CONSEGUIREMOS EVOLUIR?…
Brasil 77 x 53 Chile
69% 22/32 2 15/38 39%
25% 9/36 3 5/22 23%
46% 6/13 LL 8/16 50%
53 R 31
15 E 11
Voltem ao artigo anterior, e comparem a última tabela lá publicada com a que inicia esse artigo, comprovando o estado terminal em que se encontra o grande jogo nesse imenso, desigual e injusto país, onde mandarinatos se estabelecem à margem do bom senso e do mérito desportivo, vide a condenação do expoente máximo do olimpismo tupiniquim, medalhado com 30 anos de prisão, pagando sozinho um crime cometido por muitos e muitos outros além dele mesmo, que quem sabe um dia pagarão…
O jogo repetiu o que dele se esperava frente ao propalado “basquete moderno”, ou seja, velocidade descerebrada, alimentada por um poderio desigual nos rebotes, muitos passes de contorno, bateção exagerada de bola, e a cereja do bolo, a chutação desenfreada, culminando na já tradicional convergência negativa de 36 arremessos de 3 ante os 32 de 2 pontos, sendo estes os responsáveis pelo placar a favor com seus 22 acertos. Nos 3, contrariando a incensada qualidade dos mesmos, foram somente 9/36 os convertidos com um fraquíssimo 25% de eficiência…
Com o desigual poderio de alas pivôs no miolo da defesa andina, perdeu-se a oportunidade (mais uma, meus deuses) de prepará-los em condições de jogo visando os duríssimos confrontos que enfrentaremos no desenvolvimento desta seletiva ao Mundial, em benefício da turma de fora, sempre pronta para as bolinhas, e inclusive induzindo a turma de dentro nas tentativas de fora, numa perda de eficiência nas segundas bolas que raia ao absurdo…
No entanto, analistas e comentaristas insistem em conceituar o basquete moderno, aquele praticado na NBA, aquele que o mundo aceita praticar, aquele que tem em suas formações de base o segredo de seu poderio. E nós, como ficamos perante nossas limitações econômicas, sociais, educacionais, e principalmente técnicas e táticas, como?…
Num email agora recebido, o assíduo leitor e colaborador Fábio assim se expressou -(…) A impressão que me deixou é de um time “äfrouxado” em relação ao que vinha com o Petrovic. O Brasil se impôs pelos pivôs mesmo sem nunca os priorizar no sistema de jogo.
Era assim na geração anterior e continua sendo; o que de melhor produzimos são alas-pivôs, porém os despersonalizamos, desconfiguramos e, caso insistam em jogar dentro, são ignorados. É triste ver o Cipollini se aposentar, o Jaú ser subutilizado, o Dú Sommer abrindo pra chutar de 3, o menino Paulo Scheuer do Pato idem…Mas é a sobrevivência deles no basquete que está em jogo.
Priorizamos o perímetro sem sequer formar bons armadores. Yago e Georginho são ótimos jogadores, mas não sabem controlar o ritmo de um jogo e muito menos se destacam pelos passes.
Tanto que o Brasil virou e se mostrou levemente mais desenvolto com o Elinho na armação, um armador-passador que, servindo os pivôs, fez o time sair da saia justa que os dois anteriores citados não conseguiram fazer durante todo o primeiro quarto.(…)
Creio que não analisaria melhor, muito bom Fábio.
Torçamos para que amanhã melhore um pouco, pois precisamos evoluir significativamente, o oposto do que aí está, simples assim, claro, se competência e preparo realmente existir, algo não tão simples, porém possível e desejável. Conseguiremos? Logo saberemos…
Amém.