DEBUTANDO…

E lá vem esse cara de novo mostrando o que está errado. Será que não elogia nunca? É rabugice demais!

Até que concordo, mas, elogiar o que?

Querem ver um cândido, porém simplório exemplo?

Ontem em um jogo do NBB 2 (contando assim parece que tem prazo determinado de validade…), um novíssimo assistente técnico estreou interinamente na direção de uma equipe que teve seu técnico principal despedido. E que estréia meus deuses, pois “nunca na história deste país” a síndrome da luzinha vermelha ( aquela lâmpada piloto que define uma câmera de TV  como operante, no ar…), foi tão evidente e tão explorada. Nosso debutante a perseguiu durante toda a partida, sendo que no terceiro quarto, distraído olhando passivamente a equipe francana deslanchar na quadra, não notou que estava sendo insistentemente focalizado ( desconfio que o diretor de video  acionou a câmera de propósito), mas no momento em que percebeu a luzinha acesa fez desencadear um frenético gestual de fazer corar as grandes vedetes do nosso passado teatro de rebolado da Tiradentes. E a luzinha continuava acesa, a tal ponto que ele encarou de soslaio aquela lente consagradora por duas vezes, até que foi desligada, pois o jogo teria de ser transmitido pelo seu real interesse, os jogadores, e não pelo balé hilário de corpo e mãos constrangedor à beira da quadra.

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ONDE O GALO CANTA…

Jogos pela Liga das Américas, NBB e final do paulista masculino, onde a presença da dupla, e às vezes tripla armação já se tornou lugar comum, assim como o domínio dos grandes e pesados pivôs decresce em importância na mesma proporção, dando lugar a uma forma de jogar mais dinâmica e veloz, e com um substancial reforço das defesas, graças ao incremento técnico dos fundamentos.

Pena que o sistema de jogo continue praticamente o mesmo, onde a estrutura sedimentada nos últimos 20 anos se mantêm inalterada, tanto por parte dos jogadores, como, e principalmente, por parte dos técnicos, tanto os veteranos, como surpreendentemente os mais novos. E o pior, com a plena aceitação de ambos os seguimentos, já que princípios arraigados desde a formação, que continuam a serem disseminados pelas clinicas técnicas (?) da CBB, a serem continuadas pela nova administração que veio para “mudar” conceitos superados.

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O GRANDE MONTENEGRO…

Já eram 18:30hs  quando encerrei o treino dos juvenis, e fugindo da rotina de estabelecer contato com os jogadores para dirimir dúvidas e algumas cobranças, mudei rapidamente de roupa, pois a viagem da Gávea até o Grajaú era longa, e às 20 hs um compromisso inadiável me aguardava.

O Anísio,  diretor de basquete vem correndo em minha direção com o seguinte recado- Paulo, embarque no ônibus do clube para o jogo nas Laranjeiras. O Kanela acabou de ligar da Federação, onde foi julgado e pegou dois jogos de suspensão. Certo? Como certo Anísio, é um Fla x Flu decisivo, e nunca dirigi essa equipe num jogo deste calibre, somente assisto e às vezes participo dos treinos, mais para acompanhar o Peixoto, o Pedrinho, o Ernani e o Gabriel, juvenis da minha equipe que o Togo os quer treinando com a primeira, mas só isso.

Só sei que numa fração de segundo lá estava eu no velho mercedão rubro negro em direção às Laranjeiras, ao lado do Waldir Bocardo, do Valter, do Pirai, do Pará, do Chocolate, do Dudu, do Raimundo, do Fernando, do Montenegro, do Henry, que são os que me vêm à memória no momento, pois lá se vão mais de 40 anos!

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O CARMA…

1405-1

Nestes últimos três dias me dispus a assistir o maior numero de jogos de basquete que me fosse possível assistir, já que a grade das emissoras a cabo ( privilégio negado à maioria da população jovem…) estava prodiga em eventos, desde o Eurobasket, passando pela NBA, e transmitindo as semi finais do masculino paulista e as semi finais do nacional feminino, e ainda de quebra, um confronto entre Brasil e Estados Unidos no street basket.

Testemunhei bons momentos e uma enxurrada de mediocridades, onde nem os jogos internacionais escaparam, a começar pelo street, com transmissão de luxo em flagrante detrimento ao basquetebol de verdade, sempre descartado pela pouca penetração e conseqüente desinteresse comercial, assim dizem as emissoras.

Concentrei então minha atenção aos jogos nacionais, das semi finais masculinas e femininas, não importando qual a denominação dos campeonatos, já que todas as equipes envolvidas eram paulistas.

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RESPONDENDO AO ALCIR…

A uma enquete feita pelo editor do News Flash, Alcir Magalhães, sobre nomes a serem indicados para a seleção masculina brasileira e seu técnico, assim respondi a tão instigante assunto:

Prezado Alcir, se bem você me conhece, saberá do meu posicionamento, sempre coerente e objetivo, jamais especulativo. Exatamente por assim ser e me comportar é que não vejo razões para mencionar nomes, quando o fundamental neste momento são as definições de objetivos a serem alcançados através planejamento de alto nível e execução de nível mais alto ainda.

Sem dúvida nenhuma, se formos para o Mundial sobraçando o sistema único de jogo que teimosa e drasticamente utilizamos anos a fio, não passaremos da segunda fase, pois tal sistema é dominado por aquelas equipes que contam com jogadores que dominam os fundamentos melhores do que nós, principalmente pelo conhecimento que têm de todas as nuances do mesmo. Somente galgaremos etapas se nos apresentarmos com algo de novo no aspecto técnico tático, somado a uma substancial melhora no preparo e treinamento dos fundamentos por parte de todos aqueles que forem selecionados, rigorosamente todos.

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O IMPASSE…

Nestes últimos dias tenho assistido vários jogos do NBB e da Liga Americana, onde a equipe do Minas perdeu todos os jogos.

E algo digno de nota tem de ser divulgado, bem divulgado, pois sedimenta uma tendência que se iniciou de dois anos para cá, claro, em se tratando  de equipes brasileiras, a utilização da dupla armação, aceita de muito pelos argentinos e demais equipes latinas.

No campeonato do NBB, mais uma equipe vem se somar às de Brasília, Minas,  Franca e Joinville, a de São José, com uma dupla poderosa e muito técnica, Fúlvio e Matheus. Ambos, armadores puros, incutiram em sua equipe uma dinâmica quase ideal, pois atuaram muito próximos e em sincronia com os homens altos da equipe, assim como reforçaram bastante o sistema defensivo, que só não foi melhor pelos quilos a mais do Fúlvio, retirando muito de sua mobilidade lateral ante armadores mais enxutos fisicamente. Com menos uns cinco quilos terá aumentada sua capacidade de deslocamento, tornando-o um dos melhores armadores nacionais.

E quando afirmo da necessidade de divulgação desta bem vinda tendência o faço pela total ausência de menções à respeito por parte de analistas, narradores e comentaristas, como se fosse um assunto velado e não muito importante para merecer maiores atenções.

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EVOLUINDO…

Em um dos primeiros artigos que publiquei no blog sobre defesa, expus um principio técnico aceito nas melhores escolas do basquete mundial, aquele que define que toda evolução técnico defensiva antecede uma evolução técnico ofensiva que a enfrente positivamente, e vice e versa, numa troca constante, responsável pela permanente evolução do grande jogo.

E é o que estamos testemunhando no inicio desta liga nacional, quando flagrantemente algumas ofensivas estão levando de vencida os melhores sistemas defensivos daquelas equipes tidas como fortes neste importante setor.

No jogo entre Franca e Minas, quando ao final da prorrogação a contagem superou os 100 pontos, o que pudemos observar de mais importante foi a imposição ofensiva calcada numa dupla armação envolvente, somada a uma ação dinâmica dos homens altos no perímetro interno, onde as conclusões de dois pontos em  muito superaram as de três, e praticada por ambas as equipes, que diferiam num único ponto, a direção das mesmas, antagônicas no modo e no comportamento de seus técnicos.

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O SILÊNCIO DOS ENTENDIDOS…

Depois de três rodadas do NBB, a mídia em peso, dos sites aos blogs, dos analistas televisivos, e até os comentários na internet, anônimos ou não, batem numa única tecla, a vitoria das defesas, cuja evolução é quase obra de um milagre, onde um basquete mambembe de ontem, ressurgisse glorioso em função da redescoberta defensiva, numa unanimidade de dar  medo.

No entanto, os placares são muito próximos da temporada passada, assim como os assustadores índices de arremessos de três e os erros de fundamentos, como se todos tentassem mascarar uma dura realidade conotando progressos maravilhosos dos sistemas defensivos.

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FALEMOS UM POUCO DE TÁTICAS E SISTEMAS IV…

Cumprindo mais uma etapa deste blog, publico hoje o primeiro artigo com o apoio de vídeo, sobre o sistema de jogo que desenvolvi junto à equipe Infanto Juvenil do Barra da Tijuca BC em 1995, todo ele fundamentado na dupla armação, e com uma singularidade, sua utilização indistinta contra defesas individuais ou zonais.

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CORREÇÕES DE ROTA…

Durante três quartos somente dois arremessos de três foram executados livremente, pois mesmo sendo tentados sofriam forte marcação, restando aos portorriquenhos a opção de penetrações até certo ponto facilitadas, e bloqueadas na maioria das vezes. Essa ausência de eficiência nas conclusões de longa distância permitiu um bom distanciamento no placar, pois a troca dos três pontos largamente tentados se transformou em conquista suada e dificultada em arremessos de dois, principalmente quando foram tentados bem próximos a cesta, onde nossos pivôs se fartaram em bloqueios e retomadas de bola.

E fomos levando o jogo bem administrado e eficiente nos ataques e contra ataques, até que…

Bem, parece roteiro de novela com os chavões de praxe, já que previsto e monocórdio, pois a nossa maior e mais grave deficiência assinou o livro de ponto, quando da saída do Huertas um pouco antes da metade do quarto final, indo o Marcelo para a armação com sua proverbial inabilidade nessa função.

E em dois minutos os portorriquenhos ficaram a quatro pontos de diferença, pois três tentativas de três falhadas do armador interino propiciaram o mesmo número de contra ataques bem finalizados pelos donos da casa. Dura realidade é que naquela altura do quarto final, faltando 1:44 min. o placar era de 21 x 9 para a equipe do Ayuso.

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