A ETERNA ESPERANÇA (FROM PARIS)…
Os dias passam rápido quando viajamos, pois muitas são as novidades, atrações, belos passeios, visitas obrigatórias a museus, experimentações culinárias, mil fotos, pequenos vídeos, tudo isso na companhia do filho mais jovem que aqui vive, numa europa antiga e tradicional, mas plena de tecnologias, tradições, dignas de serem conhecidas e visitadas…
A gostosa correria não permitiu que eu pudesse acessar o terceiro jogo do playoff entre Paulistano e Mogi, mas tomei conhecimento dos números do jogo, os quais não me surpreenderam nem um pouco, a não ser por um pequeno pormenor, foi a primeira vez que o Paulistano não convergiu, pois arremessou 10/32 de 2 pontos e 15/29 de 3, contra um Mogi que investiu no jogo interno com 23/43 de 2 e 10/28 de 3, me parecendo ter perdido, por mais uma vez uma partida contra o Paulistano ao permitir cinco bolas a mais de 3, com certeza com muito pouca ou nenhuma contestação eficiente, no que vai se tornando uma rotina de sua equipe e das demais que ainda não aprenderam a jogar contra artilharias de fora, e por conseguinte perdendo, até o dia que aprenderem a defender, com técnica e inteligência…
Honestamente não acredito que aprendam, pelos vícios adquiridos em longos anos de permissividade defensiva, e pelo inconteste fato de que seus estrategistas não estão nem aí para suas deficiências, pois findo o campeonato simplesmente promovem a troca das peças que julgam carentes nos fundamentos por outras mais nominadas, num mercado de baixo nível ético e profissional, pois partem do princípio de que jogadores adultos nada somam com os fundamentos, pois em sua distorcida ótica, eles nada aprenderão de novo, num erro brutal de julgamento, confirmando cada vez mais que o verdadeiro problema é o de não saber ensiná-los, pois pouco mais sabem do que eles…
Pranchetas é a primordial questão que estará em julgamento agora, na reformulação de algumas das equipes, onde as exibições pirotécnicas de “vasto conhecimento” tático é grafado nas mesmas, para delícia de dirigentes, mídia e de muito torcedores, avalizando um conhecimento muitos furos abaixo do mínimo exigido de um técnico na acepção do termo…
Esperanças para sábado, num jogo que poderá ser decisivo e finalizar o campeonato? Creio que pouco mudará, a não ser que mudem sua forma de pensar o grande jogo como uma competição de “tiro aos pombos”, e se convençam de uma vez por todas de que defender com denodo, e atacar com a cabeça e não com as pernas, metódica e friamente, é o único caminho que conheço para atingir uma performance aceitável, e quiçá vencedora, que é o mínimo necessário a ser perseguido…
Consegui assistir os últimos jogos dos playoffs semifinais da NBA, e que tal o que sempre publiquei sobre a brutal anomalia dos chutes de 3 na grande liga, e por consequência nas ligas muito menores dos países que a seguem? Desastre total, exceção feita aos grandes e verdadeiros especialistas na arte altamente precisa dos arremessos de 3, que mesmo assim pouco tem levado suas equipes a vitória, onde o vovô LeBron (33 anos mesmo?…) partindo ferozmente para a cesta classifica sua equipe para lá de medíocre ao playoff final. Que tal?…
Hoje, na despedida aqui de Paris, fui ao Louvre, monumental Louvre, depois de bater pernas por essa bela cidade, onde a arte e o conhecimento humano chegou aos píncaros do humanismo que conhecemos, onde o desporto galgou degraus evolutivos dignos do gênero humano, e que na presença de algumas obras imortais de arte, coloquei humildemente o ofício de ensinar, ao qual dediquei toda uma vida, em cheque, concluindo que fiz o melhor que pude, estudei o que me foi permitido, pesquisei na medida dos meus valores e possibilidades, e apliquei o pouco que aprendi da forma mais honesta e dedicada possível, que foi o que fizeram muitos dos mestres que ali estão na forma de suas telas, esculturas e livros. Não sou um deles, mas me sinto perto de seus ideais e amor ao seu ofício, o de passar as novas gerações a esperança em dias melhores…
Logo mais estarei em Florença, e ao final em Roma, na caminhada de um pouco mais de conhecimento e esperança nos homens…
Amém.
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