, se tornam num recital de 1 x 1, observados por seus companheiros estáticos, como plateia privilegiada dentro da quadra, mas ávidos por um passe de dentro para fora, para que seus dotes de especialistas nas bolinhas sejam apreciados, não importando muito o quanto errem, pois afinal de contas, se ambas as equipes agem da mesma forma, vencerá aquela que meter a última, que é o que tem acontecido na maioria dos jogos deste NBB9…

Preocupa sobremaneira a mais absoluta tendência que se instala celeremente em todas as equipes participantes, como se fosse essa forma de jogar, canhestramente copiada de duas ou três equipes da matriz do norte, o modelo definitivo a ser adotado, inclusive nas categorias de base, onde já se pode atestar jovens infantis arremessando seguidamente de fora do perímetro, sem, obrigatoriamente, terem dominado as técnicas dos arremessos mais próximos à cesta, numa absurda e comprometedora inversão de valores, que pesará  mais a frente no seu processo de desenvolvimento, assim como nos demais fundamentos do jogo, que olvidam na troca pelos petardos…

Mas, para que repetir o que venho apontando seguida e teimosamente, quando nos deparamos com a dura realidade implantada pela crítica, pelos estrategistas, pelos dirigentes, agentes, e até mesmo pela maioria dos jogadores, de que tudo está bem, que o basquetebol evolui técnica e taticamente a cada NBB disputado, que o futuro está se garantindo com a nova geração de jogadores que desponta, mas que no entanto, não consegue baixar a média de mais de 27,2 em erros de fundamentos por jogo, sendo que neste foram cometidos 31 (17/14)!!…

Honestamente não torço pelo pior, não desejo que piore, mas não posso me furtar de expor verdades, cristalinas e dolorosas verdades, as que não mentem sobre a realidade técnica individual e coletiva de baixo nível que tentam escamotear, que tentam varrer para baixo do tapete de uma história que tem de ser contada, às claras, sem subterfúgios, pois em caso contrário, mais cedo do que pensam e agem, estaremos dando continuidade na descida do fosso em que nos encontramos, levando de roldão nossas seleções, exatamente por sermos incapazes de evoluir, fugindo e se despregando da mesmice endêmica e massacrante do que aí está, padronizada e formatada pelo corporativismo estabelecido, o qual deve ser confrontado por um novo tempo, com novas e instigantes idéias, renovados comandos, no processo de soerguimento do grande jogo, se é que ainda se possa salvá-lo…

Acredito que exista essa possibilidade, tênue e frágil possibilidade, porém factível, se coragem houver para fazê-lo.

Amém,

Em tempo – Que uma das equipes deste terceiro jogo daqui a pouco, estanque a volúpia da chutação irrefreável, e a substitua o mais possível que puder, por um sólido, repetitivo e insistente jogo interior, para sair vitoriosa, num 3 x 0 final, ou num 2 x 1 protelatório, numa ação que valorizaria o campeonato. A conferir, ou decididamente, não.

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