O GRANDE E PESADO EQUÍVOCO…

E não choveu nem trovejou, mas antes tivesse caído um temporal daqueles levando a rede elétrica abaixo, pois me pouparia de assistir um dos piores jogos de uma equipe que vinha progressivamente se incluindo em um novo tempo técnico tático, o nosso rubro negro de tantas glórias, mas que resolveu voltar no tempo contratando um pivô de choque, com um currículo internacional de seguidos equívocos, fraco tecnicamente e incrivelmente ingênuo na doce pretensão de se considerar um astro internacional. E deve ter custado caro seu contrato, haja vista o longo impasse para sua contratação. Resultado? A equipe deu marcha à ré no seu evolutivo modo de jogar, abandonou a vitoriosa e convincente dupla armação, e voltou-se para o jogo estratificado e centrado na força e no duelo de massas dentro do garrafão.

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ENTRE CHUVAS E VENTOS…

Chuva inclemente, tempestade com raios e muito vento. Pronto, cenário para ausência de energia elétrica total por muitas horas, e logo na hora de jogos de basquete que pretendia assistir e comentar, e o pior, por duas noites consecutivas. Mas ainda sobrou um tempinho para ver a equipe de Franca não tomar conhecimento do jovem time do Paulistano, e a vitória do Brasília em Sunshales contra o campeão argentino.

Em ambas as partidas um lugar comum, a vitória fundamentada em dois decisivos aspectos, defesa e dupla armação. Um terceiro também poderia ser agregado, a mobilidade interior dos pivôs, não fossem essas duas equipes aquelas que junto ao Minas tentam reformar, ou mesmo romper com o esquema único de jogo, arraigado e concretado na mente de nossos técnicos e suas equipes.

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O PROMISSOR DESFECHO…

Faltavam 2 minutos para o fim da partida quando o Rogério teve dois lances livres para cobrar, e a diferença era de 2 pontos à favor do Paulistano. Numa prova de cansaço acentuado perdeu as duas tentativas, propiciando ao adversário num rápido contra ataque aumentar a diferença no placar. Antes, no transcorrer do terceiro quarto, o Helio foi retirado, aparentemente pelo mesmo motivo, pois vinha sendo batido seguidamente pelos armadores adversários, numa prova inconteste do extremo desgaste no jogo de véspera, quando produziu junto à sua equipe uma das mais perfeitas atuações numa partida nos últimos anos.

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REPAGINANDO UM SISTEMA…

Segundo jogo entre Pinheiros e Limeira que assisto enfastiado pela desproporção entre as equipes, onde a equipe do interior  demonstra ser incomensuravelmente melhor que sua oponente, e em todos os aspectos técnicos e individuais. Mas de repente, após uma série de erros de seu armador, o técnico da equipe da capital pede um tempo para desancá-lo de dedo em riste, culminando o absurdo ao mandá-lo “tomar no…”, com o testemunho abismado e envergonhado de todos aqueles que, em rede nacional e a cores assistiram tal crime. E um pouco antes o narrador esclarecia aos telespectadores que os pedidos de tempo, a pedido do técnico, não deveriam ser transmitidos, pois suas “instruções” tinham caráter sigiloso. Pelo que vimos e ouvimos o caráter era outro, o da agressão verbal pura e simples, e o pior, partindo do líder da equipe, seu condutor, técnico e educador, aquele que deveria desde sempre dar o exemplo maior, o da liderança educada e equilibrada. Não agüentei mais e fui ver na sala um vídeo que meus filhos assistiam, Coach Carter. Valeu, e como, a troca.

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O IMPASSE PAULISTANO…

Foi só voltar a jogar dentro do sistema baseado na dupla armação, com seus jogadores mais altos trafegando incansavelmente no perímetro interno, para Franca vencer um jogo, que apesar de ficar claramente inferiorizada na disputa dos rebotes, fez da força coletiva e velocidade no posicionamento preciso para os arremessos a base necessária para vencer e empatar a série, além de exercer uma eficiente defesa, principalmente sobre os armadores e o excelente Dedé, o grande especialista de três pontos da equipe da capital, desistindo de concentrar os maiores esforços sobre os fortes pivôs adversários, absolutos ante a fragilidade deste setor francano.

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O IMPASSE FRANCANO…

Quase ao final do jogo, num momento de decisão, o técnico de Franca pede um tempo e admoesta o jogador Guilherme por falhas táticas, e se vê confrontado pelo mesmo de forma até certo ponto agressiva. O experiente técnico contemporiza a situação, até mesmo por ser um jogador novo na equipe, e que talvez ainda não se encontre familiarizado com seu modo de dirigir. Pouquíssimo tempo depois, um novo pedido de tempo com o placar negativo em três pontos. Com dez segundos a serem disputados pede a seus jogadores um ataque aberto e com penetração, a fim de que um passe de dentro para fora do perímetro encontrasse o Rogério, o Helio ou o Marcio para o tiro decisivo. E o que aconteceu? No ponto, caro leitor, a bola vai até a zona morta de onde partiria o passe pedido pelo técnico pelas mãos do…isso mesmo, do Guilherme, que a quatro segundos do final solta um pombo sem asas que sequer ameaçou a cesta do Paulistano, que no rebote ainda conseguiu uma falta de dois lances, selando o destino da partida, numa típica atitude habitual que muitos jogadores desenvolvem para mostrarem aos técnicos seus poderes de decisões.

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ARTIGO 500-FALEMOS UM POUCO DE TÁTICAS E SISTEMAS II

Muitos tem me perguntado, e até cobrado, de que forma pratica e objetiva pode uma equipe atuar com 2 armadores e 3 pivôs móveis, tanto contra defesa individual, como defesa por zona.

Desde muitos anos sempre treinei e preparei minhas equipes para atuarem desta forma, e na maioria dos casos me situava na contra-mão da maioria absoluta dos demais técnicos, utentes enraizados do sistema NBA, globalizado nos últimos 20 anos de influência e coerção maciça.

Em 1995, organizei com o Prof.Paulo Cezar Motta o Barra da Tijuca BC, que mesmo tendo suas atividades restritas a quadras descobertas e acanhados ginásios de escolas e clubes de condomínios da comunidade, exerceu, até o encerramento de suas atividades em 1998, grande influência técnico- tática no basquete do Rio de Janeiro,mas que não encontrou respaldo e continuidade nos demais técnicos do estado.

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FALEMOS UM POUCO DE TÁTICAS E SISTEMAS I…

Durante esta semana pude assistir a alguns jogos do Campeonato Nacional Feminino , da Liga das Américas em Porto Rico, e do Campeonato Paulista Masculino. Pude constatar algumas novidades técnicas, assim como testemunhar por mais uma vez, o quanto de fragilidade nos fundamentos ainda ostentamos nas divisões adultas, principalmente na feminina.

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RETORNANDO…

Nestas últimas semanas tenho lido muito sobre as políticas injustas e absurdas que cercam o nosso desporto de suspeitas e desconfianças, principalmente voltadas a seus dirigentes, longevos, megalomaníacos e profundamente dissociados das reais necessidades educacionais de nosso povo. Agora mesmo, diz-se que 5 bilhões de reais será o preço mínimo para a realização das olimpíadas de 2016, pela qual disputamos o direito de realizá-la no Rio de Janeiro, e que somente o projeto de apresentação de nossa proposta ao COI já nos levou 80 milhões!

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SORTE,MUITA SORTE…

Foi no sábado passado. Desde aquela data venho lendo entristecido os diversos relatos sobre um jogo que tudo teria para ser festivo, já que encerrava um dos mais tradicionais torneios do país, os Jogos Abertos do Interior de SP.

E revendo o taipe das tristes atitudes tomadas por todos naquele medonho espetáculo, saltam à minha experiente e longeva capacidade de observação duas bem aventuradas obras do destino, onde a sorte de um agressor e a de um agredido se entrelaçaram de forma milagrosa, sem em momento algum inocentar o ato violento perpetrado por um jogador tido como exemplar. A grande sorte do Nezinho foi a de ser tocado lateralmente de forma brutal quando se encontrava em absoluto equilíbrio instável, somente apoiado na perna esquerda( a penetração estava sendo realizada pelo lado direito da quadra) e em grande velocidade,fatores que amorteceram em muito o impacto, já que o mesmo o fez rodopiar e ser lançado ao solo num giro reverso. Caso estivesse apoiado na perna direita, lado do impacto, a resistência ao choque teria sido imensamente maior, pois todo o peso corporal estaria no mesmo sentido do golpe , que pelo posicionamento do antebraço do Marcio na direção de seu pescoço poderia ocasionar uma seria contusão cervical. E esta foi a sorte do Marcio, o posicionamento instável do Nezinho e seu apoio na perna contraria, o que tornou seu impensado(?) ato responsável pela pancada ao solo da nuca do Nezinho, sem maiores danos à sua coluna cervical. Sorte, muita sorte de ambos, e o que melhor poderia fazer o Marcio era ir pessoalmente pedir desculpas ao Nezinho, agradecendo aos deuses a sorte que ambos tiveram, um por não se machucar gravemente, outro por não ser responsável por uma possível tragédia.

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