ESTRATÉGIA BÁSICA…
Arremessos de dois pontos – 14/29
Arremessos de três pontos – 12/29
Numa convergência dessa ordem, como uma equipe de alto nível pretende chegar às finais de uma liga nacional?
Bastaria insistir um pouco mais no jogo interior, com o Teichmann e o Hátila, ou mesmo o Teague, para, possivelmente vencer uma partida onde seu melhor jogador praticamente concluiu a metade dos pontos da equipe, precisamente 40, numa brilhante performance, e…derrota.
Mencionarmos a defesa rubro negra, impossível, pois desatenta e confusa, dentro e fora do perímetro, nos quais os habilidosos jogadores francanos (sem dúvidas, os que melhor dominam os fundamentos ofensivos do jogo na LNB, exceto, como regra geral na liga, na defesa do perímetro externo, pois, sim senhores, posicionamento defensivo é fundamento, talvez o mais importante do grande jogo) evoluíram com liberdade plena de ações, mesmo quando pecavam por excesso de ansiedade, afinal, se tratava de um playoff semi final.
Repito o que afirmei no artigo anterior, se a equipe do Flamengo não mudar de estratégia (não confundir com sistemas, métodos ou jogadas) para o terceiro e decisivo embate, perde a série por 3 – 0, sem contestações.
Qual estratégia? Qualquer uma que privilegie o jogo coletivo e solidário, a começar por seu maior jogador, capaz mais do que suficientemente, de fazer funcionar o grupo a que pertence, no seu todo.
Quanto a Franca, elogiar sua permanente recriação por sobre, e através jogadores experientes, tanto os veteranos, como os mais jovens, lutadores e muito bem treinados, por seu competente e calejado técnico, que soube com maestria fazer sua equipe explorar o perímetro interno, tanto nas conclusões, como na origem de passes para um perímetro externo, desguarnecido pela apática e equivocada defesa rubro negra. Sua vitória foi inquestionável.
Na capital paulista, Pinheiros e Brasília travaram um duelo singular, também, e monocordiamente, através o desvario institucional dos arremessos de três, ambos com 9 acertos, para um total de 43 tentativas, num desperdício de esforços ante defesas frágeis e confusas. E se equilíbrio existiu nas conclusões de dois pontos (21 para o Pinheiros, e 24 para Brasília), e até nos lances livres (6 perdidos para o Pinheiros e 7 para Brasília), foram os rebotes e roubos de bola de Brasília que definiram intensos e velozes contra ataques na conclusão de pontos preciosos, gerando a mínima vantagem final, que foi posta em perigo através uma falha incontestável de arbitragem, fruto de uma tendência perniciosa que vem se instalando no comportamento de alguns árbitros, absolutamente cônscios de suas infalibilidades, resultantes e engrandecidas por uma critica ufanista, a de que temos a melhor arbitragem do mundo, que é um fator sutil e melindroso para alguns dos nossos internacionais. Houve uma falha de arbitragem, num momento crucial a poucos segundos do final, ao ser marcada uma falta cometida bem antes do atacante se jogar para o alto, na tentativa de induzir a arbitragem que estava no processo de arremesso, no que foi bem sucedido ante um critério equivocado de interpretação, ao ser confundido intenção com ação, onde no primeiro fator houve a intenção do defensor de parar o atacante antes de um arremesso de três pontos, e este, de se lançar para o alto, forjando uma ação de arremesso, após a falta cometida. E se tal intencionalidade defensiva fosse levada ao rigor da regra, uma falta ante desportiva deveria ter sido aplicada ( o defensor deliberadamente obstou faltosamente um adversário), com dois lances livres e uma reposição de bola ao centro da quadra. Preferiu o árbitro manter sua decisão, que por sua sorte não influiu no resultado do jogo, pois a última das três tentativas foi perdida. Mas o fator mais importante, é que poderia ter influenciado…
Na terça feira, os destinos destas quatro equipes serão determinados, seguindo em frente, para as finais, aquelas que optarem pelo acréscimo do jogo interior, e maior economia na sangria dos três.
Quem viver verá.
Amém.
PS- Fotos LNB