24 HORAS DEPOIS…

No O Globo de hoje (19/07), na matéria sobre a derrota da seleção no Pré-Olímpico, uma declaração do presidente da CBB deve ser seriamente analisada por todos aqueles que propugnam pela melhoria da modalidade no país, mais propriamente, os técnicos.

Para o dirigente, o trabalho para o futuro será longo: “Os países de ponta trabalham há cinco anos. A CBB vai criar a escola nacional de técnicos. É hora de união”.

Como vemos caríssimos basqueteiros, escolas de formação de técnicos, que em todos os países, como ele mesmo define, de ponta, as tem indissociavelmente ligadas às suas associações de técnicos , num vínculo apartidário, que garante suas autonomias eminentemente técnicas, com fortes suportes éticos, que são fatores quase nunca respeitados quando sob controle de entidades de cunho político, é a mais nova ameaça que ronda o nosso infeliz basquetebol, cuja direção não abre mão, em hipótese alguma, do controle absoluto e despótico, daqueles elementos passíveis de manipulação política e econômica, colocando-os à serviço de seus interesses, como moeda de troca para a manutenção continuísta junto às federações.

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A QUEM INTERESSAR POSSA…

“Ufa! Conseguimos, conseguimos mesmo! Agora, com os quatro anos que temos de tranqüilidade pela frente, é tratarmos de reforçar outras modalidades, ajudando-as a subir um pouco mais na preferência popular, ficando como mais algumas na frente dos caras, já que pouco perigo poderão oferecer à nossa situação de segundo esporte no país. Não ousem sequer pensar em retirar os meios que mantém nosso grego de ouro lá na CBB. Ficou bem claro isso?

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PALESTRA DO PROF.JOSÉ CURADO(PORTUGAL)

IMPORTANTE PALESTRA

No próximo dia 26, sábado, às 10 horas da manhã, no auditório do Fluminense Futebol Clube nas Laranjeiras, o Prof. José Curado, ex-técnico da Seleção Portuguesa de Basquetebol, e do Sport Club Benfica, atual Presidente da Associação das Associações de Técnicos Desportivos de Portugal, fará uma palestra sobre a organização destas entidades, que tiveram seu início duas décadas atrás com a fundação e organização da Associação de Técnicos de Basquetebol de Portugal, da qual foi fundador e primeiro Presidente.

Será de enorme valor e importância acompanhar e tomar conhecimento de suas experiências no continente europeu, dado aos seus vastos conhecimentos na área técnico-administrativa desportiva, assim como sua eminente participação na Escola de Formação de Técnicos de Basquetebol de seu país.

Num momento de grande expectativa e cuidados sobre o futuro do basquetebol entre nós, ouvi-lo e arguí-lo sobre tão importante assunto, será a grande oportunidade que todos aqueles interessados no futuro da modalidade terão ao comparecerem à palestra.

O Blog Basquete Brasil e a futuramente implantada Associação de Técnicos de Basquetebol do Rio de Janeiro, na figura de seu organizador Prof.Byra Bello, convidam a todos os técnicos, jogadores, dirigentes, jornalistas e apaixonados pelo grande jogo a comparecerem e prestigiarem o evento.

A DERROCADA…

Assisti a derrocada da seleção contra o Chile, que mesmo vencendo por um único e mísero ponto, em momento algum da partida se fez merecedora da vitória. Mas venceu, podem afirmar batendo no peito os responsáveis por tão pífia apresentação, onde os mais canhestros conhecimentos dos fundamentos do jogo ficaram restritos a uns dois, senão três jogadores, muito, muito pouco para uma seleção de um país bi-campeão mundial e três vezes medalhista olímpico. Nunca em nossa tradição basquetebolistica vimos uma seleção tão fraca no manejo e domínio da bola, onde os mais comezinhos conhecimentos de passes, dribles e fintas se perderam num abismo de incompetência e falta de conhecimento, com especial referência ao posicionamento defensivo. Simplesmente, nossos jogadores, em sua esmagadora maioria não sabe defender individual e coletivamente.

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COACH K…

Pronto, o Mike Krzyzewski soltou a lista de seus jogadores para as Olimpíadas de Pequim, com uma gradação de especialidades que é um verdadeiro chute em alguns e enraizados conceitos dos muitos, diria até, grande maioria de nossos técnicos e entendidos do grande jogo. Entendidos claro, em suas próprias convicções. Como explicar a “incompreensível” existência de três armadores puros e três alas-armadores tão técnicos e eficientes quanto aqueles, num país com a quantidade brutal de talentos que possuem, convocando tão somente UM pivô puro, um cincão como dizem exultantes, rútilos na visão mastodôntica que anteviam para aquela seleção, onde 2,12 m seria estatura desprezível? E completando a equipe com três alas puros e dois alas-pivôs ? O que pensa esse tal de coach K?

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ASSUNTANDO…

Quarto final, a equipe de Assis fica bem perto de equilibrar o jogo, mas seus jogadores, intranqüilos, cometem erros em profusão, e que nem mesmo seus melhores jogadores, o Probst, em mais uma exibição de como deve se comportar um pivô nos rebotes, além de comparecer eficientemente nos pontos de sua equipe, e o Nezinho em uma noite inspirada no ataque, conseguem superar a equipe de Franca, com seu armador Helio sem apresentar o melhor de seu condicionamento, mas jogando num sentido coletivista elogiável.

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SISTEMAS – ESTRATÉGIAS…

Retomamos a série Sistemas, que tanto interesse despertou entre os técnicos, com debates intensos e altamente produtivos. O tema proposto é o da estratégia, assim definida no Dicionário Aurélio :

Estratégia sf.(…) 2. Arte de aplicar os meios disponíveis ou explorar condições favoráveis com vista a objetivos específicos.

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DEBATES – OS CORTA-LUZES.

Encerrando essa serie Debates, abordaremos os corta-luzes, tendão de Aquiles da maioria dos jogadores brasileiros que o executam da forma mais primaria que se possa admitir, e que constitui quase uma unanimidade na forma mais primaria ainda de ensiná-lo. Sempre afirmei que no nosso país os corta-luzes são treinados, e jamais ensinados, originando nessa inversão de aprendizagem, uma situação híbrida, constituída de ignorância somada a arrogância daqueles que se imaginam dominadores de suas sutis técnicas, tanto por jogadores, como, e é lamentável, por muitos técnicos .

Seria interessante um debate profundo sobre essa técnica, responsável pelo sucesso, ou insucesso, da maioria dos sistemas táticos existentes.

E dando o tapinha inicial, republico o artigo que escrevi em 24 de junho de 2006:

O QUE TODO JOGADOR DEVERIA SABER 10/10

Que executar um corta-luz ou um bloqueio requer bons conhecimentos de mecânica corporal, sentido espacial,e principalmente atitude tática.Se deslocar com os braços juntos ou cruzados ao corpo, sugerindo ausência de intenções à faltas pessoais, mas deslocando o corpo no sentido do adversário visando cortar seu caminho, caracteriza não somente o ato faltoso, como anula qualquer vantagem conseguida por seu companheiro de jogada, pois a supremacia numérica no desenlace do movimento deixa de existir. A atitude mais comum em nosso basquete, e já bastante generalizada em todas as categorias, é a saída rápida de um dos pivôs para a além da linha dos três pontos, ao mesmo tempo em que o armador ou ala de posse da bola cruza com o mesmo em um movimento também muito rápido, no momento em que o pivô exerce um movimento blocante quase sempre em movimento, sobre o marcador do companheiro que dribla. Dois são os erros cometidos, o da movimentação do pivô se caracterizar em falta pessoal, e o armador seguir em frente marcado após a troca. O corta-luz corretamente executado propicia o bloqueio duplo dos dois defensores envolvidos na jogada, originando o escape livre do driblador, ou a fuga do bloqueador para a recepção do passe, e muito aquém do que se tornou lugar-comum, os movimentos podem, e muitas vezes devem ser lentos na construção do corta-luz, e rápido em sua finalização. Em outras palavras, o driblador deve encaminhar seu marcador lenta e pacientemente numa direção, ou local, em que ocorrerá o encontro com seu companheiro, de tal forma que o mesmo numa movimentação de pés em compasso, tanto prenda o marcador de seu companheiro, como junte ao mesmo o seu próprio marcador. Para tanto, o driblador ato antecedendo ao bloqueio mudará de direção, de tal forma que passe rente ao seu companheiro, originando dessa ação duas variáveis.A primeira, quando em velocidade de explosão mantiver os dois defensores atrás de si, permitindo sua livre investida à cesta. A segunda, raramente utilizada entre nos, quando o bloqueador ao se situar entre os dois defensores investir ele mesmo em direção à cesta concomitante ao passe executado por seu companheiro por cima daqueles. O primeiro corta-luz denomina-se “por fora”, o segundo, obviamente “por dentro”. São movimentos que não necessitam velocidade inicial, e sim em seu desfecho. O domínio espacial nesses sutís movimentos constitui o cerne do corta-luz bem executado, pois não são todos os jogadores que o possui, e quase nenhum sequer sabe utilizá-lo e desenvolvê-lo. O posicionamento futuro dos defensores em um trecho da quadra de jogo é o fator predominante para o sucesso de um eficiente corta-luz, e cabe em grande parte aos dois atacantes envolvidos no mesmo o direcionamento dos defensores no sentido da ação pretendida. O ponto futuro tão importante nos passes encontra na construção de um corta-luz sua dimensão maior, pois envolve destreza no drible, na finta, no bloqueio e no passe. O movimento em forma de compasso exercido pelo responsável nos bloqueios será sempre antecedente à movimentação do driblador, e nunca concomitante, pois dessa forma estará se movimentando no momento do bloqueio, o que caracteriza a falta pessoal. Por essa razão, o domínio espacial se torna fundamental, pois antecede a jogada que está sendo conduzida pelo driblador. Outrossim, essas movimentações podem e devem ser estabelecidas quando o corta-luz for realizado por dois jogadores sem a posse de bola. Jogadas do lado contrário a posição da bola deveriam SEMPRE obedecer a mecânica dos corta-luzes, sejam por dentro, ou por fora. Uma equipe bem organizada e treinada executará com eficiência, e muitas vezes ao mesmo tempo corta-luzes em situações antagônicas, dando a mesma um poder de ataque em que os marcadores dificilmente possam flutuar defensivamente, preocupados pela constante movimentação à sua volta. O bloqueio simples difere num ponto dos corta-luzes, ele é sempre realizado por dois jogadores sem a bola, geralmente no âmago do garrafão, e quase sempre em movimentação sagital à cesta. A função do bloqueio é a de retardar por uns momentos a ação defensiva, e não a anulação da mesma. Esse retardo pode propiciar um bom passe de fora para dentro do garrafão, e muitas vezes um bom atacante pode se utilizar de um outro marcador desvinculado visualmente de si para, num breve,porém rápido deslocamento lançar seu próprio marcador nas costas do mesmo, obtendo dessa forma de bloqueio espaço para sua jogada. O principal elemento técnico para quem exerce o corta-luz é o amplo posicionamento, o maior possível, de seu corpo e pernas, no intuito de oferecer um maior obstáculo aos marcadores, assim como, a maior qualidade que se exige ao driblador, ou não, envolvido na ação, é o de aproveitar ao máximo as possibilidades que em frações de segundo se apresentam em sua consecução. A atitude tática envolve basicamente o perfeito controle que possa ser exercido por sobre as variações nas velocidades de deslocamento, antes, durante e após o corta-luz, que se aproximará da perfeição quando construído com lentidão, desenvolvido com inteligência e concluído em velocidade. Mas, a maior qualidade dos corta-luzes para uma equipe, é grande possibilidade que os técnicos têm de desenvolver bons e efetivos exercícios aproveitando suas particularidades técnicas, as quais representam o ápice dos conhecimentos fundamentais do jogo, sem os quais nenhum jogador pode se considerar efetivo para sua equipe. Com esse artigo encerro essa série sobre fundamentos básicos. Oxalá tenham um bom proveito em seus treinamentos.

posted by Basquete Brasil @ 6/24/2006 10:47:00 PM

DEBATES – REBOTES

Discutamos agora um fundamento que é bastante preterido entre nós, e que deverá ser esmiuçado diligentemente, pois seu ensino, difícil ensino aliás, é preterido sistematicamente por apresentar limitações didáticas e estudos pertinentes ao mesmo, como um “patinho feio” dentre os demais fundamentos. O rebote é tão subestimado entre nós, que o tri-campeão da Liga Nacional, o Probst, jamais é lembrado para as seleções nacionais, nem para treinar, sempre preterido por nomes e legendas que atuam fora do país. Na semana passada ele foi o maior reboteiro em um torneio internacional na Holanda, disputando os jogos pelo clube de Assis. Assim como nos arremessos longos, o reboteiro deve possuir um alto grau de controle e percepção posicional na relação tempo-espaço, constituindo-se numa habilidade não muito comum à maioria dos jogadores, e por isso mesmo, passível de aproveitamento integral e decisivo para qualquer equipe, que possa contar com tal habilidade, seleção brasileira inclusive.

Inicio o debate republicando o artigo O QUE TODO JOGADOR DEVERIA SABER 8/10, publicado em junho de 2006 aqui no blog

O QUE TODO JOGADOR DEVERIA SABER 8/10.

Que três são as condições para um bom rebote:colocação,domínio tempo-espaço e transposição de velocidade horizontal em vertical.Os dois primeiros pontos são básicos nos rebotes diretamente embaixo das cestas,e o terceiro ponto,quando são executados em deslocamento.Colocação é a alma de todo e qualquer rebote,seja defensivo ou ofensivo.Em ambos uma conduta se torna transcendental,a de que toda e qualquer movimentação na busca do melhor posicionamento deve ser realizada em contato,ou o mais próximo possível,do corpo do oponente,atitude que afasta em grande parte a possibilidade de obstrução defensiva.Mesmo estando de costas para o defensor,o giro em torno e em contato com seu corpo possibilita a ocupação de espaços vitais,numa ação antecipativa de grande vantagem.Se essa técnica for empregada por atacantes e defensores,levará vantagem posicional aquele que mais se aproximar do oponente nas ações de mudança de direção ou giro em torno do mesmo.E todas estas ações sendo realizadas sem a perda da visão da bola,por um segundo sequer.Trava-se uma luta de movimentos rápidos e inteligentes,em espaços mínimos,mas determinados.Com a conquista do espaço pretendido pela antevisão direcional do ressalto da bola de encontro ao aro da cesta,ou mesmo da tabela,uma exigência altamente técnica vem a seguir,o domínio tempo-espaço.Trata-se de uma maior ou menor percepção da trajetória estabelecida pela bola após os ressaltos acima descritos.São fatores diferenciados de jogador para jogador,onde alguns calculam com grande dose de precisão o tempo necessário para a captura da bola,saltando e conseguindo-a no ponto mais alto do ressalto.Outros se antecipam àquele ponto,conquistando-a sem saltar em seu máximo.O conhecimento antecipado dessas qualidades entre os oponentes caracterizam e definem estratégias de ação,que se bem direcionadas auferem grandes vantagens em um jogo.Uma forma efetiva de treinamento de rebotes somente necessita de um tosco tampão de madeira para o aro,e uma ou duas cadeiras.Se postando atrás das cadeiras alinhadas lado a lado,o técnico lança a bola na cesta,que por estar tampada oferecerá uma infinidade de trajetórias,ao mesmo tempo em que o jogador finta ou gira em torno das mesmas posicionando-se para o rebote. Mais adiante,o mesmo exercício realizado em duplas,trincas,quadras e quintetos,levará a todos a um salutar e evolutivo aprendizado dos rebotes.No entanto,um terceiro fator deverá ser incluído no preparo,a transposição de velocidade horizontal em vertical,principalmente para os alas que se lançam para os rebotes vindo de posições afastadas da cesta,e que em muitas oportunidades cometem faltas pessoais nas projeções ao corpo dos oponentes.Transformar a velocidade horizontal de que vêm possuídos em velocidade vertical,na qual as projeções referidas transformam-se em faltas pessoais,exige treinamentos especiais.Dois exercícios,por serem acessíveis a qualquer equipe,podem ser praticados.O primeiro,é a corrida de encontro a uma parede,que deverá estar protegida por um colchonete de baixo custo,próxima a qual o jogador deverá,num movimento seqüencial estancar e saltar, numa progressão que deverá se iniciar aos 90cm,progredindo aos 80,70,até o limite de 50cm.da mesma. O segundo, idêntico ao primeiro,substituído-se a parede por uma rede de voleibol,onde a transposição poderá ser realizada a menos de 50cm,no qual o jogador poderá atingir e desenvolver ao máximo tal habilidade.Um jogador treinado nas fintas e giros em contato com o corpo do oponente,capaz de otimizar seus saltos e evitar projeções horizontais,é um jogador que realmente domina a arte dos rebotes,ofensivos e defensivos,tornando-se realmente efetivo para sua equipe.E se seu técnico negligenciar tal treinamento,munindo-se de um pequeno tampão de madeira,duas cadeiras,um colchonete,e mesmo uma corda atada entre dois postes,e contando com um colega que lance a bola a cesta,todo e qualquer jogador poderá melhorar muito sua qualificação reboteira.Não custa nada tentar, quando muito como um exercício de inteligência e imaginação.Mãos à obra.

Vamos pessoal, estão com a palavra! Esse fundamento merece toda a sua atenção.

DEBATES – FINTAS

Terceiro capítulo da série Debates, com o enfoque nas fintas.Espero que todos participem com suas experiências e estudos, a fim de que possamos evoluir nesse tão importante fundamento. Para dar a partida no debate, republico o artigo O QUE TODO JOGADOR DEVERIA SABER 3/10, publicado em 24/04/2006. Bom trabalho e ação!

24 Abril 2006

O QUE TODO JOGADOR DEVERIA SABER 3/10.

Inicialmente visualizemos 3 áreas ofensivas,a saber:Área 1- A zona dos 3 pontos e a que antecede a mesma.Área 2- A zona situada entre a linha dos 3 pontos e os limites externos do garrafão. Área 3- O interior do garrafão. Tendo em mente que as percentagens de acertos nos arremessos aumentam quanto mais próximos da cesta estiverem os atacantes,a dedução lógica é que as áreas 2 e 3 deverão ser aquelas onde 70,e até 80% das ações ofensivas deverão ser exercidas.A área 1,deverá ser exclusiva daqueles jogadores cuja especialização nos dribles e arremessos de 3 seja inconteste. Trata-se de uma realidade indiscutível, um axioma,e é o grande desafio aos técnicos, ou seja,a capacidade que os mesmos tenham na montagem de seus sistemas,e no perfeito aproveitamento das reais capacidades de seus jogadores.Estes,conscientes desta realidade,deverão ser preparados nos fundamentos para exercerem em pleno suas também reais qualificações,o que exemplificaremos a seguir: DRIBLE E FINTA- Quando na área 1,o jogador de posse da bola,driblando-a,fintar o defensor,JAMAIS deverá abortar sua progressão em direção às áreas 2 e 3,já que sua ação estabelece uma superioridade numérica ofensiva ao anular um dos defensores,atitude que armação de jogada nenhuma poderá ser definida como prioritária.A mesma situação deverá ser estabelecida quando da penetração,após uma finta,de um jogador sem a bola.Esta deverá ser a ele passada pois a superioridade numérica naquela zona o beneficiará de imediato.A movimentação sem a bola de jogadores dentro das áreas 2 e 3,se efetuadas concomitantemente às de seus companheiros na área 1, SEMPRE encontrará um deles em condições de recepção, principalmente se estiver do lado contrário à posição da bola.Tanto na anteposição de uma marcação individual, como por zona, o rompimento da primeira linha de defesa, situada na área 1,torna-se o objetivo mais imediato a ser alcançado,principalmente pela premência de tempo limitado aos 24seg regulamentares.Trocas de passes seguidos nesta área somente beneficia os defensores,e abrevia a qualidade dos arremessos, exatamente pela mesma premência.Outrossim,dada às dificuldades à chegada da bola em boas condições de espaço na área 3,torna a 2 aquela cujas possibilidades de um bom e equilibrado arremesso ocorrer amiúde,e que pela proximidade à cesta oferece boas e determinantes chances de sucesso.As ações ofensivas dentro da área 2 de a muito vem sido negligenciadas por jogadores e técnicos,obliterados pela enganosa vantagem dos 3 pontos,com suas altamente duvidosas percentagens de acerto.DRIBLE E FINTA DOS PIVÔS- Eis um dos grandes tabus do nosso basquete.Estabeleceu-se entre nos a figura do pivô estático, massudo, e com características próximas aos trombadores americanos.Sua finta se caracteriza pela progressão de costas para a cesta,conquistando pela força bruta os espaços necessários ao arremesso.Rotineiramente é punido por falta ofensiva,e dificilmente encontra espaço inicial para exercer o drible progressivo.Na possibilidade de receber um passe em movimento,por estar situado do lado contrário à bola,muito de facilitação encontraria,exatamente por se descortinar à sua frente espaço suficiente a uma boa ação ofensiva.Mas para tanto,sua movimentação dentro da área 3 deverá ser constante e contínua,em conjunto com os alas,ou um outro pivô, num diálogo de alta freqüência.Passes de fora para dentro,ou seja,da área 1 para a 2 e a 3, constituirão as armas mais eficazes dos armadores em funções normais,e decisivas se romperem a primeira linha defensiva situada na mesma.Todas essas ações caracterizam uma efetiva contrafação ao passing game,pois elimina as movimentações periféricas e estéreis da bola,em função de um objetivo dirigido e centrado à cesta. Numa ação direta, poucos passes são efetuados, substituídos pela constante movimentação dos jogadores sem a bola,e partindo do principio de que os defensores ao reagirem às ações ofensivas se situarão um tempo atrás dos atacantes,é que as grandes vantagens dessa proposta se faz clara e compreensível.Com menos passes e menos distâncias a serem percorridas pela bola,mais tempo sobrará dos escassos 24 seg. para melhores, táticos e eficientes,por equilibrados,arremessos,tanto de 2,prioritariamente,quanto de 3, opcionalmente.Enfim,na medida que os jogadores estiverem bem preparados nos fundamentos,dominando e compreendendo seu equilíbrio,a dinâmica do drible e das fintas,e com absoluto controle nos passes e arremessos,teremos dado partida a um mais desenvolvido sentido de técnica e conhecimento tático.Mas se fazem necessárias sérias mudanças em nossa atual, globalizada e engessada maneira de jogar,escrava de um sistema castrador e totalmente voltado ao mais improvável,por impreciso,elemento do jogo,o arremesso compulsivo dos 3 pontos,principal e abusivamente empregado pela maioria de nossos jogadores,e não por aqueles poucos realmente especialistas nessa difícil arte.Pena,e constrangedor que a maioria de nossos técnicos,por desconhecimento,alguns, boa-fé,poucos,e oportunismo,muitos, segreguem dos jogadores os verdadeiros objetivos do jogo,principalmente aqueles que nos fizeram campeões a mais de duas décadas atrás.Já é tempo de mudarmos,para sobrevivermos.